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ARTIGO ORIGINAL ISSN: 2178-7514 Vol. 8| Nº. 2 | Ano 2016 EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA E FLEXIBILIDADE EM PACIENTES COM OSTEOARTRITE DE JOELHO Effects of resistance training and stretching in patients with knee osteoarthritis Andre Serra Bley1; Jeniffer Nunes Medrado2; Cyntia Aparecida Neres Santiago2; Neide Balheira Nunes2; Rodrigo Alcorinte Hubinger2; Paulo Henrique Marchetti3,4 RESUMO Introdução: O tratamento fisioterapêutico voltado para os indivíduos com osteoartrite de joelho (OAJ) é baseado no fortalecimento e alongamento muscular visando a melhora da amplitude de movimento, estabilidade e biomecânica articular, promovendo alívio da dor e conseqüentemente melhora funcional. Objetivo: avaliar os efeitos de um protocolo de treinamento de resistência e flexibilidade dos membros inferiores na dor, rigidez e função de pacientes com OAJ. Materiais e Métodos: Foram incluídos 16 voluntários, sedentários, sendo 14 mulheres e 2 homens, com idade entre 54 e 81 anos, com diagnóstico de OAJ há mais de 2 anos, uni ou bilateral, confirmado por alterações radiográficas. Os voluntários foram submetidos a um protocolo de tratamento utilizando fortalecimento e alongamento, bilateralmente, visando a estimulação da musculatura envolvida nos movimentos articulares de quadril, joelho e tornozelo. O tratamento foi realizado 3 vezes por semana, durante 8 semanas consecutivas, totalizando 24 sessões de 60 minutos. Antes da primeira sessão e após a realização da última sessão do tratamento, foi aplicado o questionário WOMAC para OAJ por um avaliador previamente treinado, sendo o mesmo em ambas as condições. O Teste t de Student dependente foi utilizado para verificar as diferenças entre os índices para as condições de tratamento (pré e pós). Resultados: Foram verificadas diferenças significantes entre as condições pré- e pós-tratamento para os domínios avaliados pelo questionário: dor (P=0,00014), rigidez (P=0,00015) e função (P=0,00015). Conclusão: O programa de exercícios de fortalecimento e alongamento aplicados para os músculos que atravessam a articulação do quadril, joelho e tornozelo trouxeram benefícios significantes na dor, rigidez e função, em indivíduos idosos, sedentários, portadores de OAJ. Palavras-chave: osteoartrose, gonartrose, tratamento. ABSTRACT Introduction: the physiotherapeutic treatment for individuals with knee osteoarthritis (KOA) is based on muscle stretching and strengthening to improve range of motion, joint biomechanical and stability, promoting pain relief and functional improvement. Objective: to evaluate the effects of a specific protocol using lower limbs strength training and flexibility, on the pain, stiffness and function of the patients with KOA. Materials and methods: we analyzed a sedentary group, 16 volunteers (14 women and 2 men), aged 54-81 years, diagnosed with KOA or more than 2 years, uni or bilateral, confirmed by radiographic changes. The volunteers performed a treatment protocol using strength training and stretching, bilaterally, aiming at the stimulation of the muscles involved in joint movements of hip, knee and ankle. The treatment was performed 3 times a week for 8 consecutive weeks, totaling 24 sessions of 60 minutes. Before the first session and after the last treatment session, we applied the WOMAC questionnaire for KOA by an appraiser previously trained, being the same in both conditions. Student’s dependent t-test were used to check the differences between the scores to the treatment conditions (pre and post). Results: significant differences were observed between pre-and post-treatment conditions: pain (P=0.00014), stiffness (P=0.00015) and function (P=0.00015). Conclusion: the program of strength training and stretching applied to the muscles that cross the hip joint, knee and ankle have brought significant benefits in pain, stiffness and function in sedentary elderly with KOA. Keywords:osteoarthrosis, ganarthrosis, treatment. Autor de correspondência Paulo H. Marchetti Universidade Metodista de Piracicaba. Rod. do Açúcar Km 156, Bloco 7, Sala 32, 13400-911 - Piracicaba, SP – Brasil. E-mail: pmarchetti@unimep.br 1- Ciências da Reabilitação, Universidade Nove de Julho; Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 2- Universidade Nove de Julho, São Paulo, SP, Brasil. 