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apostila-microbiologia-2020

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SITE: www.institutovaleriavaz.com.br TELEFONES: 2228-4118 / 99581-4585 
1 
 
Instituto Valéria Vaz 
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SUMÁRIO 
CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUTIVO DA MICROBIOLOGIA ............................................................................................ 2 
MICROBIOLOGIA .................................................................................................................................................................................. 3 
MICROORGANISMOS ...................................................................................................................................................................... 4 
CLASSIFICAÇÃO DOS MICROORGANISMOS .............................................................................................................................. 5 
BACTÉRIAS ......................................................................................................................................................................................... 5 
FORMAS DE REPRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 5 
FUNGOS ............................................................................................................................................................................................... 6 
PROTOZOÁRIOS ............................................................................................................................................................................... 7 
VÍRUS .................................................................................................................................................................................................... 8 
PROCESSO DE COEVOLUÇÃO (VÍRUS X HOSPEDEIRO) .............................................................................................. 8 
VIROSES .......................................................................................................................................................................................... 9 
SISTEMA IMUNOLÓGICO ................................................................................................................................................................... 9 
MACRÓFAGOS ................................................................................................................................................................................... 9 
LINFÓCITOS ....................................................................................................................................................................................... 9 
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS PRIMÁRIOS .................................................................................................................................... 10 
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS SECUNDÁRIOS .............................................................................................................................. 10 
AÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ...................................................................................................................................... 10 
DEFINIÇÃO DE DOENÇA ................................................................................................................................................................. 10 
INFLAMAÇÃO ................................................................................................................................................................................. 11 
FISIOPATOLOGIA DA INFLAMAÇÃO ................................................................................................................................ 11 
SINAIS E SINTOMAS DA INFLAMAÇÃO .......................................................................................................................... 11 
INFECÇÃO ........................................................................................................................................................................................ 11 
FISIOPATOLOGIA DA INFECÇÃO ....................................................................................................................................... 11 
SINAIS E SINTOMAS DA INFECÇÃO ................................................................................................................................. 12 
INFLAMAÇÃO X INFECÇÃO ...................................................................................................................................................... 12 
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA ............................................................................................................................................. 12 
TRANSMISSÃO DE DOENÇAS .................................................................................................................................................. 12 
VETORES .......................................................................................................................................................................................... 13 
ENDEMIA ......................................................................................................................................................................................... 13 
EPIDEMIA ........................................................................................................................................................................................ 14 
PANDEMIA ...................................................................................................................................................................................... 14 
PROGRAMA DE SAÚDE ................................................................................................................................................................... 14 
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO SUS ................................................................................................................................... 15 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) ............................................................................................................................ 15 
HUMANIZASUS .............................................................................................................................................................................. 16 
POLÍTICA E PROGRAMA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS ...................................... 16 
ACADEMIA DA SAÚDE ................................................................................................................................................................ 17 
 
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CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUTIVO DA MICROBIOLOGIA 
A ciência da microbiologia iniciou a cerca de 200 anos, contudo a recente descoberta de DNA de 
Mycobacterium tuberculosis em uma múmia egípcia de 3.000 anos indica que os microrganismos 
têm estado por muito mais tempo ao nosso redor. Pode-se dizer que a microbiologia começou 
quando se aprendeu a polir lentes, feitas a partir de peças de vidro, e a combiná-las até que se 
produzisse o efeito de aumento necessário para a visualização dos microrganismos. Durante o século 
XIII, Roger Bacon postulou que a doença era produzida por seres vivos invisíveis. 
A sugestão foi novamente feita por Fracastoro de Verona (1483-1553) e por Von Plenciz, em 1762, 
mas esses cientistas não dispunham de provas. No início de 1658, um monge chamado Kircher se 
referiu a “vermes” invisíveis a olho nu nos corpos em decomposição, no pão, no leite e em excreções 
diarreicas. 
Em 1665, Robert Hooke viue descreveu células em um pedaço de cortiça. A descoberta de Hooke 
marcou o início da teoria celular – a teoria em que todas as coisas vivas são compostas por células. 
Investigações subsequentes a respeito da estrutura e das funções das células tiveram como base essa 
teoria. Esses “pequenos organismos” foram, posteriormente, identificados em sua maioria como 
protozoários. 
Ao decorrer do século XVIII, novos microrganismos foram identificados com o auxílio dos 
microscópios, contudo, ainda não se estabelecia relação biológica desses organismos com outros 
seres. Registros ligados ao estudo da microbiologia são datados desde 1675, quando, na Holanda, 
Antonie van Leeuwenhoek escreveu uma série de cartas para a Sociedade Real de Londres 
descrevendo “pequenos animais” encontrados na água da chuva, observados por meio de seu 
microscópio caseiro. 
 Entretanto, o salto da microbiologia como ciência se deu em 1841, quando, empiricamente, Ignaz 
Semmelweis, em Viena, constata a possibilidade de transmissão interpessoal de agentes 
microscópicos por contato direto e a implicação desses em doenças para os seres humanos. O médico 
relacionou a falta de higienização das mãos durante a realização de partos com o grande aumento de 
infecção pós-parto, sendo que, após instituir medidas sanitárias, ele observou drástica redução das 
mortes também em outros hospitais. 
Ainda no século XIX, grandes descobertas contribuíram significativamente para o conhecimento 
da microbiologia, como: os estudos de Pasteur, em 1861, com os estudos do papel dos fungos na 
fermentação anaeróbia; a publicação da primeira classificação das bactérias, em 1875, por Ferdinand 
Cohn; a identificação da Neisseria gonorrhoeae como o primeiro patógeno causador de uma doença 
crônica, por Albert Neisser em 1879; o desenvolvimento de meios de cultura, colorações 
microbiológicas; o isolamento do bacilo da tuberculose por Robert Kock; e a publicação, em 1884, 
dos postulados de Koch, os quais norteiam atualmente o conceito de doença infecciosa. 
