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Disciplina: Projeto e operação de abastecimento Projeto de ETA E ETE na cidade de Pareci Novo Ernesto Carlos Herrmann Juan Braga Lucas Rafael Corassa Rafael Moura Canoas, 2020 Sumário Nenhuma entrada de sumário foi encontrada. 1. APRESENTAÇÃO O objetivo deste Relatório é apresentar os estudos e projetos básicos de engenharia para a implantação dos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do município de Pareci Novo, no estado do Rio Grande do Sul. Uma das condições de um sistema de abastecimento eficiente é que a água distribuída seja capaz de atender à demanda. Sem dúvida alguma a demanda de água cresce com a população. Um sistema de abastecimento, quando instalado, deve ter condições de fornecer água em quantidade superior ao consumo. Todavia, depois de certo número de anos, a demanda passa a corresponder à capacidade máxima de adução e, então, diz-se que o sistema atingiu o seu limite de eficiência. 1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS E GERAIS DO MUNICIPIO É importante começar este estudo caracterizando a região e pontuando características da formação do munícipio, bem como de sua população, a fim de entender a demanda por água e esgotamento urbano. Nos anos de 1800, o estado dividia-se em fazendas, e na região que hoje está localizado o município de Pareci Novo era a antiga Fazenda Pareci região onde existiram as primeiras floriculturas do estado. A Fazenda fazia divisa ao oeste com Francisco Ivo e ao leste com Sargento José d’Azevedo e o Tenente Coronel Manuel Alves Guimarães. Ao norte o Arroio da Cadeia e ao Sul o Arroio Maratá e o Rio Cahy (na gramática da época). A região de Parecy (hoje Pareci Novo) ficava exatamente nesta última região ao sul da fazenda na beira do Rio Caí. Apesar do nome Pareci vir de um índio da tribo dos Parecis que migrou do Mato Grosso para a região ainda criança, a maioria parte da população é de origem alemã, vindos da cidade de Hamburgo, na Alemanha durante o processo de colonização alemã promovido pelo governo luso-brasileiro a fim de povoar do sul do país e garantir a produção de gêneros de primeira necessidade. Mapa 01: Divisão geográfica das fazendas em 1856. Fonte: Site da Prefeitura de Pareci Novo 1.2. LOCALIZAÇÃO E FORMAÇÃO DO MUNICÍPIO Localizado na região do Vale do Rio Caí, o município de Pareci Novo, se emancipou de Montenegro em 20 de março de 1992. Conforme dados atualizados do site da prefeitura, possui 4.164 habitantes (2018), a maioria de origem alemã. Com uma área de 57,4km², possui as localidades de Matiel, Várzea, Bananal, Despique, Coqueiral, Linha Progresso e Porto Maratá. As atividades econômicas principais são: a citricultura ea floricultura. Possui expressivos viveiros com mudas frutíferas e nativas. Possui latitude 29º38'18" sul e longitude 51º23'51" oeste, com altitude de 29m. Mapa 02: Região do vale do Caí. Fonte: Google Maps 1.3. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO População Total (2018): 4.164 habitantes Área (2015): 57,4 km² Densidade Demográfica: 72,5 hab/km² Taxa de analfabetismo (maiores de 15 anos): 1,66 % (2010) Expectativa de Vida (2010): 76,12 anos Mortalidade Infantil (2016): 23,81 por mil nascidos vivos PIB per capita (2017): R$ 23.436,26 Data de criação: 20/03/1992 - (Lei nº . 