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Elza Lima de Souza Mansano Elza Lim a d e So u za M an san o Gestão de Recursos Escolares G estão de R ecursos de E scolares Supervisão, Inspeção e O rientação Educacional 5 Estratégias De Articulação Na Escola: Gestão Administrativa 129 Caro (a) Aluno (a), Nesta Unidade, você poderá entender como a Gestão De- mocrática na Escola poderá fortalecer a instituição escolar e alcan- çar o êxito planejado, articulando-se a gestão administrativa num enfoque participativo e estratégico e cujas estratégias utilizadas da- rão sustentação a este fortalecimento intencional. Boa leitura! 130 ObjetivOs dO CapítulO Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: Identificar como trabalhar a gestão administrativa num enfoque participativo, articulado, estratégico e de fortale- cimento da escola eficaz; Discriminar as estratégias de intervenção na área da gestão administrativa. COnteúdOs dO CapítulO Gestão num enfoque administrativo participativo; Estratégias de articulação na escola (gestão administra- tiva) que darão sustentação à escola eficaz. exerCíCiOs prOpOstOs 5.1.GestÃO nuM enFOQue adMinistrativO partiCipativO A legislação escolar e as normas administrativas; os recur- sos físicos, materiais e didáticos; a direção e a administração, in- cluindo as rotinas administrativas e a secretaria escolar são objetos da gestão de natureza técnico-administrativa. Considerando que alguns estudiosos afirmam que o centro da organização e do processo administrativo é a tomada de decisões, todas as demais funções da organização (o planejamento, a estrutura organizacional, a direção, a avaliação) estão requeridas no processo eficaz de tomada de decisões (Griffiths, 1974). Para Libâneo (2004, p.101), os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a decisão funcionar caracterizam a ação denomi- nada gestão: 131 [...] Atividade pela qual são mobilizados meios e procedi- mentos para se atingir os objetivos da organização, envol- vendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-ad- ministrativos. Neste sentido é sinônimo de administração. Para o autor, a direção é um princípio e atributo da gestão mediante a qual é canalizado o trabalho conjunto das pessoas, orien- tando-as e integrando-as rumo aos objetivos. Em síntese, a direção põe em ação o processo de tomada de decisões na organização, e coordena os trabalhos, de modo que sejam executados da melhor maneira possível. O instrumento de orientação à escola, que engloba normas da organização pedagógica, administrativa, financeira, de pessoas e disciplinar chama-se Regimento Escolar. Num contexto de gestão democrática, o Regimento Escolar, assim como a Proposta Pedagó- gica, o PDE e todos os documentos que nascem deste novo enfoque de relação são os elos entre o movimento, que altera o sentido e concepção de educação, de escola e da relação escola/sociedade e o aluno – foco do processo. Uma oportunidade para demonstrar esforço especial de gestão, isto é, de organização da escola, assim como de articulação de seu talento, competência e energia humana, de recursos e pro- cessos, com vistas à promoção de experiências de formação de seus alunos, capazes de transformá-los em cidadãos participativos da sociedade. Trata-se de uma experiência nova, sem parâmetros ante- riores para a qual devemos desenvolver sensibilidade, compreensão e habilidades especiais, novos e abertos. Isso porque tudo que dava certo antes está fadado ao fracasso na nova conjuntura (Drucker, 1992, p.12 e 13). A escola, por ser um aparelho ideológico, atua, median- te o currículo perpassando valores, crenças, conceitos, hábitos e 132 habilidades da classe dominante. Entretanto, a gestão democrática da escola pública exige uma escola que cultive a ideologia afinada com as classes trabalhadoras. Caminhando no mesmo sentido e na mesma direção, Paro afirma que: ‘‘Se se admite que a preocupação básica da escola pú- blica deva ser a universalização do saber, então, a prin- cipal prova de relevância de qualquer inovação (grifo nosso) que se promova no sistema educacional deve passar pela verificação de sua capacidade de contri- buir para tornar realidade esse objetivo’’ (Paro, 1996, p. 121). A contribuição de Fullan & Hargreaves (2000) chama a atenção para os efeitos que decorrem de reformas e inovações que costumam ser introduzidas na escola a partir de decisões externas à mesma. Neste momento, as inovações apresentadas como soluções podem se tornar um problema, porque agravam ainda mais a so- brecarga de trabalho, definem mudanças superficiais e claramente burocráticas nos novos papéis, e pouco contribuem para a demo- cratização do poder e para a construção de novos conceitos sobre a qualidade do ensino. Considerando que reformas e inovações serão basicamente dirigidas para a pedagógica (área-fim), uma vez que é lá que acon- tece de fato o ensino-aprendizagem; é lá que se justifica a existência e essência da escola, na grande maioria das vezes estas propostas de mudança induzida da realidade existente, está malfadada ao fracas- so porque atingem unicamente a dimensão técnica do docente. Oliveira et alii (2004, p.23) complementa: 133 [...] Assim, tratam o professor como profissional parcial e o ignoram como profissional total. Esta última acepção comporta aspectos que envolvem o professor como pes- soa, o contexto do mundo real em que trabalham e a cul- tura do ensino construída por eles nas relações que estabe- lecem com os colegas da escola. O compromisso com esta visão do ensino e do trabalho dos profissionais da escola sugere modalidades de liderança, de administração e de desenvolvimento pessoal que respeitem e apoiem a capa- cidade que eles possuem para formular juízos equilibrados e tomar decisões que incidirão diretamente nas crianças sobre responsabilidade desses. A partir da análise de estudos e pesquisas educacionais, restou a certeza de que a principal causa de fracassos ou de sucessos das propostas de mudança introjetadas no espaço escolar está na resistência ou reação contrária do Corpo Docente ou na aceitação e adesão do mesmo. Inovações poderão ser acatadas por segmentos mais ousados, mas a aceitação ou a recusa da massa de professores é que definirá a transformação em larga escala dentro do território escolar. Em outras oportunidades, as mudanças esbarram com o acúmulo de serviço do Diretor Escolar. Reincidentes vezes lamenta que se dedica muito tempo às questões burocráticas, em detrimento das ações-fim. Por este motivo é importante que tenha o seu plano de ação, acompanhe-o sistematicamente, faça a sua agenda diária e esteja alerta para atendê-la, priorizando as ações e atividades nucle- ares e ocupando menor tempo nas periféricas. Assim, o setor administrativo (área-meio) da escola deve estar a serviço do pedagógico (área-fim). Isto significa dizer que o gestor escolar precisa, necessariamente dedicar maior parte do seu tempo e da sua agenda para as ações ligadas diretamente ao ensino. 134 5.2. estratÉGias de artiCulaÇÃO na esCOla: GestÃO ad- Ministrativa, Que darÃO sustentaÇÃO À esCOla eFiCaZ A gestão democrática é o processo de coordenação das es- tratégias de ação para alcançar os objetivos definidos e requer lide- rança centrada na competência, legitimidade e credibilidade (Bor- dignon & Gracindo, 2004, p.165). Deve ser compreendida como um objetivo a ser sempre perseguido e aprimorado. Na liderança da Dimensão Administrativa, o Gestor Esco- lar deve: ● zelar pelo desempenho funcional eficaz das equipes (téc- nico-pedagógica, técnico-administrativa e corpo docente) da escola, mediante as seguintes estratégias: 1) emissão de orientação técnica e acompanhamento das equipes da escola quanto às questões referentes à vida funcional de cada um dos servidores; 2) acompanhamento periódico da frequência (pontualidade e assi- duidade) dos servidores que atuam naescola, prestando orientações que visem à adoção de novas atitudes, se necessário for; 3) acompanhamento sistemático da qualidade dos serviços desenca- deados durante o ano ou semestre letivo (desempenho profissional), prestando orientação ao servidor, quando necessário. 