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CASO CONCRETO 7 - PRATICA DO TRABALHO - Estácio

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CASO CONCRETO AULA 7
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 80º VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ -MT.
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Reclamação Trabalhista nº : 1000/2018
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TECELAGEM FIO DE OURO S/A, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº_, endereço eletrônico __, com sede na rua__, nº_ , CEP_, (cidade), (estado), vem, respeitosamente, por seu advogado infraassinado, endereço eletrônico _, com endereço profissional à ____, tempestivamente, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
às alegações formuladas por JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
1. DA PRELIMINAR DE INÉPCIA
Embora a reclamante tenha peticionado o recebimento de adicional de periculosidade, não apresentou qualquer fundamentação para seu pedido. Segundo o art. 330, § 1º, c/c art. 336, inciso IV, do CPC/15, o pedido sem causa de pedir gera inépcia da petição inicial no que se refere àquele pedido, devendo tal fato ser alegado em preliminar. Dessa maneira, pede-se o reconhecimento da inépcia do pedido e a consequente extinção do processo sem resolução do mérito relativo de adicional de periculosidade, na forma do art. 485, inciso I, do CPC.
2. DO MÉRITO
2.1. DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
O reclamante trabalhou para a reclamada pelo período de 10/08/2018 a 29/09/2018, tendo distribuído a presente ação em 15/10/2018. Dessa forma que, ainda que não prescrito o fundo de direito, a prescrição quiquenal alcança todas as verbas pretendidas pela autora anteriores a 29/09/2018. Assim se algum valor for devido ao reclamante, o que aqui admite-se em observância ao principio da eventualidade, somente poderá ser deferido ao período imprescrito, na forma do art. 487, II/CPC.
2.2. DA DEFESA DIRETA DE MÉRITO
2.2.1. DO NÃO CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
A reclamante alega ter adquirido doença profissional em razão da inadequeação ergonomica do mobiliário da empresa e requer compensação na forma de dano moral. 
Porém, como é possível verificar no laudo anexado pela própria reclamante, esta sofre de doença degenerativa, diagnóstico que não se enquadra na categoria de doenças profissionais, nem ao menos doença do trabalho, conforme art 20, § 1º, alínea a, da lei nº8.213/91.
Dessa forma, não é devido o pagamento da indenização por dano moral, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC.
2.2.2. DA INTEGRAÇÃO DO PLANO ODONTOLÓGICO
A reclamada fornecia plano de saúde odontológico aos seus funcionários, gratuitamente. Pretende a reclamada ter o valor relativo à assistência prestada integrado ao seu salário. 
Não faz juz a reclamada à pretenção aludida por expressa vedação legal, já que, conforme dispõe o art. 458,§2, inciso IV e §5, da CLT, plano odontológico não se enquadra como salário, mas utilidade fornecidas pelo empregador.
Dessa forma, não é devida a integração do plano odontológico ao salário da reclamada, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC
2.2.3. DO PAGAMENTO DA CESTA BÁSICA
A reclamada alega ter direito a cesta básica, direito adquirido por convenção coletiva que perdurou por dois anos, de julho de 2016 a julho de 2018. Tal pedido não merece acolhida, pois norma coletiva não possui ultratividade, como dispõe o art. 614, § 3º, da CLT. 
Dessa forma, não é devido o pagamento da cesta básica, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.4. DA HORA EXTRA
A empresa convidou todos os empregados para participarem voluntariamente das práticas religiosas que ocorriam dentro da empresa. O culto ecumêmico era realizado duas vezes na semana e tinha duração de duas horas. Por participar da celebração assiduamente, a reclamante aduz fazer direito a hora extra. 
Porém, na forma do art4º,§ 2º , inciso I, da CLT, não caracteriza período extraordinário, o tempo que o o empregado, por escolha própria, buscar, nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre elasas práticas religiosas.
Dessa forma, não é devido o pagamento de hora extra, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.5. DA TRANSFORMAÇÃO DO PEDIDO DE DEMISSÃO
A reclamada afirma ter sido coagida a assinar o pedido de demissão e requer sua reversão em dispensa imotivada. Entretanto não apresenta nenhuma prova da suposta coação. 
Cabe a reclamada o ônus de provar o alegado vicio de consentimento, na forma do art. 818, inciso I, da CLT e do art 373, inciso I, do CPC. 
Dessa forma, o pedido de reversão do pedido de demissão em dispensa imotivada deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.6. DO ACÚMULO FUNCIONAL
Por levar as refeições por ela preparada a cinco funcionários da empresa, a reclamada alega acumulo de função da sua atividade, cozinheira, com a de garçonete. Entretanto, conforme preceitua o art. 456, da CLT, a atividade desempenhada era compatível com sua condição pessoal e profissional.
Dessa forma, o pedido de acumulo de função deve ser negado julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
3. DOS HONORÁRIOS
Requer a condenação da reclamante ao pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre ovalor da causa, na forma do art. 791-A, da CLT.
4. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) O acolhimento da preliminar de inépcia do pedido de periculosidade, e a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, na forma do art. 485, I do CPC/15;
b) O acolhimento da prejudicial de prescrição parcial das verbas anteriores a 15/10/13 e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, II do CPC/15;
c) A improcedência de todos os pedidos do autor e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, I do CPC/15;
d) A condenação em honorários advocatícios de 15% sobre o valor da causa.
5. DAS PROVAS:
Requer provar o alegado por todos os meios e provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do reclamado, sob pena de confissão; oitiva de testemunhas e as demais que se fizerem necessárias no curso da lide. 
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local/data
Advogado/OAB

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