Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Esmalte Características • Formado a partir dos ameloblastos. • Origem epitelial (ectoderma) • Tecido mais mineralizado do organismo.: 97% mineral (hidroxiapatita), 2% água e 1% orgânico (proteínas ➝ amelogenina, principal proteína e não-amelogeninas ➝ tufelina, enamelina, amelina). • Acelular. • Não renovável. • Dentes decíduos apresentam a cor branca mais acentuada que os dentes permanentes. • Duro e friável (quebradiço), sendo translúcido em condições normais ➝ quem determina a cor do dente é a dentina. • Esmalte é muito frágil, mas a dentina subjacente fornece alguma resiliência. • Organizado em prisma e interprismático (substância interprismática). • Ao prisma é dado a forma de um cilindro e é composto por cristais que se organizam paralelos à linha central longitudinal. • Cristais de hidroxiapatita (60 a 70 nanômetros na largura e 25 a 30 nanômetros na espessura). Esmalte Prismático e Interprismático Prismático: Filamento de cristais compactados. Se estendem da junção com a dentina até a superfície do esmalte. Diâmetro: 4-5 micrômetro. Aprismático: Camada mais superficial nos dentes decíduos. Interprismático: Cristais com direção diferente daquela dos cristais dos prismas. Sua quantidade aumenta em direção à superfície do esmalte. • Limite prismático (bainha): maior quantidade de espaços intercristalinos, com mais proteínas e água do que o restante do tecido. • O limite entre o prisma e o interprisma é limitado por um espaço estreito que contêm o material orgânico, a bainha do prisma. • Os prismas são formados devido à variação na orientação dos cristais de hidroxiapatita. • A diferença de orientação dos cristais entre dois primos vizinhos faz com que o limite entre estes seja visível. Amelogênese • Ameloblastos são derivados do epitélio interno do orgão do esmalte. • Secreta as proteínas da matriz que são responsáveis por criar e manter o ambiente extracelular favorável a deposição mineral. • Possui um ciclo de vida original, cada estágio reflete sua atividade preliminar durante estágios do esmalte. Processo de dois passos: 1°) Produção do esmalte parcialmente mineralizado (30%) 2°) Influxo do índice mineral adicional (coincide com a remoção do material orgânico e da água) resultando na mineralização de 96% e assim no crescimento da mineralização dos cristais na largura e na espessura. Fases da amelogênese Morfogenética ➝ O epitélio interno do órgão do esmalte determina a forma da coroa do dente. ➝ Corresponde a fase de campânula. ➝ Multiplicações sucessivas de células cúbicas. ➝ Fins intracelulares: desenvolvimento das organelas. Histodiferenciação ➝ Células indiferenciadas do epitélio interno sofrem um alongamento e inversão da polaridade, se diferenciando em pré-ameloblastos e assim em ameloblastos. ➝ Os pré-ameloblastos induzem a diferenciação dos odontoblastos. ➝ As células se tornam cilíndricas e o núcleo fica na região proximal. ➝ A região distal da célula é o que está próxima da membrana basal. ➝ A liberação de enzimas lisossomais através do polo distal degradam e tomam descontínua a lâmina basal. Secretora ➝ É o início, da amelogênese que está presente inicialmente em regiões de vértice das futuras cúspides e bordas incisais. ➝ A formação do esmalte é exclusivamente controlada pelos ameloblastos devido a restrição da via intercelular. ➝ Ameloblastos sintetizam amelogeninas e não- amelogeninas. ➝ 15% da matriz formada é mineralizada. ➝ Cristais do esmalte formados estão alinhados perpendicularmente à superfície da dentina. Os primeiros cristais de hidroxiapatita interdigitam-se com os cristais da dentina. ➝ Aproximação do epitélio externo aos ameloblastos. ➝ Os ameloblastos são muito sensíveis e podem sofrer alterações durante sua formação. ➝ Processo de Tomes: Dá a orientação do esmalte em bastão e interbastão, ele comanda o esmalte em formação. Tem uma parte côncova e uma parte plana que é onde está os cristais de hidroxiapatita que irão formar os bastões. ➝ Composição da camada do esmalte: Camada contendo bastão (prismática) entre finas camadas inicial e final sem bastão (aprismática). Maturação ➝ Ocorre a degradação e remoção da matriz orgânica para deposição de matéria inorgânica adicional. ➝ É a degradação da amelogenina. ➝ Vai de 15% de mineralizado para 100%. Há um crescimento dos cristais de hidroxiapatita, aumentando a dureza do esmalte. ➝ Ameloblastos secretam proteases que degradam as amelogeninas (matriz orgânica), já que essas inibem o crescimento dos cristais de hidroxiapatita. ➝ Mineralização do esmalte (influxo de íons minerais e crescimento dos cristais) ➝ Íons pirofosfato: depositam-se sobre os cristais de hidroxiapatita inibindo o crescimento desses cristais. ➝ Células do estrado intermediário > fosfatase alcalina (enzima) que hidrolisa (quebra) íons de fosfato (exemplo de íons fosfato: pirofosfato) e mantém o meio em pH neutro. ➝ O crescimento dos cristais de hidroxiapatita é dependente da: - Ação da Fosfatase alcalina pelas células do estrato intermediário > degradam pirofosfato. - Ação das proteases que degradam a matriz orgânica do esmalte. ➝ Cristais de hidroxiapatita são depositados sobre a dentina formando fitas. Proteção ➝ O epitélio reduzido do esmalte protege a superfície do esmalte recém formado até a erupção do dente. ➝ O epitélio reduzido é formado por: estrato intermediário, retículo estrelado, epitélio externo e ameloblastos protetores. ➝ Os ameloblastos: - Perdem a ondulação da superfície distal. - Diminui a altura das células (cúbicas). - Permanecem firmes ao esmalte através dos hemidesmossomas. - Secretam material do epitélio externo e o folículo dentário. Esse material é depositado sobre o esmalte recém formado. Estruturas do Esmalte Prismas: • São barras repletas de cristais de hidroxiapatita que formam o esmalte maduro. • Cada ameloblasto forma um prisma. • Formados através da face plano do processo de tomes. • São formados devido a variação na orientação dos cristais. • São dispostos circunferencialmente em torno do longo eixo do dente. • Plano horizontal: Forma de S; • Plano vertical: Fileiras mais inclinadas verticalmente com ondulações. Estrias Incrementais de Retzius: • Refletem períodos de repouso da amelogênese, denotam a aparata metabólica. • Refletem o ritmo semanal de produção de esmalte e um crescimento incremental da camada de esmalte. • Em cortes longitudinais são vistas como bandas escuras que vão da junção amelodentinária até a superfície do dente • Periquimácias: São leves depressões na superfície do esmalte, é a parte superficial das estrias de Retzuis. Estrias Transversais: • Refletem o ritmo diário da produção de esmalte. Bandas de Hunter-Schreger • Fenômeno óptico produzido por mudanças na direção dos prismas. • O padrão dessas bandas pode ser usado para identificação humana. Esmalte Nodoso: • É o entrelaçamento irregular dos prismas do esmalte desde a junção amelodentinária até a superfície do dente. Tufos e Lamelas: • São falhas no esmalte. • Tufos: Áreas hipomineralizadas. São fitas onduladas finas e curtas que se originam na junção amelodentinária e alcançam no máximo 1/3 da espessura do dente. • Lamelas: Regiões hipomineralizadas que chegam até a superfície externa do dente. Fusos: • São continuações dos túbulos dentinários. • Processos de odontoblastos penetram na camada de ameloblastos e quando o esmalte se forma, ficam armazenados nele, formando os fusos. Junção Amelodentinária: • Superfície de contato entre o esmalte a dentina subjacente. • Apresenta cristais que aumentam aderência entre os dois. • É o local onde se originam os tufos, lamelas e fusos. Alterações na estrutura do esmalte • Fatores extrínsecos:cigarro, café, placa, refri.... • Fatores intrínsecos: amelogênese, fluorose, traumatismos, hipocalcificação. • Manchamento por tetraciclina. Cáries de Esmalte • A cárie é causada pela dissolução ácida do esmalte. - Fermentação, dextrana • A dissolução dos dentes anteriores é um dos sinais de bulimia. Ataque Ácido • Considerações clínicas: o tratamento ácido da superfície do esmalte é comumente utilizado para aumentar a adesão de materiais restauradores e selantes. • O padrão das bandas de Hunter-Schreger pode ser usado para identificação humana ‘’impressão digital’’.
Compartilhar