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Saneamento Rural Nos últimos anos, com as várias problemáticas ambientais que assolam o mundo, a relação entre saneamento, meio ambiente e saúde pública se estreitou. Com isso, ações como a instalação de rede coletora de esgoto nas cidades tornaram-se um fator importante para preservar a natureza e promover a saúde da população. Segundo o BNDES (1997), a implantação de uma estação de tratamento de esgotos visa a remoção dos principais poluentes presentes nas águas residuais, retornando-as ao meio receptor sem alteração de sua qualidade. O tratamento do esgoto é geralmente classificado em quatro tipos diferentes: o preliminar, o primário, o secundário e o terciário. Cada tipo de tratamento é responsável pela remoção de uma variação específica de poluentes, empregando, assim, um grau de eficiência distinto. Segundo a COPASA (2012) os tratamentos preliminar e primário objetivam a remoção de sólidos grosseiros e a remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, respectivamente. O tratamento secundário é responsável pela remoção de matéria orgânica, e eventualmente nutrientes (nitrogênio e fósforo). O tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes específicos, agentes patogênicos, ou ainda remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário. A Funasa (2012) relata, de acordo com os dados divulgados pelo censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE/2010, que pouco menos de 30 milhões de pessoas residem em localidades rurais, em aproximadamente 8,1 milhões de domicílios. Porém, menos de 6% dos domicílios estão ligados à rede de coleta de esgotos e “20,3% utilizam a fossa séptica como solução para o tratamento dos dejetos. Os demais domicílios (74%) depositam os dejetos em ‘fossas rudimentares’, lançam em cursos d´água ou diretamente no solo a céu aberto” (PNAD, 2009 apud FUNASA, 2012?). Estes dados demonstram uma situação preocupante no que diz respeito à questão de saneamento nas zonas rurais do país. Segundo Teixeira e Guilhermino (2006), a ausência destes serviços favorece a ocorrência de doenças de veiculação hídrica, como a cólera, hepatites e parasitoses intestinais, as quais eram consideradas erradicadas no início do século XX. Tais doenças, por sua vez, colaboram para a diminuição da qualidade de vida da população e para o aumento da mortalidade infantil (TEIXEIRA e HELLER, 2005). A deposição do esgoto deve ser observada com muita cautela pois este pode poluir efluentes como rios e lagos, além do risco de contaminar o solo e lençóis freáticos. O maior risco da deposição de esgoto nos rios é a eutrofização, processo que, devido a uma série de fatores bioquímicos, transforma esses reservatórios em verdadeiros esgotos a céu aberto. Eugenio Rodrigues. REFERÊNCIAS BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Tratamento de esgoto: tecnologias acessíveis. Informe Infra-Estrutura, n.16, nov. 1997. Disponível em <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecime nto/infra/g7416.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2012. COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais. Processos de Tratamento. Belo Horizonte, mai. 2012. Disponível em <http://www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=34>. Acesso em: 01 nov. 2012. FUNASA – Fundação Nacional de Saúde. Saneamento Rural. Brasília, [2012?]. Disponível em <http://www.funasa.gov.br/site/engenharia-de-saude-publica-2/saneamento-rural/>. Acesso em: 1º dez. 2012. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Brasília, 2010. In FUNASA – Fundação Nacional de Saúde. Saneamento Rural. Brasília, [2012?]. Disponível em <http://www.funasa.gov.br/site/engenharia-de-saude-publica-2/saneamento-rural/>. Acesso em: 1º dez. 2012. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Dominícios / 2009. Brasília, 2009. In FUNASA – Fundação Nacional de Saúde. Saneamento Rural. Brasília, [2012?]. Disponível em <http://www.funasa.gov.br/site/engenharia-de-saude- publica-2/saneamento-rural/>. Acesso em: 1º dez. 2012. TEIXEIRA, J. C.; GUILHERMINO, R. L. Análise da associação entre saneamento e saúde nos estados brasileiros, empregando dados secundários do banco de dados indicadores e dados básicos para a saúde 2003– IDB 2003. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 11, n. 3, Rio de Janeiro, set 2006, p. 277-282. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522006000300011&lang=pt>. Acesso em: 8 nov 2012. TEIXEIRA, J. C.; HELLER, L. Fatores ambientais associados à diarréia infantil em áreas de assentamento subnormal em Juiz de Fora, Minas Gerais. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 5, n. 4, Recife, out/dez 2005, p. 449-455. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292005000400008&lang=pt>. Acesso em: 8 nov 2012.
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