4) acompanhamento sistemático da confecção e desencadeamento dos planos didáticos, prestando orientação à equipe técnico-pedagó- gica, quando necessário. ● zelar pela preservação do patrimônio da escola, median- te as seguintes estratégias: 1) atualização da conferência dos bens (móveis) patrimoniais da escola; 2) aquisição de recursos tecnológicos, que facilitem a ação docente 135 junto à aprendizagem dos alunos e sirva de apoio à Equipe Técnico- pedagógica; 3) verificação periódica do estado de conservação dos equipamen- tos, encaminhando-os para reparo ou substituição, caso necessário; 4) verificação periódica do estado de conservação dos mobiliários escolares, encaminhando-os para reparo ou substituição, caso ne- cessário; 5) verificação, de forma sistemática, do estado de conservação das instalações físicas da escola e agilização, junto ao Órgão Central11 ou em âmbito local, de providências referentes à reforma, amplia- ção, reparo ou pintura do prédio, se necessário for. ● dominar e desencadear ações no espaço escolar, com vistas ao cumprimento ao que prescreve a legislação edu- cacional em vigência, mediante as seguintes estratégias: 1) emissão de orientação técnica e acompanhamento das equipes técnico-pedagógica e administrativa da escola referente ao cumpri- mento da legislação educacional, quanto às questões ligadas: ● aos registros das atividades escolares; ● à escrituração da documentação da vida escolar dos alunos, me- diante acompanhamento do desempenho dos Recursos Humanos da Secretaria da escola; ● aos demais assuntos relacionados à legislação educacional. 2) realização de reuniões junto aos Recursos Humanos lotados na escola, a fim de participação no processo de elaboração do Regi- mento e Calendário Escolar; 3) difusão dos documentos escolares, disponibilizando uma via para consulta da comunidade escolar e da comunidade envolvente, como: Proposta Pedagógica ou Projeto Pedagógico ou Projeto Político- Pedagógico, PDE, Regimento Escolar e Estatuto da Associação de 11 Órgão Central – Instância do Poder Público que emana diretrizes e políticas educa- cionais para as escolas jurisdicionadas, podendo ser: Secretaria de Estado de Educa- ção ou Secretaria Municipal de Educação. 136 Pais e Mestres – APM; 4) exercício da liderança, com vistas ao cumprimento coletivo do conteúdo dos documentos escolares já mencionados. ● dominar e cumprir as políticas públicas de educação em vigência, no âmbito nacional, estadual e local, mediante as seguintes estratégias: 1) promoção de sessões de estudos, com o intuito de conhecer e cumprir as políticas públicas de educação em vigência, no âmbito das diversas esferas e as adotadas pelo Órgão Central. 2) realização de minicursos junto às equipes escolares, com o fim de compartilhar os conhecimentos referentes às políticas públicas de educação transmitidos pelo Órgão Central. ● promover a integração entre a escola e a Secretaria de Educação, mediante as seguintes estratégias: 1) realização de reuniões com a equipe técnico-pedagógica e/ou téc- nico-administrativa e/ou corpo docente da escola, com o objetivo de multiplicar as informações e orientações recebidas da Secretaria de Educação; 2) acompanhamento do desempenho das equipes (técnico-pedagó- gica, técnico-administrativa e corpo docente), zelando pelo cumpri- mento das orientações emanadas do Órgão Central do sistema de ensino; 3) promoção de reuniões para conhecimento das atividades reali- zadas pelos diferentes setores da Secretaria de Educação, a fim de manter atualizadas e integradas as equipes da escola; 4) promoção de reuniões para conhecimento das atividades realiza- das pelas equipes da unidade escolar, com o propósito de atualiza- ção e integração mútuas; 5) realização de reuniões junto às equipes escolares, com o fim de compartilhar os conhecimentos então transmitidos pelo Órgão Central. 137 ● realizar a lotação do pessoal da escola, seguindo os cri- térios previstos na legislação em vigência, mediante as se- guintes estratégias: 1) entrevista com os Recursos Humanos, a fim de compatibilizar o acompanhamento da qualidade dos serviços desencadeados durante o ano ou semestre letivo (desempenho profissional) feito pela Dire- ção Escolar e a expectativa dos servidores quanto à permanência ou remanejamento de função/cargo, servindo de balizamento o PDE e a Proposta Pedagógica ou Projeto Pedagógico; 2) seleção do professor habilitado, de acordo com sua área de atu- ação, mediante investidura no cargo, em decorrência da aprovação em concurso público, ou complementação de carga horária do ser- vidor ou convocação de servidor (cumprindo o fluxograma de con- vocação), nos casos de vacância; 3) seleção do professor substituto, de acordo com sua área de atua- ção e observando se os motivos que caracterizam o afastamento têm amparo legal; 4) montagem e atualização do quadro de lotação, com observância ao que prevê a legislação em vigor (critérios a serem observados e quadro de exigibilidade de habilitação) e encaminhamento da lota- ção de pessoal da escola ao Órgão Central. ● Realizar ações de rotina (diária, mensal, semestral e anual) previstas na agenda do diretor escolar, mediante as seguintes estratégias: 1) atendimento às solicitações de expedição de documentos emi- tidos pela escola, organizando-os e conferindo-os, com apoio da Equipe Técnico-administrativa da escola; 2) avaliação da frequência dos alunos, professores e demais servi- dores, emitindo orientação com vistas à mudança de posturas inade- quadas (não assiduidade e impontualidade); 138 3) garantia do cumprimento das rotinas ligadas à merenda, seguran- ça e limpeza do espaço escolar, providenciando a manutenção e/ou correção necessária; 4) cumprimento do Calendário Escolar, acionando providências ca- bíveis; 5) supervisão das áreas de uso comum, mediante observação cons- tante e com a colaboração da Equipe Técnico-administrativa da es- cola; 6) estabelecimento de agenda de eventos a cada mês; 7) liderança da avaliação do rendimento do aluno em parceria com a Equipe Técnico-pedagógica da escola e estímulo para que a haja definição de medidas, com vistas à recuperação da aprendizagem; 8) liderança da avaliação institucional (da escola) de forma parti- cipativa; 9) organização e execução das atividades ligadas à conclusão do ano letivo; 10) programação das atividades ligadas às férias escolares; 11) organização da matrícula escolar e deferimento da mesma; 12) promoção da escolha do livro didático, distribuição e recolhi- mento do mesmo, liberado ao aluno, a título de empréstimo; 13) participação da avaliação externa. 