Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 TALCOTT PARSONS: ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA Talcott Parsons nasceu em Colorado Springs, Estados Unidos no dia 13 de dezembro de 1902, estudou em Harvard onde ocupou o lugar central no Departamento de Relações Sociais em Harvarrd e no Departamento de Relações Públicas. Talcott desenvolveu a teoria do funcionalismo estrutural. Ele titulou a sociedade não mais como uma organização e sim como um sistema. Para comprovar suas teorias de sistemas e subsistemas, adotou o método conhecido como Paradigma AGIL. Contribui para idéias de Evolucionismo Social e Neovolucionismo, dividindo-os em quatro subprocessos como a diferenciação, a adaptação, a inclusão e a generalização e a analisando-os em três estágios como primitivo, arcaico e moderno. Talcott definiu a sociedade em duas dimensões como instrumental e expressiva, após observar os comportamentos dos indivíduos. Além de suas contribuições para ações da época, Talcott foi autor de algumas obras como a “A Estrutura da Ação Social” em 1937; “O Sistema Social” em 1951; “Estrutura e Processo nas Sociedades Modernas” em 1960; “Sociedades: Perspectivas Evolucionárias e Comparativas” em 1966; “Política e Estrutura Social” em 1969; “Teoria da Ação e Condição Humana” em 1978 são algumas das obras publicadas por ele. É nesse contexto que a sociologia de Parsons emerge com a preocupação de responder à crise enfatizando a ordem social como fundamento para a estabilidade dos sistemas de interação entre os atores sociais” (Mayhen, 1982). Para Parsons um sistema precisa se adaptar ao ambiente em que este inserido, atingindo os seus objetivos, integrando os seus componentes. O que faz com que o indivíduo se sinta parte desse processo, permitindo ao mesmo uma maior participação na área social da sociedade de um modo geral. O maior sistema no ponto de vista dele é a ação social. Sistema esse que tem ganhado força a cada dia mais no presente século e que já era muito discutido por ele, significando e a sua importância para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, com o propósito de beneficiar as classes sociais menos favorecidas. Parsons buscou a diferenciação das sociedades na capacidade de adaptação de sua organização social, de tal modo que a maior capacidade de adaptação generalizada corresponde uma complexidade crescente, este pensador fez três classificações básicas sobre as sociedades, são elas: as sociedades primitivas, a sociedade intermediária e a sociedade moderna. De acordo com as teorias de Parsons a sociedade é formada por sistemas e subsistemas, que vão proporcionar as pessoas de um modo geral, uma qualidade de vida melhor através de diferentes buscas. 2 “A teoria sistêmica desenvolvida por Parsons e alguns de seus discípulos acabou configurando o estrutural funcionalismo, que juntamente com o positivismo e o funcionalismo clássico compõem um conjunto de teorias sociais enfatizadoras da ordem e da estabilidade. ” (Gouldner, 1971) Sendo assim serão destacados aqui quatro sistemas comuns na sociedade de acordo com Parsons. A influência da cultura na sociedade é muito grande, isso pode ser notado, por exemplo, em nosso país onde a diversidade de culturas é muito grande. Mas nesse sistema os valores e o bem comum têm seus maiores desafios. Essa diversidade cultural pode acabar por acarretar problemas que podem afetar toda a sociedade envolvida, surgindo problemas como o procedimento racial, cultural, linguística, enfim problemas que afetam o convívio social das pessoas. Para realizar as análises dos sistemas e subsistemas, Talcott utilizou o Paradigma AGIL, onde informou que para manter um equilíbrio de um ambiente, o sistema deve se adaptar ao mesmo e atingir seus objetivos. Segunda ele, o paradigma possui quatro subsistemas onde ele considerou como: (A) os comportamentos dos membros dentro da sociedade, (G) a personalidade dos membros dentro de uma sociedade, (I) a sociedade dentro da organização social e o (L) a cultura dessas sociedades. Sendo assim, as pessoas devem analisar seus papeis sociais conforme seus papeis ocupacionais, políticos judiciários e educacionais. Analisou também a sociedade como um complexo de sistemas como a economia, a política, comunidade social e o sistema de confiança. “Conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade forma de um sistema determinado que tem sua vida própria. ” (DURKHEIM, 1973, p. 342). As teorias de Parsons enfatizam com clareza alguns dos muitos problemas que afetam a sociedade atualmente. O fator cultural tem muito a contribuir no surgimento de conflitos dentro de uma determinada sociedade. Desse modo as diversas teorias trazem sugestões de como lidar com esses problemas enfrentados pela sociedade atual, além de proporcionar