Esse período ficou conhecido como a idade de ouro da microbiologia. Vale destacar que os 
experimentos realizados no século XIX por diversos cientistas resultaram em muitos avanços para a 
microbiologia, como: 
• O conceito (defendido por Pasteur) de que a vida deveria surgir de uma vida pré- existente 
(Biogênese); 
• O conhecimento do processo biológico da fermentação (Pasteur); 
• O desenvolvimento de técnicas de esterilização, como, por exemplo, a pasteurização – 
tratamento térmico controlado que mata certos microrganismos, mas não elimina todas as bactérias 
presentes, utilizado para esterilizar alguns alimentos (Leite, queijos) e certas bebidas alcoólicas 
(cerveja e vinho). Esse processo foi baseado no tempo de morte térmica característica das espécies 
patogênicas (Mycobacterium tuberculosis) - 60ºC a 15 min.; 
 • O desenvolvimento da teoria das doenças causadas por germes (Pasteur e Robert Koch); 
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• O desenvolvimento de vacinas a partir do bacilo do carbúnculo (Bacillus anthracis) morto e do 
vírus da raiva (Pasteur) atenuado ou enfraquecido; 
• O desenvolvimento dos métodos de isolamento de microrganismos e cultivo na forma de cultura 
pura em meio nutritivo (Pasteur, Koch, Julius Petri e Frau Hesse); 
• O estabelecimento de um procedimento científico para provar a teoria das doenças causadas por 
germes, conhecido como postulados de Koch. 
A partir do século XIX, uma nova fase do desenvolvimento da microbiologia se inicia com a 
descoberta da penicilina por Alexandre Fleming – através do isolamento acidental da substância 
produzida por fungos Penicillium, que contaminaram sua cultura de Staphylococcus aureus e 
inibiram o crescimento dessa bactéria. Em 1939, inicia-se a terapia antimicrobiana em humanos com 
a descoberta das sulfonamidas, por Gerhardt Domagk. Em 1940, ocorre a produção em grande escala 
da penicilina para uso clínico. 
Nas últimas décadas, a Microbiologia desenvolveu muitas pesquisas voltadas para o estudo do 
potencial biotecnológico dos microrganismos. Os resultados desses estudos têm mostrado a ampla 
capacidade de aplicação desses organismos para propiciar diversos benefícios em diversas áreas: 
farmacologia, alimentos, agricultura, indústria e meio ambiente. 
Na área industrial, por exemplo, os microrganismos são utilizados na síntese de uma variedade de 
substâncias químicas, desde no ácido cítrico até nos antibióticos mais complexos e enzimas. Certos 
microrganismos são capazes de fermentar resíduos orgânicos, produzindo gás metano que pode ser 
coletado e utilizado como combustível. 
A biometalurgia explora as atividades químicas de bactérias para extrair minerais, como o cobre e 
o ferro, de minérios de baixa qualidade. A indústria do petróleo tem utilizado bactérias e seus 
produtos para aumentar a extração do petróleo. Na área ambiental, os microrganismos e seus 
produtos, como as enzimas, são utilizados no tratamento de efluentes (esgoto) e na biorremediação 
de ambientes contaminados por substâncias tóxicas e recalcitrantes, como agrotóxicos e pesticidas. 
MICROBIOLOGIA 
A Microbiologia (do grego micros: pequeno, bios: vida e logos: ciência), ciência do ramo da 
Biologia, tem como objetivo estudar todos os aspectos que envolvem os seres de um vasto e diverso 
grupo de organismos unicelulares de dimensões reduzidas (microrganismos), que podem ser 
encontrados como células isoladas ou agrupados em diferentes arranjos (cadeias ou massas) – sendo 
que as células, mesmo estando associadas, exibiriam um caráter fisiológico independente. Assim, 
com base nesse conceito, a microbiologia envolve o estudo de organismos procariotos (bactérias), 
eucariotos inferiores (fungos, protozoários e algas) e, também, dos vírus. 
 Essa ciência (a Microbiologia) estuda, também, a distribuição natural desses organismos, suas 
relações recíprocas e com outros seres vivos, seus efeitos benéficos e prejudiciais sobre os homens e 
as alterações físicas e químicas que provocam no meio ambiente. Ressalta-se que os princípios da 
Biologia podem ser demonstrados através do estudo da Microbiologia, pois os microrganismos têm 
muitas características que os tornam instrumentos ideais para a pesquisa dos fenômenos biológicos. 
Os microrganismos fornecem sistemas específicos para a investigação das reações fisiológicas, 
genéticas e bioquímicas, que são a base da vida. Eles podem crescer de maneira conveniente em 
tubos de ensaio ou frascos, exigindo, assim, menos espaço e cuidados de manutenção quando 
comparados às plantas superiores e aos animais. Além disso, crescem rapidamente e se reproduzem 
num ritmo muito alto – algumas espécies bacterianas podem apresentar cerca de 100 gerações num 
período de 24 horas. Os processos metabólicos dos microrganismos seguem os padrões que ocorrem 
nos vegetais superiores e nos animais; portanto, em Microbiologia pode-se estudar os organismos 
em grandes detalhes e observar seus processos vitais durante o crescimento, a reprodução, o 
envelhecimento e a morte. Modificando-se a composição do meio ambiente, é possível alterar as 
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atividades metabólicas, regular o crescimento e até alterar alguns detalhes do padrão genético – tudo 
isso sem causar a destruição do microrganismo. 
MICROORGANISMOS 
Os microrganismos são seres microscópicos em sua maioria, 
invisíveis a olho nu, o que faz com que, nos estudos de 
microbiologia, seja necessário o uso de instrumentos específicos 
– como o microscópio. Esse grupo de organismos é considerado o 
de maior diversidade biológica conhecida – morfológica, 
fisiológica e ecológica. 
Podem apresentar formas celulares das mais variadas, são 
metabolicamente capazes de realizar todos os tipos de reações 
bioquímicas conhecidas e podem serencontrados em 
praticamente todos os ambientes, dos mais simples aos mais 
extremos, interagindo com esses e com outros seres vivos. 
Cabe ressaltar que todas as células vivas, inclusive os 
microrganismos, são basicamente semelhantes, elas compõem-se de protoplasma (do grego: a 
primeira substância formada), um complexo orgânico coloidal constituído principalmente de 
proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. O conjunto é circundado por membranas limitantes ou parede 
celular, e todos contêm um núcleo ou uma substância nuclear equivalente. 
Todos os sistemas biológicos têm algumas características comuns, como: 
a) Habilidade de reprodução; 
b) Capacidade de ingestão ou assimilação de substâncias alimentares – metabolizando-as para 
suas necessidades de energia e de crescimento; 
 c) Habilidade de excreção de produtos de escória; 
d) Capacidade de reagir a alterações do meio ambiente (algumas vezes chamada de 
“irritabilidade”); 
e) Suscetibilidade à mutação. Os principais grupos de microrganismos são as bactérias, os fungos, 
vírus, protozoários e as algas. 
