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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE NO RGPS

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BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE 
NO REGIME GERAL DE 
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
Prof. Rodrigo Moreira Sodero Victório
PROF. RODRIGO MOREIRA
SODERO VICTÓRIO
Advogado. Especialista em Direito
Previdenciário e do Trabalho.
Coordenador da pós-graduação em
Direito Previdenciário da Faculdade
Legale. Professor de diversos cursos
de pós-graduação e extensão.
Membro do Instituto Brasileiro de
Direito Previdenciário - IBDP. Membro
da Comissão de Direito Previdenciário
da OAB/SP. Coautor de obras
doutrinárias e autor de artigos jurídicos
para revistas especializadas em
Direito Previdenciário.
INTRODUÇÃO AOS BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
NO RGPS
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE NO RGPS
 Quais são os benefícios por incapacidade oferecidos pelo RGPS?
• Aposentadoria por incapacidade permanente/aposentadoria por invalidez
(art. 201, inciso I, da CF; art. 42 e ss., da 8.213/91; art. 43 e ss., do Decreto
3.048/99; art. 213 e ss., da IN INSS/PRES 77/2015; Ofício Circular
64/2019/DIRBEN INSS).
• Auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença (art. 201, inciso I, da
CF; art. 59 e ss., da Lei 8.213/91; art. 71 e ss. do Decreto 3.048/99; art. 300 e
ss., da IN INSS/PRES 77/2015; Ofício Circular 64/2019/DIRBEN INSS).
• Auxílio-acidente (art. 201, inciso I, da CF; art. 86, da Lei 8.213/91; art. 104 e
ss., do Decreto 3.048/99; art. 333 e ss., da IN INSS/PRES 77/2015; Ofício
Circular 64/2019/DIRBEN INSS).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE
PERMANENTE/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Referências legislativas
 Art. 201, inciso I, da CF.
 Art. 42 e ss., da 8.213/91.
 Art. 43 e ss., do Decreto 3.048/99.
 Art. 213 e ss., da IN INSS/PRES 77/2015.
 Ofício Circular 64/2019/DIRBEN INSS.
 Manual de Perícias Médicas do INSS (2018).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Quais são os pressupostos de concessão da aposentadoria por
incapacidade permanente/aposentadoria por invalidez?
• Incapacidade total e permanente para o trabalho.
• Carência de 12 contribuições mensais, com exceções previstas em lei.
• Qualidade de segurado na data de início da incapacidade.
 Beneficiários: todos os tipos de segurado. Inclusive o segurado
facultativo? Alteração do risco social pela EC 103/19.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Incapacidade total e permanente para o trabalho
 Incapacidade total: toda e qualquer atividade laborativa; impossível a
reabilitação profissional, nos termos da lei (arts. 42 e 89 e ss., da Lei
8.213/91).
 Incapacidade permanente para o trabalho: imprevisibilidade de
recuperação da capacidade laborativa; não necessariamente deve
ser definitiva; impossível a reabilitação profissional, nos termos da
lei (arts. 42 e 89 e ss., da Lei 8.213/91).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Análise da incapacidade sob o prisma biopsicossocial: consideração das
condições socioeconômicas, profissionais e culturais do segurado (STJ,
AgRg no AREsp 136.474/MG, AgRg no REsp 1.000.210/MG, REsp
196.053/MG e Súmulas 47 e 78, da TNU (HIV/aids)).
• Reabilitação profissional e tratamento dispensado gratuitamente: na forma
do art. 101, da Lei 8.213/91, o segurado em gozo de auxílio-doença,
aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob
pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo
da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela
prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o
cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Carência (número mínimo de contribuições mensais – art. 24 e ss.,
da Lei 8.213/91)
 Regra: 12 contribuições mensais (art. 25, inciso I, da Lei 8.213/91). A
carência deve ser cumprida até a data de início da incapacidade?
 Exceções: a carência é inexigida nos casos de incapacidade
decorrente de acidente do trabalho ou de acidente não relacionado
ao trabalho e de incapacidade decorrente de doença grave.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Acidente de trabalho ou acidente não relacionado ao trabalho
(acidentes de qualquer natureza) x inexigência de carência: art. 26,
da Lei 8.213/91.
• Acidente de trabalho em sentido amplo: acidente de trabalho típico,
doença do trabalho, doença profissional, concausalidade; arts. 19 e
ss. da Lei 8.213/91. Atenção ao disposto no art. 21-A, da Lei 8.213/91,
quanto ao nexo técnico epidemiológico (NTEP – CID x CNAE).
• Novidade: MP 905, publicada em 12.11.2019 (revogação da alínea d
do inciso IV, do art. 21, da Lei 8.213/91 - acidente de trajeto deixa de
ser equiparado a acidente de trabalho).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Doenças graves: art. 151, da Lei 8.213/91 e Portaria MPAS/MS
2.998/01.
• Caráter taxativo do rol de doenças graves (STF, RE 856.860/RS -
RPPS).
• Caráter exemplificativo do rol de doenças graves: tese com
fundamento no princípio da universalidade de cobertura e de
atendimento, pois à ciência médica, e somente a ela, incumbe
qualificar determinado mal como incurável, contagioso ou grave, não
à jurídica, sob pena de desproteção social indevida (STJ, REsp
942.530/RS - RPPS).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Utilização como carência das contribuições vertidas antes da perda da
qualidade de segurado
• Na redação original da Lei 8.213/91, o art. 24, parágrafo único, previa que
havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a
essa data seriam serão computadas para efeito de carência depois que o
segurado contasse, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no
mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da
carência definida para o benefício a ser requerido.
• Esse dispositivo foi revogado pela MP 739/16 que passou a exigir a
integralidade dos períodos de carência. Entretanto, esta MP, que acrescia o
parágrafo único ao art. 27, da Lei 8.213/91, não foi convertida em Lei.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• A mesma tentativa foi feita na edição da MP 767/17 (carência
integral), mas quando foi convertida na Lei 13.457/17 (publicada em
27.06.2017), inseriu-se no texto a exigência de apenas a metade dos
períodos de carência (art. 27-A, da Lei 8.213/91).
• A MP 871/19 (publicada em 18.01.2019) passou a exigir a
integralidade dos períodos de carência, mas neste ponto não foi
convertida em Lei, sendo que, quando publicada a Lei 13.846/19, em
18.06.2019, houve o retorno da exigência do cumprimento da metade
da carência exigida para a concessão do benefício após o reingresso
ao sistema.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Segurados especiais
 Os segurados especiais estão isentos do cumprimento do período
de carência (número mínimo de contribuições mensais), devendo, no
entanto, comprovar o exercício de atividade rural nos 12 meses
imediatamente anteriores ao requerimento da aposentadoria por
invalidez.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Qualidade de segurado na data de início da incapacidade (DII)
 Doença ou lesão preexistente (art. 42, § 2º, da Lei 8.213/91).
