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CONTRAÇÃO MUSCULAR

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CONTRAÇÃO MUSCULAR
1)  O que significa somação temporal de contração e somação espacial de contração?
Somação temporal de contração é o aumento da força de contração muscular relacionada diretamente com o aumento na frequência de estimulação no músculo estriado esquelético, que atinge um nível crítico onde as contrações sucessivas ficam muito rápidas que se somam, e a contração total do músculo apresenta ser constante e homogêneo.
Somação espacial de contração é o aumento da força de contração muscular devido à agregação de unidades motoras adicionais. Pois na contração muscular as fibras de contração lentas são requeridas primeiras, porque são facilmente excitadas, são altamente resistentes à fadiga e também permitem o controle motor fino. Assim quando mais força é necessária, mais unidades motoras de contração rápida são recrutadas.
2) O que significa contração isométrica e isotônica? Como é explicado que haja um encurtamento dos sarcômeros sem encurtamento do músculo?
A contração isométrica refere-se a uma ação muscular a qual o comprimento do músculo é inalterado e não ocorre movimento em torno da articulação. A contração isotônica é definida normalmente como uma contração muscular na qual o músculo desenvolve uma tensão constante.
As fibras musculares de diferentes unidades motoras estão misturadas, assim unidades motoras geraram estímulos para contrair suas fibras musculares, mas as outras fibras musculares, de outras unidades motoras, não serão estimuladas, então gerando um encurtamento dos sarcômeros e não encurtando o músculo.
3) O que significa tônus do músculo esquelético? Qual a importância da existência do tônus?
O tônus do músculo esquelético é a situação em que o músculo, mesmo estando em repouso (não contraído), ainda apresenta certo grau de contração em suas fibras musculares. Esse tônus é gerado por baixos níveis de contração de algumas unidades motoras, que são estimuladas por baixa frequência de impulsos nervosos oriundos da medula espinhal. 
O tônus do músculo esquelético é de extrema importância, visto que possibilita que o músculo esteja em um estado de prontidão para realização das funções motrizes do organismo como o equilíbrio, a coordenação, o movimento, a sustentação de membros e atividades posturais.
4) Explique o efeito das substâncias sobre a contração muscular esquelética: curare, anticolinesterásico, toxina botulínica e antagonista muscarínico.
Curare: substância que tem ação na placa motora bloqueando os receptores nicotínicos de acetilcolina através da competição, impedindo que a fibra muscular gere um potencial de ação, o qual responsável pela abertura dos canais de Ca++ nos retículos sarcoplasmáticos. Sendo assim, ele ocasiona o relaxamento das fibras musculares.
Anticolinesterásico: é uma substância capaz de inativar a acetilcolinesterase nas sinapses, de maneira que essa enzima não mais hidrolise a acetilcolina. Dessa forma, há um acumulo de acetilcolina na fenda sináptica a cada impulso nervoso, estimulando repetidamente a fibra muscular. Isso pode provocar espasmo muscular, mesmo quando poucos impulsos nervosos chegam ao músculo. 
Toxina botulínica: substância sintetizada por bactérias anaeróbicas Clostridium botulinum. Ela, ao encontrar-se na placa motora, sofre endocitose mediada por clatrinas no terminal axônico do neurônio pré-sináptico, bloqueando a transmissão sináptica excitatória de acetilcolina. Portanto, não há contração muscular.
Antagonista muscarínico: também chamado de inibidor do parassimpático, bloqueia os efeitos da descarga parassimpática autônoma. Essa substância “compete” com a acetilcolina pelo local de ligação no receptor muscarínico, ao se ligar ao recepto, o antagonista muscarínico impede a ação da acetilcolina, não permitindo a propagação do potencial de ação. Dessa maneira, a contração não ocorre. É importante salientar que a ação do antagonista muscarínico não tem efeito sobre a contração da musculatura esquelética, visto que os receptores mucarínicos são encontrados na musculatura lisa, no músculo cardíaco e nas glândulas; os receptores nicotínicos é que estão presentes na musculatura esquelética. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNE, R.M., LEVY, M.N. Fisiologia. Editora Elsevier, 6ª ed, 2009. 
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2011.
KATZUNG, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. Guanabara-Koogan, 10ª ed. 2007.

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