 Alguns microrganismos habitam o corpo humano, entre eles podemos destacar os “patógenos 
oportunistas”. São assim conhecidos porque, normalmente, não causam doenças em uma pessoa 
saudável; entretanto, em condições de baixa imunidade do hospedeiro, esses microrganismos podem 
se desenvolver além do normal, causando uma diversidade de patologias. Há, ainda, um grupo de 
microrganismos denominados patogênicos, pois são potencialmente capazes de provocar uma 
determinada doença nos seres humanos. Ressalta-se que, ao longo da história da humanidade, 
centenas de milhares de pessoas morreram em epidemias causadas por microrganismos – como a 
peste negra, febre tifoide, gripe espanhola, cólera, AIDS, ebola, gripe H1N1, dengue, febre amarela, 
entre outras – que, até então, não eram conhecidos ou, por falta de vacinas e/ou antibióticos, não 
tinham como ser combatidos. 
Por outro lado, grande parte dos microrganismos desempenha um papel fundamental no 
equilíbrio e na manutenção da vida na biosfera (planeta Terra), realizando a decomposição da 
matéria (orgânica e inorgânica), propiciando a reciclagem de elementos essenciais para nutrir todos 
os seres vivos, independentemente de suas cadeias alimentares. 
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CLASSIFICAÇÃO DOS MICROORGANISMOS 
BACTÉRIAS 
Os microrganismos bactérias estão incluídos no grupo dos procariotos (do termo grego 
significando pré-núcleo), anteriormente classificados como eubactérias, representadas pelos 
organismos patogênicos ao homem, e bactérias encontradas nas águas, solos, ambientes em geral. 
Ainda, dentre esses organismos, temos as bactérias fotossintetizantes (cianobactérias) e outras 
quimiossintetizantes (como as Escherichia coli), enquanto as outras utilizam, apenas, substratos 
inorgânicos para seu desenvolvimento. De maneira geral, os seres classificados como procariotos são 
menos complexos e menores que os seres eucariotos. Os eucariotos possuem o seu material genético 
(DNA) organizado em núcleo envolvido por uma membrana (a carioteca), já o DNA dos procariotos 
não está “espalhado”, solto, pelo citoplasma celular. 
Dentre o grupo das bactérias (procariotos), podemos encontrar diversos tipos e formas de 
organismos. Algumas, ainda, diferenciam-se por sua composição química, característica que pode ser 
observada através de reações de coloração, atividades bioquímicas que realizam, suas exigências 
nutricionais e de onde obtêm sua energia (fonte química ou física - luz solar). 
Apresentam-se em algumas formas simples, como: cocos (“bolinhas” - que significa frutificação), 
bastão (ou bacilos), espiral e vibrião. 
As bactérias do tipo cocos são, na sua maioria, redondas (no formato de “bolinhas”), podendo se 
apresentar no formato oval, alongado ou achatado em uma das extremidades. Quando os cocos 
permanecem aos pares, após sua divisão (reprodução), são chamados de diplococos. Se muitos cocos 
ficam ligados uns aos outros, após a reprodução, formando uma “cadeia”; então, essa estrutura passa 
a ser chamada de estreptococos. As bactérias do tipo bacilo, ao se reproduzirem, “dividem”-se ao 
longo de seu eixo curto. Assim, é raro, encontrarmos agrupamentos de bacilos. 
Entretanto, quando se apresentam aos pares, são chamados de diplobacilos e, se, no agrupamento, 
tiveram muitos bacilos, passam a ser chamados de estreptobacilos (estrutura semelhante a um 
charuto). Ainda, os bacilos podem ser encontrados no formato ovalado, como os cocos; nesse caso, 
recebem a denominação de cocobacilos. 
Quando no formato espiral, as bactérias apresentam, em seu “corpo” curvaturas. Vale destacar que 
as curvaturas chamadas de espirilos apresentam-se no formato helicoidal, como se fosse um saca-
rolha. Dentro do grupo das bactérias espiraladas, além do espirilo (com estrutura mais rígida) 
encontram-se, também, as espiroquetas, bactérias com o “corpo” mais flexível. Para se 
movimentarem, os espirilos utilizam uma flagela (tipo de “cauda”), as espiroquetas, por sua vez, não 
possuem flagelo e sim pequenos filamentos. 
Podemos encontrar bactérias autotróficas, ou seja, as que produzem seu próprio alimento 
(através da quimiossíntese ou da fotossíntese) e, bactérias heterotróficas, que obtêm seus nutrientes 
no meio externo, como as saprófitas (decompositoras - responsáveis pela reciclagem de produtos 
inorgânicos), ou que para se nutrir precisam parasitar outros seres vivos (o hospedeiro). 
FORMAS DE REPRODUÇÃO 
 REPRODUÇÃO ASSEXUADA 
Para a maioria das bactérias, a reprodução ocorre assexuadamente, por bipartição ou 
cissiparidade. Nesse tipo de reprodução, o DNA bacteriano é duplicado, seguido de uma bipartição 
(divisão em duas células). 
 BIPARTIÇÃO OU CISSIPARIDADE 
 Na bipartição, não existe a formação do fuso de divisão, assim não ocorre o processo de mitose. A 
participação de pregas internas da membrana plasmática, nas quais existem enzimas que realizam a 
respiração celular (processo que liberar energia para a bactéria), estruturas chamadas de 
mesossomos são de extrema importância no processo de separação dos cromossomos irmãos. 
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 REPRODUÇÃO SEXUADA 
Quando no processo reprodutivo ocorrer a transferência de fragmentos de DNA de uma bactéria 
para outra, considera-se que a reprodução é do tipo sexuada. Nesse processo, após essa 
transferência, o material genético (DNA) da “doadora” irá se recombinar com o DNA da bactéria 
“receptora”, originando cromossomos com novos genes. Quando a bactéria se reproduzir, esses 
novos cromossomos serão transmitidos às novas bactérias (células-filhas). 
FUNGOS 
Ao longo dos últimos anos, a incidência de milhares de doenças causadas por fungos que afetam 
tanto os animais, quanto os seres humanos e plantas, vem onerando os sistemas de produção 
agrícola e de saúde publica. Por outro lado, além de causar doenças, os fungos também são benéficos, 
sendo importantes na cadeia alimentar por decomporem a matéria, reciclando elementos vitais. 
Os organismos considerados como fungos, tanto podem se apresentar em uma única célula, ou 
seja, unicelular (como as leveduras), ou contendo diversas células (multicelulares), como cogumelos 
e fungos filamentosos. 