 Diferença entre data de início da doença (DID) e data de início da
incapacidade (DII); a questão do agravamento.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Natureza da aposentadoria por incapacidade permanente/aposentadoria
por invalidez: comum/previdenciária (B-32) ou acidentária (B-92).
 Acidente de trabalho: acidente de trabalho típico, doença do trabalho,
doença profissional, concausalidade; arts. 19 e ss. da Lei 8.213/91.
 Atenção ao disposto no art. 21-A, da Lei 8.213/91, quanto ao nexo técnico
epidemiológico (NTEP – CID x CNAE); deve ser observada a Lista C, do
Anexo II, ao Decreto 3.048/99. O empregador ou empregador doméstico
poderão interpor recurso com efeito suspensivo ao CRPS, contra a
decisão do INSS que caracterizar o NTEP, na forma do § 2º, do art. 21-A, da
Lei 8.213/91.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Comunicação do acidente de trabalho (CAT): na forma do art. 22, da
Lei8.213/91, a empresa ou o empregador doméstico deverão
comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro
dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite
mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição,
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada
pela Previdência Social.
 Da CAT receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem
como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o
próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical
competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública,
independentemente de prazo. A comunicação feita nestas condições
não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento
do disposto na lei.
 Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão
acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas
previstas no art. 22, da Lei 8.213/91, sendo certo ainda que a multa a
que se refere o mesmo dispositivo, não se aplica na hipótese de
NTEP.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Cálculo do B-32 após a EC 103/19 (art. 26): média aritmética
simples de todos os salários-de-contribuição existentes a partir
de julho/1994, devidamente corrigidos, com aplicação de
alíquota de 60% mais 2% a cada ano de tempo de contribuição
completo além dos 20 anos de contribuição, no caso de
segurado do sexo masculino e além dos 15 anos de
contribuição, no caso de segurado do sexo feminino. A alíquota
pode superar 100%. Atenção para a PEC 133/19.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
PEC 133/19. PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE 
REGRA DE TRANSIÇÃO PARA A MÉDIA DOS 
SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO.
PERÍODOS SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO (SALÁRIOS-DE-
CONTRIBUIÇÃO EXISTENTES A PARTIR DE 
DESDE 07/1994)
Até 31.12.2021 Média dos 80% maiores
De 01.01.2022 até 31.12.2024 Média dos 90% maiores 
A partir de 01.01.2025 Média de 100%
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Cálculo do B-32 antes da EC 103/19 (art. 29, da Lei 8.213/91): média
aritmética simples dos 80% maiores salários-de-contribuição
existentes a partir de julho/1994, devidamente corrigidos, com
aplicação de alíquota fixa de 100%.
• Competência para julgamento da ação judicial envolvendo o B-32:
Justiça Federal, na forma do art. 109, inciso I, da CF. Possível o
ajuizamento perante a Justiça Estadual quando a Comarca de
domicílio do segurado estiver localizada a mais de 70 km de
Município sede de Vara Federal (competência federal delegada),
conforme § 3º do art. 109, da CF c/c art. 3º da Lei 13.876/19).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Cálculo do B-92 após a EC 103/19 (art. 26): média aritmética
simples de todos os salários-de-contribuição existentes a partir
de julho/1994, devidamente corrigidos, com aplicação de
alíquota fixa de 100%.
 Atenção para a PEC 133/19: além de criar uma regra de
transição para a apuração do salário-de-benefício, como já
visto, a PEC 133/19 propõe que, caso a aposentadoria por
incapacidade permanente gere deficiência ou seja decorrente
de doença neurodegenerativa, a alíquota utilizada no cálculo do
benefício também seja de 100%.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Cálculo do B-92 antes da EC 103/19 (art. 29, da Lei 8.213/91):
média aritmética simples dos 80% maiores salários-de-
contribuição existentes a partir de julho/1994, devidamente
corrigidos, com aplicação de alíquota fixa de 100%.
Competência para julgamento da ação judicial envolvendo o B-
92: Justiça Estadual na forma do art. 109, inciso I, parte final,
da CF, ressalvados os casos de mandando de segurança.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Atenção especial para benefícios concedidos após a publicação da EC
103/19:
1. O auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença pode possuir valor
superior à aposentadoria por incapacidade permanente!
2. A comprovação de existência da incapacidade total e permanente para o
trabalho (DII) ATÉ 13.11.2019 (art. 3º, da EC 103/19), data de publicação da
EC 103/19, pode alterar a forma de cálculo da aposentadoria por
incapacidade permanente.
3. A comprovação do nexo causal ou concausal da doença ou lesão com a
atividade laborativa do segurado, ou seja, da natureza acidentária do
benefício, impacta no cálculo da renda mensal inicial (RMI).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Obrigações do aposentado por incapacidade permanente/por
invalidez sob pena de suspensão do benefício (art. 101, da Lei
8.213/91):
• Submeter-se a exame médico (perícia médica) a cargo da
Previdência Social (também há previsão no art. 43, § 4º, da Lei
8.213/91).
• Submeter-se a processo de reabilitação profissional por ela prescrito
e custeado.
• Submeter-se a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o
cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado
à atividade estarão isentos da perícia médica nas seguintes situações:
1. Após completarem 55 anos ou mais de idade e quando decorridos 15 anos
da data da concessão da aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez ou do auxílio por incapacidade
temporária/auxílio-doença que a precedeu (inciso I do § 1º, do art. 101 da Lei
8.213/91). A MP 871/19 havia excluído esta possibilidade, entretanto, o fim
desta possibilidade não foi mantido quando da conversão da MP na Lei
13.846/19.
2. Após completarem 60 anos de idade (inciso II do § 1º, do art. 101 da Lei
8.213/91).
3. Se tratar de pessoa com HIV/aids (art. 43, § 5º, da Lei 8.213/91 com redação
dada pela Lei 13.847/19 (publicada em 21.06.2019).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Mesmo que ocorra uma das situações anteriormente
abordadas, o segurado deverá se sujeitar às avaliações
periciais do INSS, quando o exame for destinado a verificar (§
2º do art. 101, da Lei 8.213/91):
1. Verificar necessidade de assistência permanente de outra
pessoa para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor
do benefício, conforme dispõe o art. 45, da Lei 8.213/91.
