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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Primeira Avaliação a Distância de Geometria Analítica I - Critério Prof. Linhares e Prof. Leonardo Silvares Nome:__________________________________________________________ Pólo:___________________________________________________________ Questão 1 (2,5 pontos): Determine a equação cartesiana da reta tangente simultaneamente aos dois círculos abaixo, em um único ponto: x2 + y2 – 100 = 0 x2 + y2 – 24x – 18y + 200 = 0. Solução: Completando os quadrados das equações dos círculos, temos x2 + y2 – 100 = 0 ⇔ (x – 0)2 + (y – 0)2 = 102. x2 + y2 – 24x – 18y + 200 = 0 ⇔ x2 – 24x + 122 – 122 + y2 – 18y + 92 – 92 + 200 = 0 ⇔ ⇔ (x – 12)2 + (y – 9)2 – 25 = 0 ⇔ (x – 12)2 + (y – 9)2 = 52. Assim, o primeiro círculo tem centro O1 = (0, 0) e raio 10, e o segundo, centro O2 = (12, 9) e raio 5. Observe que (O1, O2)=d ((0,0) ,(12,9))=√(12−0)2+(9−0)2=√144+81=15 isto é, a distância entre os centros é precisamente a soma dos raios. Logo, os círculos são tangentes em um ponto T, e é exatamente por este ponto que a reta procurada passará. Vamos agora determinar T: Processo 1 Como T está em ambos os círculo, suas coordenadas são dadas pelo sistema T :{x2+ y2−100=0x2+ y2 – 24 x – 18y+200=0 , que implica, x2 + y2 – 100 = x2 + y2 – 24x – 18y + 200 ⇔ 24x + 18y = 300 = 0 ⇔ 4x = – 3y + 50 ⇔ ⇔ x = 50−3 y 4 . Substituindo na primeira equação, temos (50−3 y4 ) 2 + y2−100=0 ⇔ 50 2−2⋅50⋅3 y+81 y2 16 + y2−100=0 ⇔ 2500−300 y+9 y2+16 y2−1600 16 =0 ⇔ 900−300 y+25 y 2 16 =0 ⇔ y2 – 12y + 36 = 0 ⇔ ⇔ y = 6, que, por sua vez, implica x = 8. Assim, T = (8, 6). Processo 2 Observe que o vetor O⃗1T = (a, b) possui mesma direção e sentido de O⃗1 O2 = (12, 9), logo (a, b) = O⃗1T = λ O⃗1 O2 = λ (12, 9), com λ > 0. Além disso, O⃗1T possui módulo igual a 10, logo 10=∥(a ,b)∥=∥λ (12,9)∥=∣λ∣∥(12,9)∥=15∣λ∣=15 λ (na última igualdade utilizamos que λ > 0). Assim, λ = 2/3, e então O⃗1T = (2/3) (12, 9) = (8, 6). Sendo T = (x, y), como O1 = (0, 0), temos (8, 6) = O⃗1T = (x – 0, y – 0) = (x, y). Logo, T = (8,6) Como a reta é tangente ao primeiro círculo, é perpendicular ao raio deste círculo que tem por extremo o ponto de tangência T. Assim o vetor O⃗1T é perpendicular a reta, logo, o vetor O⃗1 O2 = (12, 9) também o é. [Também poderia ter sido observado diretamente que O⃗1 O2 é perpendicular à reta.]. Com isso, a reta pode ser escrita 12x + 9y + c = 0, sendo c determinado substituindo-se o ponto T pertencente à reta. 12 (8) + 9 (6) + c = 0 ⇔ c = – 150. A reta terá então equação cartesiana 12x + 9y – 150 = 0. Questão 2 (2,5 pontos): Considerando os conjuntos Cλ = { (x , y )∈ℝ2 , x 2 + λy 2 = 1} e R = { (x , y )∈ℝ2 , x 2 – y 2 = 0}, onde λ é um número real, (a) (0,5 pontos) descreva o conjunto R; (b) (0,75 ponto) classifique o conjunto Cλ em função do parâmetro λ (Dica: pense nos casos λ=0, λ<0 e λ>0); (c) (0,5 pontos) em um único esboço, represente os conjuntos R, C0, C1 e C–1. (Observe que C0, C1 e C–1 são os conjuntos obtidos substituindo-se λ por 0, 1 e –1 na definição de Cλ); e (d) (0,75 pontos) Sem resolver um sistema, determine a interseção de C–1 e R. Solução: (a) Fatorando o lado esquerdo da equação que descreve R, temos x 2 – y 2 = 0 ⇔ (x – y)(x + y) = 0 ⇔ ⇔ x – y = 0 ou x + y = 0 ⇔ x = y ou x = – y. Assim, o conjunto