Os fungos estão incluídos no grupo dos eucariotos (cuja origem é grega e significa núcleo 
verdadeiro). A principal diferença entre procariotos e eucariotos é que o primeiro grupo não possui 
estruturas celulares especializadas, mas sim funções específicas (organelas, como o núcleo e a 
mitocôndria). De maneira geral, pode-se considerar que os eucariotos possuem as seguintes 
características: 
• DNA encontrado no núcleo das células, separado do citoplasma por uma membrana (carioteca); 
• Apresentam organelas, ou estruturas celulares, envolvidas por membranas,tais como: aparelho 
de Golgi, retículo endoplasmático, lisossomos e mitocôndrias; 
• Composição química da parede celular, quando existente, é relativamente simples; 
• Ocorre mitose à multiplicação celular, produzindo células semelhantes. 
Esses organismos são encontrados nos mais variados ambientes, desde que exista matéria 
orgânica disponível. Porém, desenvolvem-se melhor em ambientes que apresentam umidade e 
ausência de luminosidade. Em condições adversas, por exemplo, com ausência de umidade 
(ambientes secos), esses organismos conseguem sobreviver produzindo esporos entrando em um 
“estado de repouso”, voltando a se desenvolver e reproduzir quando as condições voltarem a ser 
ideais. 
Muitos fungos podem crescer em soluções de sais ou de açúcares concentradas, onde bactérias 
não conseguem se instalar e se desenvolver. A temperatura ótima do meio para a maioria desses 
organismos crescerem está entre 22 e 30o C, porém, alguns conseguem sobreviver abaixo ou acima 
dessas temperaturas. 
Os fungos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos, são considerados 
saprófagos. Quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se 
instalam, prejudicando-os, são considerados parasitas. Algumas espécies desses organismos podem, 
ainda, estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam, 
formando, por exemplo, líquens ou micorrizos. 
Sejam saprófitos ou parasitas, para a absorção de nutrientes esses organismos liberam enzimas 
(digestivas) para o meio externo, onde essas atuam diretamente na matéria orgânica, degradando-a 
em partículas (moléculas) mais simples, que posteriormente serão absorvidas pelo fungo. 
Juntamente com algumas bactérias, os fungos decompositores (saprófagos) são responsáveis pela 
degradação da matéria orgânica no ambiente, contribuindo com a reciclagem dessa (os nutrientes). 
Os fungos Penicillium e Aspergillus estão entre os gêneros mais importantes economicamente. 
Cabe-se ressaltar que algumas espécies de Penicillium produzem a penicilina, enquanto que outras 
espécies contribuem na produção de alimentos, como os queijos com o Camembert e o Roquefort. 
Algumas espécies do gênero Aspergillus são empregadas no processo de fermentação na indústria 
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alimentícia, além de contribuírem na produção do ácido cítrico. Por outro lado, alguns desses fungos 
são causadores de doenças, como a candidíase, que afeta a mucosa da boca ou da vagina – sendo o 
agente, o fungo Candida albicans. 
Os fungos desempenham funções indispensáveis à manutenção da vida de todos os seres. Assim 
como algumas bactérias, a maioria dos fungos são saprófitas, portanto, decompõem e reciclam a 
matéria (nutrientes) nos diversos ecossistemas. Os nutrientes disponibilizados pelo processo de 
decomposição serão novamente incorporados pelos seres vegetais e distribuídos ao longo das 
cadeias alimentares. 
Algumas espécies de formigas devem cultivar (“cuidar”) fungos para que esses possam degradar a 
lignina e celulose presentes nas folhas verdes, disponibilizando, assim, a glicose às formigas se 
alimentarem. Outros fungos podem, ainda, ser utilizados como alimentos (cogumelos) ou nas 
indústrias alimentícia (pão e ácido cítrico) e farmacêutica (álcool e penicilina). 
Os fungos, ainda, são utilizados para o controle biológico de pragas. Em 1990, o fungo 
Entomophaga se proliferou de maneira inesperada e eliminou as mariposas que estavam destruindo 
árvores no Nordeste dos Estados Unidos (EUA). 
PROTOZOÁRIOS 
O termo protozoan significa “primeiro animal”. Assim, os protozoários, por apresentarem 
“características semelhantes” as dos animais, recebem essa nomenclatura. Os protozoários são seres 
eucariotos, não possuem parede celular, a maioria se locomove e se nutre por ingestão (sendo, 
portanto, heterotróficos) e, em alguns casos, são seres saprófitos ou parasitas. 
Na maioria dos casos, a reprodução dos flagelados se dá de maneira assexuada, por divisão 
binária. Alguns desses protozoários se locomovem livremente na água, utilizando, para tanto, os 
flagelos, enquanto outros vivem fixados a um substrato por meio de um pedúnculo. Nesse último 
caso, os flagelos são utilizados apenas à captura de nutrientes. 
Entre os flagelados que parasitam do homem, destacam-se os gêneros Trichomonas, Leishmania, 
Giardia e Trypanosoma. O protozoário Trichomonas vaginalis parasita a genital feminina e/ou a 
masculina, causando a doença chamada tricomoníase. 
A transmissão dessa doença se dá através da relação sexual e, também, pela utilização de 
sanitários não higienizados. 13 A doença conhecida como “úlcera e bauru” ou leishmaniose é causada 
pelo protozoário Leishmania brasiliensis. Esses organismos parasitam as mucosas dos seres 
humanos, provocando ulcerações progressivas. 
Para infectar o ser humano, esse protozoário necessita de um vetor (transporte). Nesse caso, o 
papel de vetor é desempenhado pelo inseto Phlebotomus intermedius, mais conhecido como 
“mosquito palha” ou “birigui”. Existe tratamento específico para essa doença e a maneira de se 
prevenir consiste, essencialmente, em combater o mosquito transmissor. 
Outra patologia causada por esses protozoários e a giardíase. Provocada pelo protozoário Giardia 
lamblia (ou pelo G. intestinalis), essa doença causa disenteria no homem. Sua transmissão se dá pela 
ingestão de alimentos mal lavados ou de água contaminada. Após sua ingestão, esse protozoário, 
parasita intestinal, instala-se no jejuno-íleo e, frequentemente, pode se instalar na vesícula biliar, 
tornando o tratamento mais complexo. 
Como medidas de prevenção, as práticas de higiene pessoal e alimentar, assim como ações de 
saneamento básico eficazes estão entre as recomendadas. Uma das patologias causadas por 
protozoários mais importantes no Brasil é a “doença de Chagas”. Essa recebeu tal nome em 
homenagem ao pesquisador brasileiro Carlos Chagas, que estudou e descreveu o ciclo de vida do 
protozoário (parasita) causador da doença, o Trypanosoma cruzi. 