2. Verificar recuperação da capacidade de trabalho, mediante
solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto.
3. Subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Aposentadoria por incapacidade permanente/aposentadoria
por invalidez concedida judicialmente e a submissão à
avaliação pericial administrativa do INSS
O § 4º do art. 43, da Lei 8.213/91, com redação dada pela Lei
13.457/17, diz que segurado aposentado por invalidez poderá
ser convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria,
concedida judicial ou administrativamente, observado o
disposto no art. 101 da Lei de Benefícios.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Algumas ponderações: princípio do paralelismo das formas;
revisão ou cessão do benefício somente por outra decisão da
mesma natureza, ou seja, judicial (art. 505, inciso I, do CPC e
art. 71, da Lei 8.212/91).
 Precedente: STJ, REsp 1.408.281/SC (decisão monocrática
publicada em 07.03.2017, transitada em julgado); STJ, AREsp
1.228.973/SP (decisão monocrática de 2019); STJ, REsp
120.1503/RS (acórdão publicado em 2012).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Aposentadoria por incapacidade permanente/aposentadoria
por invalidez concedida por tutela provisória e a submissão à
avaliação pericial administrativa do INSS, sem trânsito em
julgado
O Estado detém o monopólio da atividade jurisdicional, sendo,
portanto, a cessação administrativa do benefício concedido
judicialmente, ilegal. (TRF4, APELREEX 0011668-
33.2016.404.9999 e AG 5010194-29.2017.404.0000).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Observações importantessobre a renda mensal inicial (RMI) da
aposentadoria por incapacidade permanente/aposentadoria por
invalidez
• Metodologia de cálculo alterada pela EC 103/19, importando, a partir
de então, a natureza, comum ou acidentária, do benefício.
• Valor mínimo da renda mensal: 1 salário mínimo (art. 201, § 2º, da
CF).
• Valor máximo: R$ 6.101,06 (teto, na forma da Portaria ME 914/2020).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Complemento acompanhante/auxílio-acompanhante (acréscimo
de 25% sobre a aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez)
Hipótese legal: “grande invalidez”; necessidade da assistência
permanente de outra pessoa (art. 45, da Lei 8.213/91; art. 45, do
Decreto 3.048/99, Quadro Anexo I, ao Decreto 3.048/99).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
• Importante:
1. O segurado poderá receber integralidade dos benefícios,
mesmo quando a soma dos valores do complemento
acompanhante e da aposentadoria ultrapassar o valor-teto;
2. O complemento acompanhante é reajustado juntamente com
a aposentadoria;
3. O complemento acompanhante cessará com o óbito do
segurado, sendo, portanto, intransferível.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Complemento acompanhante sobre outras aposentadoria
diferentes da aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez
 Precedente favorável do STJ: Tema 982 (REsp repetitivo
1.648.305/RS). Não há trânsito em julgado. O STF determinou a
suspensão dos efeitos da decisão proferida em sede de
recurso repetitivo.
 Precedente favorável da TNU: Processo 5000890-
49.2014.4.04.7133.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Data de início (DIB) da aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez
Data de início (DIB) quando decorrente da transformação de
auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença: dia
imediato ao da cessação deste benefício.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Data de início (DIB) quando não decorrente da transformação
de auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença:
 Para os segurados empregados (exceto o doméstico): a contar
do 16º dia de afastamento da atividade ou a partir da entrada do
requerimento (DER), quando postulada após o 30º dia do
afastamento da atividade (os 15 primeiros dias de afastamento
são de responsabilidade da empresa, que deverá pagar ao
segurado empregado o “salário”).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Para o segurado empregado doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual, especial, facultativo e intermitente: a
partir da data do início da incapacidade, ou da data de entrada
do requerimento (DER), quando ocorrido após o 30º dia da
incapacidade.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
DIB na hipótese em que a aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez é solicitada
exclusivamente na via judicial, sem prévio requerimento
administrativo: a data da citação válida é que deve ser
considerada como termo inicial do benefício.
 Isso porque a citação, além de informar o litígio, constitui o
INSS em mora quanto à cobertura do evento causador da
incapacidade, tendo em vista a aplicação do art. 240, do CPC
(Súmula 576, do STJ).
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Cessação da aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez
 Hipótese 1: quando a recuperação ocorrer dentro de 5 anos, contados
da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença
que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
 De imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à
função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma
da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o
certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
 Após tantos meses quantos forem os anos de duração do
auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para os
demais segurados.
 Exemplo: 4 anos de benefício(s) por incapacidade nas
condições acima especificadas, darão direito ao segurado,
considerado apto pelo INSS, ao recebimento da aposentadoria
por incapacidade permanente/aposentadoria por invalidez por
mais a 4 meses após a verificação da recuperação da
capacidade laborativa.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Hipótese 2: quando a recuperação ocorrer após o prazo de 5
anos ou ainda quando o segurado for declarado apto para o
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a
aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
 No seu valor integral, durante 6 meses contados da data em
que for verificada a recuperação da capacidade.
 Com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses.
 Com redução de 75%, também por igual período de 6 meses,
ao término do qual cessará definitivamente.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
AUXÍLIO-DOENÇA
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Referências legislativas:
 Art. 201, inciso I, da CF.
 Art. 59 e ss., da Lei 8.213/91.
 Art. 71 e ss. do Decreto 3.048/99.
 Art. 300 e ss., da IN INSS/PRES 77/2015.
 Ofício Circular 64/2019/DIRBEN INSS.
 Manual de Perícias Médicas do INSS (2018).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Quais são os pressupostos de concessão do auxílio por incapacidade
temporária/auxílio-doença?
• Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual, que
perdure por mais de 15 dias.
• Carência de 12 contribuições mensais, com exceções previstas em lei.
• Qualidade de segurado na data de início da incapacidade.
 Beneficiários: todos os tipos de segurado. Inclusive o segurado
facultativo? Alteração do risco social pela EC 103/19.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual,
que perdure por mais de 15 dias
• Para fins de concessão do auxílio por incapacidade temporária/auxílio-
doença, a incapacidade para o trabalho não necessariamente deve ser
total, ou seja, para toda e qualquer atividade laborativa.
