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AFECÇÕES DO SISTEMA DIGESTORIO - modificado

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AFECÇÕES DO 
SISTEMA DIGESTÓRIO
Clinica Médica 
Professor: Enf. Gleison Santos 
ESTOMATITE
• Inflamação da mucosa oral podendo ocorrer ulcerações, vulgarmente 
chamada de afta. 
CAUSAS E FATORES PREDISPONETES
• Distúrbios emocionais; 
• Deficiência nutricional; 
• Perturbações digestivas; 
• Excesso de acidez na cavidade oral; 
• Abuso de fumo e álcool; 
• Falta de higiene oral; 
• Infecções tipo candidíase, principalmente em crianças; 
• Baixa resistência orgânica, principalmente em pacientes acamados e após 
uso de drogas, como os quimioterápicos. 
SINAIS E SINTOMAS
• Dor que se acentua com alimentação, principalmente com alimentos ácidos e 
quentes; 
• Mucosas avermelhadas, podendo aparecer regiões ulceradas. 
DIAGNÓSTICO
• Inspeção da cavidade oral; 
• Coleta de material para cultura se houver suspeita de infecção. 
TRATAMENTO (TTO)
• Higiene da cavidade oral com substâncias alcalinas (elevar o ph), como 
bicarbonato de sódio, leite de magnésia e outros; 
• Alimentação adequada: não ingerir alimentos muito quentes e usar pouco 
tempero, evitar frutas cítricas etc. 
ESOFAGITE DE REFLUXO
• Inflamação da parte final do esôfago, que sofre ação do refluxo do conteúdo 
gástrico. 
CAUSAS / SINAIS E SINTOMAS
• Causas: Hérnia de hiato
• Sinais e sintomas: Pirose e Regurgitação. 
• Diagnóstico: endoscopia e rx. 
TRATAMENTO(TTO)
• Utilização de antiácidos; 
• Alimentação em pequenas quantidades; 
• Não deitar após as refeições; 
• Tratar a obesidade se for o caso; 
• Intervenção cirúrgica se for o caso. 
GASTRITE 
• Inflamação aguda ou crônica da mucosa gástrica. 
CAUSAS
• A causa exata é desconhecida; 
• Distúrbios emocionais; 
• Erros alimentares: alimentos muito quentes, excesso de condimentos, mal 
mastigados, jejum 
• prolongado; 
• Medicamentos derivados do aas, corticoides etc.; 
• Abuso de álcool e fumo; 
• Refrigerantes gasosos, principalmente os que contém cola. 
SINAIS E SINTOMAS
• Desconforto abdominal; 
• Cefaleia; 
• Náuseas e vômito; 
• Anorexia; 
• Pirose; 
• Diarreia e cólicas; 
• Eructações; 
• Halitose . 
DIAGNÓSTICO
• Endoscopia; 
• Prova de acidez gástrica; 
• Biopsia – pesquisa de Helicobacter pylori . 
TRATAMENTO(TTO)
• Dieta zero na primeira fase; 
• Repouso físico e mental; 
• Dieta branda, pobre em ácidos e condimentos; evitar alimentos muito 
quentes; 
• Orientar quanto à mastigação; servir pequenas quantidades de alimentos 
varias vezes ao dia; 
• Evitar refrigerantes gasosos; 
• Abolir, o fumo, o álcool e o café́; 
• Usar sedativos leves, antiácidos, antiespasmódicos e antieméticos conforme 
prescrição médica. 
ÚLCERA PÉPTICA
• Lesão ulcerada que pode ocorrer nas mucosas do esôfago, estômago e 
duodeno, devido à secreção ácida de estômago. 
CAUSAS
• Desconhecida a causa exata; 
• Distúrbios emocionais, tipo estresse emocional; 
• Erros alimentares: alimentação excessivamente ácida, 
• condimentos, gordura e açúcar, aumentam a secreção gástrica; alimentos 
mal mastigados, muito quentes ou muito frios; 
• Hábitos como: chimarrão, álcool, fumo, café́, chá ́em excesso, refrigerantes 
gasoso, principalmente os que contém cola; 
• Medicamentos à base de AAS, e alguns anti-inflamatórios; 
• Infecções por Helicobacter pylori; 
• Jejum prolongado.
LOCALIZAÇÃO E INCIDÊNCIA
• Localização: É mais comum no duodeno, mas pode ocorrer no estômago e 
nas regiões próximas ao piloro. 
