Buscar

TCC EM SEGURANÇA PÚBLICA _ Passei Direto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 afirmações são destacados que ser pobre não é condizente com ser criminoso, pois “[...] a
 pobreza é heroicamente honesta, de forma geral, e criminosos há entre os pobres e entre
 os ricos. Por evidência empírica, do ponto de vista proporcional, é fácil perceber que a
 situação é até mais grave entre os segmentos abastados” (BALESTRERI, 2010, p. 57).
 Então, nesse conceito é compreensível que a “culpa” de todo esse sistema deve-se as
 injustiças sociais, melhor dizer, as culturas que são dependentes da “[...] economia de
mercado, como a brasileira, submetidas a um predomínio da ideologia consumista e como
 uma classe consumidora numericamente considerável” (ibidem). 
 A causa mater da violência é o somatório de um tripé absolutamente
 explosivo: a péssima distribuição de renda, a ideologia consumista
 (especialmente predominante nos segmentos mais jovens,
 independentemente de classe social, os mais vitimizados e mais
 perpetradores de crimes) e a quase ausência do mundo adulto na
 condição educadora (que é, sempre e necessariamente, a da provocação
 construtiva do juízo moral autônomo, da autonomia intelectual e dos
valores solidários) (BALESTRERI, 2010, p. 57-58).
 Oliveira (2012) discorre sobre os problemas de segurança pública. Em sua análise
 ela contempla possíveis soluções para essa problemática. No entanto, na concepção
 teórica essa afirmação é permeada por utopias infindáveis, tais como; “[...] o problema é
 de todos” (OLIVEIRA, 2012, p. 46). Isso permite que se pense nesse problema por duas
 definições: ““ o discurso social” e o “discurso repressivo”” (ibidem). Essas duas
 elucidações são excludentes, mas “se uma está em foco, à outra fica de lado” (ibidem).
Então:
 A dicotomia (e vale a pena lembrar e frisar bem o significado desta
 palavra: dois conceitos opostos que esgotam o conteúdo de um tema)
 entre prevenção e repressão é estimulada e justificada pelas crenças, por
 vezes até inconscientes, que dominam a percepção do problema. De um
 lado a nossa ainda tão acalentada ilusão de que podemos viver em um
 mundo dominado pela fraternidade, a nossa expectativa de uma paz
 social que não queremos reconhecer como inalcançável (cada vez fica
 mais evidente que paz é um projeto pessoal e não coletivo; sua
 transcendência coletiva só pode surgir como conseqüência). De outro
 lado, nosso instinto de defesa, nossas reações estimuladas por uma
 agressividade sempre latente, o desejo de domínio e de sujeição do
 perigo. Este cenário é um bom pano de fundo para os dois paradigmas
 básicos que permeiam a visão das políticas de segurança pública: Ou
 são políticas independentes ou estão subordinadas às macropolíticas
 sociais. Quando independentes, constituem as políticas repressivas.
 Quando subordinadas à questão social, constituem as políticas
 preventivas. Como se vê, neste contexto é difícil fugir da dicotomia, do
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
antagonismo (OLIVEIRA, 2012, p. 47).
 Nesse segmento, após esclarecer o que é repressão e prevenção, Oliveira (2012, p.
 47) aborda que é necessário “[...] construir uma vida de comunicação, de integração
 lógica e funcional entre repressão e prevenção”, mas antes de qualquer ação é necessário
 se conscientizar que essas – repressão e prevenção – são vertentes totalmente opostas. Por
 conseguinte, Oliveira (ibidem) aponta que é importante separar dois conceitos para
 esclarecer e explicar essa questão. Logo, existe uma diferença entre as “políticas de
 segurança pública e políticas públicas de segurança” (OLIVEIRA, 2012, p. 47). A
 primeira engloba as intervenções, atuações, comportamentos e condutas ligadas aos
 policiais e a segunda é referente ao campo político, social que está ligada aos
 representantes políticos e aos cidadãos que podem sofrer quando mal administrados,
tendo um maior aumento da criminalidade. 
