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Histologia e Embriologia Bucal Esmalte Dentinário INTRODUÇÃO o Estrutura que recobre a coroa dos dentes. o Tecido mais mineralizado do organismo. o Formado por células epiteliais originadas do ectoderma. o Único tecido completamente acelular (não mantem relação com as células que o formaram). o 97% mineral: extrema dureza e natureza cristalina. o 1% material orgânico: basicamente proteica, com carboidratos e lipídeos. o 2% água. o Extremamente friável, apesar de sua dureza, por isso a dentina o sustenta e reduz a possibilidade de fraturas durante a mastigação. o Translucidez e delgada espessura (máxima de 2,5mm) possibilita ver a cor amarelada da dentina. AMELOGÊNESE o As células do epitélio interno do órgão do esmalte se diferenciam em ameloblastos. o Os pré-ameloblastos completam sua diferenciação somente após a deposição da primeira camada de dentina. o Fase de coroa. FASE MORFOGENÉTICA o O epitélio interno do órgão do esmalte determina a forma da coroa do dente. o Início do estágio de campânula. o Multiplicação das células do epitélio interno do órgão do esmalte. o Material sintetizado pelas células do epitélio interno é destinado principalmente a fins intracelulares (ex. desenvolvimento de organelas). FASE DE DIFERENCIAÇÃO o Célula do epitélio interno se torna pré- ameloblasto (se alonga e inverte a polaridade). o Induz a diferenciação das células da periferia da papila dentária. FASE SECRETORA o A formação do esmalte é regulada exclusivamente pelos ameloblastos (restrição da via intercelular). o Início da amelogênese propriamente dita. o As proteínas da matriz orgânica do esmalte não são de natureza colágena (origem não conjuntiva do esmalte). o Amelogeninas e não amelogeninas. o A mineralização do esmalte começa imediatamente após o início de secreção da matriz orgânica. o Mineralização inicial chega apenas até 15% do total (esmalte jovem constituído principalmente por componentes orgânicos). o Primeira camada é mais ou menos homogênea. o Após a deposição de uma delgada camada aprismática, os ameloblastos desenvolvem o processo de Tomes. → Ameloblastos se afastam em direção ao estrato intermediário e desenvolvem uma curta projeção cônica (processo de Tomes). o Essas projeções passam a secretar o esmalte. o O folículo dentário é a única fonte de nutrição dos ameloblastos. o A formação do esmalte prismático ocorre pelos processos de Tomes. o Os outros componentes do órgão dentário (estrato intermediário, reticulo estrelado e epitélio externo) sofrem um processo de involução, provavelmente por apoptose. o Ao finalizar a fase secretora, o ameloblasto deixa de apresentar o processo de Tomes. o Mais algumas camadas ainda podem ser depositadas (esmalte aprismático superficial). FASE DE MATURAÇÃO o Ameloblastos reduzem sua altura e começam o processo de remoção de elementos orgânicos e água, e adicionam a porção mineralizada. o Aumento do componente mineral. o Inicia-se nas camadas mais profundas e termina quando a superfície externa é completamente mineralizada (centrífuga). o Maturação pré-eruptiva. FASE DE PROTEÇÃO o Epitélio reduzido do esmalte (camada de ameloblastos protetores) reveste a coroa do dente até sua erupção. o Outros componentes do órgão do esmalte perdem por completo sua identidade. o Sem essa proteção, o esmalte pode ser reabsorvido ou pode haver a deposição de um tecido mineralizado semelhante ao cemento. ESTRUTURA o Estrutura prismática. o Regiões interprismáticas: zonas periféricas dos prismas. PRISMAS o Estendem-se desde a camada de esmalte aprismático primária (em contato com a dentina do manto) até a superficial. o Cruzam-se uns com os outros (identificação da bainha). o “Caminho mineralizado” percorrido pelo ameloblasto. o Não há diferença entre o conteúdo mineral dos prismas e o das regiões interprismáticas, apenas na orientação dos cristais. o São formados somente pela face plana do processo de Tomes (superfície S). o São levemente ondulados. ESTRIAS OU LINHAS INCREMENTAIS DE RETZIUS o Durante a formação do esmalte, ocorrem períodos de repouso, que se refletem na formação de linhas incrementais de crescimento. o Zonas hipomineralizadas. o Mudança de direção dos ameloblastos durante a formação dos prismas. o Linha neonatal é mais acentuada. o Orientação oblíqua desde a junção amelodentinária atá a superfície externa. ESTRIAÇÕES TRANSVERSAIS o Em algumas regiões de esmalte desgastado são observadas leves estriações transversais ao longo do eixo dos prismas. o Ritmo circadiano na produção do esmalte pelos ameloblastos, BANDAS DE HUNTER-SCHREGER o Representam apenas um fenômeno óptico. o Desvio da luz incidente durante a observação ao microscópio de luz, originando bandas claras e escuras. o Ocorre devido ao trajeto sinuoso dos prismas. ESMALTE NODOSO o Região onde os primas se intercruzam uns com os outros desde a junção amelodentinária até a superfície externa do vértice da cúspide. o Ocorre apenas nos vértices das cúspides. TUFOS DO ESMALTE o Áreas levemente hipomineralizadas que contêm a proteína tufelina. o Aparência de tufos de grama. o Originados da junção amelodentinária. o Formados durante o desenvolvimento do processo de Tomes e durante a elaboração inicial do esmalte. o Frequentes, regulares e periódicos, em fileiras. LAMELAS DO ESMALTE o Regiões hipomineralizadas que chegam à superfície externa. o Finas folhas de material orgânico que se estendem por toda a espessura do esmalte. o Correm de incisal para cervical. o Falha local no processo de maturação. o Possível área de permeabilidade (cárie oculta). FUSO DO ESMALTE o Continuações dos túbulos dentinários. o Originam-se na fase de diferenciação. o Mais frequentes nas regiões dos vértices das cúspides e seguem uma orientação perpendicular à junção amelodentinária. ESTRUTURAS SUPERFICIAIS (PERIQUIMÁCIAS E ESMALTE APRISMÁTICO) o Microscopicamente, a superfície do esmalte é irregular. o As periquimácias representam a parte superficial das linhas de Retzius. → Quanto mais próximas do colo do dente, mais acentuadas. → Com o desgaste funcional da superfície, tendem a desaparecer. o O esmalte aprismático é encontrado em dentes decíduos e em dentes permanentes. → Estrutura mais ou menos homogênea onde os cristais se alinham paralelamente entre si e perpendicularmente à superfície externa. → Formado por ameloblastos que não apresentam processo de Tomes. → Diminui com o desgaste funcional. JUNÇÃO AMELODENTINARIA o Superfície de contato entre o esmalte e a dentina. o Bastante ondulada. o Onde se originam tufos, lamelas e fusos. o
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