• Incidência: Maior em homens que em mulheres, na faixa de 30 a 50 anos; 
pessoas que ocupam cargos elevados e que sofrem grandes tensões 
emocionais. 
DIAGNÓSTICO
• Anamnese completa; 
• Rx contrastado de esôfago, estômago e duodeno (EED); 
• Endoscopia; 
• Prova de acidez gástrica. 
SINAIS E SINTOMAS
• Dor epigástrica, que habitualmente é aliviada ao comer, pois o alimento 
neutraliza o ácido; 
• Náuseas, vômitos ácidos, pirose (principalmente à noite, com sensação de 
queimação 
• retroesternal); 
• Anorexia; 
• Sialorréia; 
• Hematêmese e melena, nos casos de úlcera perfurante. 
TRATAMENTO (TTO)
� Controle das secreções gástricas através de antiácidos, ansiolíticos, 
ranitidina, cimetidina, omeprazol, antiespasmódicos, 
anticolinérgicos, segundo prescrição médica; 
� Repouso físico e mental, evitando as situações de estresse; 
� Evitar uso de: café́, álcool, chá,́ refrigerantes, fumo e chocolate; 
� Dieta equilibrada, fracionada, evitando os alimentos que estimulam 
a secreção gástrica; 
� Cirúrgico: será ́abordado em enfermagem cirúrgica; 
� Antibióticos de for constatado H. pylori, segundo prescrição médica 
COMPLICAÇÕES
• Hemorragia, devido perfuração; 
• Obstrução pilórica, devido processo de cicatrização. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
PARA GASTRITE E ÚLCERA
• Proporcionar ambiente calmo e tranquilo; 
• Orientar quanto à importância da dieta e da mastigação; 
• Observar e controlar as eliminações gastrointestinais (vômito e fezes) em 
busca de sinais de sangramento; 
• Observar características da dor: localização, intensidade, se alivia ou não 
com antiácidos; 
• Verificar sinais vitais para constatar sinais de hipotensão; 
• Preparar o paciente para os testes diagnósticos. 
APENDICITE
• Inflamação aguda do apêndice.
EXAME FÍSICO
• SINAL DE BLUMBERG
• Com o paciente em decúbito dorsal, é realizada uma compressão no ponto de 
McBurney, seguida de uma descompressão súbita, que será referida pelo 
paciente como dor ou piora da dor quando o sinal estiver presente.
• Esse sinal da “descompressão dolorosa”, que às vezes está relacionado a um 
quadro de infecção de algum órgão abdominal (apendicite, colecistite e 
diverticulite), foi descrito por Jacob Blumberg (1873-1955), um cirurgião 
alemão judeu, formado na Universidade de Breslau em 1896.
• O sinal de Blumberg é um dos sinais clássicos da Medicina, e sua presença 
representa Inflamação peritoneal, e é muito sugestivo do diagnóstico 
de Apendicite, apesar de não ser patognomônico desta condição.
•
O sinal de Blumberg só é pesquisado no ponto de
Mcburney, sendo que a descompressão dolorosa
em qualquer outra parte do abdome não é
reconhecida como este sinal. Indica alguma
peritonite, porém não apendicite.
CAUSAS
� Dor abdominal severa, intensa e progressiva que inicia a meio caminho entre 
o umbigo e a espinha ilíaca anterossuperior; 
� Febrícula, náuseas e vômito; 
� Anorexia. 
COMPLICAÇÕES / TRATAMENTO
• Complicações: A principal complicação é a perfuração, que irá resultar em 
peritonite ou em abscesso. 
• Tratamento: Cirúrgico (Apendicectomia). 
GASTROENTERITE
• Infecção simultânea do estômago e intestino. 
CAUSAS
• Microrganismos como: vírus, bactérias e fungos; 
• Baixa resistência orgânica. 
SINAIS E SINTOMAS
• Náuseas, vômitos e dor abdominal tipo cólica; 
• Hipertermia, geralmente de 38oC a 39oC acompanhada de calafrios;
• Evacuações líquidas, fétidas e frequentes, podendo ser acompanhadas de 
muco e sangue. 
DIAGNÓSTICO
• Exame de fezes: parasitológico e cultura; 
• Exames radiológicos; 
• Exame de sangue. 