 Para Carvalho e Silva (2011) tanto o Estado como a sociedade precisam estar
 envolvidos nas estratégias ligadas diretamente as políticas públicas. “Neste embate, os
 interesses e as contradições, inerentes à dinâmica das relações entre governantes e
 governados, constituem o fundamento da construção política” (CARVALHO; SILVA,
 2011, p. 61). Nessa perspectiva, a sociedade ao interagir com o Estado e ter consciência
 de seus direitos e deveres acaba exercendo poder sobre o Estado e lutando por causas
perspicazes para o bem coletivo. 
 Segundo Carvalho e Silva (2011) as políticas sociais são associadas aos três
 poderes. Por isso ao Poder Executivo compele “[...] o planejamento e a gestão de
 políticas de segurança pública que visem à prevenção e à repressão da criminalidade e da
 violência e à execução penal” (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62). Ainda discorrendo
 sobre os três poderes esses autores realçam que o Poder Judiciário é o responsável “[...]
 por assegurar a tramitação processual e a aplicação da legislação vigente; e compete ao
 Poder Legislativo estabelecer ordenamentos jurídicos, imprescindíveis ao funcionamento
adequado do sistema de justiça criminal” (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62). 
 Planejamento, monitoramento, avaliação de resultados, gasto eficiente
 dos recursos financeiros não têm sido procedimentos usuais nas ações
 de combate à criminalidade, seja no executivo federal, seja nos
 executivos estaduais. Desse ponto de vista, a história das políticas de
 segurança pública na sociedade brasileira nas duas últimas décadas se
 resume a uma série de intervenções governamentais espasmódicas,
 meramente reativas, voltadas para a solução imediata de crises que
 assolam a ordem pública [...] (SAPORI, 2007, p. 109, apud
CARVALHO; SILVA, 2011, p. 63). 
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 Lima, Bueno e Mingardi (2016, p. 55) abordam que mesmo dentro de um campo
 conflituoso o Brasil já avançou de forma significativa no que se refere à segurança
 pública. E dentro desse panorama encontram-se ummaior “[...] destaque para a
 universidade e para a sociedade civil”. Um ponto que merece destaque é que o Estado
 tem identificado as divergências e as convergências dentro desse campo; segurança
 pública, e realizado investigações que levem as propostas e até programas mais
 competentes que resultem em medidas eficientes e “[...] para o aprimoramento do sistema
 de justiça e segurança pública” (LIMA; BUENO; MINGARDI, 2016, p. 55). Portanto,
 em suas viabilizações no sentido de compreender as políticas públicas, Lima, Bueno e
 Mingardi (2016) concluem que para soluções nesse segmento é essencial que o Estado
 trabalhe em parceria com a comunidade, pois em suas pesquisas as taxas de violência
 eram menores quando há uma colaboração dessas duas áreas: Estado e sociedade. 
 Carvalho e Silva (2011) demonstram que muitos governos têm associado às
 políticas de segurança pública como uma relação entre o Estado e a sociedade, e
 concluindo que essas medidas tem resultado em mecânicas eficientes. Todavia, as
 decisões também precisam estar comprometidas com outros segmentos, tais como: “[...]
 promulgação de leis, decretos, portarias e resoluções, visando instrumentalizar o
 enfrentamento da criminalidade e da violência” (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62). Para
 uma melhor eficiência na temática de segurança pública é preciso um maior
 comprometimento do Estado da mesma maneira que esse envolva a sociedade, com
 ações, prática, medidas, legislações que promovam a [...] participação e inclusão social e
 comunitária, cabendo ao Estado o papel de garantir o pleno funcionamento dessas
instituições” (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62).
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
2.2 O Plano Nacional de Segurança Pública junto ao cidadão
 Soares (2007) contextualiza o Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP). Para
 isso ele faz um uma sistematização do governo do Fernando Henrique Cardoso também
 conhecido pela sigla FHC. Em vista disso, são demonstrados que no segundo mandato do
 FHC junto aos ministros do governo e aos secretários foi elaborado um plano que tivesse
 como prioridade a segurança pública. Essas atitudes estavam associadas a um incidente
 referente à “[...] um jovem sobrevivente da chacina da Candelária, Sandro, seqüestrou, no
 coração da Zona Sul carioca, o ônibus 174, ante a perplexidade de todo o país, que as TV
 transformaram em testemunha inerte da tragédia, em tempo real [...]” (SOARES, 2007, p.