139 ● Leitura do Livro: Gestão Educacional: tendências e perspectivas Autor: Cenpec Descrição: O livro é resultado do Seminário Internacional sobre Gestão Educacional: Tendências e Perspectivas, promovido em agosto de 1998 pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Encontra-se nessa publicação uma ampla discussão do tema com base nas experiências dos Estados Unidos e de vários pa- íses da América Latina e Europa. São apresentados alguns modelos de gestão aplicados por sistemas educacionais que se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. A publicação foi produzida pelo Cenpec em parceria com o Consed. Esse evento teve como principal objetivo contribuir para a ampliação do debate sobre questões prioritárias da política nacional da educação básica, dando ênfase à apresentação de casos e experi- ências bem-sucedidas. ● Leitura do Texto: Os mecanismos de distribuição de poder no âmbito da escola. In: Revista Gestão em Ação: Lourdes Marcelino Machado et alii. V. 7, N. 3,setembro/ dezembro de 2004, p. 321. Acesso: http://www.gestaoemacao.ufba.br/home1.html. Revista financiada com os recursos do Programa Gestão Participa- tiva com Liderança em Educação (PGP/LIDERE), doados pela The Ford Fundation, pela Financiadora de Estudos e Projetos do Mi- nistério da Ciência e Tecnologia (FINEP-MCT) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). Gestão em Ação é um periódico editado sob a parceria e responsabilidade da Linha de Pesquisa Políticas e Gestão em Educação do Programa suGestões para COMpleMentaÇÃO de estudOs 140 de Pós-Graduação em Educação da FACED/UFBA e do Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público (ISP/UFBA). Aceita parcerias e colaborações, reservando-se o direito de publicar ou não os textos enviados à redação. Os trabalhos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Periodicidade: Quadrimestral. Sumários de Periódicos do Acervo FEUSP http:// www.fe.usp.br/biblioteca/publicacoes/sumario/jul/F_i. htm#Gestão%20em%20 Ação Afiliada à Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC). Avaliada pela Qualis/Capes - Nacio- nal B em 2003 e em 2005. ● Assista ao filme: Escola da Vida Sinopse: Há um novo professor na cidade e ele está fazen- do um verdadeiro furacão na Fallbrook Middle School. Ele é atraen- te, legal e informal. (Ele não apenas ensina a Guerra Civil, ele a re- encena). Os alunos amam o Sr. D (Ryan Reynolds), os professores o admiram. Exceto Matt Warner (David Paymer), o ansioso professor de Biologia, que sonha em ganhar o prêmio de Professor do Ano. O pai de Warner, Stormin Normam (John Astin) foi o Professor do Ano por 43 anos e agora Matt está determinado a fazer deste o seu ano, mas com o Sr. D em cena, vê sua chance escapar. Ele simples- mente não pode competir com quem até o seu próprio filho admira. Mas existe um segredo que pode mudar o jogo e ensinar a todos uma lição da qual nunca esquecerão. 141 1) Quando o gestor escolar for elaborar seu plano de ação, quais as especificidades da gestão administrativa que deverão ser abrangidas? 2) Com base na contribuição dos autores enfocados na Unidade, quais os efeitos destacados que decorrem de reformas e inovações que costumam ser introduzidas na escola a partir de decisões exter- nas à mesma? 3) Justifique a assertiva: “Assim, o setor administrativo (área-meio) da escola deve estar a serviço do pedagógico (área-fim). Isto sig- nifica dizer que o gestor escolar precisa, necessariamente dedicar maior parte do seu tempo e da sua agenda para as ações ligadas diretamente ao ensino.” 4) Entreviste o Diretor de uma Escola Pública que adote uma gestão democrático-participativa, a fim de levantar: a) pontos positivos encontrados na gestão administrativa, num enfoque participativo; b) pontos nevrálgicos encontrados na gestão administrati- va, num enfoque participativo; c) sugestões para melhoria na articulação da gestão admi- nistrativa, num enfoque participativo. atividades 6 Estratégias De Articulação Na Escola: Gestão Financeira 145 Caro (a) Aluno (a), Nesta Unidade, você poderá entender como a Gestão De- mocrática na Escola poderá fortalecer a instituição escolar e alcan- çar o êxito planejado, articulando-se a gestão financeira num enfo- que participativo e estratégico e cujas estratégias utilizadas darão sustentação a este fortalecimento intencional. Boa leitura! 146 ObjetivOs da unidade Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: Identificar como trabalhar a gestão de pessoas num enfoque participativo, articulado, estratégico e de fortale- cimento da escola eficaz; Discriminar as estratégias de intervenção na área da gestão financeira. COnteúdOs da unidade Gestão financeira num enfoque participativo; Estratégias de articulação na escola (gestão financeira) que darão sustentação à escola eficaz. desenvOlviMentO da unidade 6.1. GestÃO FinanCeira nuM enFOQue partiCipativO O Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei n. 10.172/2001, “determina, como pilar da gestão democrática, a auto- nomia escolar, por intermédio da descentralização do financiamento da educação e administração e controle dos recursos financeiros”, conforme ressalta OLIVEIRA et alii (2004, p.22). A fim de exercer, na prática, tal autonomia escolar, alguns mecanismos precisam ser estruturados no âmbito escolar: constru- ção de estrutura de gestão colegiada, a fim de garantir que o poder não estará centralizado nas mãos da direção escolar, dentre outras iniciativas já tratadas neste trabalho. O Ministério da Educação – MEC – emitiu orientações téc- nicas a todas as Unidades Federadas referentes à organização das estruturas de gestão colegiada, com o propósito de ordenar e siste- matizar a formação desses mecanismos de gestão, classificando-os 147 genericamente como Unidade Executora, cuja responsabilidade principal seria a de tornarem-se aptos a receber, executar e adminis- trar recursos financeiros da escola: A Unidade Executora é uma denominação genérica, adota- da para referir-se às diversas nomenclaturas, encontradas em todo território nacional para designar entidade de direi- to privado, sem fins lucrativos, vinculados à escola, tendo como objetivo a gestão dos recursos financeiros, transfe- ridos para a manutenção e desenvolvimento do ensino. Não importa qual a denominação que a unidade escolar e a comunidade escolham para a Unidade Executora, seja ela Associação, Caixa Escolar, Círculo de Pais e outras. O princípio básico é a busca da promoção da autonomia da escola e participação da comunidade, em todas as suas di- mensões: pedagógica, administrativa e financeira (Brasil, 1997). Mediante a existência dessa unidade executora, a escola estaria apta a receber, diretamente do MEC, recursos financeiros para atender, de uma forma geral, suas necessidades, como: recur- sos financeiros para a aquisição de materiais de consumo e pedagó- gico, equipamentos e para a manutenção do ensino. Acrescenta às ideias sobre o aparato legal concernente ao aspecto financeiro da gestão democrática da escola recomendando a adoção de fundos de natureza contábil na circunscrição escolar, que possam permitir o controle local mais eficaz e a destinação de recursos para as atividades constantes no projeto educacional. Tal recomendação tem como referencial as experiências de ‘renda mínima’ implementadas em algumas unidades federadas do país, as quais “têm induzido à melhoria da qualidade do ensino, reduzindo a repetência e a evasão”, concluem os autores. 