Por provocar a hipertrofia (“aumento”) e a flacidez no órgão infectado, essa doença é também 
chamada de “doença dos mega” (megacolo, megaesôfago etc.). O T. cruzi tem enorme preferência em 
parasitar o músculo do coração, causando, como consequência, o aumento desse órgão e provocando 
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disfunções, podendo levar o portador da doença à morte. Não há cura para essa grave doença que, 
somente na América do Sul, acomete mais de sete milhões de pessoas. 
Outra doença que merece destaque e também é causada por um protozoário do tipo esporozoário 
é a toxoplasmose. Ocasionada pelo Toxoplasma gondii, tal patologia é comum em mamíferos e aves. 
Encontrados em praticamente todos os ambientes, os protozoários podem ser utilizados como 
indicadores de condições ambientais. Ao se alimentarem de outros organismos, como as bactérias, 
por exemplo, realizam o chamado “controle biológico” de organismos potencialmente causadores de 
doenças ou de outros prejuízos. 
VÍRUS 
Os vírus são incríveis, ora podem ser classificados como seres vivos, em outro momento, ou 
situação, não. Por isso, conhecer esses “agentes” e os seus impactos (positivos ou negativos) sobre os 
organismos vivos é de extrema importância. 
Podemos, por um lado, dizer que, sim, os vírus são seres vivos, pois a maior das características que 
um organismo vivo apresenta é a de se reproduzir. Além disso, quando parasitam em uma célula viva 
(vegetal, animal ou microbiana), conseguem se “reproduzir” (replicar). Desse modo, devem ser 
classificados como seres vivos (parasitas intracelulares obrigatórios). 
Entretanto, por outro lado, como a vida, também, pode ser definida como resultante de uma ação 
incessante dos ácidos nucleicos, produzindo proteínas eos vírus, quando não estão parasitando uma 
célula viva, são inertes, não podem (neste estado de inércia) ser considerados, portanto, como seres 
vivos. 
Dependendo do aspecto considerado, os vírus podem ser considerados, apenas, com sendo um 
“aglomerado de elementos químicos” ou, seja, um microrganismo muito simples. Se considerado o 
seu poder de infecção, causando doenças em vegetais ou animais, os vírus podem, também, nesses 
casos patogênicos, serem considerados como seres vivos. 
Assim sendo, resumidamente, os vírus apresentam as seguintes características: 
 A maioria é constituída por uma cápsula, ou invólucro, de proteína, onde se encontra o 
material genético (o ácido nucleico); 
 Apresentam apenas um tipo de ácido nucleico (DNA ou o RNA); 
 Reproduzem-se dentro de células vivas, utilizando a estrutura de síntese celular; 
 Conseguem induzir a síntese de mecanismos que farão a transferência do material genético 
viral para outras células (hospedeiras); 
 Podem sofrer mutações genéticas. 
 
PROCESSO DE COEVOLUÇÃO (VÍRUS X HOSPEDEIRO) 
Os vírus, assim como seus hospedeiros, buscam, incessantemente, o equilíbrio nesta relação. Com 
o passar dos tempos, esses seres (vírus e hospedeiros) têm desenvolvido mecanismos para 
sobreviverem e deixarem descentes, entre estes estão estratégias de defesa (por parte dos 
hospedeiros) e de ataque (por parte dos vírus). 
Nesse processo evolutivo, os hospedeiros mais adaptados vão sendo selecionados, passando para 
as próximas gerações o genótipo que lhes permite resistirem ao “ataque” de um determinado vírus. 
Os vírus, por sua vez, também vão sendo selecionados. 
Assim, os mais adaptados somente é que terão sucesso em parasitar seus hospedeiros, podendo, 
assim, transmitirem aos seus descendentes essas habilidades. A essa constante “batalha” pela 
sobrevivência, onde um ser exerce sobre o outro uma pressão seletiva / evolução, chamamos de co-
evolução. 
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VIROSES 
Os vírus causam infecções (doenças) em microrganismos, plantas, seres humanos e em outros 
animais. Nos humanos, os vírus podem causar diversas doenças, entre elas: Gripe (Influenzavirus), 
Gripe Suína (Influenza H1N1), Resfriado (vírus da família dos Picornavirus e Coronavirus), AIDS 
(HIV), Poliomielite (Enterovirus poliovirus), Dengue (Flavivirus sp.), Febre Amarela (Flavivirus sp.), 
Catapora (Varicellovirus sp.), Caxumba (vírus da família dos paramyxovirus), Rubéola (Rubella 
virus), Sarampo (Morbillivirus sp.), Varíola (Orthopoxvirus sp.), Raiva (Lyssavirus sp.), Ebola 
(Filovirus sp.), Diarreia (Rotavirus sp., Norovirus sp., Astrovirus sp. e os vírus da família dos 
Adenovirus), Hepatite (Hepatovirus), Herpes (Simplexvirus sp.) , Verruga (Vírus do papiloma 
humano). 
A maioria dessas enfermidades (viroses) se não tratadas, os sintomas podem levar o paciente a 
óbito. Atualmente, a maioria dessas viroses pode ser prevenida através do processo de imunização 
(utilizando as vacinas). As vacinas são substâncias que contêm vírus atenuados ou mortos, ou 
mesmo, partes deles (príons8). 
 Assim, essas substâncias, ao serem introduzidas no organismo do animal (que pode ser o 
homem), estimularão o organismo, através do sistema imunológico, a produzir anticorpos 
(estruturas de defesa) que combaterão a infecção antes que a doença se instale. Uma vez estimulado, 
o organismo se tornará imune ao agente desse tipo de vírus. 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
O sistema imunológico humano (ou sistema imune, ou ainda imunitário) consiste numa rede de 
células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. 
Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes 
nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). 
As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os antígenos são 
combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica, 
denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antígenos. 
Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma eficaz, o corpo pode reagir 
com doenças, infecções ou alergias. 
A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de 
detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado 
de resposta imune. 
As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais, os linfócitos e os macrófagos. 
Veja abaixo as células principais desse sistema e as principais funções de cada uma delas: 
MACRÓFAGOS 
São importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos conjuntivos e no 
sangue (quando são chamados de monócitos) e, no sistema imune, possui a função de detectar 
e fagocitar (processo que engloba e digere substâncias no organismo) microrganismos invasores, 
células mortas e vários tipos de resíduos. Essas células são as primeiras a perceber a presença de 
agentes invasores. 