 83). Por isso, o governo federal rapidamente rascunhou um plano que é descrito por
Soares (2007) da seguinte maneira:
 Ato contínuo, o presidente da República determinou que seus auxiliares
 tirassem da gaveta o papelório, e decidissem, finalmente, qual seria a
 agenda nacional para a segurança, pelo menos do ponto de vista dos
 compromissos da União. Em uma semana, a nação conheceria o
 primeiro plano de segurança pública de sua história democrática
 recente, o qual, em função do parto precoce, precipitado a fórceps,
 vinha a público sob a forma canhestra de listagem assistemática de
 intenções heterogêneas. Assinale-se que, antes, no primeiro governo
 FHC, deram-se passos importantes para a afirmação de uma pauta
 especialmente significativa para a segurança pública, quando se a
 concebe regida por princípios democráticos: foi criada a secretaria
 nacional de Direitos Humanos e formulou-se o primeiro plano nacional
de Direitos Humanos (SOARES, 2007, p. 83).
 Conforme Carvalho e Silva (2011, p. 62) o governo do FHC também elaborou o
 Plano Nacional de Segurança Pública como uma resposta a “Conferência Mundial de
 Direitos Humanos, ocorrida em Viena, em 1993”. Essa conferência também foi
 responsável pela criação do “Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH),
 aperfeiçoando-o em 2000, com a instituição do II Programa Nacional de Direitos
 Humanos, após a IV Conferência Nacional dos Direitos Humanos, ocorrida em 1999”
 (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62). Depois desses marcos foi criada no ano de 1996 a
 “Secretaria de Planejamento de Ações Nacionais de Segurança Pública (Seplanseg)”
 (ibidem), essa secretaria mudou de nome e passou a ser chamada de “Secretaria Nacional
de Segurança Pública (Senasp)” (ibidem). Logo:
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 A instituição da Senasp, como órgão executivo, significou a
 estruturação de mecanismos de gestão capazes de modificar o arranjo
 institucional da organização administrativa da segurança pública no
 âmbito governamental federal. Surgiu, então, o Plano Nacional de
 Segurança Pública (PNSP), voltado para o enfrentamento da violência
 no país, especialmente em áreas com elevados índices de criminalidade,
 tendo como objetivo aperfeiçoar as ações dos órgãos de segurança
pública (CARVALHO; SILVA, 2011, p. 62-63).
 Para Soares (2007) esse documento, PNSP, foi uma forma de regulamentar e
 destacar as prioridades que essa área social precisava. Todo esse processo somou uma
 enorme significância para aspectos considerados importantes e que eram negligenciados
 pela administração de governo atual e pelos anteriores. Esse plano propiciou “[...]
 mudanças incrementais e articuladas ou simultâneas e abruptas pudessem alterar os
 aspectos-chave, promovendo condições adequadas às transformações estratégicas
orientadas para metas claramente descritas” (SOARES, 2007, p. 83). 
 Entre as boas idéias daquele “plano”, destacava-se o reconhecimento da
 importância da prevenção da violência, tanto que derivou daí o Plano de
 Integração e Acompanhamento dos Programas Sociais de Prevenção da
 Violência (Piaps) cuja missão era promover a interação local e,
 portanto, o mútuo fortalecimento dos programas sociais implementados
 pelos governos federal, estadual e municipal, que, direta ou
 indiretamente, pudessem contribuir para a redução dos fatores,
 potencialmente, criminógenos. A ambição era formidável, assim como
 os obstáculos à sua execução. Dada a estrutura do Estado, no Brasil,
 caracterizada pela segmentação corporativa, reflexo tardio da segunda
 revolução industrial, nada é mais difícil do que integrar programas
 setoriais, gerando, pela coordenação, uma política intersetorial.