3- Grupo de Pesquisa em Performance Humana, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Movimento Humano, UNIMEP, Piracicaba, SP, Brasil. 4- Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Medicina, USP, São Paulo, Brasil. Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 2 1. INTRODUÇÃO A osteoartrite do joelho (OAJ) é uma das mais comuns afecções musculoesqueléticas que causa dor e incapacidade funcional em idosos(1, 2). Acredita-se que a AOJ seja desenvolvida devido a alterações intrínsecas do tecido articular, decorrentes de fatores genéticos, hormonais, ósseos, mecânicos e metabólicos (3-5). Durante a evolução da OAJ, ocorre a formação de fissuras e fragmentações na cartilagem articular, deixando o osso subcondral exposto, provocando dor, limitação de movimentos, crepitação, diminuição da viscosidade do líquido sinovial e rigidez matinal. Na avaliação radiográfica são observadas diminuição do espaço articular, presença de osteófitos, esclerose óssea subcondral, formação de cistos subcondrais e possíveis deformações em valgo ou varo do joelho(5, 6). A dor normalmente surge durante o movimento e é aliviada no repouso. Em estágios mais avançados, pode surgir durante o repouso e como conseqüência da restrição de mobilidade articular há diminuição da força muscular e da flexibilidade, promovendo restrições funcionais na marcha e menor estabilidade articular. A dor e edema podem acarretar inibição reflexa do quadríceps, contribuindo com o declínio da força e da funcionalidade dos membros inferiores, além de favorecer o processo de degradação(7, 8). O tratamento fisioterapêutico é baseado no fortalecimento e alongamento muscular visando a melhora da amplitude de movimento, estabilidade e biomecânica articular, promovendo alívio da dor e consequentemente melhora funcional(1, 2, 5, 6, 9). O fortalecimento do músculo quadríceps femoral(10, 11) e também associado ao fortalecimento dos músculos do quadril (12-18) têm demonstrado serem eficientes na redução da dor e melhora da função de indivíduos com OAJ. A flexibilidade pode ser trabalhada nestes indivíduos em virtude de seu efeito na melhora da capacidade funcional e rigidez articular (5, 19). Assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos de um protocolo de treinamento de força e flexibilidade dos membros inferiores na dor e função de pacientes com OAJ. 2. MÉTODOS Trata-se de um estudo longitudinal desenvolvido na Clínica de Fisioterapia na Universidade Nove de Julho. Sujeitos Foram incluídos 16 voluntários, sedentários, sendo 14 mulheres e 2 homens (idade: Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 3 66±7 anos, Índice de Massa Corporal (IMC): 32,42±7,21), com diagnóstico de OA do joelho há mais de 2 anos, uni ou bilateral, confirmado por alterações radiográficas. Foram excluídos do estudo todos os voluntários que não atendiam as características descritas anteriormente ou com história de cirurgia prévia associada aos membros inferiores, doenças cardiovasculares que impossibilitassem a realização dos exercícios, incapacidade de deambular ou que não aceitassem os termos de participação no estudo. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da instituição seguindo a resolução 196/96 (parecer nº 379881). Todos pacientesincluídos na pesquisa concordaram com o estudo e assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido. Procedimentos Todos os voluntários foram submetidos a uma ficha de avaliação inicial, a qual consistiu da coleta de dados pessoais, data do diagnóstico inicial de OA do joelho e confirmação das alterações osteodegenerativas nas imagens radiográficas. Os sujeitos foram submetidos a um protocolo de tratamento realizado 3 vezes por semana, durante 8 semanas consecutivas, totalizando 24 sessões de 60 minutos cada. Antes de iniciar a primeira sessão e após a realização da última sessão do tratamento, foi aplicado o questionário do índice de WOMAC (20) para OA por um avaliador previamente treinado, sendo o mesmo em ambas as condições. Então, todos os pacientes