• Neste sentido, caso o segurado exerça mais de uma atividade abrangida
pelo RGPS, o benefício será devido mesmo no caso de incapacidade
apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser
conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo,
conforme dispõe o art. 73, do Decreto 3.048/99.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Reabilitação profissional e tratamento dispensado gratuitamente: do
mesmo modo que ocorre na aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez, na forma do art. 101, da Lei
8.213/91, o segurado em gozo de auxílio-doença, está obrigado, sob
pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a
cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional
por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente,
exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
 Caso o processo de reabilitação seja concluído sem sucesso, deverá
ser concedida a aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez (arts. 62 e 89 e ss., da Lei
8.213/91).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Duração do benefício e alta programada (Cobertura Previdenciária
Estimada – COPES)
 Duração do benefício: nos termos dos arts. 60 e 62, da Lei 8.213/91, o
auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença deve ser pago ao
segurado enquanto estiver incapaz para o trabalho ou atividade
habitual.
 O que é “alta programada”? O perito médico realiza, a partir do
diagnóstico, um prognóstico de cessação da incapacidade, com base
no tempo supostamente necessário para a reaquisição da capacidade
para o trabalho. Previsão legal: §§ 8º e 9º do art. 60, da Lei 8.213/91,
inseridos pela Lei 13.457/17, que, por sua vez, resultou da conversão da
MP 767/17.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
• A alta programada administrativa, que é adotada pelo INSS sem qualquer
tipo de ressalva desde o ano de 2005, encontrou respaldona lei somente a
partir da publicação da MP 767/17, convertida na Lei 13.457/17, que
também previu a possibilidade alta programada judicial. Vejamos:
• Art. 60, § 8º, da Lei 8.213/91: Sempre que possível, o ato de concessão ou
de reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o
prazo estimado para a duração do benefício.
• Art. 60, § 9º, da Lei 8.213/91: § 9º Na ausência de fixação do prazo de que
trata o § 8º deste artigo, o benefício cessará após o prazo de cento e vinte
dias, contado da data de concessão ou de reativação do auxílio-doença,
exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS, na forma
do regulamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
• Antes da inserção do procedimento da alta programada na Lei 8.213/91, o STJ
havia se manifestado sobre a sua ilegalidade. Vejamos:
• PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL PELO DECRETO 5.844/2006. CRIAÇÃO DA
DENOMINADA "ALTA PROGRAMADA". ILEGALIDADE. CONTRARIEDADE AO
ART. 62 DA LEI 8.213/1991. 1. O acórdão recorrido está no mesmo sentido da
compreensão do STJ de que a inserção da chamada "alta programada" para
auxílio-doença concedido pelo INSS pelo art. 78, §§ 1º a 3º, do Decreto
3.048/1999 (mediante modificação operada pelo Decreto 5.844/2006) é ilegal,
pois contraria o art. 62 da Lei 8.213/1991. A propósito: REsp 1.717.405/PB, Rel.
Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 17.12.2018; AgInt no AREsp
968.191/MG, Rel.Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe
20.10.2017;AgInt no REsp 1.546.769/MT, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira
Turma, DJe 3.10.2017; AgInt no AREsp 1.049.440/MT, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 30.6.2017.2. Recurso Especial não provido.
(REsp 1.597.725/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 25/06/2019, DJe 01/07/2019)
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
• Isso porque, segundo o STJ, não é possível que um sistema
previdenciário, cujo pressuposto é a proteção social, se abstenha
de acompanhar a recuperação da capacidade laborativa dos
segurados incapazes, atribuindo-lhes o ônus de um auto exame
clínico, a pretexto da diminuição das filas de atendimento na
autarquia.
• As decisões são fundamentadas na violação ao art. 62, da Lei
8.213/91 e o art. 1º, inciso III, da CF.
• Em recente decisão monocrática, proferida após a inserção do
procedimento da alta programada em lei, nos autos do REsp
1.754.934/PR, a sua posição foi reiterada pelo STJ.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Pedido de prorrogação: para os casos em que o prazo fixado
não for suficiente para a recuperação da capacidade de
trabalho, a Previdência instituiu o pedido de prorrogação (PP).
O objetivo é evitar o fim do auxílio-doença antes da
recuperação efetiva do segurado, submetendo-o a nova
avaliação para analisar se é necessária a continuidade da
licença e do pagamento.
O Pedido de Prorrogação poderá ser protocolado nos últimos
15 dias do período indicado para a cessação do benefício.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 A solicitação pode ser repetida, desde que o segurado, ao fim
do novo prazo de licença, ainda se considere incapaz de voltar
ao trabalho.
 Resolução 97/2010, do INSS: estabelece que no procedimento
de concessão do benefício de auxílio-doença, inclusive aqueles
decorrentes de acidente do trabalho, uma vez apresentado pelo
segurado pedido de prorrogação, mantenha o pagamento do
benefício até o julgamento do pedido após a realização de novo
exame médico pericial (ACP 2005.33.00.020219-8, 14ª Vara
Federal de Salvador – BA).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Alta programada judicial:
 O entendimento do TRF4 tem se firmado no sentido de que, em se
tratando de benefício de natureza temporária, não há como
determinar o seu termo final, já que não se pode prever até quando
estará o segurado incapacitado (TRF4, AC 0021056-28.2014.404.9999,
D.E. de 29.01.2015).
 É que a cessação do benefício só ocorrerá quando ficar
demonstrado pelo INSS que o segurado recuperou a capacidade
laboral, mediante realização de perícia médica (TRF4, AC 0018542-
05.2014.404.9999, D.E. de 05.02.2015).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
• Conforme salientou o Desembargador Federal Celso Kipper, quando do
julgamento da AC 0003073-11.2017.4.04.9999/SC, mesmo tendo o benefício
sido concedido após a edição da MP 739/16, não é “possível o
estabelecimento de um prazo para sua cessação quando há clara
impossibilidade de um prognóstico seguro acerca da total reabilitação da
parte autora para o exercício de suas atividades laborativas. Com efeito, é
necessária toda a cautela antes de se antecipar uma situação futura que
pode não refletir o real estado de saúde do segurado, haja vista que o
quadro clínico de cada trabalhador demanda um diagnóstico específico. O
tempo de recuperação de cada segurado poderá oscilar sensivelmente
dependo das suas condições pessoais, mesmo que se considere
segurados portadores de idêntica moléstia e com mesma faixa etária.