 Sobretudo quandoa pretensão ultrapassa o domínio de uma única esfera
 de governo e se estende aos três níveis federativos (SOARES, 2007, p.
84).
 De acordo com Lopes (2009, p. 29, apud CARVALHO; SILVA, 2009, p. 63) o
 PNSP elaborado no ano 2000 foi apontado como uma inovação no campo da democracia
 e da segurança pública. O PNSP atende as questões sociais e responde ao governo
 federal. Evidentemente, Carvalho e Silva (2009, p. 63) abordam que as tecnologias e suas
 inovações pressupõem uma segurança melhor, pois esses objetos são usados pelos “[...]
operadores da segurança pública possam ser eficazes e eficientes”. 
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 Soares (2007) averigua que ao ser criado a Senasp se concentrou em atender e
 apoiar o setor de segurança pública oferecendo cursos de capacitação para os policiais e
 investir em iniciativas que contemplem penas alternativas, assim como, o “[...]
 desenvolvimento de perspectivas mais racionais de gestão, nas polícias estaduais e nas
 secretarias de segurança, através da elaboração de planos de segurança pública”
(SOARES, 2007, p. 85). 
 Soares (2007) também examina que todo esse contexto histórico permite perceber
 que o governo FHC foi um marco positivo, visto que, ele proporcionou parâmetros
 democráticos e progressistas no domínio das políticas públicas. Dessa forma, isso “[...]
 conferiu à questão da segurança um status político superior, reconhecendo sua
 importância, a gravidade da situação e a necessidade de que o governo federal assuma
responsabilidades nessa matéria” (SOARES, 2007, p. 85).
 Carvalho e Silva (2009) apontam que toda a questão da segurança pública não
 pode ser tratada de forma negligente e que isso precisa ser primado tanto pelo Estado
 como pela população. Deste modo, para esses autores, nem a política empreendida pelo
 FHC ou mesmo no governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva almejaram os
 resultados quantitativos esperados, pois faltou a contribuição e a participação dos
cidadãos. 
2.3 Políticas de Segurança Pública atuais
 No dia 06 de fevereiro de 2017 o Ministério da Justiça do governo federal lançou
 o Plano Nacional de Segurança. Esse plano em sua pauta consta que são necessários uma
 ação conjunta entre o “governo federal, Estados e Sociedade” (BRASIL, 2017, online).
 Dentre os tópicos abordados há um maior destaque para “[...] a modernização do sistema
 penitenciário e o combate integrado às organizações criminosas. Também figuram como
 prioridades a redução do feminicídio e violência contra a mulher; a diminuição de
 homicídios dolosos e o combate integrado ao tráfico de drogas e armas” (BRASIL, 2017,
online).
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 O PNSP (BRASIL, 2017, p. 2) começa sua narrativa evidenciado três palavras:
 “integração-cooperação-colaboração”. Em seguida são traçados os objetivos e coloca
 como ação geral “capacitação, inteligência e ação conjunta” (BRASIL, 2017, p. 3). Para
 cada objetivo esse plano trás metas e ações especificas, contudo, nos focaremos na parte
 entre a relação da polícia com a sociedade. Nesse quesito, há uma ênfase que é necessária
 uma aproximação entre esses dois sujeitos (policia e sociedade) e para que isso ocorra é
 importante investir em “[...] Conselhos de Segurança com efetiva participação da
 sociedade” (BRASIL, 2017, p. 21). Da mesma maneira é necessário ampliar o número de
patrulhas e de policiais na rua, pois tudo isso resulta em inserção e proteção social. 
