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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DA ____ VARA DA FAZENDA PÚBLICA 
DA COMARCA DE BUGALHADAS 
 
 
FRANCISCO DE SOUZA E SOUZA, nacionalidade brasileira, estado civil solteiro, 
aposentado, portador do RG 23624254, CPF 026745233-59, residente e domiciliado na Av. 
José Carneiro, nº 12, bairro São Vicente, cidade de São Paulo - SP, endereço eletrônico: 
franciscosouzasouza@outlook.com. Vem através de seu advogado infra assinado, com 
endereço profissional em Av. Eduardo Ribeiro, nº 300, bairro Liberdade, cidade de São Paulo 
- SP, endereço eletrônico: josemiguel@outlook.com, vem, perante Vossa Excelência, com 
fundamento no Art 37, § 6º, Art 35, do DL 3.365/41 e nos Artigos 319 e 320 do Código de 
Processo Civil, propor 
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA 
 
 Em face do MUNICÍPIO DE BUGALHADAS, pessoa jurídica de direito público, CNPJ: 
11.268.236/0011-99, com sede em Av. Pedro Massa, nº 01, bairro Aparecida, cidade de 
Bugalhadas - SP, endereço eletrônico: prefeituradebugalhadas@hotmail.com, pelas razões de 
fato e de direito que passa a expor: 
 
I. DOS FATOS 
 O autor é proprietário de uma área de 2.000m2 situada bem ao lado da sede da Prefeitura do 
Município de Bugalhadas, Av. Pedro Massa, nº 02, bairro Aparecida, cidade de Bugalhadas – 
SP, conforme se verifica na documentação comprobatória anexa. Ao se aposentar, no ano de 
2017, cansado da agitada vida da cidade de São Paulo, onde reside, Francisco resolveu viajar 
pelo mundo por ininterruptos três anos. 
 Ao retornar, o autor descobre que o Município de Bugalhadas iniciou em 2018, sem sua 
autorização, obra em seu terreno para a construção de um prédio que servirá de apoio às 
atividades da Prefeitura. A obra já se encontra em fase bem adiantada, com inauguração prevista 
para o início do próximo mês. 
 
II. DO DIREITO 
a) Da inocorrência da prescrição 
Em que pese o esbulho ter se dado no ano de 2007, o teor da súmula 119 do STJ, 
compatibilizado com o art. 1238, p.u., do CC garante a prescrição em 10 anos para a ação de 
desapropriação indireta. Conclui-se, assim, pela tempestividade da ação. 
b) Da violação do princípio da legalidade e caracterização da desapropriação indireta. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352888/artigo-37-do-decreto-lei-n-3365-de-21-de-junho-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352888/artigo-37-do-decreto-lei-n-3365-de-21-de-junho-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352888/artigo-37-do-decreto-lei-n-3365-de-21-de-junho-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352941/artigo-35-do-decreto-lei-n-3365-de-21-de-junho-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352941/artigo-35-do-decreto-lei-n-3365-de-21-de-junho-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104450/lei-de-desapropria%C3%A7%C3%A3o-decreto-lei-3365-41
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104450/lei-de-desapropria%C3%A7%C3%A3o-decreto-lei-3365-41
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104450/lei-de-desapropria%C3%A7%C3%A3o-decreto-lei-3365-41
 
 
Conforme documentação anexada, está demonstrada a inobservância do procedimento 
previsto em lei para a desapropriação do bem do autor. Em momento algum o Decreto Lei 
3365/41 foi cumprido para que o patrimônio do autor passasse ao domínio do município. Houve, 
ao arrepio da lei, esbulho da propriedade particular pelo Poder Público, atividade ilegal 
caracterizada pela doutrina como Desapropriação Indireta. Ressalte-se a ilegalidade da conduta 
nos termos do art. 5º, XXIV da CF. 
c) Do direito à indenização e juros compensatórios e moratórios. 
Assim, espera-se do juízo competente o reconhecimento da desapropriação indireta e a 
condenação do réu no pagamento da indenização prevista no art. 35 do Decreto Lei 3365/42, 
assim como o pagamento dos juros moratórios e compensatórios impostos por lei, agora no 
caput e §3º do art. 15-A do referido decreto lei. 
 
III. DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
1) A citação do Município, na pessoa do Procurador-Geral, para comparecer à audiência de 
conciliação e responder aos termos da demanda. 
2) Procedência do pedido para condenar o Município a indenizar o autor pela perda da 
propriedade, de acordo com os parâmetros do artigo 27 do Decreto-Lei 3.365/41, incluindo-
se os devidos juros, considerando todos os valores legais que devem ser acrescidos ao valor 
da coisa, constante na avaliação anexa, inclusive juros compensatórios à ordem de 15% e 
juros moratórios à ordem de 10% ao ano, nos termos da fundamentação; 
3) A designação da audiência prévia de conciliação; 
4) Seja procedida à juntada da prova documental, especialmente a que comprova a propriedade 
do terreno (Art 320 do NCPC); 5) Produção de provas em especial a prova pericial; 
 6) A condenação ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais. (Art 85 e 82 do NCPC); 
Dá à causa o valor de R$ 50.000,00 ( CINQUENTA MIL REAIS). 
 
Nestes termos, pede deferimento. São 
Paulo, 25 de maio de 2020 
 
Jacó1 Souza da Silva 
OAB 7278 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893776/artigo-320-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893776/artigo-320-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893776/artigo-320-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895787/artigo-82-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895787/artigo-82-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895787/artigo-82-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
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