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A PSICOLOGIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM NA PRÁTICA DO PROFESSOR A psicologia encontra-se, como uma das disciplinas que precisa ajudar o professor a desenvolver conhecimento e habilidades, além de competências, atitudes e valores que o possibilite ir construindo seus saberes-fazeres docentes, a partir das necessidades e desafios que o ensino, como prático social, lhes coloca no cotidiano. Dessa forma, poderá contribuir para que o professor desenvolva a capacidade de investigar a própria atividade, para, a partir dela, construir e transformar os seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de sua identidade como professor. Ao transmitir o conhecimento para os alunos o professor desempenhará também a função de formador da personalidade de seus alunos no processo ensino- aprendizagem, pois o aluno por sua vez é um sujeito ativo de seu processo de formação e desenvolvimento intelectual, afetivo e social; e o professor tem o papel de mediador do processo de formação do aluno; a mediação própria do trabalho do professor é favorecer/propiciar a inter- relação(encontro/confronto) entre sujeito (aluno) e o objeto de seu conhecimento(conteúdo escolar); nessa mediação, o saber do aluno é uma dimensão importante do seu processo de conhecimento(processo de ensino- aprendizagem). A perspectiva sócio construtivista (…) concebe o ensino como uma intervenção intencional nos processos intelectuais, sociais e afetivos do aluno, buscando sua relação consciente e ativa com os objetos de conhecimento (…). Esse entendimento implica, resumidamente, afirmar que o objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento pelo aluno, de modo que todas as ações devem estar voltadas para sua eficácia do ponto de vista dos resultados no conhecimento e desenvolvimento do aluno. Tais ações devem pôr o aluno, sujeito do processo, em atividade diante do meio externo, no qual deve ser ‘inserido’ no processo como objeto de conhecimento, ou seja, o aluno deve ter com esse meio (que são os conteúdos escolares) uma relação ativa, uma espécie de desafio que o leve a um desejo de conhecê-lo. Tais ações devem por o aluno, sujeito do processo, em atividade diante do meio externo, no qual deve ser ‘inserido’ no processo como objeto de conhecimento, ou seja, o aluno deve ter com esse meio (que são os conteúdos escolares) uma relação ativa, uma espécie de desafio que o leve a um desejo de conhecê-lo. Partindo da visão da personalidade como constituída com base em um processo relacional, que, portanto, se forma também nas relações dentro da escola. Fonte: www.escribo.com.br Percebe-se então que, dessa maneira a aliança entre Educação e Psicologia é incontestável e bastante antiga, não tendo sido preciso esperar o momento recente da constituição da Psicologia como ciência independente da grande mãe, a Filosofia, para buscar respostas sobre como se aprende, quem é o sujeito da aprendizagem, como se deve ensinar, levando em conta as características psicológicas dos alunos, se é ou não válido aplicar punições e prêmios, qual é a importância da informação no desenvolvimento humano, em que consiste o ato de comunicação, o que interessa e dá prazer ao aluno quanto ao aprendizado escolar. No entanto qualquer que seja o ângulo dessa reflexão, vamos constatar que, em nosso viver, a relação com o outro é uma questão central. Por conta dessa questão, a travessia do homem e da humanidade em geral, foi sempre marcada por aproximações, afastamentos, simpatias, antipatias, egoísmo, altruísmo, ódio, amor etc. Isso faz com que permanentemente estejamos preocupados em saber muitas coisas sobre o indivíduo: o que pensa, de que gosta, quais são suas forças e fraquezas, como pode ser agradado, seduzido, manipulado, emocionado, ou, ainda, como pode sair do egoísmo e ir ao encontro do outro, compor com outros uma coletividade, enfim, como pode ser educado para comunicar-se e conviver fraternal e cooperativamente com seus semelhantes. http://www.escribo.com.br/ Assim, a psicologia também, aplica à educação e ao ensino, busca mostrar como, através da interação entre professor e alunos, entre os alunos, é possível a aquisição do saber e da cultura acumulados. Por tanto papel do professor nesse processo, é fundamental. Ele procura estruturar condições para a ocorrência de interações professor-alunos-objeto de estudo, que levam à apropriação do conhecimento. A sua contribuição no campo Educacional, é um tema cativante e desafiador que permanece atual e proporcionando estudos e