Buscar

CASO CONCRETO 8 - PRATICA DO TRABALHO - Estácio

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Aluno: 
Matrícula: 
Campus: 
CASO CONCRETO AULA 8
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 50ª VARA TRABALHISTA DE JOÃO PESSOA/RN.
-
-
-
-
-
Reclamação Trabalhista nº : 1234
-
-
-
-
-
LOTERIA ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº_, endereço eletrônico __, com sede na rua__, nº_ , CEP_, (cidade), (estado), vem, respeitosamente, por seu advogado infraassinado, endereço eletrônico _, com endereço profissional à ____, tempestivamente, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
às alegações formuladas por HAMILTON, já qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
1. DA PRELIMINAR DE INÉPCIA
Embora a reclamante tenha peticionado o recebimento de horas de sobreviso, não apresentou qualquer fundamentação para seu pedido. Segundo o art. 330, § 1º, c/c art. 336, inciso IV, do CPC/15, o pedido sem causa de pedir gera inépcia da petição inicial no que se refere àquele pedido, devendo tal fato ser alegado em preliminar. 
Dessa maneira, pede-se o reconhecimento da inépcia do pedido e a consequente extinção do processo sem resolução do mérito relativo ao pedido de horas de sobreaviso, na forma do art. 485, inciso I, do CPC.
2. DO MÉRITO
2.1. DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
O reclamante foi admitido em 13 de janeiro de 2010 e teve o contrato enerrado em 25/03/2018, tendo ajuizado o presente feito em 30 de abril de 2017. 
Dessa forma que, ainda que não prescrito o fundo de direito, estão fulminadas pela prescrição quinquenal todas as verbas pretendidas pelo autor anteriores a 30/04/12. 
Assim se algum valor for devido ao reclamante, o que aqui admite-se em observância ao principio da eventualidade, somente poderá ser deferido ao período imprescrito, na forma do art. 487, II/CPC.
2.2. DA DEFESA DIRETA DE MÉRITO
2.2.1. DA PERICULOSIDADE
A reclamante alega ter direito ao adicional de periculosidade já que, uma vez por semana, se dirigia à companhia de energia elétrica da cidade, onde permanecia por dez minutos, para recolher as apostas de todos os funcionários. 
Porém, conforme dispõe a Súmula 364, I, do TST, o adicional de periculosidade é devido ao trabalhador que se expõe de maneira permanente às condições de risco, definição que não enquadra a exposição reduzida de dez minutos semanais a qual se submetia o reclamante. 
Dessa forma, não é devido o pagamento do adicional de periculosidade, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC.
2.2.2. DA EQUIPARAÇÃO A BANCÁRIO
O reclamante requer as vantagens previstas na norma coletiva dos bancários, justificando sua pretenção pelas atividades de saques e pagamentos de contas e boletos que desempenhava. 
Não faz juz o reclamado à pretenção aludida, pois, à luz do artigo 511, da CLT, é impossível o enquadramento do reclamante na categoria de bancário quando o reclamado não explora atividade bancária, mas sim de loteria. 
Dessa forma, o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC
2.2.3. DA REINTEGRAÇÃO
O reclamado alega ter direito a reintegração ao emprego, devido a estabilidade adquirida ao candidatar-se ao cargo de dirigente sindical duas semanas após ter recebido o aviso prévio. 
 É incontroverso que tal pedido não possui guarida, pois, conforme prevê a Súmula 369, inciso V, do TST, o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade. 
Dessa forma, não é devida a reintegração ao emprego, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.4. DA HORA EXTRA
O reclamante trabalhava de segunda a sexta, das 7h às 14h, com 1 hora de intervalo para almoço, e, ainda assim, alega fazer juz a hora extra. 
Não merece profunda atenção o pedido, pois a jornada não ultrapassa o limite diário ou semanal instituido pela Constituição Federal no seu art. 7º, inciso XIII, c/c o art. 58 da CLT.
Dessa forma, não é devido o pagamento de hora extra, e o pedido deve ser julgado improcedente o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.5. DO BENEFÍCIO DE TICKET-ALIMENTAÇÃO
O reclamado afirma ter direito a receber o ticket-alimentação previsto em acordo coletivo anexado aos autos. Tal documento é assinado pela sociedade empresária “BETA LTDA”, não pelo reclamado, que, portanto, não possui obrigação de respeitá-lo, conforme dispõe o art. 611, § 1º, da CLT. 
Dessa forma, o pedido de pagamento do ticket-alimentação deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.6. DO VALE TRANSPORTE
Durante o periodo no qual o reclamante trabalhou em domicilio, na modalidade home office, deixou de receber o vale transporte. Apesar de não ter precisado utilizar transporte público para se locomover até o emprego, o reclamante pleiteia o direito de recebimento do vale transporte referente ao periodo mencionado.
O pedido não possui amparo legal, conforme previsto no art. 1º da Lei nº 7.418/85 e no art. 2º do Decreto nº 95.247/87.
Dessa forma, o pedido de pagamento de vale transporte deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.7. DO VALE CULTURA
O reclamante acredita fazer juz a integração do vale cultura, fornecido pelo reclamante, ao seu salário. Esta pretenção é indevida por expressa disposição legal, conforme dispõe o art. 458, § 2º, inciso VIII, da CLT.
Dessa forma, o pedido de integração do vale cultura ao salário do reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do CPC. 
2.2.8. DAS HORAS DE SOBREAVISO
Para fazer juz a horas de sobreaviso, o reclamante deve ter ficado em casa, de prontidão, aguardando ser chamado ao trabalho, conforme expõe o art. 244, §2º, da CLT. A alegação do autor não possui fundamento, conforme descrito na preliminar. 
Dessa forma, o pedido deve ser extinto com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
3. DOS HONORÁRIOS
Requer a condenação da reclamante ao pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre ovalor da causa, na forma do art. 791-A, da CLT.
4. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) O acolhimento da preliminar de inépcia do pedido de periculosidade, e a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, na forma do art. 485, I do CPC/15;
b) O acolhimento da prejudicial de prescrição parcial das verbas anteriores a 30/04/12 e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, II do CPC/15;
c) A improcedência de todos os pedidos do autor e a consequente extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, I do CPC/15;
d) A condenação em honorários advocatícios de 15% sobre o valor da causa.
5. DAS PROVAS:
Requer provar o alegado por todos os meios e provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do reclamado, sob pena de confissão; oitiva de testemunhas e as demais que se fizerem necessárias no curso da lide. 
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local/data
Advogado/OAB

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Outros materiais