 Recentemente a Câmara dos Deputados aprovou o texto que fixa “o Plano
 Nacional de Segurança Pública e Defesa Social” (BRASIL, 2018, online) com duração
 para 10 anos. A lei é de nº. 3734/12 que da os subsídios para PNSP. Uma das pautas para
 a elaboração desse projeto foi assegurar “ações preventivas e fiscalizatórias de segurança
 interna, nas divisas, fronteiras, portos e aeroportos” (BRASIL, 2018, online). Assim
sendo:
 De acordo com o substitutivo do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), o
 plano nacional terá duração de dez anos. As ações de prevenção à
 criminalidade serão prioritárias, e as políticas públicas de segurança não
 serão restritas aos integrantes do Sistema Único de Segurança Pública
 (Susp), devendo considerar um contexto social amplo e abranger outras
 áreas do serviço público, como educação, saúde, lazer e cultura. No
 caso dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, eles terão até
 dois anos para elaborar seus planos correspondentes, sob pena de não
 poderem receber recursos da União para a execução de programas ou
ações no setor (BRASIL, 2018, online).
 Pautados ainda nessa jurisprudência no ponto das diretrizes do PNSP estão
 respaldada em medidas que visem a “[...] adoção de estratégias de articulação entre os
 órgãos públicos, entidades privadas, corporações policiais e organismos internacionais”
 (BRASIL, 2018, online). Logo, compreende-se que os planos estão alicerçados em ações
 que contemplem a sociedade e que atraia a mesma para participar ativamente de todas as
 decisões envolvendo esse campo específico. “Poderão ser previstos programas
 articulados com as escolas, a sociedade e a família para a prevenção da criminalidade.
 Uma das possibilidades é incentivar a inclusão da disciplina de prevenção da violência
nos conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino” (BRASIL, 2018, online).
 Os conselhos do PNSP nessa legislação denominam que os conselhos que forem
 filiados ao governo federal terão autonomia para criar quantos conselhos acharem
 necessários. Ainda de acordo com esse documento do PNSP esses serão formados por
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 “[...] representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”
(BRASIL, 2018, online). Em relação aos princípios o texto enfatiza que:
 Entre os princípios listados pelo texto para a atuação dos órgãos
 integrados ao Susp destacam-se a proteção dos direitos humanos; o
 respeito aos direitos fundamentais e promoção da cidadania e da
 dignidade da pessoa humana; a resolução pacífica de conflitos; o usoproporcional da força; a participação e o controle sociais; e a proteção,
 valorização e reconhecimento dos profissionais de segurança pública
(BRASIL, 2018, online).
 Por fim, o Projeto de Lei (PL) 3734/2012 de autoria do Poder Executivo que está
 aguardando a tramitação para entrar em vigor, a mesma está em situação de sanção. Sua
 ementa contempla todos os aspectos abordados até esse parágrafo e constitui a segurança
 pública aos órgãos responsáveis e que sejam trabalhados junto com os cidadãos. Dessa
 maneira, conclui-se que se houverem mobilizações para que a prática preceda o cidadão
irá conseguir viver em uma sociedade mais segura.
 • CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Esse estudo pautou-se em analisar as medidas do Estado referente à segurança
 pública. Para isso essa pesquisa descreveu a política pública adotada pela União, o
pontapé inicial e quais as medidas em trâmite na câmara dos deputados.
 Dessa maneira, essa perquisição constatou que a sociedade brasileira é
 fundamentada na desigualdade e que isso dura há anos e já passou por várias formas de
 governo, inclusive pela ditadura militar. Logo, a violência e a criminalidade não são
 consequências da pobreza, mas de uma má administração de séculos anteriores. Por isso,
 um dos problemas da segurança pública é que a teoria não acompanha a prática,
 afastando-se cada vez mais das soluções consideradas plausíveis. Um ponto destacado e
 comum na visão de vários autores é que as políticas públicas precisam ser uma via de
mão dupla, envolvendo Estado e sociedade.
 Esse artigo também descreveu o PNSP e como esse foi criado, ou seja, por meio
 de uma fatalidade as autoridades políticas decidiram elaborar esse projeto. O mesmo foi
 desenvolvido no governo do FHC e sendo “aperfeiçoado” em outros mandatos. Cabe
 ressaltar, que o governo já vinha pensando em um programa dessa plenitude desde
 Conferência Mundial de Direitos Humanos. Esse documento é muito significativo e foi
 um marco, pois considerou diversos aspectos importantes para os cidadãos e para a vida
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
em sociedade, proporcionando medidas de segurança pública. 