foram submetidos aos mesmos exercícios de fortalecimento (com duração de 40 minutos) e em seguida aos de alongamento (com duração de 20 minutos), bilateralmente, visando a estimulação da musculatura envolvida nos movimentos articulares de quadril, joelho e tornozelo. O mesmo terapeuta realizou o protocolo de tratamento e avaliação em todos os pacientes analisados. O treinamento de força visou a estimulação de todos os grupos musculares do complexo articular do quadril, e foi realizado com sobrecarga na região distal da perna. O voluntário foi instruído a realizar elevações com a perna retificada (EPR), sendo que para os flexores de quadril a tarefa ocorreu em decúbito dorsal (DD), extensores de quadril em decúbito ventral (DV), abdutores e adutores de quadril em decúbito lateral (DL), sendo que para os adutores o membro inferior de cima foi posicionado a frente para não impedir o movimento. Com o voluntário em posição ortostática, e a sobrecarga posicionada na região distal da perna, o fortalecimento dos isquiotibiais foi padronizado realizando flexão do joelho e para o tríceps sural realizando flexões plantares. Para o fortalecimento do quadríceps femoral, a tarefa foi realizada em cadeia cinética fechada (CCF), com o voluntário em posição ortostática apoiado de costas para a parede, realizando flexão de 45° dos joelhos. Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 4 Para o tríceps sural e quadríceps femoral a tarefa ocorreu simultaneamente entre os membros inferiores, evoluindo para unilateral alternado entre os membros de acordo com a evolução da sobrecarga de cada paciente, na ocorrência de dor nos joelhos durante a tarefa proposta para o quadríceps femoral, o exercício foi realizado de forma isométrica em 45° de flexão dos joelhos com auxílio do terapeuta para flexionar e estender o joelho. A carga utilizada para o trabalho de fortalecimento foi definida conforme a tolerância do voluntário em executar 3 séries entre 15 e 20 repetições com intervalo entre séries de 60 segundos, por 3 vezes para cada grupo muscular (21). Semanalmente a sobrecarga foi readequada conforme a evolução do grau de força muscular, através do teste de repetições máximas (21, 22). O protocolo de alongamento passivo proposto foi realizado imediatamente após as tarefas de fortalecimento, para os mesmo grupos musculares, de forma passiva, bilateral e alternada. Para o alongamento dos flexores de quadril o paciente foi posicionado em DD na borda da maca, um quadril foi flexionado e estabilizado, então o terapeuta realizou a extensão do quadril contralateral, o mesmo posicionamento foi utilizado para alongar o quadríceps através da flexão do joelho. Com o paciente em DD o terapeuta manteve o joelho em máxima extensão e lentamente flexionou o quadril para alongamento dos isquiotibiais e numa menor amplitude de flexão do quadril, o terapeuta realizou uma dorsiflexão para o alongamento do tríceps sural. Para os adutores do quadril, com paciente em DD, os joelhos flexionados em torno de 90° e tornozelos unidos, o terapeuta realizou uma abdução bilateral dos quadris e para o alongamento dos abdutores do quadril, com o paciente em DL na borda da maca, o membro inferior foi estendido e aduzido pelo terapeuta. O protocolo de alongamento foi composto por 3 séries de 30 segundos, com intervalo de 15 segundos, de forma a atingir uma amplitude máxima e confortável de estiramento muscular. O questionário WOMAC para OAJ consta de perguntas sobre dor (5), rigidez (2) e atividade física/ função (17), pontuando cada questão com valores entre 0 a 4, sendo que cada valor se relaciona a condições: (0) nenhuma, (1) pouca, (2) moderada, (3) intensa ou (4) muito intensa (20). A menor pontuação atingida para cada quesito avaliado é zero e a maior é de 20 para dor, 8 para rigidez e 68 para função. A pontuação (índice) foi obtida nas condições pré e pós- tratamento por todos os pacientes testados. Análise Estatística A análise estatística descritiva envolveu medidas de tendência central e variabilidade. Todos os dados foram reportados através da média e desvio padrão (DP) da média. A normalidade e homogeneidade das variâncias foram verificadas através do teste de Shapiro-Wilk e Lenene, respectivamente. O Teste t de Student dependente foi utilizado para verificar as diferenças entre os índices para as condições de tratamento (pré e pós). Uma significância (α) de 5% foi utilizado através do software SPSS versão 15.0. Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 5 3. RESULTADOS As médias e desvios padrão dos índices analisados através do questionário Womac, nas condições de pré e pós-intervenção, são apresentados na Figura 1. Foram verificadas diferenças significativas para os domínios avaliados pelo questionário: dor (P=0,00014), rigidez (P=0,00015) e função (P=0,00015). Figura 1. Média e desvio padrão dos índices do Questionário Womac para os domínios de dor, rigidez e função nas condições de pré e pós- intervenção. * Diferença significativa entre condições (P<0,001). 4. DISCUSSÃO O presente estudo teve por objetivo realizar uma análise dos efeitos de um protocolo específico de tratamento utilizando o treinamento de força e flexibilidade de membros inferiores, através da aplicação do questionário de WOMAC em pacientes portadores de OAJ. Os resultados deste estudo demonstraram que um programa de exercícios baseados no fortalecimento e alongamento das estruturas musculares (quadril, joelho e tornozelo) dos membros inferiores em indivíduos idosos, sedentários, portadores de OAJ pode melhorar significativamente a dor, rigidez e função. Segundo Alencar et al. (23) o envelhecimento normalmente está associado ao surgimento de doenças crônico-degenerativas, sendo a OAJ a mais prevalente. Uma das consequências desta doença é a diminuição da força muscular, dor, diminuição das amplitudes de movimento e da redução da capacidade funcional em toda região acometida. Somam-se a tais consequências, as alterações no sistema musculoesquelético, próprias do processo de envelhecimento, como a sarcopenia (8, 9). A fraqueza muscular proporciona um maior risco de quedas, dor e declínio funcional, como maior dificuldade para realizar atividades funcionais(24). A diminuição de força muscular diminui a estabilidade da articulação envolvida favorecendo o processo de desgaste, dor e diminuição da função (25, 26). Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 6 Sendo assim, um programa de tratamento baseado no fortalecimento muscular pode auxiliar na estabilidade da articulação, diminuindo as zonasde estresse e contribuindo para minimizar a dor e incapacidade funcional (27-29). Além disso, o fortalecimento dos músculos de membros inferiores auxilia na redução do processo de sarcopenia e aumento da força, garantindo um estilo de vida mais ativo, melhorando a saúde, bem-estar, capacidade funcional e qualidade de vida de pessoas com OAJ. Indivíduos com OAJ constantemente apresentam fraqueza no músculo quadríceps femoral, com déficit entre 20-45% quando comparados com controles de mesmo gênero e idade(30, 31). Tal fraqueza é clinicamente importante pois aumenta ataxa de carga nos joelhos(32), dor(33), contribui para redução da cartilagem femoropatelar (33) ou redução do espaço femorotibial (34). Existem muitas causas para a fraqueza do quadríceps, no entanto a inibição muscular artrogênica (IMA) deve contribuir para este declínio na força, pois baseado em mecanismos de inibição neural evita a máxima ativação do quadríceps femoral, podendo causar atrofia ou déficit funcionais(30). O treinamento de força realizado em pacientes com OAJ pode auxiliar na redução do IMA (7, 35). Recentes revisões apontam para os exercícios de treinamento de força como uma alternativa eficiente na melhora da condição clínica de pacientes com OAJ (36-38). Dessa forma, diferentes estudos obtiveram melhoras na função com o treinamento de força para membros inferiores (16, 28, 31, 39, 40) e dor (29, 31, 32) em pacientes com OAJ. Entretanto, um fator fundamental que deve ser considerado durante as intervenções é a sobrecarga aplicada durante o tratamento de força. Dentre os estudos citados, a sobrecarga empregada para o fortalecimento muscular de pacientes com OAJ foram definidas com base em um percentual do teste de carga máxima (1RM ou contração voluntária máxima dinâmica), entretanto sabe-se que tal avaliação (1RM) não é viável ou