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PROVA PRÁTICA PARASITO – 05/08/2021 01) TENÍASE: ● Taenia solium porco ● Taenia saginata boi ● Hospedeiro definitivo: homem ● Ciclo heteroxênico ● Habitat: Intestino delgado ● Infectante: cisticerco (larva) ● Transmissão: ingestão (carne porco e boi) crua ou malcozida, infectada com cisticerco de T. solium ou T. saginata. ● Patogenia: Fixação do parasita reação inflamatória tipo eosinofílica, podendo ocorrer sangramento liberação de toxinas pelo parasita ● Ovos indiferenciáveis ● Morfologia: Solium: rostelo em forma de sol, acúleos Saginata: sem rostro nem acúleos, oviposição na região perianal ● Incomum encontrar muitos parasitos solitária ● Período de incubação: 3 meses – vermes adultos no intestino delgado ● Clinica: Forma assintomática Forma sintomática: dor e desconforto abdominal, dor de cabeça, diarreia, náuseas, vômitos, apetite excessivo, perda de peso, hemorragias, inflamação, alargamento do abdômen ● Diagnóstico: Clinico: difícil, relato de eliminação de verme achatado (proglote), pesquisar: procedência, criação de suínos, bovinos, saneamento, qualidade da água utilizada, ingestão de carne crua ou mal cozida Laboratorial: ▪ Tamização pesquisa de proglotes (identifica espécie), ▪ Fita gomada, ▪ EPF (raro encontrar) – ovos de Taenia sp ● Tratamento: 1°Opção: Praziquantel dose única. 2°Opção: Niclosamida dose única 3°Opção: Mebendazol 2x por dia, por 4 dias. 4° Opção: Albendazol por 3 dias 02) CISTICERCOSE ● Taenia solium ● Hospedeiro intermediário: Homem ● Ciclo monoxênico ● Habitat: Tecidos (olhos, sistema nervoso central, pele, músculos) ● Infectante: ovo ● Transmissão: Auto Infecção : ingestão de ovos, proglotes – mãos contaminadas Heteroinfecção: ingestão de ovos - alimentos, água contaminada ● Morfologia: sem proglote ● Patogenias: Tecido muscular inflamação local morte do parasita calcificação Sistema nervoso inflamação meninge e reação glial no parênquima morte do parasita calcificação Ocular morte do parasita inflamação perda da integridade ocular ● Período de incubação: 15 dias a anos ● Clínica: Forma sintomática: Influência do número, tamanho, localização, resposta imune ▪ Convulsões e/ou crises epilépticas, hipertensão intracraniana, distúrbios psiquiátricos ▪ Muscular: dor, fadiga e cãibra ▪ Mamária: presença do nódulo ▪ Ocular: uveíte, perda total ou parcial da visão, perda do olho. ● Diagnóstico: Clinico: anamnese, exame de fundo de olho Laboratorial: ▪ Exame de líquido cefalorraquidiano; ▪ ELISA, hemaglutinação, imunoflorescencia; ▪ Radiografia; TC ● OBS: NEUROCISTICERCOSE ❖ O cisticerco se encontra encapsulado em material fibrótico ❖ Diagnóstico clínico critério absoluto: encontrar o parasito na biópsia ❖ Diagnóstico laboratorial LCR (eosinofilia, elevação de proteínas) ❖ Tratamento: ✔ 1°Opção: Praziquantel 21 dias ✔ 2°Opção: Albendazol 21 dias ✔ Associado corticoides (dexametasona) e anticonvulsivantes se necessário (fenitoína) 03) FILARIOSE: ● Wuchereria bancrofti ● Ciclo heteroxênico ● Hospedeiro intermediário: Mosquito do gênero Culex ● Hospedeiro definitivo: homem ● Habitat: sistema circulatório e linfático ● Infectante: larva L3 ● Transmissão: Picada do mosquito Culex quinquefasciatus ● Formas de vida: � Macho (menor e fino) e fêmea adultos: Microfilárias: embriões (circulam de madrugada) Larvas: localizam no vetor ● Patogenias: Manifestação imunoinflamatória microfilária Elefantíase verme adulto; inflamação e fibrose crônica do órgão atingido, hipertrofia do tecido conjuntivo e dilatação dos vasos linfáticos Tipo de lesão se deve a ação mecânica (verme adulto nos vasos linfáticos estase linfática e linforragia edema MMII, ascite ) ou ação irritativa (verme adulto nos vasos linfáticos linfagite e adenite urticária e edema extrafocal) Fenômenos imunológicos: eosinofilia pulmonar tropical (EPT) fibrose intersticial pulmonar comprometendo o pulmão ● Clínica: Assintomática; Aguda: linfangite, adenite, febre e mal estar; Crônicas: linfedema, hidrocele (acúmulo de líquido no escroto), quilúria e elefantíase; Eosinofilia pulmonar tropical: sintomas de asma brônquica (raro) ● Diagnóstico: Clínico: Área endêmica e história clínica, quadro clínico (dor inguinal ou perna, febre) e dados epidemiológicos Laboratorial: Microfilárias no sangue (Gota espessa - 22h as 4h), Biópsia de linfonodo (vermes), Ultra-som- “sinal da dança das filárias”, esfregaço sanguíneo ● OBS: sorologia é INADEQUADA baixa sensibilidade e especificidade ● Tratamento: Citrato de dietilcarbamazina (DEC) + ivermectina ou albendazol 04) LARVA MIGRANS ● OBS: Larva migrans cutânea ❖ Diagnóstico clínico: prurido, lesões serpiginosas características e relato de contato com áreas de areia (frequentados por cães e gatos, praias e locais de recreação). ❖ Larvas ficam confinadas à junção entre a epiderme e a derme ❖ Áreas mais afetadas: pés, pernas e nádegas ❖ Prurido: infecções secundárias e escoriações ❖ Tratamento: ✔ Autolimitada: três meses (morte e reabsorção da larva) ✔ Períodos maiores: medicamentos (tópico ou oral): Tiabendazol (uso tópico ou oral em casos de muitas lesões), Albendazol, ivermectina ● Larva migrans visceral Toxocaríase ● Toxocara canis, Toxocara leonina e Toxocara cati ● Hospedeiro acidental: homens ● Hospedeiro: cães, canídeos silvestres e gatos ● Ciclo monoxênico ● Habitat: tecidos ● Infectante: ovos ● Transmissão: ingestão ● Morfologia: ● Hipereosinofilia (MAIOR VALOR DE TODAS AS PARASITOSES), Sindrome de Loeffer ● Formas clínicas: hepática, pulmonar, hematológica ● As formas sintomáticas dividem-se em: larva migrans visceral clássica, larva migrans ocular e formas atípicas. ● Diagnóstico: Clinico: difícil Laboratorial: Sorologia: ELISA, imunofluorescência, hemoglutinação, Western blotting, EPF negativo - Toxocara não completa seu ciclo no homem ● Tratamento: Albendazol Mebendazol Tiabendazol Dietilcarbamazina
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