Tanto é assim que a própria disposição legal prevê que tal prazo seja
estipulado sempre que possível, o que não quer dizer, obviamente, em
todos os casos”.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
Assim, havendo impedimento para o trabalho, deve ser
concedido auxílio-doença até a melhora do quadro, ou eventual
reabilitação profissional, não sendo possível, no processo
judicial, fixar o termo final do benefício, ou um período máximo
para a cura da moléstia.Nada impede, ademais, que o INSS
convoque o segurado para avaliação das condições que
ensejaram a concessão do benefício. (TRF4, AC 5022996-
64.2019.4.04.9999/SC, juntada aos autos em 19/02/2020).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Internamente, o Manual de Perícias Médicas do INSS, do ano de 2018, trata do
assunto:
 “Caberá atuação da Perícia Médica nos benefícios implantados/reativados por
decisão judicial nos seguintes casos: I – prorrogação: requerimento e
agendamento remotos (Central 135 ou Internet) ou na APS de manutenção do
beneficio. O atendimento será realizado pelo Perito Médico no SABI (ou em
outro sistema que venha a substituí-lo), na agenda ordinária ambulatorial ou
como perícia externa. Em casos excepcionais, quando houver
indisponibilidade ou inconsistência do Sistema de Perícia Médica que impeça
o agendamento da solicitação de prorrogação, o exame será agendado pela
APS de manutenção do benefício no SAG (*SISTEMA DE AGENDAMENTO),
utilizando, nestes casos, o Código 1551;
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 II – por determinação judicial – agenda SAG, Código 1571: exame
realizado nos casos em que houver nova intimação judicial
manifestando discordância com a DCB fixada em 120 (cento e vinte)
dias da Data do Despacho do Benefício – DDB
(implantação/reativação), conforme § 9º do art. 60 da Lei n. 8.213, de
1991, condicionando a cessação do benefício a avaliação pericial do
segurado. Esta perícia será agendada pela APSADJ/SADJ por
ocasião do cumprimento da decisão judicial;
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 III – reabilitação profissional por determinação judicial: agenda SAG,
Código 2211, perícia agendada pela APSADJ/SADJ no momento da
implantação/reativação do benefício, cuja sentença determine a
reabilitação profissional do segurado. Esta perícia tem por objetivo a
avaliação da elegibilidade do segurado para prosseguimento no
Programa e poderá ser realizada por todos os Peritos Médicos da
APS de manutenção do beneficio; e
 IV – revisão: agenda SAG, Código 1391, agendamento pela APS de
manutenção do benefício no ato de convocação do segurado para
pericia de revisão judicial, quando o benefício não tiver DCB fixada,
nem a conclusão ‘NB impedido de cessar automaticamente/sem
DCB’.”
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Pedido de reconsideração: se o médico mantivesse a decisão
anterior, o segurado tinha a opção do Pedido de
Reconsideração. Porém, este foi extinto pela Portaria 152, de 25
de agosto de 2016,do Ministério do Desenvolvimento Social e
Agrário.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
Recurso Ordinário: se a nova perícia confirmar a capacidade
para voltar ao trabalho, o beneficiário ainda pode dar entrada
em recurso, num prazo de 30 dias, a contar da data da ciência,
na própria agência que concedeu o benefício. Nesses casos
não são aceitos recursos pela internet ou por chamadas ao
telefone 135. Esse recurso é avaliado pelo setor de perícia
médica e será encaminhado para a Junta de Recursos do
CRPS, que dará a decisão final sobre o assunto.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Carência (número mínimo de contribuições mensais – art. 24 e ss., da Lei
8.213/91)
• Regra: 12 contribuições mensais (art. 25, inciso I, da Lei 8.213/91).
• Exceções: a carência não é exigida nos casos de incapacidade decorrente
de acidente do trabalho ou de acidente não relacionado ao trabalho e de
incapacidade decorrente de doença grave (arts. 26 e 151, da Lei 8.213/91 e
Portaria MPAS/MS 2.998/01), sendo as considerações cabíveis ao auxílio
por incapacidade temporária/auxílio-doença, as mesmas realizadas quando
do estudo da aposentadoria por incapacidade permanente/aposentadoria
por invalidez.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Qualidade de segurado na data de início da incapacidade (DII)
 Doença ou lesão preexistente (art. 59, § 1º, da Lei 8.213/91).
 Diferença entre data de início da doença (DID) e data de início da
incapacidade (DII); a questão do agravamento.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Natureza do auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença:
comum/previdenciária (B-31) ou acidentária (B-91).
• A caracterização da natureza do benefício como comum ou
acidentária não afeta a forma de cálculo do auxílio por incapacidade
temporária/auxílio-doença.
• O art. 118, da Lei 8.213/91, prevê que o segurado que sofreu acidente
do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a
cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio-acidente.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
O art. 15, da Lei 8.036/90, diz que o depósito do FGTS é
obrigatório nos casos de afastamento para prestação do
serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.
 Segundo o art. 120, da Lei 8.213/91, a Previdência Social
ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nos casos de
negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene
do trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva e de
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da
Lei 11.340/06 (hipótese incluída pela Lei 13.846/19).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
O reconhecimento da natureza acidentária do benefício
previdenciário é um forte indício da possibilidade de
responsabilização civil do empregador em razão de dano moral
e/ou material sofrido pelo empregado.
A quantidade de benefícios previdenciários de natureza
acidentária é levada em consideração para a apuração do valor
devido pela empresa a título de Seguro Acidente de Trabalho –
SAT, na forma do art. 22, inciso II, da Lei 8.212/91 (Fator
Acidentário de Prevenção – FAP; art. 10, da Lei 10.666/03).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Competência para julgamento da ação judicial envolvendo o B-31:
Justiça Federal, na forma do art. 109, inciso I, da CF. Possível o
ajuizamento perante a Justiça Estadual quando a Comarca de
domicílio do segurado estiver localizada a mais de 70 km de
Município sede de Vara Federal (competência federal delegada),
conforme § 3º do art. 109, da CF c/c art. 3º da Lei 13.876/19).
 Competência para julgamento da ação judicial envolvendo o B-91:
Justiça Estadual na forma do art. 109, inciso I, parte final, da CF,
ressalvados os casos de mandado de segurança.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Documentação administrativa médica relevante
 Laudo Médico Pericial confeccionado pelo perito do INSS
Histórico Médico - HISMED
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Auxílio por incapacidade temporária/auxílio-doença concedido
judicialmente e a submissão à avaliação pericial administrativa do INSS
• O § 10 do art. 60, da Lei 8.213/91, com redação dada pela Lei 13.457/17,
diz que segurado em gozo de auxílio por incapacidade
temporária/auxílio-doença, concedido judicial ou administrativamente,
poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram o afastamento, observado o disposto no art.
101 da Lei de Benefícios.