mesmo segura durante sua aplicação clínica em virtude de sua alta intensidade, ao contrário do teste de repetições máximas (TRM) o qual respeita o nível de força e condição física do paciente , assim como se ajusta ao objetivo e tempo de adaptação do protocolo de tratamento em relação ao número de repetições executadas (21, 22). Nosso estudo apresentou bons resultados com o uso do TRM, com boa aceitação dos pacientes durante a evolução das cargas durante o protocolo proposto. Grande parte das revisões, não apontam o treinamento de flexibilidade como um método de tratamento eficiente para a melhorar das condições funcionais dos pacientes com OAJ. Entretanto, a Osteoarthritis Research Society International preconiza o tratamento não farmacológico para pacientes com OAJ, encorajando exercícios aeróbio, de força e flexibilidade(41). Pelland et al. (42) e Weng et al. (13) relatam que o programa de tratamento para pacientes com OAJ pode ser otimizado quando se associa o trabalho de fortalecimento com a flexibilidade, visando a melhora da dor e função física. Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 7 A OAJ é uma condição que afeta além da força, a amplitude de movimento(43) e função. Pessoas com OAJ apresentam reduções na ADM tanto da flexão quanto extensão de joelho, podendo ser decorrente das lesões na cartilagem articular, como forma de se evitar a dor, por perda de extensibilidade capsular ao redor da articulação ou também pela falta de extensibilidade dos músculos que cruzam a articulação (39, 44). O estudo de Reid et al. (44) comparou o efeito da intervenção aguda do alongamento na ADM, torque resistivo e rigidez de sujeitos com e sem OAJ. Foi observado um aumento em todas as variáveis analisadas após a intervenção de alongamento para ambos os grupos. Para o grupo com OAJ, o estudo mostrou aumento na rigidez após o alongamento. O estudo de Magnusson et al. (45) corrobora tais resultados mostrando aumento da ADM e rigidez em intervenções de longa duração de flexibilidade. Tais resultados podem ser relacionados à menor complacência dos tecidos periarticulares em sujeitos com OAJ(44), ou uma alterada ativação muscular dos isquiotibiais atuando de forma protetora do movimento e produzindo maior resistência a ADM. Dessa forma, o trabalho com flexibilidade ainda carece de melhores investigações e os resultados do presente estudo não podem ser atribuídos ao protocolo de flexibilidade, uma vez que o treinamento de força aplicado pode ter tido uma contribuição decisiva na melhora dos pacientes. Estudos futuros devem ser realizados, com grupos controle no intuito de se averiguar a influência da flexibilidade dos resultados obtidos neste estudo, além disso, o número de pacientes da amostra pode estar associado a um erro do tipo II, sendo assim, os resultados devem ser interpretados com cautela. 5. CONCLUSÃO O programa de exercícios de fortalecimento e alongamento aplicados para os músculos que atravessam a articulação do quadril, joelho e tornozelo trouxeram benefícios significantes na dor, rigidez e função, em indivíduos idosos, sedentários, portadores de OAJ. 6. REFERENCIAS 1. Iwamoto J, Sato Y, Takeda T, Matsumoto H. Effectiveness of exercise for osteoarthritis of the knee: A review of the literature. World J Orthop. 2011;2(5):37-42. 2. Zhang W, Moskowitz RW, Nuki G, Abramson S, Altman RD, Arden N, et al. OARSI recommendations for the management of hip and knee osteoarthritis, Part II: OARSI evidence-based, expert consensus guidelines. Osteoarthritis Cartilage. 2008;16(2):137-62. 3. Facci LM, Marquete R, Coelho KC. Fisioterapia Aquática no tratamento da osteoartrite: Série de casos. Rev Fisio Mov. 2007;20(1):17-27. 4. Rezende MV, Hernandez AJ, Camanho GL, Amatuzzi MM. Cartilagem articular e osteoartrite. Acta Ort Bras. 2000;8(2):100-4. 5. Casper J, Berg K. 