Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EDUCAÇÃO AMBIENTAL INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS MARACANAÚ LUIZ CARLOS NUNES DA SILVA Graduado em Tecnologia em Gestão Ambiental - IFCE Mestre em Tecnologia e Gestão Ambiental – IFCE Maracanaú 2016 EMENTA DA DISCIPLINA REFLEXÕES!!!!????? A CRISE SE EVIDENCIA EM NOSSO COTIDIANO VIVEMOS UMA SOCIEDADE DE RISCO !!! 4 PARECE QUE ESTAMOS NA CORRENTEZA DE UM RIO EM DIREÇÃO A UMA GRANDE QUEDA! “60% dos ecossistemas do planeta já estão destruídos ou seriamente deteriorados. Estamos à beira do esgotamento e de um colapso pela superexploração do meio por este modelo de desenvolvimento da sociedade moderna.” Avaliação Ecossistêmica do Milênio - ONU/2005 5 Metáfora do Rio Vivemos na correnteza de um rio, em que se não fizermos um esforço para mudarmos o rumo, seremos empurrados e seguiremos na direção da correnteza, mantendo o curso do rio. Correnteza = Paradigmas Rumo = Processo Histórico Curso do Rio = Sociedade VOCÊ É PARTE DO MEIO AMBIENTE OU É MEIO AMBIENTE ? “Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e comprometidos possa mudar o mundo; de fato, é só isso que o tem mudado.” (Margaret Mead) “Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro, formando uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a diversidade da vida.” Carta da Terra 9 Ato de educar; ensino; processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício (Ruth Rocha, 1996). Educação Conjunto de fatores bióticos (seres vivos) ou abióticos (físico-químicos) do habitat suscetíveis de terem efeitos diretos e indiretos sobre os seres vivos e, compreende-se, sobre o homem (Berté, 2008). Meio ambiente Contribuição: filósofos gregos Hipócrates Aristóteles Darwin Ciência 1869 Fenômenos complexos Biologia Zoologia Botânica Pedagogia Antropologia Matemática Estatística Geografia Meteorologia Física Química Sociologia Genética Pós 2ª Guerra Mundial Ecologia Educação Ambiental Ambientalismo Meio Ambiente Conhecimento Problemáticas Ambientais Preservação Conservação Ocupação do Brasil Pau - Brasil Açúcar e café Expansão das fronteiras agrícolas Instalações não planejadas Produção de soja Pecuária Desmatamento “As modificações impostas pela sociedade aos ecossistemas naturais, alterando as suas características físicas, químicas e biológicas, comprometendo, assim, a qualidade de vida dos seres humanos.” Berté (2009) DEFINIÇÕES “Degradar é deteriorar, estragar. É o processo de transformação do meio ambiente que leva à perda de suas características positivas e até à sua extinção”. Seiffert (2011) EXEMPLOS DE DEGRADAÇÃO Meio Urbano Resíduos Desmatamento Erosão Perturbação ou distúrbio Resiliência e estabilidade Reabilitação Restauração Recuperação Histórico da Educação Ambiental 1968 - Reunião do Clube de Roma. Preocupações com perdas de qualidade ambiental devido a atividade predatória desde a Revolução Industrial “Os Limites do Crescimento” 1972 - I Conferência Mundial de Meio Ambiente Humano Conferência de Estocolmo na Suécia, organizada pela ONU. Educação é apontada como estratégia para resoluções de problemas ambientais. Inseriu a temática de EA na agenda internacional. 1975 - I Seminário Internacional sobre Educação Ambiental Belgrado, Iugoslávia Divulga a necessidade de uma política de EA. Carta de Belgrado – propõe a EA como forma de educação formal e informal, num processo contínuo e permanente dirigido às crianças e aos jovens com caráter interdisciplinar. Instituição do Programa Internacional de EA (PIEA) em atendimento a recomendação 96 da conferência de Estocolmo. Organizado pela UNESCO e PNUMA. 1977 - Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental Tbilisi, Geórgia. Declaração da Conferência: define que EA tem função de criar consciência e compreensão dos problemas ambientais e estimular a formação dos comportamentos positivos. Não distingue público. Consolidação do PIEA. Os Anos 80 e o “Nosso Futuro Comum” Em 1983: a médica Gro Harlem Brundtland, foi convidada pela Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas para estabelecer e presidir a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Também conhecido como relatório Brundtland (1987), esse documento foi resultado dos trabalhos realizados pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU). Marca o surgimento do termo “Desenvolvimento Sustentável.” “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” “Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia. No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos. Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.” Nosso Futuro Comum (anos 80) Indica as medidas para o Desenvolvimento Sustentável: Limitação do crescimento populacional. Garantia de recursos básicos. Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas. Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis. Nosso Futuro Comum (anos 80) Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas. Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia). (...) foi o fato de que o relatório não se restringiu aos problemas ambientais, mas, refletiu também uma postura identificada com os interesses dos países em desenvolvimento, expondo a importância da cooperação e do multilateralismo. Mostrou que a possibilidade de um estilo de desenvolvimento sustentável está ligado aos problemas de eliminação da pobreza, da satisfação das necessidades básicas de alimentação, saúde e habitação e, aliado à alteração da matriz energética, privilegiando fontes renováveis e o processo de inovação tecnológica. Gro Harlem Brundland 1992 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento- Rio 92 Documento de Tbilisi é revisado: recontextualização e ampliação dos princípios e recomendações. Na Agenda 21, cap. 36, reorientação do ensino para desenvolvimento sustentável, aumento da consciência pública e promoção de treinamento. Fórum Internacional das Ong’s Pactuam o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis”, afirmando a posição transformadora. Convoca a população para assumirem responsabilidade individual e coletiva. Correntes de Educação Ambiental Naturalista Conservacionista Resolutiva Sistêmica Científica Humanista Moral/Ética 1970/ 1980 Mais recentes Holística Biorregionalista Etnográfica Educomunicação Sustentabilidade Crítica Social Práxica Feminista Então, o que é Educação Ambiental???? Educação Ambiental não é um processo individual, mas um processo onde o indivíduo vivencia a relação com o coletivo em um exercício de cidadania, na participação dos movimentos coletivos conjunto de transformação da realidade socioambiental. Também possibilita o processo pedagógico transitar das ciências naturais às humanas e sociais, da filosofia à religião, da arte ao saber popular, em busca da articulação de diferentes saberes. Executa a emoção como forma de desconstrução de uma cultura individualista extremamente calcada na razão e a construção do sentimento de pertencimento ao coletivo, ao conjunto, ao todo representado pela comunidade e pela natureza. Incentiva a coragem da renúncia ao que está estabelecido,ao que nos dá segurança , e a ousadia para inovar. INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS MARACANAÚ
Compartilhar