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Parasitologia - Mariana Magalhães Doença / Agente etiológico Forma evolutiva Hospedeiro Quadro clínico Transmissão Diagnóstico Tratamento ASCARIDÍASE Ascaris lumbricoides (NASA) Ovos Larva rabditoide L1 Larva L2 Larva filarióide L3 (forma infectante) Verme adulto Definitivo: Homem Manchas brancas no corpo, dor epigástrica, náuseas, palidez de mucosas, etc. Larvas: Em infecções maciças, o ascaris pode migrar (ascaris errático), causando lesões hepáticas e pulmonares. Pulmão: síndrome de Loeffer (quadro semelhante à pneumonia) e pontos hemorrágicos na passagem das larvas para os alvéolos. Verme adulto: Desnutrição, edema, urticária. Ascaris errático (migra) Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo larva L3 EPF: Kato Katz Albendazol ENTEROBIOSE (Antigo oxyurus) Enterobius vermiculares Definitivo: Homem Pode ser assintomático. Sintomático: Prurido perianal, nervosismo e irritação, erotismo e masturbação em meninas Heteroinfecção: poeira, alimentos contaminados Autoinfecção externa: a pessoa leva os ovos da região perianal à boca Autoinfecção interna: larvas eclodem no reto e migram Retroinfecção: larvas eclodem externamente (lençóis, toalhas) e penetram pelo ânus. Graham (fita gomada) EPF Albendazol ESQUISTOSSOMOSE Schistossoma mansoni Ovo: eliminado nas fezes do homem Miracídio: penetra no caramujo Esporocisto: dentro do caramujo Cercária: infecta o homem Esquistossômulo: circulação do homem Vermes adultos: sistema porta do homem Definitivo: Homem Intermediário: Biomphalaria sp. Fase aguda: Forma Assintomática Forma sintomática: Dermatite cercariana, febre de katayama Fase crônica: Forma hepatointestinal: geralmente assintomático, mas pode-se ter sintomas inespecíficos. Forma hepática: Fibrose hepática Forma hepatoesplênica: Hepato- esplenomegalia, hipertensão portal, varizes esofágicas, icterícia. (A migração do verme adulto pode obstruir vasos sanguíneos e gerar hipertensão portal, resultando em quadro de ascite, e pode ocorrer o aparecimento de varizes esofagianas) Penetração ativa da cercaria na pele EPF: Kato Katz e HPJ ELISA Biópsia retal Exames de imagem Hemograma: Aumento de IgE e eosinófilos Praziquantel Contraindicações: gestantes até 3 meses e forma hepatoesplênica descompensada Parasitologia - Mariana Magalhães Doença / Agente etiológico Forma evolutiva Hospedeiro Quadro clínico Transmissão Diagnóstico Tratamento ESCABIOSE Sarna Sarcoptes scabiei Penetração ativa na pele Contato direto pessoa a pessoa Exame clínico Tiabendazol ESTRONGILÍASE / ESTRONGILOIDÍASE Strongyloides stercoralis Larva L3 (filarióide): forma infectante Apresenta cauda entalhada Fêmea partenogenética 3n Somente a fêmea é parasita Definitivo: Homem Forma cutânea: Edema, prurido e urticária no local de penetração Forma pulmonar: Síndrome de Loaffer (NASA) Forma intestinal: Diarreia mucossanguinolenta, esteatorreia, anemia, diminuição do peristaltismo, obstrução intestinal, etc. Primoinfecção: penetração de larvas na pele Autoinfecção externa: fezes com larvas na região perianal Autoinfecção interna: constipação – larva no bolo fecal evolui para L3 e entra na mucosa -> cronicidade da doença EPF; Endoscopia; RIFI/ELISA Albendazol (Imunossuprimidos: Ivermectina) FASCIOLOSE Fasciola hepatica Ovo: eliminado nas fezes do homem Miracídio: penetra no caramujo Cercária: liberada pelo caramujo Metacercária: infecta o homem Verme adulto: ductos biliares do homem Definitivo: ovinos, suínos, bovinos, homem Intermediário: Lymnaea sp. (caramujo) Fase aguda: Febre, diarreia, vômitos, icterícia, aumento doloroso do fígado Fase crônica: Hepatomegalia, perda de peso, complicações da cirrose hepática. Ingestão de água e alimentos com metacercárias EPF Eosinofilia Bithionol FILARIOSE Wuchereria bancrofti L3 - microfilária: forma infectante Verme adulto: sistema linfático Definitivo: homem Intermediário: mosquito Culex Fase aguda: Febre, náuseas, sensibilidade dolorosa e rubor ao longo dos vasos linfáticos, linfadenite, etc. Fase crônica: Elefantíase: fibrose e edema (associado a infecções secundárias). Picada do mosquito culex Gota espessa Dietilcarbamazina (DEC) LARVA MIGRANS – ANCYLOSTOMA CANINUM Ancylostoma caninum Penetração ativa das larvas L3 na pele Exame clínico Albendazol Parasitologia - Mariana Magalhães Doença / Agente etiológico Forma evolutiva Hospedeiro Quadro clínico Transmissão Diagnóstico Tratamento MIÍASE Dermatobia hominis Definitivo: homem Furuncular: Lesão nodular (forma cistos). Possui orifícios por onde a larva respira. Traumática: Lesão aberta Penetração das larvas na pele Diagnóstico clínico Matar a larva por asfixia e tampar o local com esparadrapo PEDICULOSE Piolho Pediculus captis Definitivo: homem Prurido e irritação, infecções secundárias, alopécia, enfartamento ganglionar Pessoa