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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA CURSO BACHARELADO EM FARMÁCIA Dor - Teste para avaliar o efeito farmacológico da morfina em camundongos sobre estresse em placa quente LUAN DUARTE LOPES Santarém – PA Abril – 2017 LUAN DUARTE LOPES Dor - Teste para avaliar o efeito farmacológico da morfina em camundongos sobre estresse em placa quente Relatório apresentado como pré-requisito para a obtenção de nota parcial na disciplina de Farmacologia II, Curso Bacharelado em Farmácia do Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal do Oeste do Pará – Campus de Santarém. Professor Dr. Waldiney Pires Santarém – PA Abril – 2017 1. INTRODUÇÃO Este relatório refere-se a aula pratica dos dia 31 de março, onde o objetivo central foi avaliar o tempo que os camundongos levavam para produzir excitações após a administração de morfina e salina. Para podermos analisar o tempo que a morfina levar para produzir efeito. Participaram desta aula os discentes do curso de farmácia da turma de 2013. A aula foi conduzida pelo farmacêutico do ISCO e um aluno mestrando. A aula ocorreu como complemento de atividade curricular da disciplina de Farmacologia II. Uma das formas de definição da dor mais completa é a da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IAPS) que a descreve como “uma experiência desagradável, de natureza sensorial, cognitiva e emocional, associada a dano tissular real ou potencial” (Lapa et al., 2007). Apesar dos animais não apresentarem a capacidade de comunicar verbalmente a ocorrência de dor, quando são submetidos a um estímulo reconhecidamente nociceptivo (noceo: nocivo), eles exibem respostas comportamentais, motoras e fisiológicas semelhantes às observadas em seres humanos. A partir da avaliação desses parâmetros podemos inferir que um animal está experimentando uma resposta álgica. Portanto, o termo nocicepção compreende respostas comportamentais e neurofisiológicas da dor dissociado do caráter cognitivo-afetivo da resposta (Lapa et al., 2007). 2. METODOLOGIA A aula pratica foi realizada no dia 31 de março de 2017, no laboratório de farmacologia da Universidade Federal do Oeste do Pará. A metodologia utilizada foi do protocolo experimental placa quente dos pesquisadores Woolfe e Macdonald, 1946. Animais Os animais utilizados foram 6 camundongos Swiss, machos do alojamentos de animais localizado no campos Tapajós – UFOPA, pesando 25 a 50 gramas. Os animais foram mantidos em gaiolas, sob condições controladas de temperaturas 23 ± 2 ºC, ciclo claro/escuro de 12 horas de alimentação com ração PURINA e água ed libitun. Solução salina 0,9% e Morfina 10mg/ml Equipamentos · Caixa de camondongos pequenas · Agulha de cavagem para camundongos · Seringa de 1 ml · Balança semi-analitica · Pincel atômico permanente · Placa quente com isolamento Grupos Grupo 1: sem Droga – somente veiculo- solução salina á 0.9% (V.O) Grupo 2: Morfina (10mg/kg) 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1: grupo controle (salina), técnica de Woolfe e Mecdonald PESO TEMPO T+0 HORA T+30 HORA T+60 HORA T+90 Grupo 1 controle (salina 0,9%) A1 36 10:45 7 11:15 3 11:45 3 12:15 2 A2 40 10:49 5 11:19 4 11:49 2 12:19 3 A3 38 10:55 4 11:25 2 11:55 2 12:25 3 Média 38 5,3 3 2,3 2,6 Gráfico 1: Grupo 1 Controle solução salina Tempo em segundos que cada animal após a administração de salina levou para demostrar alguma resposta quando submetido na placa quente. Em tempos de latências, zero, 30, 60 e 90 minutos. PESO TEMPO T+0 HORA T+30 HORA T+60 HORA T+90 Grupo 2 morfina 10 mg/kg A1 36 10:37 10 11:07 5 11:37 5 12:07 3 A2 41 10:41 4 11:11 3 11:41 4 12:11 3 A3 40 10:48 4 11:18 3 11:48 4 12:18 3 Média 39 6 3,6 4,3 3 Tabela 2: Grupo 2 Morfina 10 mg/kg, técnica de Woolfe e Mecdonald Gráfico 2: Grupo Morfina 10mg/kg Tempo em segundos que cada animal após a administração de morfina 10mg/kg, levou para demostrar alguma resposta quando submetido na placa quente. Em tempos de latências, zero, 30, 60 e 90 minutos. Comparando média do teste controle e morfina, os camundongos com morfina demoraram mais tempo de resposta de estimulo a sensibilidade térmica. Concluindo que a morfina de fato teve um efeitos analgésico. O teste da placa quente produz dois componentes comportamentais, termos de seus tempos de reação, ou seja, lambida da pata e salto. É um modelo animal que avalia a atividade antinociceptiva de fármacos opióides, mas outras drogas com atividade central, tais como sedativas e hipnóticas mostram atividade no modelo da placa quente (Yaksh & Rudy, 1976, 1977; Yeung; Yaksh; Rudy, 1977). O presente teste foi avaliado a atividade analgésica da morfina. Que por teoria ira diminuir a sensibilidade dos camundongos em relação a placa quente. A colocação do animal sobre uma superfície aquecida a mais de 50ºC determinará uma resposta característica, na qual o animal troca rapidamente o apoio dos pés (“sapateia”), levanta ou lambe uma das patas. Porém, é necessária uma avaliação preliminar do limiar nociceptivo dos animais em estudo, a fim de evitar danos teciduais (Leite, 2009). A latência para o aparecimento desta resposta, cronometrado em segundos, pode ser considerada como um indicativo da intensidade da resposta nociceptiva a um estímulo térmico (Lapa et al., 2007). Os camundongos foram colocados individualmente no equipamento que consiste de uma placa quente com temperatura ajustada para causar um estresse térmico nos camundongos. A latência da resposta de retirada da pata é determinada 0, 30, 60, 90 minutos após a administração da substância a ser testada. O tempo máximo permitido para permanência dos animais na superfície quente é 30 segundos (tempo de corte) para evitar lesões nas patas. 4. CONCLUSÃO Diante dos fatos expostos o teste para ver se a morfina produziria um efeito analgésico em camundongos submetidos a placa quente foi positivo. Pois em comparação ao teste controle, os camundongos com morfina demoraram mais a demostrar reações esterolíticas (lambida das patas, pulos). 5. REFERENCIAS LAPA, A.J. et al. Métodos de avaliação da atividade farmacológica de plantas medicinais. 5.ed. São Paulo: Setor de Produtos Naturais, Departamento de Farmacologia, UNIFESP/EPM, 2007. 119 p. YAKSH, T.L.; RUDY, T.A. Analgesia mediated by a direct spinal action of narcotics. Science, v. 192, p.1357-1358, 1976. LEITE, J.P.V. Fitoterapia: bases científicas e tecnológicas. São Paulo: Atheneu, 2009. 344 p. Calculo da dose Grupo controle A1 zero min 30 min 60 min 90 min 7 3 3 2 A2 zero min 30 min 60 min 90 min 5 4 2 3 A3 zero min 30 m in 60 min 90 min 4 2 2 3 Tempos de latencias Tempo em segundos Grupo morfina A 1 zero 30 min 60 min 90 min 10 5 5 3 A 2 zero 30 min 60 min 90 min 4 3 4 3 A 3 zero 30 min 60 min 90 min 4 3 4 3 Tesmpos de latências Tempos em segundos
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