• Neste caso, devem ser aplicadas às mesmas ponderações realizadas
quando do estudo da aposentadoria por incapacidade
permanente/aposentadoria por invalidez sobre o princípio do
paralelismo das formas.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Renda mensal inicial (RMI) do auxílio por incapacidade
temporária/auxílio-doença
Cálculo do B-31 e do B-91 após a EC 103/19 (art. 26): média
aritmética simples de todos os salários-de-contribuição
existentes a partir de julho/1994, devidamente corrigidos, com
aplicação de alíquota de 91% (art. 61, da Lei 8.213/91). Atenção
para a PEC 133/19.
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Cálculo do B-31 e do B-91 antes da EC 103/19 (art. 29, da Lei
8.213/91): média aritmética simples dos 80% maiores salários-
de-contribuição existentes a partir de julho/1994, devidamente
corrigidos, com aplicação de alíquota de 91% (art. 61, da Lei
8.213/91).
 O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética
simples dos últimos 12 salários-de-contribuição, inclusive em
caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número
de 12, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição
existentes (§ 10 do art. 29, da Lei 8.213/91).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Valor mínimo da renda mensal: 1 salário mínimo (art. 201, § 2º,
da CF).
 Valor máximo: R$ 6.101,06 (teto, na forma da Portaria ME
914/2020).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Data de início (DIB) do auxílio por incapacidade
temporária/auxílio-doença (art. 60, caput e § 1º, da Lei 8.213/91)
 Para os segurados empregados (exceto o doméstico): a contar
do 16º dia de afastamento da atividade ou a partir da entrada do
requerimento (DER), quando postulado após o 30º dia do
afastamento da atividade (os 15 primeiros dias de afastamento
são de responsabilidade da empresa, que deverá pagar ao
segurado empregado o “salário”).
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
 Para o segurado empregado doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual, especial, facultativo e intermitente: a
partir da data do início da incapacidade, ou da data de entrada
do requerimento (DER), quando ocorrido após o 30º dia da
incapacidade.
AUXÍLIO-ACIDENTE
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Referências legislativas
 Art. 201, inciso I, da CF.
 Art. 86, da Lei 8.213/91.
 Art. 104 e ss., do Decreto 3.048/99.
 Art. 333 e ss., da IN INSS/PRES 77/2015.
 Ofício Circular 64/2019/DIRBEN INSS.
 Manual de Perícias Médicas do INSS (2018).
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Quais são os pressupostos de concessão do auxílio-acidente?
 Incapacidade parcial e permanente para a atividade habitualmente
desenvolvida, advinda de acidente do trabalho ou de acidente não
relacionado ao trabalho (impossibilidade de exercício da atividade
habitualmente exercida à época do acidente ou mais dificuldade no
exercício daquela atividade).
 Qualidade de segurado na data de início da incapacidade.
 Atenção: o benefício não exige o cumprimento de carência e não é
exigido que necessariamente seja precedido de auxílio-doença!
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Natureza do auxílio-acidente
 O auxílio-acidente pode possuir natureza comum/previdenciária (B-
36) ou acidentária (B-94).
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Auxílio-acidente no caso de perda auditiva
 É possível a concessão de auxílio-acidente no caso de perda
auditiva desde que haja relação da mesma com o trabalho do
segurado e a comprovação da redução da capacidade laborativa (art.
86, § 4º, da Lei 8.213/91 e STJ, Tema 213 - REsprepetitivo
1.108.298/SC).
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Beneficiários do auxílio-acidente
 Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os seguintes
segurados: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e
segurado especial, na forma do art. 18, § 1º, da Lei 8.213/91.
 A TNU, no julgamento do Tema 201, decidiu que o contribuinte
individual NÃO faz jus ao auxílio-acidente.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Valor do auxílio-acidente (renda mensal inicial – RMI)
Cálculo do auxílio-acidente (B-36 ou B-94 antes da MP 905/19):
média aritmética simples dos 80% maiores salários-de-
contribuição, devidamente corrigidos, existentes a partir de
07/1994, multiplicada pela alíquota de 50%.
Cálculo do auxílio-acidente (B-36 ou B-94 na forma da MP
905/19 (12.11.2019)): aposentadoria por incapacidade
permanente simulada, multiplicada pela alíquota de 50%.
AUXÍLIO-ACIDENTE
Cálculo do auxílio-acidente (B-36 ou B-94, na forma do art. 26
da EC 103/19 (13.11.2019)): média aritmética simples de todos
os salários-de-contribuição, devidamente corrigidos, existentes
a partir de 07/1994, multiplicada pela alíquota de 50%.
Atenção: o cálculo do B-36 é mais vantajoso, via de regra, se
observada a EC 103/19, em detrimento da MP 905/19. O Ofício
Circular 64/19, diz que o INSS fará o cálculo de acordo com a
MP. Revisão!
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Discussão sobre o valor mínimo do auxílio-acidente. O auxílio-
acidente pode ter valor inferior ao do salário mínimo (art. 201, § 2º,
da CF)?
 STF, RE 597.022/SC: precedente favorável.
 STF, ARE 705.141: não admitiu a repercussão geral do tema
 STJ, AR 5160/SP: pode ser inferior ao salário mínimo.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Redução mínima da capacidade laborativa
 Segundo o posicionamento firmado pelo STJ, no julgamento do
Tema 416 (REsp repetitivo 1.109.591/SC), a redução mínima da
capacidade laborativa é suficiente para a concessão do auxílio-
acidente.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Reversibilidade da doença
 Será devido o auxílio-acidente, sendo irrelevante a
possibilidade de reversibilidade da doença (STJ, Tema 156 –
REsp repetitivo 1.112.886/SP).
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Data de início do auxílio-acidente (DIB)
• Dispõe o § 2º do art. 86, da Lei 8.213/91, que o auxílio-acidente será devido
a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença,
independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo
acidentado.
• A questão aguarda julgamento do STJ, Tema 862 (REsp repetitivo
1.729.555/SP e REsp repetitivo 1.786.736/SP).
• Quando não precedido de auxílio-acidente a data de início do benefício
deve ser fixada na data da entrada do requerimento ou da citação do INSS
no processo judicial, caso, eventualmente, não exista prévio requerimento
administrativo.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Duração do auxílio-acidente
• Diz o art. 86, § 1º, da Lei 8.213/91, com redação dada pela MP 905/19
(12.11.2019), que o auxílio-acidente será pago enquanto persistirem as
condições que lhe deram origem (incapacidade parcial e permanente para
a atividade habitualmente desenvolvida à época do acidente).
• A MP ainda incluiu o § 1º-A ao art. 86, da Lei 8.213/91, para expressamente
prever que na hipótese de manutenção das condições que ensejaram o
reconhecimento do auxílio-acidente, o auxílio será devido até a véspera do
início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 O INSS poderá convocar para avaliação pericial os segurados que
recebem auxílio-acidente com origem anterior à 12.11.2019?