a pessoa Diagnóstico clínico Ivermectina ou catação manual TENÍASE E CISTICERCOSE Taenia solium (Teníase e cisticercose) Taenia saginata (Teníase) Ovos: Proglotes (parte do verme que armazena os ovos) Cisticerco: larva presente no tecido muscular dos animais TENÍASE: Definitivo: homem CISTICERCOSE: Intermediário: Homem Teníase (verme adulto no intestino delgado): Geralmente assintomática, mas pode causar dor abdominal, náuseas, etc. Cisticercose (larvas nos tecidos): Forma muscular (assintomática), ocular, neurocisticercose. Neurocisticercose: - Forma celulosa: vesículas esféricas contendo líquido no SNC. - Forma racemosa: Vesículas que ocupam espaços liquóricos Teníase: Ingestão de carne bovina ou suína crua/mal passada contendo cisticercos Cisticercose: Ingestão acidental de ovos da T. solium Teníase: EPF ou swab anal Cisticercose: Exames de imagem, RIFI/ELISA do líquor Teníase: Praziquantel Cisticercose: Albendazol TRICURÍASE Verme chicote Trichuris trichiura Ovos não embrionados Ovos embrionados: contém L1 - forma infectante L1: duodeno L2, L3, L4: ceco Verme adulto Definitivo: homem Infecções leves: Assintomáticas Infecções moderadas: Diarreia, náusea, vômitos, dor de cabeça e dor abdominal Infecções graves: Síndrome disentérica crônica (prolapso retal, diarreia mucossangui- nolenta, desnutrição, anemia) Ingestão de ovos embrionados contendo L1 (alimentos, água, mãos..) EPF: Kato Katz (três amostras seriadas) Colonoscopia Albendazol Parasitologia - Mariana Magalhães Doença / Agente etiológico Forma evolutiva Hospedeiro Quadro clínico Transmissão Diagnóstico Tratamento TUNGÍASE Bicho de pé Tunga penetrans Definitivo: homem Pode causar dor ou coceira Penetração da fêmea adulta na pele (pés) Clínico Desinfecção do local com álcool, dilacerar a pele e remover o inseto (matar) ANCILOSTOMOSE Amarelão Necator americanus (NASA) Ancylostoma duodenale (NASA) Larva L3 (filarióide) forma infectante Definitivo: homem Aguda: Invasiva (cutânea: dermatite, prurido, edema) Migração (Alterações pulmonares) Intestinal (Dor epigástrica, náusea, vômito) Crônica: Espoliação sanguínea, ANEMIA Nota-se desnutrição e síndrome de PICA Penetração ativa de larvas L3 na pele EPF: Kato Katz e HPJ Albendazol HIMENOLEPÍASE Heminolepis nana Definitivo: homem Intermediário: Insetos Assintomático Sintomático: apenas em infecções com grande número de parasitos, ocorrendo diarréia e desconforto abdominal. Ingestão de água e alimentos contaminados com ovos. Ingestão de larvas contendo cisticercóides. EPF Praziquantel HIDATIDOSEEchinicoccus granulosus Larva Ovo Vermes adultos Definitivo: Canídeos Intermediário: Homens e animais Clínico ELISA Imunofluores- cência Albendazol Parasitologia - Mariana Magalhães FILARIOSE: O mosquito tem hábitos noturnos. Por isso, a microfiária durante o dia fica nos capilares profundos do pulmão e, durante a noite vai para os capilares periféricos superficiais (para ter mais chance de ocorrer o repasto sanguíneo). ® importante para o diagnóstico - A fêmea do culex deposita os ovos em águas ricas em matéria orgânica - É preciso de alta carga parasitária para que o mosquito seja infectado. TENÍASE E CISTICERCOSE: Os ovos da T. solium e da T. saginata são idênticos. No EPF, elas são diferenciadas pela morfologia das proglotes. FÁSCÍOLA HEPÁTICA: Profilaxias: combate ao caramujo, saneamento básico, não beber água de córregos, etc. ESQUISTOSSOMOSE: OBS: Pacientes imunossuprimidos tem uma resposta imunológica deficiente, portanto a eliminação de ovos nas fezes é menor. ESTRONGILOIDÍASE: Parasitose associada ao HIV/HTLV. Em pacientes com HIV, a cronicidade da doença se dá pela grande carga parasitária, o que causa hiperinfecção/infecção disseminada. - O uso de corticóides piora a infecção. ASCARIDÍASE: NASA - Helmintos que possuem fase pulmonar (ciclo de Loss) em seu ciclo biológico. - A larva migra para os pulmões causando um quadro semelhante à pneumonia, com tosse seca, febre, perda de peso, etc. -> síndrome de Loeffer . - O verme pode ser expelido na tosse HIDATIDOSE: Profilaxias: não alimentar animais com carne crua, vacinação de animais/ vermifugação HIMENOLEPÍASE: Ciclo monoxênico: Homem (HD) ingere os ovos -> oncosfera -> verme adulto Ciclo heteroxênico: Inseto (HI) ingere ovos -> larva cisticercoide -> ingestão do inseto contendo a larva pelo homem (HD) -> oncosfera -> verme adulto ANCILOSTOMOSE: Profilaxias: saneamento básico, suplementação comferro de proteínas, higiene, educação em saúde... TRICURÍASE: O prolapso retal acontece devido ao edema, aumento do reflexo da defecação e sangramento ENTEROBIOSE: Comum em crianças em idade escolar Transmissão em ambientes fechados e por meio da roupa - Profilaxias: higiene, saneamento, tratamento, ferver roupas de cama, aspirador de pó
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