148 Recomendação que obteve êxito em outro contexto geo- gráfico deve ser vista com receptividade, entretanto, cabe a con- dição essencial de análise da nossa realidade, a fim de filtrá-la e adaptá-la, caso couber, ao novo espaço local. Na Unidade 3 foram citadas as dimensões da gestão de- mocrática escolar, as quais devem ser articuladas, uma vez que são interdependentes e interligadas entre si: pedagógica, administrativa, de pessoas e financeira. Lück (2000, p. 22) menciona, descreve como se desenca- deou e relata quais foram os resultados alcançados pela pesquisa intitulada: “Escolha de Dirigentes Escolares”, que objetivava o de- lineamento das modalidades de gestão mais utilizadas, no cenário educacional do país na década de 1990, mapeou as alterações pro- cessadas no contexto das experiências da população/amostra que fora integrada por 26 Secretarias de Estado de Educação, o Distrito Federal e as 26 Secretarias Municipais de Educação de todas as ca- pitais brasileiras. A Pesquisa integrou o Programa de Pesquisa Políticas e Gestão da Educação no Brasil da Associação Nacional de Políticas e Administração da Educação (ANPAE). Interessante a constatação resultante da pesquisa em foco, diz respeito à dimensão financeira: “A maioria das escolas da rede não possui autonomia financeira (52,1%, conformetabela IV do Re- latório Final)”. Tabela IV Autonomia financeira das escolas Fonte: Relatório Final da Pesquisa ‘‘ Escolha dos Dirigentes Escolares’’, ANPAE, 1997. Possuem autonomia financeira? n. % Sem resposta Sim Não 1 22 23 2,1 45,8 52,1 149 Passa a ser sintomático constatar que as escolas não pos- suem um percentual desejável de autonomia financeira, tendo em vista que a legislação em vigor assim o determinou. O percentual eleva-se ainda mais se considerando “a não existência de dotação orçamentária da escola, o que se reflete no índice de 85,4%, previsto na tabela VI do Relatório Final.” Tabela VI Dotação orçamentária das escolas Entretanto, de forma contraditória, os pesquisados revela- ram ‘‘que 75% das escolas possuem autonomia pedagógica (tabela V do Relatório Final)’’. Tabela V Autonomia pedagógica das escolas Fonte: Relatório Final da Pesquisa ‘‘ Escolha dos Dirigentes Escolares’’, ANPAE, 1997. Possuem dotação orçamentária? n. % Sem resposta Sim Não 41 1 6 85.4 2,1 12,5 Possuem autonomia pedagógica? n. % Sim Não Sim, relativa 36 11 1 75,0 22,9 2,1 Fonte: Relatório Final da Pesquisa ‘‘ Escolha dos Dirigentes Escolares’’, ANPAE, 1997. 150 Dourado (2000, p.87) conclui, afirmando que: [...] esses dados são reveladores de que a autonomia das unidades escolares é uma falácia, ou seja, parecem ser ainda uma intenção, não se cons- tituindo efetivamente enquanto política. A fim de ilustração, consigna-se que a referida pesquisa constatou que a eleição direta era a forma mais usual (31,3%), den- tre as modalidades de provimento ao cargo de dirigentes escolares nas secretarias de educação. Comentário à parte, nos mostra que, quanto aos mecanis- mos de eleição de diretor, o movimento nacional de democratização privilegiou a descentralização e a construção da autonomia da esco- la e primou pela adoção de mecanismos distintos de provimento do cargo de diretor escolar, em contrapartida à prática tradicional de indicação político-partidária, estimulada e referendada pelas Secre- tarias de Educação. a escolha do diretor escolar, pela via da eleição direta e com a participação da comunidade, vem se constituindo e ampliando-se como mecanismo de seleção diretamente ligado à democratização da educação e da escola pública, visando assegurar, também, a participação das famílias no processo de gestão da educação de seus filhos (Parente & Lück, 1999, p. 37). Os dados resultantes da pesquisa em questão nos remetem à reflexão: Se a autonomia das escolas ainda não se concretizou, conforme nos mostrou, sendo apenas uma intenção, como será que caminham questões como descentralização dos espaços escolares e a articulação da unidade escolar com a sociedade mais ampla? Cabe lembrar que sem estes requisitos básicos a gestão de- mocrática será letra morta, fará parte apenas do texto legal, sem se concretizar de fato na prática escolar. 151 Urge que políticas educacionais sejam adotadas em ins- tâncias superiores priorizem mecanismos e estratégias capazes de mudar este quadro caótico que se vislumbra. Dourado (2000, p. 89) afirma que: [...] a busca da garantia de democratização do acesso, da permanência e da gestão se articu- lam, inexoravelmente, à defesa de um parâmetro mínimo de quali- dade permeado pelo estabelecimento de novas interlocuções com a sociedade civil organizada. Uma breve abordagem sobre os aparatos legais referentes ao tema, torna-se importante à medida que traçam a direção e a colora- ção dada à política de financiamento da educação básica brasileira. Inicialmente, lembra-se a Emenda Constitucional n. 14, de 1996, dentre outros avanços, na área contou com a criação do FUNDEF. A Carta Constitucional previa em 1988, apenas três arti- gos: 211 a 213, na Seção “Da Educação”, onde os dois primeiros foram alterados pela Emenda Constitucional n. 14, de 1996”, além de um pequeno espaço no “Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”, onde o Art.60 fora alterado pela mesma Emenda. Auxiliando na condução da proposta educacional, uma vez que define o seu norte e suas respectivas orientações, o Parágrafo Único do Art. 53 da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA), prescreve que a comunidade envolvente, mediante o conhecimento e a participação de pais ou responsáveis na definição das propostas educacionais, tem estes direitos salvaguardados. Entretanto, nem sempre tal exigência legal tem sido cumprida nas escolas públicas do nosso país. Constou do texto final do Plano Decenal de Educação para Todos, dentre outras, as seguintes metas: ● ampliar progressivamente a participação percentual do gasto público em educação no PIB – Produto Interno Bruto – brasileiro, de modo a atingir o índice de 5,5%(...) 152 ● aumentar progressivamente a remuneração do magisté- rio público, através de plano de carreira que assegure seu compromisso com a produtividade do sistema, ganhos re- ais de salário e a recuperação de sua dignidade profissional e do reconhecimento público de sua função social (Brasil, 1994, p.42). Em atenção a esta última meta, foi assinado em julho de 1994, no Governo Itamar Franco, o “Acordo Nacional de Valoriza- ção do Magistério da Educação Básica que, entre outras iniciativas, estabelecia o compromisso de se fixar um Piso Salarial Profissional Nacional de R$ 300,00 à época. E segundo Monlevade (1996), esse acordo foi posteriormente ignorado pelo Governo Fernando Henri- que Cardoso”. Com o propósito de salvaguardar e disciplinar o financia- mento com recursos públicos das despesas referentes à educação escolar, foi previsto o Título VII “Dos Recursos Financeiros” da Lei n. 9394/96, que detalha a questão nos Art. 68 a 77. O Art. 68 explicita de onde vêm os recursos financeiros a serem aplicados na área da educação escolar, que se constituem em: “Serão recursos públicos destinados à educação os originá- rios de: I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - receita de transferências constitucionais e outras trans- ferências; III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais; IV - receita de incentivos fiscais; V - outros recursos previstos em lei.” O Art. 69 fixa o percentual mínimo e as demais normas alusivas ao tema: recursos financeiros a serem aplicados pelos Entes Federados: 153 “A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgâ- nicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transfe- rências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensi- no público. § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pe- los Estados aos respectivos Municípios, não será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de impostos. § 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de arrecadação. § 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no não atendimento dos per- centuais mínimos obrigatórios, serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro. § 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorre- rá imediatamente ao órgão responsável pela educação, observados os seguintes prazos: I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia decada mês, até o vigésimo dia; II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia; III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao fi- nal de cada mês, até o décimo dia do mês subsequente. 