9620) Munícipio de origem: Montenegro * Dados da Fundação Estadual de Economia e Estatística (FEE) 2. PROJEÇÃO POPULACIONAL E PREVISÃO DE DEMANDA Visando projetar a demanda de agua e geração de esgoto no período de 20 anos, a seguir será apresentado um estudo populacional do município de Pareci Novo, baseado em dados da prefeitura do município, do IBGE e do SEBRAE (2019). A projeção da população é baseada em métodos matemáticos, aplicados sobre os últimos censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística − IBGE. O objetivo principal do Estudo Populacional é estabelecer a demanda futura dos serviços de saneamento básico. https://pt.wikipedia.org/wiki/Latitude https://pt.wikipedia.org/wiki/Longitude https://www.fee.rs.gov.br/perfil-socioeconomico/municipios/detalhe/?municipio=Pareci+Novo 2.1. METODOLOGIA DE CÁLCULO PROJEÇÃO POPULACIONAL Será utilizado o método de projeção (crescimento) aritmética, que pressupõem o aumento da população em função do tempo. A partir de valores conhecidos P0 e P1 correspondentes aos tempos t0 e t1, calcula-se o incremento populacional nesse período, conforme equação a seguir: 2.2. DEMANDA DE ÁGUA E VAZÃO DE ESGOTO Considerando o consumo de água por habitante de 200 Litros por dia e a vazão de esgoto de 80% da vazão de água, temos: Pareci Novo/RS Ano População Incremento Populacional Ka (%) Média Incremento Populacional Demanda água (L/dia) Demanda água (L/s) Vazão Esgoto (m³/dia) 1.992 2.576 515.200 5,96 412,2 2.000 3.142 70,75 628.400 7,27 502,7 2.010 3.511 36,90 702.200 8,13 561,8 2.017 3.812 43,00 50,22 762.400 8,82 609,9 2.025 4.213 50,22 842.747 9,75 674,2 2.032 4.565 50,22 913.050 10,57 730,4 2.040 4.967 50,22 993.397 11,50 794,7 Tabela 01: Projeção Populacional e Demanda de Água – Pareci Novo. Dados IBGE. Gráfico 01: Projeção Populacional até 2040 – Pareci Novo/RS - 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 2 0 2 0 2 0 3 0 2 0 4 0 2 0 5 0 PROJEÇÃO POPULACIONAL - PARECI NOVO/RS Gráfico 02: Demanda de Água (L/dia) até 2040 – Pareci Novo/RS Gráfico 03: Vazão de Esgoto (m³/dia) até 2040 – Pareci Novo/RS 2.3. PROJEÇÃO ADOTADA (ATÉ 2040) Pareci Novo/RS Ano População Demanda água (m³/dia) Demanda água (L/dia) Demanda água (L/s) Vazão Esgoto (m³/dia) 2.040 4.967 993,40 993.397 11,50 794,7 Tabela 02: Projeções para 2040 – Populacional, Demanda de Água, Esgoto – Pareci Novo/RS - 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 2.576 3.142 3.511 3.812 4.214 4.565 4.967 DEMANDA DE ÁGUA (L/dia) x POPULAÇÃO - PARECI NOVO/RS - 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 800,0 900,0 2.576 3.142 3.511 3.812 4.214 4.565 4.967 VAZÃO DE ESGOTO (m³/dia) X POPULAÇÃO - PARECI NOVO/RS 3. LOCALIZAÇÃO E ÁREA DE IMPLANTAÇÃO A localização da captação de água, estação de tratamento de água (ETA), reservatório e estação de tratamento de esgotos (ETE), conforme imagem a seguir. Mapas 03 e 04: Localização componentes. Fonte: Google Earth Os componentes do sistema de abastecimento e esgoto estão localizados nas seguintes coordenadas geográficas e altitudes topográficas: Componente Latitude Longitude Cota (m) Captação 29°38'10'' 51°23'31'' 10,00 ETA 29°38'03'' 51°23'41'' 98,00 Reservatório 29°38'46'' 51°23'43'’ 11,00 ETE 29°38'48'' 51°23'34'’ 9,00 Tabela 03: Coordenadas Geográficas e Cota do componentes do sistema de Água e Esgoto. Fonte: Google Earth 3.1. CAPTAÇÃO DE ÁGUA O critério para escolha do ponto de captação de água foi pela proximidade, visto que está a 321m do ponto mais alto da cidade de Pareci Novo, local escolhido para instalação da ETA. Segundo dados da Agência Nacional de Água a vazão mínima histórica registrada na estação da Barca do Caí localizada em São Sebastião do Caí é de 1,2169 m³/ s e vazão necessária para a ETA é 0,1228 m³/s. Mapa 05: Pontos de Controle da Agência Nacional de Água, Fonte: site da ANA 3.2. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) Para estabelecer a localização, fizemos um levantamento da maior cota dos pontos de consumo. Identificamos um loteamento em fase de execução que seu ponto mais alto está na cota 71m. A partir desse dado, fizemos a procura de um local que possuísse maior cota e que por sua vez fosse próximo do ponto de captação, diminuindo assim o comprimento da rede adutora. Por outro lado,este ponto deveria estar o mais próximo possível do centro da cidade, maior demanda de água. Dessa forma, a imagem a seguir identifica a localização da ETA e dá uma perspectiva do perfil (desnível) do solo pelo qual passará a adutora. A cota da ETA é 98m e o ponto de captação é 10m. Dessa forma a diferença de cota entre a captação e o tratamento é de 88m. Mapa 06: Perfil da Adutora de água do ponto de captação até o tratamento. Fonte: Google Earth 3.3. RESERVATÓRIO ESGOTO Para posicionarmos o reservatório de esgoto prévio ao tratamento (ETE) e à jusante do Rio Caí, precisávamos escolher um ponto que fosse próximo ao rio, diminuindo assim o investimento no emissário. Da mesma forma, o local precisa ter cota menor que a do centro urbano de Pareci Novo (menor cota 13m), fazendo com que o esgotamento urbano aconteça por gravidade até o reservatório. Por outro lado, a cota do reservatório precisa ser maior que a cota de ETE localizada na beira do Rio Caí. Dessa forma, o local escolhido para ser instalado o reservatório está na cota 11m ao sul da cidade de Pareci Novo, com as coordenadas geográficas conforme informado na tabela 03. A distância entre o reservatório e a ETE é de 304m e a diferença de cota é de 2m, podendo assim o emissário operar por gravidade. 3.4. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) O posicionamento da ETE precisa ser à jusante do Rio, após o centro urbano. Decidimos por colocar a ETE na beira do rio, no ponto de lançamento. A ETE está localizada na cota 9m, com coordenadas geográficas conforme informado na tabela 03, sendo a menor cota da região. Tal cota garante que a operação do esgotamento urbano aconteça por gravidade, desde a geração até o tratamento. Mapa 07: Perfil do Emissário de Esgoto que liga o Reservatório à ETE. Fonte: Google Earth 4. DIMENSIONAMENTOUNIDADES E EQUIPAMENTOSSISTEMA ABASTECIMENTO DE ÁGUA A área de projeto é na a zona urbana do município de Pareci Novo/RS e o alcance do mesmo é de 20 anos com início em 2020. Em atendimento às recomendações da Organização Mundial da Saúde será considerado consumo de água per-capita de 200 litros por dia. A figura 01 abaixo exemplifica de forma esquemática um sistema convencional de abastecimento de água que abrange desde a captação, o tratamento, até a distribuição. Este estudo por sua vez não abordará está último ponto, indo da captação até o reservatório de água tratada. A seguir abordaremos todos os estágios do processo. Figura 01: Fluxograma do sistema de abastecimento de água. Fonte: www.autossustentavel.com 4.1. CAPTAÇÃO O manancial abastecedor neste caso será o Rio Caí. No ponto determinado na tabela 03, será instalado o sistema de captação. neste local ainda será realizado o pré-tratamento da água anterior ao sistema de bombeamento (estação elevatória 01) que irá transportar a água para a estação de tratamento (ETA). Basicamente a água captada no rio irá passar por um sistema de grades que impede a entrada de elementos grosseiros contidos na água tais como folhas, galhos, troncos, etc. Posteriormente ainda a água passará por um sistema de Desarenação, que consiste em remover a areia por sedimentação. 4.1.1. GRADEAMENTO Destinam-se a reter materiais grosseiros existentes nas águas superficiais e de acordo com a NBR 12213. Determina entre outras coisas, velocidade ideal (v) de 0,6 m.s-¹, espessura das barras de 10mm, com espaçamento entre as mesmas de 25mm. Após as grades são colocadas telas que formam malhas, de 8 a 16 fios por decímetro. Estas tem o objetivo principal de reter materiais flutuantes não retidos pelas grades. 