R é a união das duas retas x = y e x = – y. (b) I. Para λ = 0, temos x2 = 1 ⇔ x = ± 1 Assim, C0 = { (x , y )∈ℝ2 , x = – 1 ou x = 1}, ou seja C0 é a união das duas retas verticais x = – 1 e x = 1. II. Para λ > 0, temos x2 +λy2 = 1 ⇔ x2 1 + y 2 (1/√ λ)2 =1 , que é uma elipse de centro (–1, 1), comprimento do semieixo horizontal igual a 1 e do semieixo vertical igual a 1/√ λ . III. Para λ < 0, observe que – λ será positivo, assim x2 + λy2 = 1 ⇔ x2 – (–λ) y2 = 1 ⇔ x2 1 − y 2 (1/√−λ)2 =1 , que é uma hipérbole de centro (–1, 1), comprimento do semieixo focal horizontal, com comprimento igual a a = 1 e semieixo imaginário vertical, de comprimento b = 1/√−λ . (c) Utilizando o que foi concluído no item anterior, C0: x = – 2 ou x = 0 (duas retas verticais) C1: x2 1 + y 2 (1/√1)2 =1 ⇔x2 + y2 = 1 (círculo de centro (0,0) e raio 1) C–1: x2 1 − y 2 (1/√−(−1))2 =1 ⇔ x 2 1 − y 2 12 =1 (hipérbole de centro (0,0), eixo focal horizontal, com a = 1, b = 1). Esboçando junto com R, temos (d) Como –1 < 0, vimos no item (c) que é C−1 descrito por x2 1 − y 2 1 =1 , ou seja, uma hipérbole na forma x2 a2 − y 2 b2 =1 com a = 1, b =1. Sabemos que as assíntotas da hipérbole dada por C−1 são y=b a x e y=− b a x ⇔ x = y e x = – y, logo, como o conjunto R é exatamente a união das retas x = y e x = – y, e como a hipérbole não intersecta suas assíntotas, a interseção entre R e C−1 é vazia. Questão 3 (2,5 pontos): Determine a equação da parábola de diretriz r: x = 1, sabendo que seu ponto mais próximo à reta x = 2 é (3,0) . Solução: Como a diretriz da parábola é vertical (a reta r: x = 1), a parábola terá concavidade para a direita ou para a esquerda. A parábola deve conter o ponto (3,0), portanto, se tivesse concavidade para a esquerda, cortaria a reta x = 2 (veja a parábola vermelha da figura abaixo), o que contraria a afirmação de “que seu ponto mais próximo à reta x = 2 é (3,0)” (afinal, se ela corta a reta, existem pontos mais próximos a ela que o (3,0)). Assim, a parábola possui concavidade para a direita, como a representada em azul na figura acima. Desta forma, podemos observar que o vértice da parábola é exatamente o ponto (3, 0), pois é no vértice que o valor do x será mínimo, logo, é onde ela está mais próximo da reta x = 2 à sua esquerda. Logo, temos uma parábola da forma (y – 0)2 = 4 p (x – 3). Observe que 2p é igual à a distância entre o vértice (3, 0) e a diretriz (r: x = 1), assim 2p = 2, logo, p = 1. A parábola será dada então por (y – 0)2 = 4 � 1 (x – 3) ⇔ y2 = 4(x – 3). Questão 4 (2,5 pontos): Determine a equação e os focos da hipérbole equilátera com centro em (1,2), contendo o ponto (6, 6) e com eixos real e imaginário paralelos aos eixos coordenados. Solução: Uma hipérbole equilátera é aquela em que a = b. Assim, como seu centro é (1, 2), sua equação será (x−1)2 a2 −( y−2) 2 a2 =1 (I) ou ( y−2)2 a2 −(x−1) 2 a2 =1 (II). No caso (I), substituindo o ponto (6,6), temos (6−1)2 a2 −(6−2) 2 a2 =1 ⇔ 52 – 42 = a2 ⇔ a2 = 9 ⇔ a = 3. (Na última equivalência é usado o fato de que a > 0). No caso (II), substituindo o ponto (6,6), temos (6−2)2 a2 −(6−1) 2 a2 =1 ⇔ 42 – 52 = a2 ⇔ a2 = – 9 que é impossível. Assim, teremos, como única possibilidade, o caso (I) com a = 3: (x−1)2 32 −( y−2) 2 32 =1 Prof. Linhares e Prof. Leonardo Silvares
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