Entendemos que não, sob pena de violação ao direito adquirido.
 Vale lembrar que, na redação original da Lei 8.213/91, o § 1º do art.
86, previa que o auxílio-acidente seria vitalício.
• Após, foi publicada a MP 1.596/97 (11.11.1997), convertida Lei
9.528/97, que alterou a redação do § 1º do art. 86, da Lei 8.213/91, que
passou a prever que o auxílio-acidente seria devido até a
aposentadoria do segurado.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Acumulação com a aposentadoria
• Súmula 507, do STJ: a eclosão da lesão incapacitante e a aposentadoria
devem ser anteriores a 11.11.1997, data de publicação da MP 1.596/97, que
alterou o disposto no art. 86 da Lei 8.213/91, que, por sua vez, passou a
dizer que o auxílio-acidente cessaria com a aposentadoria do segurado.
• Tema 555, no STJ (REsp repetitivo 1.296.673/MG): mesma solução da
Súmula 507.
• A questão (similar) será avaliada pelo STF quando julgamento do Tema 599
(RE 687.813/RS, com repercussão geral reconhecida).
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Consideração do valor do benefício na composição do salário-de-
contribuição
• O valor mensal recebido à título de auxílio-acidente deve ser
considerado como salário-de-contribuição no respectivo mês, sendo
somado ao valor da remuneração do segurado, na forma do art. 31,
da Lei 8.213/91.
• Esta situação somente será possível quando: a. o benefício for
inacumulável com a aposentadoria do segurado; b. quando houver
recebimento concomitante de remuneração no mês de referência.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Majoração da alíquota de benefícios antigos para 50%
• O auxílio-acidente, na redação original da Lei 8.213/91, era concedido ao
segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes do
acidente do trabalho, houvesse seqüela que implicasse:
• I - redução da capacidade laborativa que exigisse maior esforço ou
necessidade de adaptação para exercer a mesma atividade,
independentemente de reabilitação profissional.
• II - redução da capacidade laborativa que impedisse, por si só, o
desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém, não o
de outra, do mesmo nível de complexidade, após reabilitação profissional;
ou
• III - redução da capacidade laborativa que impedisse, por si só, o
desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém não o de
outra, de nível inferior de complexidade, após reabilitação profissional.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Para cada uma dessas hipóteses, o benefício possuía uma alíquota
de cálculo diferente, confirme dispunha originalmente o § 1º do art.
86 da Lei 8.213/91.
 O dispositivo dizia que o auxílio-acidente, corresponderia,
respectivamente às situações previstas nos incisos I, II e III, a 30%,
40% ou 60% do salário-de-contribuição do segurado vigente no dia
do acidente, não podendo ser inferior a esse percentual do seu
salário-de-benefício.
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Foi com a publicação da Lei 9.032/95 (29.04.1995), que o art. 86, § 1º,
da Lei 8.213/91, unificou a alíquota do auxílio-acidente em 50%.
 Em razão disso, surge a tese revisional fundamentada na
possibilidade de majoração das alíquotas de 30% e 40%, de
benefícios nos moldes da legislação anterior, para 50%.
 A tese foi rechaçada pela jurisprudência: STJ, Tema 18 (REsp
repetitivo 1.096.244/SC).
AUXÍLIO-ACIDENTE
 Auxílio-acidente e manutenção da qualidade de segurado
 Nos termos do art. 15, inciso I, da Lei 8.213/91, com redação dada
pela Lei 13.846/19 (publicada em 18.06.2019), o recebimento de
auxílio-acidente (sem contribuição concomitante) não reflete a
manutenção da qualidade de segurado do beneficiário.
QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES
QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES
 A incapacidade para o trabalho
• Na petição inicial o advogado deve explorar as atividades
laborativas executadas pelo autor. Os detalhes de cada caso
concreto são importantes.
• O segurado consegue/pode exercer a sua atividade?
• O segurado deve exercer atividade? Há risco de agravamento
caso a execute? O exercício de sua atividade laborativa coloca
em risco a sua saúde/vida e/ou a saúde/vida de terceiros?
QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES
 Interesse de agir
 Atenção ao decidido pelo STF no julgamento do Tema 350 (RE
631.240/MG).
 Segundo a TNU o pedido de prorrogação do auxílio-doença não
é necessário para a configuração do interesse de agir nas
ações de restabelecimento deste benefício (PEDILEF 5006414-
91.2012.4.04.7005, julgado em 19.08.2015).
QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES
 Produção antecipada da prova pericial
RecomendaçãoConjunta CNJ/AGU/MTPS 1/2015.
Apresente os quesitos e indique assistente técnico na petição
inicial!
QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES
 Fungibilidade das ações previdenciárias
• A fungibilidade das ações previdenciária tem sido aceita pela
jurisprudência, com fundamento na necessidade de flexibilidade na
análise dos processos desta natureza e no disposto no art. 493, do
CPC, que dispõe que se, depois da propositura da ação, algum fato
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento
do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
• Precedentes: STJ, AgRg no REsp 868.911/SP e REsp 847.587/SP.
QUESTÕES PROCESSUAIS RELEVANTES
 Recebimento de valores decorrentes de aposentadoria por
incapacidade permanente/aposentadoria por invalidez ou auxílio por
incapacidade temporária/auxílio-doença quando houver trabalho no
mesmo período em que o direito ao benefício é reconhecido em
processo judicial
• Súmula 72, da TNU: é possível o recebimento de benefício por
incapacidade durante período em que houve exercício de atividade
remunerada quando comprovado que o segurado estava incapaz
para as atividades habituais na época em que trabalhou.
• STJ: Tema 1.013, aguardando julgamento no STJ (REsp repetitivo
1.786.590/SP e REsp repetitivo 1.788.700/SP).
PERÍODOS DE RECEBIMENTO DE BENEFÍCIOS
POR INCAPACIDADE E REFLEXOS
NAS APOSENTADORIAS VOLUNTÁRIAS
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Dispõe o art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91, que:
 “Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido
benefícios por incapacidade, sua duração será contada,
considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o
salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda
mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios
em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário
mínimo”.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
• Por sua vez o art. 55, inciso II, da Lei 8.213/91, prevê que:
• “O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no
Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades
de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta
Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: (...) II - o
tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez”.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
• O art. 61 do Decreto 3.048/99 e o art. 164, inciso XVI, da IN INSS/PRES
77/2015, dizem que devem ser contados como tempo de contribuição
os períodos de recebimento de benefício por incapacidade, entre
períodos de atividade e o de benefício por incapacidade decorrente de
acidente do trabalho, intercalado ou não.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
• No que diz respeito ao intercalamento, a TNU dos JEF`s, no
julgamento do PUIL 0000805-67.2015.4.03.6317/SP, firmou a tese de
que o tempo de gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez
não decorrentes de acidente do trabalho deve ser computado para fins
de tempo de contribuição, quando intercalado com períodos de
contribuição, independentemente do número de contribuições vertido
e o título a que realizadas.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
• Como já visto o art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91, expressa que, se, no
período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por
incapacidade, sua duração será contada (...): inclusive para fins de
carência?