TRATAMENTO(TTO)
• Específico: antibióticos e fungicidas de acordo com o agente etiológico; 
• Antieméticos e antiespasmódicos; 
• Hidratação parenteral se houver vômitos, ou terapia de reidratação oral se 
não houver vômitos; 
• Dieta: manter dieta zero enquanto houver vômito, posteriormente, iniciar 
dieta líquida pastosa, pobre em resíduos para não irritar o intestino. 
COMPLICAÇÕES
• Desidratação; 
• Choque hipovolêmico; 
• Desnutrição; 
• Caquexia; 
• Óbito: a gastroenterite é uma das principais causas de óbito em crianças 
menores de 1 ano. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Isolar o paciente em caso de diarreia infecciosa; 
• Controlar evacuações: frequência, quantidade, cor, consistência, presença de 
muco ou sangue; 
• Controlar vômitos: frequência, quantidade, cor e características; 
• Fazer balanço hídrico; 
• Controlar sinais vitais para verificar sinais de choque; 
• Controlar peso e diurese; 
• Manter o paciente limpo e seco. 
COLECISTITE
• Inflamação da vesícula e vias biliares. Pode ser aguda ou crônica, 
frequentementeassociada à coletitíase (presença de cálculos na vesícula e 
vias biliares). 
CAUSAS
• O mecanismo de formação dos cálculos é desconhecido, sabe-se que existe 
uma tendência hereditária e uma frequência maior em mulheres obesas após 
os 40 anos; 
• Inflamação e retenção de bílis; 
• Anemia hemolítica que leva à excessiva formação de bilirrubina. 
SINAIS E SINTOMAS
• Agudos: 
• Cólica biliar, náuseas e vômitos; 
• Icterícia;
• Acolia (fezes esbranquiçadas); 
• Urina escura cor de chá ́forte; 
• Dor intensa no hipocôndrio direito. 
• Crônicos: 
� Cólicas biliares esporádicas; 
� Intolerância a alimentos gordurosos; 
� Dor no hipocôndrio direito, acompanhada por hipersensibilidade à palpação. 
DIAGNÓSTICO
• • Exame clinico;
• Palpação do fígado;
• Inserção da pele e mucosas;
• Colecistografia;
• Dosagem de bilirrubina;
• Ultrassonografia(USG). 
TRATAMENTO
• Clínico: 
• • Antiespasmódicos;
• Antieméticos;
• Dieta leve, pobre em gorduras ( queijo, ovos, cremes, frituras etc.); • Evitar 
bebidas alcoólicas e excesso de condimentos.
• Cirúrgico:
Colecistectomia/coledocotomia (ver enf. cirúrgica). 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
• Ë um termo usado para descrever uma frequência anormal ou irregularidade 
da defecação, um endurecimento anormal das fezes fazendo com que a 
passagem seja difícil e algumas vezes dolorosa, uma diminuição do volume 
das fezes ou retenção destas no reto por um período de tempo prolongado. 
Qualquer variação dos hábitos normais pode ser vista como um problema. 
CAUSAS
• Medicações: tranquilizantes, antidepressivos, anti-hipertensivos, opióides, 
antiácidos com alumínio e ferro etc.; 
• Distúrbios retais/anais: hemorroidas, fissuras; 
• Obstrução: câncer de intestino; 
• Condições metabólicas e neurológicas: diabetes, doença de Parkinson, 
esclerose múltipla; 
• Envenenamento por chumbo; 
• Sedentarismo e vida estressada; 
• Alimentação com baixo consumo de fibras e ingestão inadequada de líquidos; 
SINAIS E SINTOMAS
• Distensão e dor abdominal; 
• Apetite diminuído; 
• Cefaleia, fadiga e indigestão. 
DIAGNÓSTICO
• Exame físico;
• Anamnese;
• RaioX
COMPLICAÇÕES / TRATAMENTO
• Complicações: 
• Hipertensão arterial (esforço para evacuar); 
• Impactação fecal; 
• Hemorroidas e fissuras. 
• Tratamento: 
• Interrupção do uso abusivo de laxativos; 
• Dieta rica em fibras, aumentar a ingestão de líquidos e exercícios físicos; 
• Uso de medicamentos laxativos, enemas e supositórios. 
CUIDADOS DA ENFERMAGEM
• Informá-lo sobre como melhorar o estilo de vida (melhoria da qualidade de 
vida evitando as causas da constipação); 
• Aliviar a ansiedade em relação aos procedimentos (enema) que são 
constrangedores, dando- lhe suporte físico e emocional. 