LINFÓCITOS 
Essas células, presentes no sangue, são um tipo de leucócito (glóbulo branco) e podem ser de três 
tipos principais: 
 Linfócitos B – a principal função desse tipo celular é a produção de anticorpos, quando 
maduros e ativos. Nesta fase são denominados plasmócitos. 
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/antigeno-anticorpo-vacinacao.htm
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/anticorpos.htm
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 Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas pelos macrófagos, são 
estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os linfócitos T matadores (CD8) e os linfócitos B. São 
os linfócitos auxiliadores os responsáveis por comandar a defesa do organismo. 
 Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem responsáveis pela destruição 
de células anormais, infectadas ou estranhas ao organismo. 
O sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos, os órgãos imunitários primários e 
os órgãos imunitários secundários. Os primeiros são assim denominados por serem os principais 
locais de formação e amadurecimento dos linfócitos. Já os segundos, são secundários por atuarem no 
sistema imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos. 
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS PRIMÁRIOS 
 MEDULA ÓSSEA – além da produção de células sanguíneas e plaquetas, a medula produz 
linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos 
linfócitos B. 
 TIMO – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros. 
 
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS SECUNDÁRIOS 
 LINFONODOS – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada, permitindo que 
partículas invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali presentes. 
 TONSILAS – possuem função semelhante aos linfonodos. Estão localizadas na parte posterior 
da boca e acima da garganta. 
 BAÇO – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias estranhas e 
resíduos celulares, além de produzir linfócitos. 
 ADENOIDES – constituem de uma massa de tecidos linfoides protetores localizados no fundo 
da cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus causadores 
de doenças transmitidas pelo ar. 
 APÊNDICE CECAL – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do 
intestino grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos 
invasores são combatidos. 
AÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
Um agente invasor, ao entrar no organismo, gera um mecanismo de defesa, a resposta imune. As 
substâncias invasoras são detectadas pelos macrófagos, que irão atuar em sua digestão parcial e na 
comunicação aos demais componentes do sistema imune da invasão sofrida, para que essas 
substâncias sejam totalmente destruídas e eliminadas. 
Após a atuação dos macrófagos, os linfócitos T auxiliadores entram em ação, ligando-seaos 
antígenos invasores. Este processo estimula a produção, pelos leucócitos, de compostos 
denominados interleucinas, que atuarão na ativação e estímulo para a produção de mais linfócitos T 
auxiliadores. Estes novos linfócitos intensificarão o combate aos antígenos e liberarão outros tipos 
de interleucinas, que estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B. Depois de 
estimulados, estes linfócitos se multiplicam até que os antígenos sejam desativados e eliminados. 
Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, estes são um tipo de linfócito especial, 
denominados de células de memória. Estas guardam durante anos, ou pelo resto da vida, a 
capacidade de reconhecer agentes infecciosos com os quais o organismo já se deparou. Havendo um 
novo ataque por agentes conhecidos, as células de memória são estimuladas a se reproduzir, dando 
início ao processo de defesa do organismo, em um curto intervalo de tempo. 
DEFINIÇÃO DE DOENÇA 
O Ministério da Saúde traz um simplificado conceito de doença, colocando-a como uma alteração 
ou desvio do estado de equilíbrio de um indivíduo com o meio ambiente (MS, 1987). 
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O médico e filósofo francês Canguilhem (2000), em sua tese de doutorado sobre “o normal e o 
patológico”, afirma que “a doença não é uma variação da dimensão da saúde, ela é uma nova 
dimensão da vida”. 
De acordo com Barros (1998), a doença pode ser encarada como um fator externo ao equilíbrio 
normal do organismo, resultado de uma reação saudável de defesa ou até mesmo de adaptação do 
indivíduo às condições novas e diferentes. 
INFLAMAÇÃO 
Inflamação (do latim: inflammatio = atear fogo) é uma reação do organismo a 
uma infecção ou lesão dos tecidos de outra natureza. A inflamação pode também partir do sistema 
imunológico que pode agredir o próprio organismo. Este tipo de inflamação difere-se daquela 
adquirida em que o organismo precisa entrar em contato com o agressor nocivo. 
FISIOPATOLOGIA DA INFLAMAÇÃO 
A inflamação surge quando bactérias comuns da pele conseguem 
contaminar feridas, geralmente após pequenos traumas, como lesões na 
cutícula, roer as unhas, manipulação de acne sem higiene. 
É importante entender que a pele é uma barreira física que protege o 
nosso organismo contra germes do meio exterior. Sempre que essa barreira 
sofre uma lesão, surge uma porta de entrada para que as bactérias da pele 
tenham acesso aos tecidos mais profundos. 
SINAIS E SINTOMAS DA INFLAMAÇÃO 
 
 Calor (aquecimento), 
 Rubor ou hiperemia (vermelhidão), 
 Edema (inchaço), 
 Hiperestesia (dor ao toque), 
 Perda de função. 
INFECÇÃO 
Infecção se refere à invasão, desenvolvimento e multiplicação de um microorganismo no 
organismo de um animal ou planta, causando doenças. A invasão desencadeia no hospedeiro uma 
série de reações do sistema imunológico, a fim de defender o local afetado resultando, geralmente, 
em inflamações. 
FISIOPATOLOGIA DA INFECÇÃO 
Uma infecção é a invasão de tecidos corporais por parte de organismos microscópicos, como 
as bactérias, os vírus ou fungos, por exemplo. Normalmente, inúmeros agentes infecciosos vivem no 
corpo de um indivíduo sem causar doenças porque estão contidos pelo sistema imunológico da 
pessoa. No entanto, se esse equilíbrio for desfeito, sobrevém uma doença infecciosa. O sistema 
imunológico do hospedeiro reage, mas nem sempre é capaz de vencer os agentes infecciosos sem a 
ajuda de vacinas e medicações. Há mesmo alguns agentes infecciosos que desempenham papel útil 
para os seres humanos, como algumas bactérias da flora intestinal, por exemplo. 
Em um processo inflamatório a região atingida fica avermelhada, aumentada 
de volume e de temperatura, o que explica seu nome. É comum que haja dor 
local, isso tudo acontece em razão do aumento do fluxo de sangue e demais 
líquidos corporais que se dirigem para o local. Um conjunto de 
cinco sinais e sintomas são classicamente tomados como típicos 
de inflamação: 
 
 
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Uma das possíveis complicações das infecções é a resistência bacteriana aos antibióticos, que se 
deve ao fato de que as bactérias se "acostumam" aos antibióticos que deixam então de fazer efeitos, 
deixando que as bactérias fiquem livres para se multiplicarem. Quando as bactérias resistentes 
causam uma infecção, os antibióticos normalmente usados não surtem efeito e será necessário 
utilizar antibióticos cada vez mais tóxicos. Outra possível complicação das infecções é a possibilidade 
de formação de abscessos (é um acúmulo de pus que se forma no interior dos tecidos do corpo). 