154 § 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a corre- ção monetária e à responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.” Destaque ao Art.70 que elenca o que podem ser considera- das despesas com manutenção e o desenvolvimento do ensino, para efeito desta Lei e o 71, que enuncia o que não pode ser consideradas: “Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desen- volvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecu- ção dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a: I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino; III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino; IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visan- do precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino; V - realização de atividades-meio necessárias ao funciona- mento dos sistemas de ensino; VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas; VII - amortização e custeio de operações de crédito desti- nadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar. Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desen- volvimento do ensino aquelas realizadas com: 155 I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, preci- puamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão; II - subvenção a instituições públicas ou privadas de cará- ter assistencial, desportivo ou cultural; III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; V - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para bene- ficiar direta ou indiretamente a rede escolar; VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.” Os demais Artigos (72 a 77) que tratam da questão do fi- nanciamento da educação pelo Poder Público, poderão ser consul- tados, a fim de conhecimento dos ditames legais que fazem parte da letra da LDB. Apesar de atualmente o embasamento legal garantir uma série de avanços, a história sobre as políticas de financiamento da educação básica no país nos mostra que a partir da década de 1990 estivera presente a desresponsabilização da União para com o finan- ciamento da educação básica e insuficiência de recursos financeiros principalmente para a educação infantil, ensino médio, educação de jovens e adultos, educação especial e educação indígena. A impor- tância da adoção de políticas de ampliação de investimentos fora objeto de reflexão da estudiosa Duarte (2005, p. 2). Acrescenta que a engenharia política de financiamento, estabelecida após 1996, ano 156 de aprovação do FUNDEF12 - Fundo de Manutenção e Desenvol- vimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -, foi capaz de induzir de modo contraditório a autonomia e a descentralização de gestão com a adoção local de pro- gramas definidos centralmente, porém apresentou baixa capacidade de redução das desigualdades de recursos in- tersistemas de ensino e interescolares. O FUNDEF vem a ser analisado pela literatura como indu- tor da municipalização do ensino e instrumento que delega à União maior responsabilização no financiamento da educação básica (Du- arte, 2005, p.6; Pinto,1999, p.85-98; Oliveira, 2002, p.81). Na mesma direção, criou-se, em 1995, o Programa Dinhei- ro Direto na Escola – PDDE, financiado com recursos do FNDE/ MEC – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –, me- diante repasse anual, com baixa disponibilidade de recursos frente às demandas locais. O valor dos repasses financeiros dos programas socioedu- cacionais estava vinculado ao critério que teria como base o número de alunos matriculados e que frequentavam cada unidade escolar (Gestão em Rede, 1999). Nessas iniciativas, observa-se a acentua- ção à dimensão financeira para promover a autonomia, e não a mu- dança das relações recíprocas, de modo a construir compromissos mútuos. Pinto (2002, p.131) adverte que:...grande desafio será o de criar condições para que as metas do PNE13, que agora possuem força legal, sejam cumpridas. (...) As metas do PNE sinalizam para a necessidade de recursos na ordem de 10% do PIB, nos próximos dez anos, ao passo que o potencial atual está na casa de 4,5% do 12 Regulamentado pela Lei n. 9.424/96. 13 PNE - Plano Nacional de Educação. 157 PIB. Este aumento vai depender de um esforço conjunto das três es- feras públicas, mas com prioridade para a União, já que esta detém a maior parte dos recursos públicos no país (considerando impostos e contribuições) e é a que menos se envolve com o financiamento da educação. (...) O Governo FHC será lembrado como aquele que gastou 4% do PIB com ensino e 8% do PIB com juros e encargos da dívida pública. Acrescenta que: o governo federal divulga relatórios ró- seos sobre os efeitos do FUNDEF (MEC, 1999), curiosamente, di- vulgando apenas os ganhos de receitas dos municípios, sem mostrar que estes recursos “ganhos” correspondem exatamente às quantias perdidas pelas redes estaduais, mesmo porque os recursos adicio- nais federais são ínfimos - menos de 3% dos recursos do fundo (Pin- to, 2002, p.116). Duarte (2005, p. 13) conclui o estudo sobre regulação sis- têmica e política de financiamento da educação básica, utilizando as seguintes ideias: [...] Preservar a autonomia dos entes federados, como siste- mas locais e estaduais de ensino, requer do governo central avanços e rupturas nos elementos constitutivos da política de financiamento posta em marcha a partir de 1996. Como expressão de avanço do desenho do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – si- naliza, também, o reconhecimento de um custo/aluno mí- nimo diferenciado para todas as etapas e modalidades da educação básica, porém manteve a dissociação com pro- jetos político-educacionais superadores de desigualdades. A construção de rupturas com a lógica gerencial presente no período anterior requer a efetivação de ações supletivas e redistributivas da União mediante investimentos foca- lizados em projetos e programas de superação das desi- gualdades intersistemas de ensino. Trata-se de focalizar 158 investimentos complementares na universalização de um sistema público de qualidade nas mais diferentes regiões do país, rompendo com uma lógica política de financia- mento da escolarização dos mais pobres em situações pre- cárias e de baixa qualidade de ensino-aprendizagem. O autor conseguiu captar o âmago da questão do financia- mento, no que tange à sua política, seus entraves e perspectiva para avançar ainda mais, rumo à escola eficaz. 