Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATIVIDADE ESTRUTURADA DE LITERATURA COMPARADA Como pudemos observar no decorrer da disciplina a Literatura Comparada traz como característica fundamental, desde o seu surgimento como disciplina acadêmica, a noção de transversalidade, seja com relação às fronteiras entre as nações ou idiomas, seja no que diz respeito aos limites entre as áreas do conhecimento Quando estudamos a literatura brasileira, conhecemos a influência que as literaturas de raiz europeia exerceram sobre a nossa. Um pouquinho sobre os autores Terceiro ocupante da Cadeira 2, eleito em 8 de agosto de 1963, na sucessão de João Neves da Fontoura e recebido pelo Acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco em 16 de novembro de 1967. Guimarães Rosa (João G. R.), contista, novelista, romancista e diplomata, nasceu em Cordisburgo, MG, em 27 de junho de 1908, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de novembro de 1967. Com ele, o regionalismo estava novamente em pauta, mas com um novo significado e assumindo a característica de experiência estética universal. Mia Couto Um expoente da literatura africana, Mia Couto nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955, e é biólogo de formação. Atualmente é o escritor moçambicano mais traduzido no exterior, as suas obras foram publicadas em 24 países. Premiado internacionalmente, inclusive com o Prêmio Camões (2013) e com o Neustadt Prize (2014), Mia Couto apresenta uma farta produção (o autor já lançou mais de trinta livros entre prosa, poesia e literatura infantil). Seu romance Terra sonâmbula é considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Quando estudamos a literatura brasileira, conhecemos a influência que as literaturas de raiz europeia exerceram sobre a nossa. Da mesma forma, observa- se que a relação entre as literaturas lusófonas se desenvolve em um rico diálogo, apontando a influência e o desenvolvimento das temáticas e técnicas, seu imbricamento, contraste, complementação e contraponto. Temos como exemplo as obras de Guimarães Rosa e Mia Couto Mia Couto fala da influência de Guimarães Rosa na sua prosa poética e conta que seus livros. “Foi um abalo sísmico.” Assim o escritor moçambicano Mia Couto define o encontro com os primeiros textos de Guimarães Rosa – mais especificamente, com os contos de Primeiras Histórias. Mais ainda, com A Terceira Margem do Rio. Foi observando como o escritor mineiro plasmava a oralidade do sertão para o texto literário que Mia percebeu o quanto sua própria prosa, impregnada de elementos da oralidade do universo rural moçambicano, poderia levá-lo longe.~ Mesmo com formas de escrever particulares os autores se unem em temas universais como o tempo, o homem, e a morte. Textualmente tanto Mia quanto Guimarães bebem da mesma fonte, a invenção de palavras, o corte seco que dá vida aos personagens e preocupa-se com a identidade dos povos africanos e busca solidificar a independência do seu país. Sua obra mostra o conflito entre a imposição dos valores coloniais e os valores tradicionais, que, mesmo reprimidos, conseguiram se preservar por meio de situações inusitadas que os colonizadores jamais conseguiram dominar ou compreender. Brasil e Moçambique não apenas falam a mesma língua, mas sentem de forma semelhante o que não pode ser dito em nenhuma outra língua, Segundo Mia Couto, uma língua deve se libertar de suas amarras e usufruir o poder divino da palavra. Neste contexto, O Sertão de Guimarães Rosa seria um mundo construído na linguagem. http://obviousmag.org/enquanto_isso/2015/05/entre-dois-rios-guimaraes-rosa- e-mia-couto.html#ixzz6QIxQ7Dwu https://www.portalraizes.com/1mia-couto-guimaraes-rosa/ http://www.academia.org.br/academicos/joao-guimaraes-rosa/biografia http://obviousmag.org/enquanto_isso/2015/05/entre-dois-rios-guimaraes-rosa-e-mia-couto.html#ixzz6QIxQ7Dwu http://obviousmag.org/enquanto_isso/2015/05/entre-dois-rios-guimaraes-rosa-e-mia-couto.html#ixzz6QIxQ7Dwu https://www.portalraizes.com/1mia-couto-guimaraes-rosa/ http://www.academia.org.br/academicos/joao-guimaraes-rosa/biografia
Compartilhar