 Por fim, existem atualmente a PL 3734/2012, porém ainda está em curso na
 câmara dos deputados. Contudo, as novas regras do PNSP prever um tempo maior, com
 duração de 10 anos, assim como seus objetivos é diminuir a violência e a criminalidade e
 usando para isso a participação dos cidadãos. Portanto, esse trabalho conclui enfatizando
 que para que tenham soluções realmente efetivas é preciso agir junto à sociedade, com
programas e projetos de conscientização social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 BALESTRERI, R. B. Um novo paradigma de segurança pública. In: Segurança
 pública no Brasil um campo de desafios. COSTA, I. F; BALESTRERI, R. B (Org).
Salvador: Edufba, 2010, p. 57-68.
 BRASIL. Ministério da Justiça. Governo Federal. Veja a proposta do Plano Nacional
 de Segurança Pública, 2017. Disponível em: < http://www.justica.gov.br/news/plano-
 nacional-de-seguranca-preve-integracao-entre-poder-publico-e-sociedade>. Acesso em:
24 maio 2018.
 _____. Ministério da Justiça e Cidadania. Governo Federal. Plano Nacional de
 Segurança Pública, 2017. Disponível em: < http://www.justica.gov.br/news/plano-
 nacional-de-seguranca-preve-integracao-entre-poder-publico-e-sociedade/pnsp-
06jan17.pdf>. Acesso em: 24 maio 2018.
 _____. Câmara dos Deputados. Texto fixa duração de dez anos para Plano Nacional
 de Segurança Pública e Defesa Social, 2018. Disponível em: <
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/555815-TEXTO-
FIXA-DURACAO-DE-DEZ-ANOS-PARA-PLANO-NACIONAL-DE-SEGURANCA-
PUBLICA-E-DEFESA-SOCIAL.html>. Acesso em: 24 maio 2018.
 _____. Câmara dos Deputados. Disponível em:PL 3734/2012.
 <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=542102>.
Acesso em: 24 maio 2018.
 CARVALHO, V. A. de; SILVA, M. do R. de F. e S. Política de segurança pública no
Impresso por JoNaS, CPF 015.492.856-96 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 21/07/2020 18:34:09
 Brasil: avanços, limites e desafios. ., Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 59-67, Revista Katál
 jan./jun. 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rk/v14n1/v14n1a07.pdf>.
Acesso em: 24 maio 2018.
 LIMA, R. S. de; BUENO, S; MINGUARDI, G. Estado, polícias e segurança pública no
 Brasil. Revista Direito GV, V. 12 N. 1 JAN-ABR 2016. Disponível em:<
 http://www.scielo.br/pdf/rdgv/v12n1/1808-2432-rdgv-12-1-0049.pdf>. Acesso em: 24
amio 2018.
 MIRANDA, M. Sociedade, Violência e Políticas de Segurança Pública: da intolerância à
 construção do ato violento. , Centro de PesquisaRevista Eletrônica Machado Sobrinho
 e Extensão, p. 1- 13, 2011. Disponível em: <
 http://www.machadosobrinho.com.br/revista_online/miolo.php?miolo=artigos03>.
Acesso: 24 maio 2018.
 OLIVEIRA, A. S. S. de. Políticas Públicas de Segurança e Políticas de Segurança
 Pública: da teoria a prática. In: Das Políticas de Segurança Pública às Políticas
 Públicas de Segurança. São Paulo: Observatório de Segurança Pública, 2012, p. 43-62.
 Disponível em: < http://www.observatoriodeseguranca.org/>. Acesso em: 24 maio 2018.
 SAPORI, L. F. . Rio de Janeiro:Segurança pública no Brasil: Desafios e perspectivas
Editora FGV, 2007. 
 SOARES, L. E. A Política Nacional de Segurança Pública: histórico, dilemas e
 perspectivas. Revista Estudos Avançados, v. 21, nº. 61, 2007, p. 77-97. Disponível em:
 < https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10268>. Acesso em: 24 maio 2018.

Continue navegando