6.2. estratÉGias de artiCulaÇÃO na esCOla (GestÃO Fi- nanCeira) Que darÃO sustentaÇÃO À esCOla eFiCaZ A seguir, constam estratégias que devem ser adotadas pelo gestor escolar no exercício diuturno da articulação da gestão demo- crática: área financeira: ● dominar, prestar orientação às equipes da escola e zelar pela tramitação e prestação de contas adequadas dos pro- cessos administrativo-financeiros, mediante adoção das seguintes estratégias: 1) execução de reunião ou sessão de estudos, com o propósito de prestar orientação técnica à equipe escolarquanto aos processos administrativo-financeiros da escola; 2) acompanhamento da tramitação dos processos administrativo- financeiros, mediante emissão de despachos ou parecer de cada ser- vidor que os emitiu, dentro de sua área de atuação; 3) acompanhamento e registro dos gastos resultantes da aprovação e liberação dos processos administrativo-financeiros; 4) organização dos documentos, mediante consulta ao Manual de orientação emitido pela Secretaria de Educação, necessários à pres- tação de contas das despesas (notas fiscais, recibos, dentre outros exigidos), com os objetivos de garantia de fidedignidade e transpa- rência do processo; 159 5) instrumentalização dos recursos humanos que auxiliam a direção escolar na aquisição de produtos e materiais, com vistas à organiza- ção e tramitação de processos administrativo-financeiros, organiza- ção de documentos necessários à prestação de contas das despesas correntes; 6) encaminhamento à Secretaria de Educação dos documentos re- lativos às despesas decorrentes do Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE, PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e As- sociação de Pais e Mestres - APM, mediante prazos previstos e ga- rantindo que os dados e as informações prestados são fidedignos. 7) exposição (em quadro mural) do demonstrativo das despesas efe- tuadas e receitas disponibilizadas ou a respectiva cópia da prestação de contas remetida à Secretaria de Educação; 8) realização do balanço anual; 9) execução da prestação de contas, realizando sua prévia confe- rência, com auxílio do Presidente do Colegiado e/ou Presidente da APM, para posterior remessa à Secretaria de Educação. Enfim, ressalta-se que os recursos financeiros necessários para a manutenção e desenvolvimento do ensino deverão ser admi- nistrados de forma democrática, com a participação ativa dos diver- sos segmentos da comunidade escolar, envolvimento dos pais e em parceria com o Colegiado Escolar. 160 ● Leitura do Texto: REGULAÇÃO SISTÊMICA E POLÍTICA DE FINANCIAMENTO DA EDUCA- ÇÃO BÁSICA. DUARTE, Marisa Ribeiro Teixeira. In: Revista Educação & Sociedade. V. 26, N. 92, Campinas, 2005. Acesso http:// www.cedes.unicamp.br. Este ar- tigo discute a atual organização federativa da política de financiamento na regulação dos sistemas públicos res- ponsáveis pela oferta de serviços que efetivem o direito comum à educação básica. Considera-se que a engenha- ria política de financiamento, estabelecida após 1996, foi capaz de induzir maior autonomia e descentralização de gestão, a adoção local de programas definidos central- mente, porém apresentou baixa capacidade de redução das desigualdades derecursos intersistemas de ensino e interescolares. O estudo procurou analisar os possíveis efeitos das alterações advindas da aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Bá- sica (FUNDEB) na regulação dos sistemas de ensino. suGestões para COMpleMentaÇÃO de estudOs 161 ● Leitura do Texto: FINANCIAMENTO DA EDUCA- ÇÃO NO BRASIL: UM BALANÇO DO GOVERNO FHC (1995-2002). DUARTE, Marisa Ribeiro Teixeira. In: Revista Educação & Sociedade. V. 26, N. 92, Campinas, 2005. Acesso http:// www.cedes.unicamp.br. A Revista Educação & Sociedade é um dos mais importantes peri- ódicos hoje editados na área da Educação no país. Editada desde 1978, a Revista é publicada quadrimestralmente. Um número especial temático tem sido organizado a cada ano, desde 1995, transformando a Revista em uma publicação trimestral. Idealizadada como instrumento de incentivo à pesquisa acadêmica e ao debate amplo sobre o ensino, nos seus diversos prismas, ela atinge, após anos de publicação ininterrupta, um grande acúmulo de análises, informações, debates, fontes teóricas, relatos de experiências pedagógi- cas, entre outros, de grande interesse a cientistas e educa- dores que atuam nas ciências humanas e outros campos do saber. Um aspecto a ser salientado, no horizonte abrangido por Educação & Sociedade, é seu trabalho de abertura aos países da América Latina e Europa. A Revista, agorainde- xada internacionalmente, recebe contribuições de autores de diversos países. Neste intercâmbio cosmopolita, tem- -se logrado trazer, não apenas para o setor da educação, para outras áreas, temas discutidos com rigor e novidade por especialistas - mas também apresentando renovado interesse para as várias linhas de pesquisa acadêmica. 162 ● Assista ao filme: O Clube do Imperador Sinopse: William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedict's, uma escola preparatória para rapazes muito ex- clusiva que recebe como alunos a nata da sociedade americana. Lá Hundert dá lições de moral para serem aprendidas, através do estu- do de filósofos gregos e romanos. Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que "o caráter de um homem é o seu destino” e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude correta. Repentinamente, algo perturba esta rotina com a chegada de Sedgewick Bell (Emile Hirsch), o filho de um influente sena- dor. Sedgewick entra em choque com as posições de Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia, Hundert considera Sedgewick bem inteligente eacha que pode colocá-lo no caminho certo, chegando mesmo a colocá-lo na final do Senhor Júlio César, um concurso sobre Roma Antiga. Mas Sedgewick trai esta confiança, arrumando um jeito de trapacear. 163 1) Como você interpreta a Pesquisa intitulada “Escolha de Dirigentes Escolares”, quanto ao aspecto gestão da área financeira da escola? 2) Cite duas críticas apontadas pelos autores quanto ao financiamento da educação básica no país, nomeando os respectivos estudiosos que as leventaram. 3) Cite duas sugestões apresentadas pelos autores quanto ao financiamento da educação básica brasileira, nomeando os respectivos estudiosos que as leventaram. 4) Faça uma análise crítica sobre o aparato legal existente no Brasil referente ao assunto em pauta. 5) Quais as estratégias que você considera importantes para o gestor escolar adotar, a fim de alcançar a eficácia nos processos administrativo-financeiros da escola? Cite 3 delas. atividades ABU-DUHOU, Ibtisam. Uma Gestão Mais Autônoma das Esco- las. Brasília: UNESCO/IIEP, 2002. BARROSO, João. Autonomia e Gestão das Escolas. Lisboa: Mi- nistério da Educação, 1997. O estudo da autonomia da escola: da autonomia decretada à autonomia construída. In: O ESTUDO DA ESCOLA. Porto: Porto Editora, 1997. reFerênCias bibliOGráFiCas ____. O Reforço da Autonomia das Escolas e Flexibilização da Gestão Escolar em Portugal. In: FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org.). Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, no- vos desafios. São Paulo: Cortez Editora, 2006. BENEVIDES, Maria Vitória de Mesquita. Cidadania e Democra- cia In: Cidadania, Revista Lua Nova, N. 33, CEDEC/São Paulo, 1994. BORDIGNON, Genuino & GRACINDO, Regina Vinhaes. Gestão da Educação: o município e a escola. In: FERREIRA, Naura S. Carapeto & AGUIAR, Márcia Ângela da S. G. Gestão da Educa- ção: impasses, perspectivas e compromissos. 4ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2004. BRASIL. 