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Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 10 The patient was to execute the proposed tasks wearing a glove in the non-paretic limb, built with a resting splint attached to a sling in order to avoid any movements. The glove was also worn by the patient at his home nearly 90% of his/her wake time, during 14 days. Outcomes show CIT led to a corticospinal excitability decrease in the non-injured hemisphere. For the tDCS in both hemispheres group, there was noticed transcallosal inhibition increase and corticospinal excitability increase at the injured hemisphere. Rocha et al.,9 oriented their patients for the use of the glove 6h/day, during four weeks, as they received intensive training for fine and gross motor function 1h/day, thrice a week. Their study subjects sample was divided into three groups: Anodic and CITm; Cathodic and CITm; and CITm. They concluded motor gains were larger when CITm have had been associated to Anodic tDCS. Lee et al.,8 divided a subjects sample into three groups. The objective was to assess separately the effects of Cathodic tDCS, VR, and both simultaneously over 15 sessions of 30min each, 5days/ week. The paretic limb wore a glove able to transmit the movements performed by the patient to the virtual system, enabling him/her tosee his/her movements in real time, promoting motivation through the virtual environment during the games proposed by the physical therapist. They concluded that when used separately, VR seemed to be more efficient as a treatment, although when associated simultaneously there were noticed even more significant differences, showing both techniques together shall be a useful method to improve motor recovery. Studies show that VR games technology allows patients to interact with a virtual environment through a movement screening system, sensors and wireless control. Also, recreational game encourageing movements may improve motor function. Viana et al.,7 besides VR, utilized the stretching of the limb thrice a week for five weeks, and divided their subjects sample into two groups, both performing Nintendo Wii Gaming System therapy, and one of them performing only tDCS treatment. Both groups presented gains in all assessed areas, except for the SSQOL-UL scale. Significant differences were reported only concerning wrist spasticity. Ochi et al.,6 also noticed spasticity improvement with the use of robotic therapy combined to Cathodic tDCS for right hemisphere injuries, and a significant FMUL and MAS improvement. Their protocol consisted in a Bi- Manu-Track Robotic Arm Trainer, which performed pronation/supination and curl/extension passive and active-assisted movements. Giacobbe et al.,5 also opted for Robotic Therapy with InMotion3 Robot, able to perform wrist movements in radioulnar deviation and curl/ extension, besides passive stretching under curl/ extension before every session. During therapy, the robot provided active mobilization, and the patient had a visual feedback of the aimed target. After their assessments, there was observed an improvement in the motor performance only when tDCS was applied previously the robotic therapy. Efeitos do treinamento de força e flexibilidade em pacientes com osteoartrite de joelho Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.8| Nº. 2 | Ano 2016| p. 11 5. CONCLUSION All of the articles reported improvement of the motor control when the addressed techniques of physical therapy have had been applied isolated in placebo groups, pointing out the diverse physical therapy techniques are indispensable in the post stroke treatment. When the authors associated tDCS to another physical therapy technique, patients presented even more significant improvement, showing that such association provides motor response improvements. The articles poorly described the adopted physical therapy protocols, focusing mostly on tDCS application protocols. 6. REFERENCES 1. Lindenberg, R., Renga V., Zhu, L.L., Nair D., Schlaug, G. Bihemispheric brain stimulation facilitates motor recovery in chronic stroke patients Neurology. 2010;75(24):2176-84 2. Bolognini, N., Vallar G., Casati C., Latif LA., El-Nazer R., Williams J., Banco E., Macea DD., Tesio L., Chessa C., Fregni F. Neurophysiological and Behavioral Effects of tDCS Combined With Constraint Induced Movement Therapy in Poststroke Patients Neurorehabilitation and Neural Repair. 2011;25(9):819–829 3. Lindenberg, R., Renga V., Zhu, L.L., Nair D., Schlaug, G. 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