Buscar

A MATERIALIDADE NAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS 9º ano

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A MATERIALIDADE NAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS 9º ano
"Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto."
Leonardo Boff
1- Ação expressiva
· Quais são suas sensações ao acordar logo de manhã e ouvir o som da chuva?
· Abrimos a janela e nosso olhar repousa amorosamente sobre o que vemos? Ou a chuva desperta outros sentimentos?
· Que lembranças a chuva nos traz? Em que nos faz pensar?
· Fazer o esboço de uma ideia a partir dessas questões, representando uma das linguagens artísticas.
2- Apreciação
· Composta pela leitura das obras de arte visuais e verbais a seguir.
· Reflita: A chuva é matéria da natureza ou natureza da matéria na arte?
· Nas obras desses artistas, a chuva parece ser matéria a nos dizer coisas. Nelas pode-se perceber que o significado da chuva não é inerente à realidade, mas é a arte que confere significado à realidade, provocando novas e abertas sensações, significações, pensamentos.
· E por ser a chuva, nessas obras, a própria matéria da arte, muitos recursos, procedimentos, ferramentas e suportes hão de ser usados.
3- Curadoria educativa
· Quando obras contendo um mesmo tema são reunidas e mostradas de forma a que o espectador viva dentro de si aquilo que o artista procurou mostrar a partir desse tema, a curadoria teve resultado positivo.
· Nuno Ramos - Morte das Casas, 2004. Instalação
Bomba d'água, água, alto-falantes, coro declamando trecho
de Morte das Casas de Ouro Preto, de Carlos Drummond de
Andrade. Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
· Morte das casas de Ouro Preto
Carlos Drummond de Andrade
Sobre o tempo, sobre a taipa, 
a chuva escorre. As paredes
que viram morrer os homens, 
que viram fugir o ouro, 
que viram finar-se o reino, 
que viram, reviram, viram, 
já não vêem. Também morrem.
· Que Maravilha
(Jorge Ben Jor)
· Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
pois Ela vem toda de branco
Toda molhada linda e despenteada, 
Edith Derdyk 7ºano
Edith Derdyk é uma artista paulistana apaixonada pela ação de desenhar e usa diversos suportes para construir seus objetos de trabalho. Atualmente suas obras exploram muito a linha bidimensional no desenho, tridimensional na costura e em suas instalações onde estica as linhas no ar. Na escrita, adquire uma quarta dimensão, que é o tempo. Segundo ela: “escrevo como costuro. Costurando, ligando, furando, recortando, costurando pensamentos e tudo mais”.
Ao trabalhar com diversos suportes, a artista traz com seu trabalho questões fundamentais para a arte e para a vida e suas obras passeiam entre livros de artista e obra plástica. Uma de suas exposições nessa vertente, “Linha de Costura”, apresenta o ir e vir das folhas de papel formando imagens fluídas, que se mostram como um livro aberto desfolhando em frente aos leitores, que se tornam co-autores das obras ao reconstruírem as narrativas,  medida em que folheiam os livros de formas múltiplas. A linha, nesse trabalho, surge materialmente entre as folhas e os vãos do livro.
Outra obra dela é Buraco Negro, uma série de 50 desenhos, cada um medindo 20X30 cm. Os desenhos são resultado de impressões sobrepostas aleatoriamente com folhas de anotações da artista, desenhos, projetos, textos poéticos de seu computador. Essas imagens densas, quase ilegíveis,  geram manchas, texturas que compõem um espaço negro e vazado, apesar de cheio. Essa criação faz referência à própria origem da palavra texto, que é tecer, textura.

Continue navegando