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Em decorrência, torna-se o principal agente para que a educação escolar seja de fato e de direito um instrumento na melhoria dos índices de aproveitamento escolar. ● a democratização das relações internas da escola e a par- ticipação dos professores no destino da educação – Consi- derando que a democracia requer a contribuição da escola, há de se definir conjuntamente espaços de decisão coleti- va, sob a liderança do gestor escolar. O Colegiado Esco- lar assume papel imperioso neste processo, assim como o Corpo Docente; assim, deverão ser co-partícipes na defi- nição dos rumos a serem trilhados pela educação escolar em parceria com os demais segmentos da escola. Outros mecanismos de democratização também deverão ter lugar no espaço escolar, como: a autonomia construída (é o fun- damento da concepção democrático-participativa de ges- tão escolar) e a descentralização necessária. Em resumo, pretende-se uma escola cidadã, onde o poder está no todo e é feito de processos dinâmicos construídos coletivamente GabaritO pelo conhecimento e pela afetividade, constituindo-se em espaço aberto de criação e vivência. ● as escolhas teóricas que nortearão a organização curricu- lar e as ações de apoio técnico-pedagógico – considerando o embasamento teórico que fundamentará e dará sustenta- ção à prática pedagógica e ao currículo planificado, cons- tante na Proposta Pedagógica ou Projeto Pedagógico e que se desdobrará nos planos de ensino do professor, gerando competência técnica ao trabalho docente, intencionalidade e sistematização. Por sua vez, as ações de apoio técnico- pedagógico lideradas pelo gestor escolar com a participa- ção atuante do Coordenador Pedagógico ou Supervisor Escolar também urgem serem escudadas pelo mesmo em- basamento teórico-prático, para tanto o estudo é um valor destacável no âmbito da escola. Enfim, o desenvolvimento pessoal e profissional mediante práticas de envolvimento dos professores na organização da escola, na organização e articulação do currículo (de modo a conduzir à aprendi- zagem e ao sucesso escolar), nas atividades de assistência pedagógico-didática junto à coordenação pedagógica, nas reuniões pedagógicas, nos conselhos de classe e em outras oportunidades, serão metas da escola cidadã. 5) Pessoal Unidade 2 1) a) Pessoal b) Pessoal c) Pessoal 2) Pessoal 3) Pessoal 4) Pessoal 5) No topo, o ideal a ser alcançável: escola eficaz; nos pilares, os aspectos que terão de ser observados na elaboração e implantação do planejamento estratégico: ● liderança do gestor (Direção Escolar: Diretor e Diretor- adjunto ou Vice-diretor) na condução do processo de ges- tão democrática; ● toda a ação da escola direcionada em prol e em função do aluno (esforço concentrado neste propósito); ● toda a escola deverá estar atenta para os fatos a dados que possam favorecer o alcance dos objetivos/metas e os que dificultam, a fim de serem estimulados os primeiros e superados os segundos; os dados estatísticos deverão ser analisados com cuidado e com frequência pela Equipe Técnico-pedagógica e pelo Corpo Docente. Os fatos que ocorrerem no âmbito escolar deverão ser objeto de atenção e posteriores iniciativas, caso possam interferir potencial- mente (de forma negativa) no alcance dos objetivos/metas preestabelecidas; ● a melhoria contínua não se restringe apenas aos recur- sos humanos da escola, todavia este será o ponto alto de preocupação e de esforço. A competência aumenta a chan- ce de êxito no desempenho de atribuições cabíveis e será alcançada mediante participação de cursos de formação continuada, aperfeiçoamento e níveis mais elevados de pós-graduação. A melhoria contínua também se refere aos demais aspectos como: do ambiente escolar, do currículo escolar, dos instrumentos de gestão, dos recursos tecnoló- gicos utilizados pelo Corpo Docente, das relações inter- pessoais, dentre outros; ● na nova concepção de formação, o professor é tido como intelectual crítico na contextualização sociocultural de suas aulas e na colaboração pela transformação social mais ampla; profissional reflexivo; pesquisador e elaborador de conhecimentos, quando se instrumentaliza mediante am- pliação do embasamento teórico (assuntos pedagógicos e de conteúdos), a fim de contribuir decisivamente na orga- nização e gestão escolar, realizar reflexões sobre sua prá- tica, investigar fatores de sucesso e dificultadores da sua prática docente e desenvolver competências e habilidades de participação coletiva, de análise dos problemas e de to- mada de decisões inteligentes; ● o trabalho em equipe implica em envolvimento dos ato- res (Equipe Técnico-pedagógica e o Corpo Docente) além dos demais membros da comunidade escolar. Unidade 3 Tarefa: a) Pessoal b) Pessoal 1) Pessoal 2) Pessoal 3) Pessoal c) Pessoal d) Pessoal Unidade 4 1)“Conjuntode políticas e práticas definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho”. A gestão de pessoas considera a com- petência como o diferencial entre as pessoas de uma organização, haja vista que o conhecimento está nas pessoas e é ele um dos ingre- dientes da competência. As corporações vêm adotando a sistemática de gestão de pessoas por competências (individuais, coletivas e or- ganizacionais). Esta área do conhecimento agrupa diretrizes, formas de agir, condutas adequadas e eficazes numa organização, onde “as pessoas deixam de ser o problema das organizações e passam a ser a solução de seus problemas. As pessoas deixam de ser o desafio para se tornar a vantagem, o diferencial para que estas organizações possam ser efetivamente competitivas. As pessoas deixam de ser o recurso organizacional mais importante para se tornar o parceiro principal do negócio. Nesta óptica, administra-se com as pessoas. É a chamada administração participativa, onde as pessoas com suas inteligências, criatividades, habilidades mentais, passam a fazer as diferenças dentro deste processo altamente competitivo por que pas- sam as empresas. As pessoas deixam de ser vistas como custos para serem reconhecidas como lucros para as empresas. Na gestão de pessoas, deverá o Gestor Escolar no seu Plano de Ação estabelecer prioridades, tendo como referencial o PDE e a Proposta Pedagógica ou Projeto Pedagógico da Escola. 2) As regras para se estabelecer um ambiente em que as pessoas gostem do que fazem e sintam prazer em ali estar são: ● a finalidade e os objetivos estejam claramente definidos e sejam conhecidos de toda a comunidade escolar e parti- cipantes externos; ● as responsabilidades e ações de cada um estejam clara- mente atribuídas pelo coletivo; ● a direção escolar seja concebida como a coordenação das “alteridades”, das diferenças entre os iguais; ● as pessoas sejam situadas como sujeitos, porque somen- te sujeitos são cidadãos, capazes de se comprometer e par- ticipar com autonomia; ● os conflitos não sejam negados, mas mediados dialeticamen- te, pois são inerentes à condição humana emancipada e re- sultam da pluralidade dos saberes e visões de mundo, que constituem a riqueza da instituição; ● a informação flua límpida e transparente, pois é a maté- ria-prima da gestão; ● o respeito profissional seja cultivado acima das diver- gências. 3) Pessoal 4) As grandes diretrizes a serem seguidas para planejar este pro- grama de capacitação dos gestores escolares, a fim de alcançar a eficácia seriam: ● levantar temas de interesse e relevância para o gestor, como por ex.: estrutura e processos de organização e ges- tão; construção da autonomia escolar; liderança na con- dução do Projeto Pedagógico; gerar motivações; dentre outros; ● considerar as funções específicas que o profissional deve desempenhar no cotidiano escolar, como objeto de refle- xão, estudo, pesquisa o desenvolvimento de capacidades para assumi-las com segurança e realizar a análise da prá- tica cotidiana; ● considerar o entendimento dos aspectos específicos e processuais da gestão escolar; ● centrar-se na metodologia da problematização, que ado- ta como foco as situações naturais e concretas de trabalho de gestão da escola; ● desenvolver competências deve, pois, ser o foco do pro- grama; ● aplicar os conhecimentos discutidos e que serviram de reflexão no programa de capacitação na escola (o lócus privilegiado, espaço educativo, lugar de aprendizagem); ● avaliar, posteriormente, tais conhecimentos e experi- ências aplicados, levantando os resultados alcançados na próxima etapa da capacitação. 