4.1.2. DESARENADOR Este processo destina-se à retirada de sólidos de fácil sedimentação suspensos na água próximo à superfície. Este se localiza à jusante da primeira adução depois do gradeamento. Consiste em calcular a velocidade de sedimentação de cada partícula, de forma a que o tamanho de desarenador seja suficiente para que os sedimentos fiquem retidos no fundo. Tal processo não deixa de ser um pré-tratamento da água captada e ajuda a proteger o sistema de bombeamento, bem como, a tubulação. Além disso facilita o tratamento e reduz a necessidade de área disponível junto a ETA. 4.1.3. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUABRUTA (EEA-01) Para podermos dimensionar o sistema de bombeamento é necessário calcular a perda de carga total do sistema. A seguir identificaremos os equipamentos e componentes, calculando as perdas bem como dimensionaremos a potência das bombas. Para tanto, estabelecemos que a linha de recalque (tubulação) será de PVC DEFoFo, a distância entre o bombeamento e a ETA é de 321m e a diferença de cota é de 88m, visto que a captação está na cota 10m e a ETA na cota 98m. O sistema contara com 01 bomba em funcionamento e 01 de reserva, as duas do tipo centrífugas. 4.1.3.1. DIAMETRO TUBULAÇÃO RECALQUE Obtemos o diâmetro econômico pela fórmula de Bresse conforme equação abaixo. Ele estabelece um coeficiente (K=1,2) que multiplicado pela vazão máxima de bombeamento em função da tubulação adotada, que neste caso é de 19,26 l/s. Na formula abaixo o Qmax é expresso em m³/s. 𝐷 = 𝐾. 𝑄 => 𝐷 = 1,2 ∗ 0,01926 = 0,167𝑚 ≅ 150𝑚𝑚 (∅ 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙) 4.1.3.2. PERDA DE CARGA LINEAR (j) Para tal calculamos pela fórmula de Hazen-Williams onde a perda de carga é referenciada com a letra (j) e estabelece um coeficiente (C) de 130 elevado a 1,85. 𝑗 = 10,643 ∗ 𝑄1,85 𝐶1,85 ∗ 𝐷4,87 = 10,643 ∗ 0,019261,85 1301,85 ∗ 0,1504,87 = 0,009 𝑚/𝑚 4.1.3.3. PERDA DE CARGA LOCALIZADA (hf) Segundo Azevedo Netto, as perdas de carga localizadas são função do quadrado da velocidade e do coeficiente "K". As conexões e válvulas possuem K definido conforme tabela 04 abaixo. O Somatórios dos K é a perda total localizada. Para tanto consideraremos o total de conexões (conforme instalação padrão) tanto do barrilete (sucção) como do recalque. TIPO K BARRILETE RECALQUE QTD K QTD K CURVA 45º 0,2 3 0,6 0 AMPLIAÇÃO 0,19 0 1 0,19 REDUÇÃO 0,33 0 0 CURVA 90º 0,4 5 2 11 4,4 TE PASSAGEM RETA 0,9 0 1 0,9 TE PASSAGEM LATERAL 2 0 1 2 TE BILATERAL 1,8 0 0 REGISTRO GAVETA 0,2 0 1 0,2 VALVULA RETENÇÃO 3 0 1 3 OUTROS 1 1 1 0 K LOCALIZADO TOTAL: 3,6 10,69 Tabela 04: Cálculo perda de carga localizada (Hf) 4.1.3.4. PERDA DE CARGA TOTAL (Hj) A perda de carga total é calculada por meio da equação abaixo, sendo a soma das perdas de carga linear e localizada vezes o comprimento da linha de recalque (L). 𝐻𝑗 = 𝐿 ∗ 𝑗 + 𝑓 = 321 ∗ 0,009 + 0,0036 + 0,01069 = 7,48 𝑚 4.1.3.5. CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA (AMT) Para calcular a altura manométrica total das bombas (principal e reserva) soma-se o valor total da perda de carga ao longo da tubulação ao desnível geométrico (Hg). Este último é dado pela diferença de cota entre a EEA (10m) e a ETA (98m). 𝐴𝑀𝑇 = 𝐻𝑔 + 𝐻𝑗 = 98 − 10 + 7,48 = 95,48𝑚 4.1.3.6. CÁLCULO DA POTÊNCIA DAS BOMBAS (P) A potência dos motores foi calculada utilizando a equação abaixo. Esta leva em consideração o número de motores em funcionamento simultâneo (Nb), que neste caso é 1, bem como o rendimento (𝜂) do conjunto moto bomba conforme catalogo do fabricante e o fator de serviço (Fs). Por sua vez é preciso do peso especifico do fluido a ser transportado (W) em kg/m³. 