o conhecimento adquirido pelos povos ao longo da história. Na área social é bem clara a teoria de Parsons de que o indivíduo é influenciado pelos sistemas social presentes, independente do país ou nação. Essa ideia foi importante para o desenvolvimento da sociedade industrial, onde as pessoas têm por dever seguir cuidadosamente as regras e normas estabelecidas pela lógica do sistema capitalista. No caso do Brasil as leis, partidos políticos entre outros são fatores que contribuem para a formação social da sociedade, em que se acredita que todos esses sistemas são importantes para o desenvolvimento de uma nação, basta que os indivíduos tenham em comum planos, objetivos, sonhos, será possível que sim haja uma luta por uma condição social igualitária, proporcionado aos indivíduos uma satisfação cada vez maior. Parsons não deixa ainda de reconhecer as necessidades e os valores individuais dos indivíduos seres, mas percebe que somente a partir do sistema é que os indivíduos encontram resposta para as suas necessidades. 3 O comportamento dos indivíduos é algo que influencia na sociedade, sabe- se que pessoas de um mau comportamento muito bem a contribuir para a manutenção de bom andamento da sociedade no sentido de se obter a paz, a harmonia entre os indivíduos de uma maneira pacífica e interessante. As atitudes de membros ou de pessoas de uma determinada associação, por exemplo, pode influenciar na formação de opiniões a respeito de um dado assunto. Essa teoria vem sendo muito utilizada no presente século, pois se sabe que a personalidade do indivíduo vem sofrendo transformações. Parsons considera a sociedade um grande sistema, que está em constante transformação. Sendo que essas transformações trouxeram consigo o enfraquecimento das pessoas para a aquisição de algum bem ou para a satisfação de algum objetivo a ser realizado. Para que os objetivos fossem alcançados o que fez com que ganhasse força foi o crescimento de grupos de interesse que possuem algo em comum como a criação de sindicatos e associações, que possuem a árdua tarefa de beneficiar os menos favorecidos em um determinado local, ou na sociedade. Lideranças como as associações políticos, sindicatos e outros lutam entre si, o que leva o conflito a se tornar um elemento permanente da organização social fragmentada e diversidade da sociedade tecnológica. O que faz o modelo sistema de Parsons ser diferente é a postura positivista, de modo que vê no individuo apenas uma peça do sistema como se não fosse capaz de criar, problematizar e transformar. Tratando cada indivíduo como uma peça de um grande quebra cabeça, Parsons era obsessivo por determinar a função de cada um na estrutura social. Isso rendeu a ele várias críticas, pois ele só visava a política como instrumento de garantia do bom andar do todo, jamais como instrumento de transformação ou mudança. Parksons enxergava qualquer comportamento como protesto ou greve como perturbadores, pois atrapalhavam o todo. Um exemplo de sistema seria como é organizado um formigueiro, levando em conta que o papel do operário e darainha- mãe está devidamente pré-determinado e ordenado em manutenção e aperfeiçoamento de um sistema maior. Parsons, no entanto, nunca afirmou que existisse uma sociedade a qual estaria isenta de conflitos ou que estivesse, de algum modo, em um “perfeito equilíbrio”. De acordo com o autor, uma sociedade baseada em valores culturais era o típico caso de nunca estar completamente integrada e não se comportar de forma estática na maior parte do tempo. REFERÊNCIAS: 4 BARRETO, Bernardo. A conceituação de organização em Talcott Parsons. Disponível em < http://www.overmundo.com.br/banco/a-conceituacao-de- organizacao-em-talcott-parsons > Acesso em: 24 set. 2015 BORGES, Rudinei. Talcott Parsons e a configuração do estrutural- funcionalismo. Disponível em < https://revistaparametro.wordpress.com/2011/04/16/talcott-parsons-e-a- configuracao-do-estrutural-funcionalismo/> Acesso em: 24 set. 2015 DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. 6. ed. São Paulo Companhia Editora Nacional, 1971. GOULDNER, A.W. The coming crisis of western sociology. New York: Equinox Book, 1971. MAYHEN, L.H. Talcott Parsons: on institutions and social evolution, Chicago: The University of Chicago Press, 1982. PARSONS, Talcott. Sociedades: perspectivas evolutivas e comparativas. São Paulo: Pioneira Editora, 1969. http://www.overmundo.com.br/banco/a-conceituacao-de-organizacao-em-talcott-parsons http://www.overmundo.com.br/banco/a-conceituacao-de-organizacao-em-talcott-parsons https://revistaparametro.wordpress.com/2011/04/16/talcott-parsons-e-a-configuracao-do-estrutural-funcionalismo/ https://revistaparametro.wordpress.com/2011/04/16/talcott-parsons-e-a-configuracao-do-estrutural-funcionalismo/
Compartilhar