DIARRÉIA
• Ë um aumento da frequência dos movimentos intestinais (mais de três vezes 
por dia), aumento da quantidade de fezes (mais de 200g/dia) e consistência 
alterada. 
SINAIS E SINTOMAS
• Frequência aumentada; 
• Cãibra abdominal, distensão, ruídos intestinais, anorexia e sede; 
• Desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico. 
• Complicações como: arritmia cardíaca (baixa de potássio), oligúria, fraqueza 
muscular, parestesia, hipotensão, anorexia e sonolência.
• Fezes liquidas são características da doença do intestino delgado, enquanto 
fezes semissólidas, estão associadas mais frequentemente aos distúrbios do 
colón. 
• Fezes volumosas e gordurosas sugerem má ́absorção intestinal, e a presença 
de muco e pus nas fezes denota enterite ou colite inflamatória. Gotas de óleo 
que caem na água do vaso sanitário são quase sempre diagnóstico de 
insuficiência pancreática. Diarreia noturna pode ser a manifestação de 
neuropatia diabética. 
TRATAMENTO(TTO)
• Controlar os sintomas e prevenir as complicações. 
• Aumentar ingestão de líquidos e eletrólitos (reidratante oral) aos poucos; 
• Uso de medicamentos: antibióticos, anti-inflamatórios e antiespasmódicos; 
• Ingestão de alimentos simples, não gordurosos e pobres em fibras; 
• Fazer uso de sucos constipantes como limão. 
CUIDADOS DA ENFERMAGEM
• Observar e anotar: frequência, aspecto e volume das fezes; 
• Acompanhar e administrar a medicação prescrita; 
• Observar os sinais de complicações. 
HEPATITE
• Doença inflamatória do fígado normalmente causada por vírus.
• Os vírus mais conhecidos são o A, o B, o C, e o D (daí vem os nomes das 
hepatites). Pouco se sabe ainda hoje sobre os vírus E, F e G. 
DIAGNÓSTICO
• Exame físico: inspeção da pele escleróticas, apalpação do fígado; 
• Pesquisa do antígeno Austrália (hepatite b); 
• Dosagem de bilirrubina; 
• Dosagem de TGO (Transaminase Glutâmico Oxalacética) e dosagem de TGP 
(Transaminase Gluta ̂mico Pirúvica); 
• Biópsia hepática. 
TRATAMENTO
• Não existe tratamento específico para hepatite viral.
O tratamento é feito através de repouso no leito, na fase aguda da doença, e 
nutrição adequada. 
� Repouso: evitar fadiga excessiva; 
� Dieta: hipercalórica e hipogordurosa; 
� Líquidos: ingestão de 3 litros ou mais de água por dia; 
� Higiene: manter a higiene pessoal, evitando que se coce (usar hidratantes ) e corte 
das unhas. 
CUIDADOS DA ENFERMAGEM
• Isolamento ( uso de luvas e avental para cuidados de higiene); 
• Cuidados especiais com seringas, agulhas, talheres, sempre que possível utilizar material 
descartável; 
• Comadres papagaios devem ser de uso exclusivo do paciente incluindo as instalações 
sanitárias; 
• Proporcionar repouso no leito na fase aguda; 
• Estimular a ingestão da dieta e hidratação; 
• Observar as eliminações e fazer controle hídrico; 
• Manter as unhas curtas e limpas e orientar para que não se coce; 
• Dar banhos com solução emoliente para aliviar o prurido; 
• Observar sinais de complicação como hematêmese, melena, equimose, distensão abdominal; 
• Administrar anti-histamínicos, tranquilizantes, antieméticos conforme prescrição médica. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE 
HEPATITES
Tipos Modo Transmissão Período Incubação Sinais e Sintomas 
Hepatite A Fecal-oral 2 a 6 semanas (média 30 dias) 
Maioria assintomática, com 
estado semelhante à gripe. 
Anorexia, febre baixa (38oC), n
áuseas, vômitos e icterícia (ou 
não). Confere imunidade 
permanente. 
Hepatite B 
Parenteral, saliva, 
2 a 6 meses (média 70 dias) 
Semelhante à hepatite A, 
porem mais 
sêmen, secreção vaginal, leite 
materno. 
grave. Febre e sintomas 
respiratórios raros, porém 
podem ocorrer artralgia e 
Erupções cutâneas.
(3 a 4 meses de 
convalescença) 
Hepatite C 
Parenteral (sangue e 
derivados).