𝑃 𝐶𝑉 = 𝑊 ∗ 𝑄𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝐴𝑀𝑇 𝑁𝑏 ∗ 75 ∗ 𝜂 ∗ 𝐹𝑠 = 1000 ∗ 0,01926 ∗ 95,48 1 ∗ 75 ∗ 0,681 ∗ 1,15 = 36,005CV 𝑃 = 36 𝐶𝑉 ≅ 35,51 𝐻𝑃 ≅ 26.480 𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠 𝑄 = 19,26 𝐿 𝑠 ≅ 0,01926 𝑚3 𝑠 ≅ 69,336 𝑚3 4.1.3.7. DEFINIÇÃO MODELO BOMBA COMERCIAL A Bomba será da marca KSB, do tipo centrifuga, modelo Megabloc, tamanho 40-250. 4.2. DIMENSIONAMENTO ETA O tratamento de água será por meio de sistema físico-químico contendo 04 etapas, conforme figura abaixo. Figura 01: Sistema de tratamentode água 4.2.1. DIMENSIONAMENTO DO TANQUE DE MISTURA RÁPIDA Conforme calculado e exposto na tabela 02, a vazão média do esgoto que terá que ser tratado é de 33,11m³/h. A fim de dimensionar o tanque de mistura rápida em formato cúbico e sabendo que a altura (H) é 1,2*L, calcularemos primeiro o volume necessário, para assim determinar suas dimensões. O tempo de detenção adotado é de 1 minuto, ou seja, 0,01667h. 𝑉 = 𝑄 𝑚3 ∗ 𝑡 => 𝑉 = 41,4 ∗ 0,01667 = 0,69 𝑚³ 𝑉 = 𝐿2 ∗ 𝐻 => (1,2 ∗ 𝐿) 𝑉 = 1,2 ∗ 𝐿3 => 𝐿 = 𝑉 3 1,2 => 𝐿 = 0,69 1,2 3 = 0,832𝑚 => 𝐻 = 1,2 ∗ 0,832 = 0,99𝑚 O tanque de mistura rápida será de 0,85X0,85X1,0m. 4.2.2. DIMENSIONAMENTO TANQUE DE FLOCULAÇÃO O processo de floculação demanda a adoção de 30 minutos (t=0,5h) de tempo de detenção. Dessa forma, e adotando os mesmos parâmetros utilizados para determinação do tanque de mistura rápida, temos a seguinte equação e dimensões: 𝑉 = 𝑄 𝑚3 ∗ 𝑡 => 𝑉 = 41,4 ∗ 0,5 = 20,7𝑚³ 𝑉 = 1,2 ∗ 𝐿3 => 𝐿 = 𝑉 3 1,2 => 𝐿 = 20,7 1,2 3 = 2,584𝑚 => 𝐻 = 1,2 ∗ 2,584 = 3,1𝑚 O tanque de Floculação será de 2,6 X 2,6X 3,1m 4.2.3. DIMENSIONAMENTO DECANTADOR Considerando um decantador de fluxo ascendente com dois poços no fundo para deposição de lodo, adotaremos comprimento igual à 2 vezes a largura (L=2B). A construção do mesmo será por meio de módulos tubulares, dessa forma a taxa de escoamento superficial (I) é igual a 75m³/m². Adotaremos altura do decantador de 2m. Assim, para determinar suas dimensões calcularemos incialmente a área de projeção do mesmo conforme equações a seguir: 𝐴 = 𝑄 𝑚3 𝑑𝑖𝑎 𝐼 ( 𝑚3 𝑚2 .𝑑𝑖𝑎 ) => 𝐴 = 993,4 75 = 13,25𝑚² 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐿 = 2𝐵 => 𝐴 = 2𝐵2 => 𝐵 = 𝐴 2 => 𝐵 = 2,57𝑚 => 𝐿 = 5,15𝑚 𝑉 = 2,6 ∗ 5,2 ∗ 2 = 27,04𝑚³ O tempo de decantação considerado satisfatório precisa ser entre 30 minutos e 1 hora, sendo assim o tempo de decantação (t) é: 𝑡 = 𝑉 𝑚3 𝑄 𝑚3 => 𝑡 = 27,04 41,4 = 0,653 ≅ 39𝑚𝑖𝑛 4.2.4. FILTRO Será utilizado um filtro rápido com capacidade de filtragem média de 120 𝑚3 𝑚2 .𝑑𝑖𝑎 4.3. DIMENSIONAMENTO ETE Por sua vez, para determinar a vazão de esgoto, será considerado 80% do consumo de agua. O sistema de tratamento de esgoto escolhido para a demanda da cidade de Pareci Novo dimensionada para atender a evolução populacional até 2040 foi o de lodo ativado convencional. Tal opção é possível devido à baixa geração de esgoto em função do tamanho da cidade e sua população, além de representar baixo custo de implantação e operação. Abaixo desenho esquemático do sistema proposto: Figura 02: Sistema de tratamento de esgoto 4.3.1 - VAZÃO DO PROJETO E POPULAÇÃO A vazão identificada no projeto vem a ser definida a partir da estimativa da população, onde vem a ser identificado pela população contribuinte á rede coletora através dos seguintes parâmetros. População para 2040: 4967, correspondendo a uma vazão de 794,7m³/dia. Neste caso não será adotado taxa de infiltração, onde será utilizado tubulação de PVC de acordo com vazão indicada acima. 