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 Súmula 73, da TNU. O tempo de gozo de auxílio-doença ou de
aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho
só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de
carência quando intercalado entre períodos nos quais houve
recolhimento de contribuições para a previdência social.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 Para o STJ, os períodos de recebimento de auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez, desde que intercalados com contribuição,
também devem ser considerados para fins de carência (vide REsp
1.414.439/RS e REsp 1.334.467/RS).
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 Art. 153, da IN INSS/PRES 77/2015. Considera-se para efeito de
carência: (...) § 1º Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil
Pública nº 2009.71.00.004103-4 (novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) é
devido o cômputo, para fins de carência, do período em gozo de
benefício por incapacidade, inclusive os decorrentes de acidente do
trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição ou
atividade, observadas as datas a seguir: (Nova redação dada pela IN
INSS/PRES nº 86, de 26/04/2016)
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 I - no período compreendido entre 19 de setembro de 2011 a 3 de
novembro de 2014 a decisão judicial teve abrangência nacional; e II -
para os residentes nos Estados do Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná, a determinação permanece vigente, observada a decisão
proferida pelo Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº
1.414.439-RS, e alcança os benefícios requeridos a partir de 29 de
janeiro de 2009. (Nova redação dada pela IN INSS/PRES nº 86, de
26/04/2016)
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 § 2º Para benefícios requeridos até 18 de setembro de 2011, somente
contarão para carência os períodos de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez recebidos no período de 1º de junho de
1973 a 30 de junho de 1975.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 Nos autos do Processo 5007252-92.2018.403.6183 (ACP ajuizada pelo
IBDP – 6ª Vara Previdenciária de São Paulo), houve DEFERIMENTO de
liminar, inaudita altera pars, afastando a aplicação dos termos do art.
153, § 1º, da IN 77/2015, devendo ser computado para fins de carência,
o período em gozo do benefício de incapacidade, bem como aqueles
decorrentes de acidente do trabalho, desde que intercalados com
períodos de contribuição ou atividade, com efeitos em todo o território
nacional.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 O INSS interpôs Agravo de Instrumento com pedido de efeito
suspensivo contra a decisão liminar, pleito indeferido pela Relatora
Tânia Regina Marangoni, da 8ª Turma do TRF da 3ª Região, que,
inclusive, manteve a extensão dos efeitos da decisão para todo o
território nacional, tendo em vista que a limitação dos efeitos da
decisão aos segurados submetidos à jurisdição do órgão prolator vem
sendo afastada pelo STJ nas hipóteses de interesses individuais
homogêneos, conforme entendimento firmado no REsp 1.243.887/PR.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X CARÊNCIA
 Quanto ao intercalamento, a TNU dos JEF`s, também no julgamento
do PUIL 0000805-67.2015.4.03.6317/SP, firmou a tese de que o tempo
de gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez não
decorrentes de acidente do trabalho deve ser computado para fins de
carência, quando intercalado com períodos de contribuição,
independentemente do número de contribuições vertido e o título a
que realizadas.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO ESPECIAL
 Novamente ele: o art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91, dispõe que, se, no
período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por
incapacidade, sua duração será contada (...): inclusive como tempo
especial?
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO ESPECIAL
 Dispõe o art. 65, parágrafo único, do Decreto 3.048/99, que o(s)
período(s) de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como
aos de percepção de salário-maternidade, serão considerados como
especiais, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse
exposto aos fatores de risco.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO ESPECIAL
• No mesmo sentido, o art. 291, da IN 77/2015, diz que serão
considerados como especiais os períodos de afastamento decorrentes
de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez acidentários, bemcomo os de recebimento de salário-
maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse
exercendo atividade considerada especial.
• O parágrafo único do mesmo dispositivo é explícito ao dizer que os
períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por
incapacidade de espécie não acidentária não serão considerados
como sendo de trabalho sob condições especiais.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO ESPECIAL
 No julgamento do Tema 998 (REsp repetitivo 1.759.098/RS e REsp
repetitivo 1.723.181/RS), o STJ firmou a tese de que é possível o
cômputo como especial, para fins de inativação, do período em que o
segurado esteve em gozo de auxílio-doença de natureza não
acidentária.
 O INSS opôs embargos de declaração, que está pendente de
julgamento.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE X TEMPO ESPECIAL
 Tema 165, julgado pela TNU: O período de auxílio-doença de
natureza previdenciária, independente de comprovação da relação da
moléstia com a atividade profissional do segurado, deve ser
considerado como tempo especial quando trabalhador exercia
atividade especial antes do afastamento. (PEDILEF 5012755-
25.2015.4.04.7201/SC)
PERÍODO DE RECEBIMENTO DE AUXÍLIO-ACIDENTE
 Ele não nos abandona: o art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91, dispõe que, se,
no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por
incapacidade, sua duração será contada (...): inclusive o período de
recebimento de auxílio-acidente sem concomitância com
remuneração?
PERÍODO DE RECEBIMENTO DE AUXÍLIO-ACIDENTE
 Em suas mais recentes decisões o STJ e a TNU vem
inadmitindo a contagem do período de recebimento de auxílio-
acidente como tempo de contribuição ou carência (vide: STJ,
REsp 1.247.971/PR (2015) e TNU, Processo 0504317-
35.2017.4.05.8302/PE).
 Entretanto, existe precedente (mais antigo – 2013) favorável à
possibilidade do cômputo do período de recebimento de auxílio-
acidente para fins de carência no STJ (vide REsp 1.243.760/PR).
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais.
Tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo:
Malheiros, 2008.
DE CASTRO, Carlos Alberto Pereira. LAZZARI, João
Batista. Manual de Direito Previdenciário. 23. ed.
Santa Catarina: Conceito Editorial, 2020.
SERAU JUNIOR, Marco Aurélio. Seguridade social
como direito fundamental material. 2. ed. Curitiba:
Juruá, 2011.

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