pesquisas de vários e renomados cientistas. Ocupa papel de fundamental importância e tende a intensificar-se cada vez mais. Deve-se lembrar sempre que essas contribuições precisam ser caracterizadas como um espaço de reflexão envolvendo a realidade escolar, assim como um espaço propício para a expressão das angústias e das ansiedades inerentes ao pro- cesso de formação. Fonte: www.futuroeventos.com.br A Psicologia no âmbito da escolar deve também contribuir para otimizar as relações entre professores e alunos, além dos pais, direção e demais pessoas que interagem nesse ambiente. É neste contexto e neste lugar que a Psicologia poderá contribuir para uma visão mais abrangente dos processos educativos que se passam no contexto educacional. Pois, uma vez que, as contribuições da psicologia inseri da na equipe educacional, prepara os conteúdos a serem ensinados visando estabelecer outros e novos patamares para a compreensão dos fatos que ocorrem no dia a dia da escola, propiciando uma reflexão conjunta que possibilite o levanta- mento de estratégias que venham a sanar as dificuldades enfrentadas. http://www.futuroeventos.com.br/ A Psicologia da Aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela criança. Para que se possa entender esse processo é necessário reconhecer a natureza social da aprendizagem. Como já foi dito, as operações cognitivas (aquelas envolvidas no processo de conhecer) são sempre ativamente construídas na interação com outros indivíduos. Em geral, o adulto ou a criança mais experiente fornece ajuda direta à criança, orientando-a e mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções verbais, em situações interativas. Na interação adulto-criança, gradativamente, a fala social trazida pelo adulto vai sendo incorporada pela criança e o seu comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala interna, que planeja a sua ação. Nesse momento, a fala está fundida com o pensamento da criança, está integrada às suas operações intelectuais. Reconhece-se, dessa maneira, que as pessoas, em especial as crianças, aprendem através de ações partilhadas mediadas pela linguagem e pela instrução. A interação entre adultos e crianças, e entre crianças, portanto, é fundamental na aprendizagem. A Psicologia da Aprendizagem, aplicada à educação e ao ensino, busca mostrar como, através da interação entre professor e alunos, é possível a aquisição do saber e da cultura acumulados. O papel do professor nesse processo é fundamental. Ele procura estruturar condições para ocorrência de interações professor-alunos-objeto de estudo, que levem à apropriação do conhecimento. De maneira geral, portanto, essa visão de aprendizagem reconhece tanto a natureza social da aquisição do conhecimento como o papel preponderante que nela tem o adulto. Estas considerações, em conjunto, têm sérias implicações para a educação: procede- se, na aprendizagem, do social para o individual, através de sucessivos estágios de internalização, com o auxílio de adultos ou de companheiros mais experientes. Quando inserido no processo de ensino-aprendizagem (sala de aula), o professor poderá vir a assumir vários papéis sociais. A Psicologia da Educação, após longos anos de pesquisa a respeito deste assunto, identificoualguns papéis claros, assumidos por professores em seu trabalho diário junto a uma classe de alunos. Grupo de papéis Negativos: Bode expiatório: sente-se alvo de hostilidades, recusado por seus alunos; perde sua estabilidade emocional. Requer uma grande dose de segurança interior para aceitar esta situação e ainda permanecer no posto. Este professor poderá ter 2 tipos de comportamento: a contra hostilidade e a necessidade de constante submissão para com a vontade de seus alunos para ser aceito. Inspetor e disciplinador: sente-se o distribuidor e o executor da justiça; valoriza desempenhos, classifica alunos, promove-os e rebaixa-os. É o grande responsável pela conduta em sala de aula, faz o papel de inspetor. Julga o certo e o errado, administrando recompensas e punições. Fonte: www.sosprofessor.com.br Grupo de papéis Autoritários: Substituto da autoridade paterna: assume o papel de orientador dos alunos, orientando a todos de igual maneira. Não é nem paternalista demais, nem rígido demais. Mantém um bom e equilibrado nível de relações afetuosas com todos. Fonte de informações: sua função é transferir conhecimentos para os alunos; é aquele que sabe. Se orienta em termos acadêmicos em sua abordagem. Forja uma concepção passiva do aluno quando se vê como o único que sabe tudo. http://www.sosprofessor.com.br/ Líder de grupo: professor que se coloca como líder. Pode assumir a liderança do grupo de 2 formas: autocrática ou democrática, ambas envolvem o sistema de status no grupo. Cidadão modelo: sua função vai além de transmitir conhecimentos; se coloca como mentor moral, ético, social e político de seus alunos. Dá sempre bom exemplo de comportamento social, utilizando-o para ensinar. Não separa sua vida provada da profissional. Fonte: www.noticias.universia.com.br Grupo de papéis de Proteção: Terapeuta: é um orientador e higienista mental do grupo; responsável pela prevenção e ajustamento de problemas, além de promotor de um meio favorável à aprendizagem; aceita as diferenças e promove aulas com atmosfera de aceitação emocional. Acredita que a experiência pessoal e todos os aspectos da vida afetam a aprendizagem. Amigo e confidente: é amigo e caloroso, convidando a todos a confidências e a participar das dificuldades do grupo. Leva tudo ao plano da amizade pessoal. É acessível e compreensivo, deixando o aluno contar suas dificuldades e problemas em um meio neutro. O excesso ocorre quando o professor usufrui satisfação primária à resposta afetiva do aluno para com ele. Gera-se um conflito entre http://www.noticias.universia.com.br/ o papel de professor e de amigo. Fonte: www.srugim.co.il Será abordada a temática pelo psicólogo e professor Clóves Amorim, formado em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná e mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, instituição na qual é docente do curso de Psicologia desde 1990. O professor é consultor das revistas da área de psicologia PUC/PR, da Universidade Mackenzie, em São Paulo, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para ele, a psicologia da aprendizagem contribui na prática profissional do professor, nas relações sociais no trabalho e inclusive na participação da família na escola. http://www.srugim.co.il/ Como a psicologia da aprendizagem pode contribuir para o papel do professor? Fonte: www.br.freepik.com Acreditamos que a função principal da escola é a construção do conhecimento. Nessa medida, cada uma de nós podemos ter uma hipótese de como o sujeito aprende. Estas hipóteses, com o passar do tempo, elas criaram teorias. Atualmente temos um conglomerado de teorias que tentam explicar não apenas quando aluno aprende, mas principalmente, para que o professor tenha uma hipótese do que está acontecendo quando o aluno não aprende. Se o papel do professor é ensinar e o do aluno é aprender, a psicologia da aprendizagem tenta contribuir como uma ponte, para que este processo, que nós chamamos de ato pedagógico, tenha êxito. Não posso dizer: “Vendi uma geladeira para você, se você não comprou. Posso ter tentado, mas posso ter falhado caso você não queira este produto”. No processo de ensino e de aprendizagem acontece algo similar. Não seria adequado o professor dizer que ensinou para os alunos, se os alunos não aprenderam. Só há ensino se há aprendizagem. E a aprendizagem demanda o ensino. Nesse sentido, a psicologia da aprendizagem é uma série de estratégias, instrumentos e recursos para que o professor possa manejar o seu ato pedagógico, fazendo a figura de http://www.br.freepik.com/ mediador. Mediar é intermediar entre o conhecimento, sistematizado, organizado, patrimônio da humanidade, e o ser que está diante do professor, que é o aluno. Para ser mediador, o professor precisa conhecer os fundamentos da aprendizagem. E em relação à avaliação. A psicologia da aprendizagem pode auxiliar no modo como são feitas as avaliações na escola? Na verdade, tem uma questão anterior a isso que a visão de mundo que o professor tem. Esta visão de mundo é construída por suas experiências pessoais, pela sua prática profissional. Entretanto, essa visão de mundo foi denominada entre os teóricos de paradigma, com eu interpreto, como eu leio o mundo. No caso do professor a minha concepção de aluno, de conteúdo, e principalmente de avaliação. No paradigma tradicional, a avaliação é memorística, basicamente em decorar e repetir, muito usual entre nós em todos os níveis de ensino. Quando se olha os países que estão mais bem colocados nas avaliações internacionais, como é o caso da Finlândia, da Coreia do Sul, da Polônia, pode-se observar que o paradigma não é mais este conservador. É o que a gente chama de paradigma da complexidade. O aluno não é um mero repetidor da informação que o professor passou. Nesse senti- do, a avaliação tem uma série de características que deve levar ao aluno a refletir, a compreender e não apena a decorar e memorizar.