5) Porque implementar uma política de formação continuada e de estímulo ao aprofundamento de estudos ulteriores junto a todos os Servidores da Escola na articulação da gestão de pessoas irá instrumentalizá-los a desempenharem com eficácia as atribuições cabíveis, ampliará as chances de sucesso na tarefa de participação coletiva, (emitir opiniões; prestar informações; difundir saberes li- gados à sua área de atuação e aos destinos da organização; interagir comunicativamente com os colegas; fazer reflexões sobre a prática cotidiana, possibilitando ajustes no decorrer do processo ensino- aprendizagem; demonstrar habilidades e domínio de conhecimen- to técnico na elaboração, execução, monitoramento e avaliação do Projeto Pedagógico ou Proposta Pedagógica e PDE). Enfim, capaci- ta para a participação competente. Unidade 5 1) Quando o gestor escolar for elaborar seu plano de ação, as es- pecificidades da gestão administrativa, que deverão ser abrangidas são: a legislação escolar e as normas administrativas; os recursos físicos, materiais e didáticos; a direção e a administração, incluindo as rotinas administrativas e a secretaria escolar são especificidades da gestão de natureza técnico-administrativa. 2) Com base na contribuição dos autores enfocados na Unidade, os efeitos destacados que decorrem de reformas e inovações que costumam ser introduzidas na escola a partir de decisões externas à mesma são: as inovações apresentadas como soluções podem se tornar um problema, porque agravam ainda mais a sobrecarga de trabalho, definem mudanças superficiais e claramente burocráticas nos novos papéis, e pouco contribuem para a democratização do poder e para a construção de novos conceitos sobre a qualidade do ensino. Na grande maioria das vezes estas propostas de mudança induzida da realidade existente, está malfadada ao fracasso porque atingem unicamente a dimensão técnica do docente. O professor é tratado como profissional parcial e o ignoram como profissional total. Esta última acepção comporta aspectos que envolvem o pro- fessor como pessoa, o contexto do mundo real em que trabalham e a cultura do ensino construída por eles nas relações que estabelecem com os colegas da escola. O compromisso com esta visão do en- sino e do trabalho dos profissionais da escola sugere modalidades de liderança, de administração e de desenvolvimento pessoal que respeitem e apoiem a capacidade que eles possuem para formular juízos equilibrados e tomar decisões que incidirão diretamente nas crianças sobre responsabilidade desses. A partir da análise de es- tudos e pesquisas educacionais, restou a certeza de que a principal causa de fracassos ou de sucessos das propostas de mudança in- trojetadas no espaço escolar está na resistência ou reação contrária do Corpo Docente ou na aceitação e adesão do mesmo. Inovações poderão ser acatadas por segmentos mais ousados, mas a aceitação ou a recusa da massa de professores é que definirá a transformação em larga escala dentro do território escolar. Em outras oportunida- des, as mudanças esbarram com o acúmulo de serviço do Diretor Escolar. Reincidentes vezes lamenta que se dedica muito tempo às questões burocráticas, em detrimento das ações-fim. Por este moti- vo é importante que tenha o seu plano de ação, acompanhe-o siste- maticamente, faça a sua agenda diária e esteja alerta para atendê-la, priorizando as ações e atividades nucleares e ocupando menor tem- po nas periféricas. 3) Assim, o setor administrativo (área-meio) da escola deve estar a serviço do pedagógico (área-fim). Isto significa dizer que o gestor escolar precisa, necessariamente dedicar maior parte do seu tem- po e da sua agenda para as ações ligadas diretamente ao ensino. Reincidentes vezes o Diretor Escolar lamenta que se dedica muito tempo às questões burocráticas, em detrimento das ações-fim. Por este motivo é importante que tenha o seu plano de ação, acompa- nhe-o sistematicamente, faça a sua agenda diária e esteja alerta para atendê-la, priorizando as ações e atividades nucleares e ocupando menor tempo nas periféricas. É necessário lembrar que a preocupa- ção básica da escola pública é a universalização do saber e o saberse universaliza através da organização e articulação do currículo, que deve conduzir à aprendizagem e ao sucesso escolar. Enfim, tudo na escola deve estar em função e a serviço do cumprimento deste papel, inclusive a área administrativa da escola. 4) Pessoal a) Pessoal b) Pessoal c) Pessoal Unidade 6 1) Pessoal 2) Críticas apontadas pelos autores quanto ao financiamento da edu- cação básica no país: a) A engenharia política de financiamento, estabelecida após 1996, ano de aprovação do FUNDEF - Fundo de Ma- nutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -, foi capaz de induzir de modo contraditório a autonomia e a descentralização de gestão com a adoção local de programas definidos centralmente, porém apresentou baixa capacidade de redução das desi- gualdades de recursos intersistemas de ensino e interesco- lares (Duarte, 2005). b) As metas do PNE, que agora possuem força legal, não são cumpridas. As metas do PNE sinalizam para a necessi- dade de recursos financeiros na ordem de 10% do PIB, nos próximos dez anos, ao passo que o potencial atual está na casa de 4,5% do PIB (Pinto, 2002). 3) Sugestões apresentadas pelos autores quanto ao financiamento da educação básica brasileira: a) A importância da adoção de políticas de ampliação de investimentos para financiamento da educação bási- ca brasileira. Os investimentos deverão estar focalizados em projetos e programas de superação das desigualdades intersistemas de ensino. Focalizar investimentos comple- mentares na universalização de um sistema público de qualidade nas mais diferentes regiões do país, rompendo com uma lógica política de financiamento da escolarização dos mais pobres em situações precárias e de baixa qualida- de de ensino-aprendizagem (Duarte, 2005). b) Aumento dos recursos que patrocinam o financiamento da educação básica do país, a fim de atender às metas do PNE (até chegar aos 10% do PIB, nos próximos dez anos). O que dependerá de um esforço conjunto das três esfe- ras públicas, mas com prioridade para a União, já que esta detém a maior parte dos recursos públicos no país (con- siderando impostos e contribuições) e é a que menos se envolve com o financiamento da educação (Pinto, 2002). 4) Pessoal 5) As 3 estratégias importantes para o gestor escolar adotar, a fim de alcançar a eficácia nos processos administrativo-financeiros da escola são: a) execução de reunião ou sessão de estudos, com o propó- sito de prestar orientação técnica à equipe escolar quanto aos processos administrativo-financeiros da escola; b) organização dos documentos, mediante consulta ao Manual de orientação emitido pela Secretaria de Educa- ção, necessários à prestação de contas das despesas (notas fiscais, recibos, dentre outros exigidos), com os objetivos de garantia de fidedignidade e transparência do processo; c) instrumentalização dos recursos humanos que auxiliam a direção escolar na aquisição de produtos e materiais, com vistas à organização e tramitação de processos administra- tivo-financeiros, organização de documentos necessários à prestação de contas das despesas correntes.
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