Também pela relação sexual 
2 semanas a 5 meses. 
Semelhante à hepatite B porém 
menos grave e 85% dos casos 
são anictéricos e 20% levam à 
cirrose em 2 a 40 anos. 
Hepatite D (agente delta) 
Mesmo da hepatite B (só quem 
tem HVB pode desenvolver 
HVD) 
2 a 6 meses (média 70 dias) 
Semelhante à hepatite B porém 
mais grave. Pode evoluir para 
hepatite crônica ativa e cirrose. 
Hepatite E Fecal-oral 1 a 8 semanas (média 40 dias) Semelhante à hepatite A. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE 
HEPATITES
• A hepatite A é o tipo mais comum e de mais fácil contágio. O vírus se transmite 
através da ingestão de alimentos e líquidos contaminados por partículas de fezes 
humanas e pelo contato da boca com partes do corpo também contaminadas por 
essas partículas. 
• A hepatite B é bastante comum. Algumas pessoas não conseguem desenvolver 
anticorpos contra ele, tornando-se portadores crônicos e transmissores desse 
vírus. Por carregarem o vírus no organismo, essas pessoas podem desenvolver 
cirrose e câncer de fígado. O vírus B está presente no sangue, no esperma, nas 
secreções vaginais e na saliva. Sua transmissão pode ocorrer durante as relações 
sexuais, no compartilhamento de agulhas e seringas ou, para o bebê durante a 
gravidez e parto. Assim, as formas de prevenir contra a hepatite B consistem em 
usar preservativo masculino ou feminino durante as relações sexuais e em não 
compartilhar agulhas e seringas. Felizmente já́ existe vacina contra o vírus 
causador da hepatiteB.
O tratamento para a hepatite C ainda é pouco eficaz. Mesmo tratada essa 
hepatite pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. As formas de transmissão 
são semelhantes às da hepatite B. 
CIRROSE HEPÁTICA
• Lesão do tecido hepático seguido de cicatrização (fibrose). 
CAUSAS
• Alcoolismo crônico; 
• Desnutrição; 
• Exposição à substâncias hepatotóxicas; 
• Esquistossomose; 
• Obstrução biliar crônica; 
• Infeccioso (hepatites). 
DIAGNÓSTICO
• Provas de função hepática: dosagem de TGO, TGP, bilirrubina, albumina; 
• Biópsia hepática; 
• Tomografia, laparoscopia, USG etc. 
TRATAMENTO (TTO)
• Atividade física limitada; 
• Dieta hiperproteica, hipervitamínica (vit. A,B,K,C), hipercalórica, 
hipossódica e hipogordurosa; 
• Proibição de álcool; 
• Medicamentos como: corticoides, diuréticos, vitaminas, antiácidos , segundo 
prescrição médica. 
COMPLICAÇÕES
• Hipertensão portal; 
• Ascite; 
• Varizes esofagianas; 
• Convulsões; 
• Coma. 
CUIDADOS DA ENFERMAGEM 
• Apoio emocional; 
• Estimular alimentação, orientando quanto à importância da dieta; 
• Proporcionar repouso e ambiente calmo; 
• Verificar peso diariamente; 
• Medir circunferência abdominal diariamente; 
• Fazer balanço hídrico; 
• Verificar aspecto das eliminações à procura de sangramento; 
• Cuidados especiais com a sonda de Blackmore, em caso de hemorragia 
esofagiana (varizes esofagianas). 
HIPERTENSÃO PORTAL E 
ASCITE
• Obstrução do fluxo sanguíneo através do fígado comprometido resultando em 
pressão sanguínea aumentada (hipertensão porta) em todo o sistema venoso 
porta. 
• Causas: A principal causa é a cirrose hepática. 
SINAIS E SINTOMAS
• Varizes esofágicas, gástricas e hemorroidas. Essas varizes podem romper 
causando hemorragia maciça proveniente do trato GI superior e reto. 
• Acúmulo de liquido na cavidade abdominal (ascite). 
• Aumento do perímetro abdominal e ganho rápido de peso, consequências da 
ascite. 
• Falta de ar e desconforto abdominal. 
TRATAMENTO (TTO)
• Dieta hipossódica a fim de diminuir a retenção de líquidos. 
• Uso de diuréticos conforme prescrição médica. 