Quando os abscessos são externos, a drenagem deles representa uma evolução favorável do caso e 
muitas vezes eles são drenados em ambiente hospitalar. No entanto, se são internos e drenarem para 
o interior dos tecidos ou de cavidades, podem causar problemas graves. 
SINAIS E SINTOMAS DA INFECÇÃO 
 Febre, 
 Dor no corpo, 
 Mal estar geral, 
 Cançaso. 
 
INFLAMAÇÃO X INFECÇÃO 
Das definições conclui-se que em todas as infecções existe uma inflamação, mas que não são em 
todas as inflamações que há uma infecção. Uma queimadura de sol produz uma inflamação, mas não 
há, pelo menos em princípio, a presença de agentes infecciosos. Uma amigdalite aguda, por seu turno, 
apresenta as características de inflamação e a presença de bactérias ou vírus. A infecção pode levar a 
formação de pus e de abscessos, coisa que nunca ocorre na inflamação. 
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA 
Período de incubação é o intervalo entre a infecção inicial e o surgimento dos primeiros sinais e 
sintomas. 
Período de doença, o quadro é mais severo. A pessoa exibe sinais e sintomas claros. 
Período de declínio, os sinais e sintomas perdem a intensidade, e a febre diminui, assim como a 
sensação de indisposição, que pode durar de menos de 24 horas a vários dias, o paciente se 
encontra vulnerável a infecções secundárias. 
Período de convalescência, a pessoa recobra sua força e o organismo retorna ao estado anterior 
à doença. Ocorre a recuperação. 
TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 
Transmissão por contato é a disseminação de um agente infeccioso por contato direto, 
indireto ou através de gotículas. 
Transmissão por contato direto = pessoa a pessoa. A transmissão direta de um agente por 
contato físico entre sua fonte e um hospedeiro susceptível, não havendo envolvimento de um objeto 
intermediário. 
Transmissão por contato indireto ocorre quando o agente da doença infecciosa é transmitido 
de seu reservatório a um hospedeiro suscetível, por meio de um objeto inanimado. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido
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Transmissão por gotículas é o terceiro tipo de transmissão por contato em que os 
microorganismos são disseminados em perdigotos (gotículas de saliva e muco) que percorrem 
distâncias curtas. 
 
Prevenção contra a transmissão por contato direto pelo uso de EPI (luvas, máscaras, toucas e 
jaleco). 
 
Transmissão por veículo é a dispersão de um agente infeccioso por um meio como água, alimento 
ou ar. 
VETORES 
Os artrópodes formam o mais importante grupo de vetores de doenças – animais que 
transportam patógenos de um hospedeiro a outro. 
 Transmissão mecânica é o transporte passivo de patógenos nas patas ou outras partes do 
corpo do inseto. 
 Transmissão biológica é um processo ativo e mais complexo. O artrópode pica uma pessoa 
ou animal e ingere sangue contaminado. 
 
 
 
ENDEMIA 
É qualquer doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa endêmica”. Significa que 
endemia é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local, não 
atingindo nem se espalhando para outras comunidades. 
No Brasil, existem áreas endêmicas. Como exemplo, podemoscitar a febre amarela comum na 
Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para tal região precisam ser 
vacinadas. A dengue é outro exemplo de endemia, pois são registrados focos da doença em um 
espaço limitado, ou seja, ela não se espalha por toda uma região, ocorre apenas onde há incidência do 
mosquito transmissor da doença. 
http://www.infoescola.com/doencas/febre-amarela/
http://www.infoescola.com/doencas/dengue/
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EPIDEMIA 
É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se 
espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso 
poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou 
pelo surgimento de um novo agente (desconhecido). 
A gripe aviária, por exemplo, é uma doença “nova” que se iniciou como surto epidêmico. Assim, a 
ocorrência de um único caso de uma doença transmissível (ex.: poliomielite) ou o primeiro caso de 
uma doença até então desconhecida na área (ex.: gripe do frango) requerem medidas de avaliação e 
uma investigação completa, pois, representam um perigo de originarem uma epidemia. 
Com o tempo e um ambiente estável a ocorrência de doença passa de epidêmica para endêmica e 
depois para esporádica. 
PANDEMIA 
A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais 
continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões 
inteiras. 
Para entender melhor: quando uma doença existe apenas em uma determinada região é 
considerada uma endemia (ou proporções pequenas da doença que não sobrevive em outras 
localidades). Quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma cidade ou 
região, denominamos epidemia. Porém, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada se 
espalhando pelos continentes, ou pelo mundo, ela é considerada pandemia. 
Os critérios de definição de uma pandemia são os seguintes: a doença ou condição além de se 
espalhar ou matar um grande número de pessoas, deve ser infecciosa. 
PROGRAMA DE SAÚDE 
Um programa de saúde é um conjunto de ações implementadas por um governo com o objetivo de 
melhorar as condições de saúde da população. Assim, as autoridades promovem campanhas de 
prevenção e garantem o acesso democrático e em massa às unidades de saúde. Em geral, um 
programa de saúde consta de diversas partes. Primeiramente, é preparada uma introdução, com os 
antecedentes e a missão que será cumprida pelo programa. Depois, é realizado um diagnóstico da 
situação atual, o qual pode incluir uma síntese de avaliação de planos similares que tenham sido 
anteriormente implementados. 
Como tal, o programa de saúde é um instrumento para operacionalizar as políticas de saúde 
através do planejamento, da execução e avaliação de ações de promoção, prevenção, tratamento 
(cuidados) e recuperação da saúde. Existem vários tipos de programas de saúde. Por exemplo, 
consoante a área geográfica de aplicação, um programa de saúde pode ser: nacional, provincial, 
municipal. Os programas também se podem destinar a satisfazer as necessidades de um campo 
específico da saúde. 
 Exemplos de programas de saúde: 
 Programa academia da saúde, 
 Programa mais médicos, 
 Upa – unidades de pronto atendimento, 
 Serviço de atendimento móvel às urgências (SAMU 192), 
 Programa farmácia popular. 