4.3.1 - SISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO Para que ocorra apenas a captação do esgoto, o sistema de coleta ocorre de forma separada das águas pluviais, sendo que se pode reduzir o custo com as tubulações, desta forma o diâmetro poderá ser menor em relação a um sistema unitário, tendo vantagens com a redução de poluições de cursos d'água. 4.3.2 - GRADEAMENTO O esgoto doméstico trazem normalmente muitos sólido diferentes entre (plásticos e diversos materiais), a retirada é importante para o funcionamento correto da ETE e na maioria das vezes são facilmente separados. Sendo o de tal forma para obter um ótimo desempenho no tratamento biológico, deve ser realizado diariamente a limpeza para um bom funcionamento. Verificando a grade a ser utilizada deve ter barras que a tenda a velocidade de 9,19m/s. Adotada grade média com barras retangulares de 1/4", com espaçamento de a = 3/4" mm e inclinação de 60°, utilizar grades confeccionadas em aço inoxidável ou material resistente e não oxidação. As condições de escoamento será a velocidade de passagem na grade de 0,919 m/s. 4.3.2 - DECANTADOR Essa unidade vem a remover a massa de microrganismos (lodo ativado) que se desenvolveu. Parte desses sólidos retorna para a unidade de tratamento secundário e o excesso é conduzido ao reator anaeróbio para digestão. Decantador Dado de projeto Valores Unidade de medida Taxa de aplicação superficial 75,57 m³/m²/dia Área necessária 28,9 m² Diâmetro 1,5 m Profundidade 3,7 m Volume 110 m³ Tempo de detenção Hidráulica 3,4 h 4.3.3 - REATOR O Reator UASB é uma tecnologia de tratamento biológico de esgotos baseados na decomposição anaeróbia da matéria orgânica. Consistem em uma coluna de escoamento ascendente, composta de uma zona de digestão, uma zona de sedimentação e o dispositivo separador de fases gás – sólido – líquido. O esgoto aflui ao reator e após se distribuído pelo seu fundo, segue uma trajetória ascendente, desde a sua parte mais baixa, até encontrar a manta de lodo, onde ocorre a mistura, a biodegradação e a digestão anaeróbia do conteúdo orgânico, tendo como subproduto a geração de gases metano, carbônico e sulfídrico. Ainda em escoamento ascendente, e através de passagens definidas pela estrutura dos dispositivos de coleta de gases e de sedimentação, o esgoto alcança a zona e de REATOR Total Q = vazão média (m3/dia) 795 So = DBO de entrada no TA (mg/L) 350 Se = DBO estimada de saída( m3/L) 14 K = taxa de consumo do substrato( L/mg.dia) 0,06 SSV = Sólidos Suspensos Voláteis(mg/L) 3168 q = idade do Lodo (dia) 26 Y = produção de biomassa (kg SSV/kg DBO) 0,6 Kd = coeficiente de respiração endógena (dia-1) 0,09 fb' = fração biodegradavel do SSV gerado no TA 0,8 4.3.2 - DECANTADOR SECUNDARIO 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ECOSAN – Equipamentos para Tratamentos de Efluentes. Disponível em: http://www.caern.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/caern/instituicao/gerados/Caern.asp http://www.ecosan.com.br/pt/br/produtos_servicos/equipamento_tratamento_efluentes/aera dores/> Acesso em 21/11/2012. http://atlas.ana.gov.br/atlas/forms/analise/Geral.aspx?est=3# HIDROSUL – Estações de Tratamentos de Efluentes. Disponível em: http://www.hidrosul.com.br/ > Acesso em 21/11/2012. NBR 12213 NB 589 - Projeto de captação de águas superficiais. NBR 12216/1992 - Projeto de estação de tratamento de águas para abastecimento público. NBR 12209/ 1992 - Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário. https://meet.google.com/linkredirect?authuser=0&dest=http%3A%2F%2Fatlas.ana.gov.br%2Fatlas%2Fforms%2Fanalise%2FGeral.aspx%3Fest%3D3%23
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