• Paracentese: é a retirada de líquido da cavidade peritoneal utilizando uma 
pequena incisão cirúrgica ou punção no abdômen; 
• Passagem de balão esofagiano (sonda de Blackemore) ou escleroterapia no 
caso de rompimento das varizes. 
Paracentese Sonda de Blakemore
EXAMES DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO
• Endoscopia (Esofagoscopia e Gastroscopia): 
• Visualizac ̧ão do esôfago, estômago e duodeno através de um aparelho 
chamado de endoscópio. É conectado a uma fonte de luz que permite 
visualizar o interior dos órgãos. Permite observar alterações das mucosas, 
colher material para biópsia e outros. É necessário jejum absoluto. É feito 
pelo médico e não é RX. 
• Esofagoestomagoduodenografia (EED): 
• Exame para avaliar a estrutura e função do esôfago, estômago e duodeno. O 
paciente no momento do exame deve ingerir a substância de sulfato de bário, 
como meio de contraste. À medida que o contraste passa pelo trato GI, são 
tiradas varias radiografias. O exame pode durar horas. É necessário jejum. 
EXAMES DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO
• Ultrassonografia: 
• A USG pode ser feita na cabeça (para crianças com fontanelas abertas), no 
tórax, no abdômen, na pelve e nos membros superiores e inferiores. 
• Abdominal:
• Manter jejum por mais ou menos 6 horas antes do exame. 
• Pélvico: 
• Não é necessário jejum; 
• Tomar 5 a 6 copos de água antes do exame. 
EXAMES DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO
• Retossigmoidoscopia: 
• É a visualização da parte final do intestino (reto e sigmoide) através de um 
aparelho semelhante ao endoscópio chamado de retosigmoidoscópio.
• É necessário preparo e jejum com antecedência e lavagem intestinal. 
• Colonoscopia: 
• Semelhante ao anterior, porém a visualização chega até o colón. 
• Enema opaco: 
• Exame radiográfico que visa estudar a estrutura e função do intestino 
grosso, instilando sulfato de bário por via retal. Após este procedimento o 
paciente submete-se a uma série de radiografias. É necessário jejum e 
lavagem intestinal. 
EXAMES DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO
• Colecistografia venosa: 
• Consiste na administração de contraste por via endovenosa que sera ́ 
metabolizado no fígado e eliminado na bile. Após algum tempo o paciente 
submete-se a uma série de radiografias. É necessário jejum. 
• Paracentese abdominal: 
• É a retirada de líquido ascítico da cavidade abdominal através de pequena 
punção no próprio abdômen. Pode ser feito no quarto do paciente, utilizando 
técnica asséptica. 
TERMOS TÉCNICOS DO SIST. 
DIGESTÓRIO
• Afagia: incapacidade para deglutir. 
• Disfagia: dificuldade para deglutir. 
• Polifagia: aumento do apetite. 
• Anorexia ou inapetência: falta de apetite. 
• Polidipsia: aumento da necessidade de beber água. 
• Língua saburrosa: esbranquiçada com pontos brancos. 
• Língua hiperemiada: muito vermelha. 
• Sialorréia: aumento da secreção salivar. 
• Halitose: mau hálito. 
• Êmese: vômito. 
TERMOS TÉCNICOS DO SIST. 
DIGESTÓRIO
• Náuseas: enjoo, vontade vomitar. 
• Regurgitação: volta do alimento digerido à boca, pouco depois de deglutido. 
• Eructação: arroto. 
• Dispepsia: digestão difícil. 
• Azia ou pirose: sensação de ardor estomacal e azedume na garganta. 
• Hematêmese: vômito com sangue. 
• Melena: fezes escuras como “borra de cafe ́” decorrente de hemorragia alta. 
• Abdômen timpânico: distensão do intestino por gases com sonoridade exagerada à 
percussão. 
• Flatos: saída de gases pelo ânus. 
• Flatulência: distensão abdominal devido acúmulo de gases no intestino. 
• Fecaloma: fezes endurecidas. 
TERMOS TÉCNICOS DO SIST. 
DIGESTÓRIO
• Diarreia: evacuação líquida e abundante. 
• Disenteria: evacuação líquida e constante, com muco ou sangue 
acompanhada de cólicas e dores abdominais. 
• Constipação ou obstipação intestinal: prisão de ventre. 
• Enterorragia: hemorragia intestinal (sangue vivo nas fezes). 
• Tenesmo: sensação dolorosa na região anal devido esforço para evacuar.

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