 
http://www.infoescola.com/biologia/mutacao/
http://www.infoescola.com/doencas/poliomielite-paralisia-infantil/
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SISTEMA ORGANIZACIONAL DO SUS 
O SUS (Sistema Único de Saúde) é administrado 
pelo ministerio da saúde que é um orgão do poder 
executivo responsavel pela organização e elaboração 
de planos e políticas públicas voltados para a 
promoção, a prevenção e a assistência à saúde dos 
brasileiros. 
A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) 
começou no início da década de 1990, após a 
promulgação da Lei Orgânica da Saúde (lei n. 8.080, de 
19 de setembro de 1990, complementada pela lei n. 
8.142, de 28 de dezembro de 1990). 
A construção do SUS é norteada por alguns princípios doutrinários: universalidade, equidade e 
integralidade das ações de saúde. A universalidade implica no direito ao atendimento; 
a equidade parte da premissa de que todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme as 
suas necessidades, permitindo a diminuição das desigualdades existentes; a integralidade implica 
que todas as ações de promoção, proteção e de recuperação da saúde formem um todo indivisível, 
que não pode ser compartimentalizado. As unidades prestadoras de serviços, com seus diversos 
graus de complexidade, formam também um todo indivisível, devendo configurar um sistema capaz 
de prestar assistência integral. 
Simultaneamente, a organização do SUS é regida por cinco princípios: a regionalização e a 
hierarquização, a resolutividade, a descentralização, a complementariedade e a participação dos 
cidadãos. A regionalização e a hierarquização implicam que a rede de serviços do SUS deva ser 
organizada de forma que todas as regiões contem com serviços de saúde de diferentes níveis de 
atenção que se articulem a partir da sua hierarquização, permitindo um conhecimento maior dos 
problemas de saúde em uma área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, 
sanitária, controle de vetores e educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e 
hospitalar em todos os níveis de complexidade; a resolutividade é definida como a exigência de que, 
quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre 
a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível exigido 
pela sua complexidade; a descentralização representa a redistribuição das responsabilidades pelas 
ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, chegando até o nível municipal; a 
participação dos cidadãos ou controle social, que implica a garantia constitucional de que a 
população, através de entidades representativas, deverá participar do processo de formulação das 
políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis desde o federal até o local e, por 
fim, a complementariedade do setor privado está prevista quando há a necessidade de contratação 
de serviços privados para a complementação dos serviços públicos. 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca 
promover a qualidade de vida da população 
brasileira e intervir nos fatores que colocam 
a saúde em risco, como falta de atividade 
física, má alimentação, uso de tabaco, dentre 
outros. Com atenção integral, equânime e 
contínua, a ESF se fortalece como a porta de 
entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). 
A proximidade da equipe de saúde com o usuário permite que se conheça a pessoa, a família e a 
vizinhança. Isso garante uma maior adesão do usuário aos tratamentos e às intervenções propostas 
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pela equipe de saúde. O resultado é mais problemas de saúde resolvidos na Atenção Básica, sem a 
necessidade de intervenção de média e alta complexidade em uma Unidade de Pronto Atendimento 
(UPA 24h) ou hospital. 
A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS) local. Esse nível de 
atenção resolve 80% dos problemas de saúde da população. Entretanto, se a pessoa precisar de um 
cuidado mais avançado, a ESFfaz este encaminhamento. 
HUMANIZASUS 
A Política Nacional de Humanização (PNH), como 
política transversal ao SUS perpassa diferentes 
ações, Políticas Públicas e instâncias gestoras, foi 
constituída em 2003 e tem como foco a efetivação 
dos princípios do SUS no cotidiano das práticas deatenção e gestão, qualificando a Saúde Pública no 
Brasil. 
A PNH é vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS) e conta com uma 
equipe técnica sediada em Brasília (DF), que realiza apoio técnico ao território através das 
Secretarias Estaduais de Saúde por meio de acompanhamento aos Projetos de implementação da 
PNH, que considera a análise dos problemas e desafios visando mudanças no modelo de atenção e 
gestão e sua indissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde 
e o próprio processo de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no 
trabalho. 
POLÍTICA E PROGRAMA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E 
FITOTERÁPICOS 
Garante à população brasileira o acesso 
seguro e o uso racional de plantas 
medicinais e fitoterápicos, promovendo o 
uso sustentável da biodiversidade, o 
desenvolvimento da cadeia produtiva e da 
indústria nacional. 
O Programa Nacional de Plantas 
Medicinais e Fitoterápicos propõe: 
 Inserir plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à Fitoterapia no SUS, com 
segurança, eficácia e qualidade, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares no SUS. 
 Promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e 
remédios caseiros. 
 Promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos das plantas 
medicinais, insumos e fitoterápicos. 
 Construir e/ou aperfeiçoar marco regulatório em todas as etapas da cadeia produtiva de 
plantas medicinais e fitoterápicos, a partir dos modelos e experiências existentes no Brasil e 
em outros países, promovendo a adoção das boas práticas de cultivo, manipulação e produção 
de plantas medicinais e fitoterápicos. 
 Desenvolver instrumentos de fomento à pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e 
inovações em plantas medicinais e fitoterápicos, nas diversas fases da cadeia produtiva. 
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 Desenvolver estratégias de comunicação, formação técnico-científica e capacitação no setor 
de plantas medicinais e fitoterápicos. 
 Promover o uso sustentável da biodiversidade. 
ACADEMIA DA SAÚDE 
O Programa Academia da Saúde é uma estratégia 
de promoção da saúde e produção do cuidado para 
os municípios brasileiros que foi lançado em 2011. 
Seu objetivo é promover práticas corporais e 
atividade física, promoção da alimentação 
saudável, educação em saúde, entre outros, além 
de contribuir para a produção do cuidado e de 
modos de vida saudáveis e sustentáveis da 
população. Para tanto, o Programa promove a 
implantação de polos do Academia da Saúde, que 
são espaços públicos dotados de infraestrutura, 
equipamentos e profissionais qualificados. 
A ideia do programa surgiu inspirada em algumas inciativas que vinham sendo desenvolvidas em 
Recife, Curitiba, Vitória, Aracaju e Belo Horizonte. Essas experiências locais tinham em comum a 
prática da atividade física e outras práticas corporais, a presença de profissionais orientadores, o 
uso e a potencialização de espaços públicos como espaços de inclusão, de participação, de lazer, 
de promoção da cultura da paz, além de serem custeadas e mantidas pelo poder público. A 
avaliação positiva dessas experiências reforçou a ideia do fortalecimento de iniciativas 
semelhantes em todo o país na forma de um programa nacional no âmbito do Sistema Único de 
Saúde.

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