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Farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) Inflamação Apresentam 5 sinais, sendo eles calor, rubor, inchaço, dor, perda de função. O nosso organismo reconhecem sinis de perigo, através das células imunes, presentes em todos os tecidos do corpo (células sentinelas). Essas células sentinelas, têm alguns receptores que reconhecem padrões, então lesões de célula ao redor do tecido, patógenos que invadem o tecido, pedaços de DNA e de organelas no tecido, são reconhecidos como padrões de perigo. Essas células reconhecem, e desenvolvem uma resposta inflamatória como resposta a esse padrão, que desenvolve assim: A célula fica ativa e libera então os mediadores inflamatórios, que são responsáveis pelos sinais cardinais da inflamação. Principais mediadores: ↪Histamina: vasodilatadora, extravasamento de plasma que acarreta o aparecimento de edemas, vermelhidão, coceira … ↪Serotonina: ação vasodilatadora e de aumento da permeabilidade vascular. ↪Bradicinina: ação vasodilatadora, de aumento da permeabilidade vascular e hiperalgésica.→Ela contribui para o processo de dor (algesia) ↪Óxido nítrico: ação vasodilatadora, citotóxica, hiperalgésica.. ↪Citocinas: regular a migração celular e a duração e intensidade das respostas imunes mediadas por células → importante para a chegada dos leucócitos até o lugar que teve a lesão/reconhecimento do sinal de perigo das células sentinelas. ↪Fator agregante Plaquetário (PAF): migração e ativação celular, produção de mediadores inflamatórios. ↪Eicosanóides ( Leucotrienos e prostaglandinas) Síntese Eicosanóides Os Eicosanóides são produzidos a partir dos fosfolípides da membrana, durante o processo de inflamação a Fosfolipase A2 é ativada e ela quebra os fosfolípides da membrana em ácido araquidônico → que pode sofrer ação de uma enzima que chama ciclooxigenase(COX) transforma o ácido em→ prostaglandinas Cada uma delas tem uma função→ no nosso organismo. Esses mediadores produzidos a partir da COX são chamados de prostanóides (dentro da grande classe eicosanóide). E eles têm funções diferentes no nosso organismo, a sua produção varia nos diferentes tipos celulares. Esse ácido araquidônico também pode ser metabolizado por outros tipos de enzima, como por exemplo a 5-lipolixigenase que transforma o ácido→ araquidônico em leucontrienos funções na→ homeostase e na inflamação. Farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) Nesse quadro, mostra as funções dos prostanóides e leucotrienos. Os dois juntos são chamados eicosanoide. Mecanismo de ação dos AINEs Prostanóides: produtos formados a partir do ácido araquidônico que sofreu ação da COX. Os anti-inflamatórios não esteroidais inibem a ação da COX → inibem a formação desses prostanóides. Qual a importância das prostaglandinas nos sinais da inflamação e o efeito da inibição dessas pelos AINEs? A imagem de cima representa uma circulação de um tecido no seu estado homeostático e em baixo no seu processo inflamatório. Na imagem, vemos a ação das aminas dilatadoras (bradicinina e histamina e óxido nítrico) → aumento do fluxo sanguíneo no local. Porém, na presença das prostaglandinas existe um sinergismo de adição, então ocorre uma acentuação dessa resposta de vasodilatação que somando, leva aos sinais cardinais de calor e rubor. Ao usar os anti-inflamatórios não esteroidais não haverá produção das prostaglandinas → → inibição do sinergismo de adição resposta→ vasodilatadora perde a sua potência. Vaso na sua condição homeostática → plasma, proteínas plasmáticas dentro do vaso. Pressão hidrostática faz com que a água queira deixar o vaso e ir para os tecidos, porém as proteínas plasmáticas são negativas e atraem a água para o interior do vaso mantendo a homeostase. O aumento de volume do plasma → aumento da pressão hidrostática edema→ transudato extravasamento de plasma do vaso para o tecido). Durante o processo inflamatório não há o edema do tipo transudato e sim do exsudato. Edema exsudato aumento da→ permeabilidade do vaso extravasamento do liquido→ e das proteínas plasmáticas ambiente extracelular→ fica negativo e atrai mais água intensificação do→ edema. Farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) As aminas vasoativas participam do processo de aumento da permeabilidade do vaso, que leva ao extravasamento do fluxo sanguíneo das proteínas plasmáticas para o interstício. Porem as prostaglandinas fazem o sinergismo de adição nesse processo. Quando utiliza-se o anti-inflamatório não esteroidal sinergismo de adição interrompido → → redução do sinal cardinal tumor. Então já reduziu o calor, o rubor e o tumor utilizando AINEs. aumento da temperatura, dano físico no tecido, ou um dano feito por um ácido no tecido, ou mudanças bruscas da temperatura (queimadura) → produção de mediadores inflamatórios sensibilizam→ as terminações nervosas livres uma vez→ sensibilizada, essas terminações conduzem essa sensação de ativação do Nociceptor até o SNC → são interpretadas como respostas dolorosas. A bradicinina e a histamina são aminas que conseguem sensibilizar os nossos nociceptores → em sinergismo produzem uma intensidade de sinal suficiente para produzir uma resposta dolorosa. Quando se tem bradicinina, histamina e prostaglandina agindo juntas há uma resposta dolorosa significativa, que leva a perda da função.. Ao utilizar AINEs, há uma diminuição a ação cinergica da prostaglandina no processo doloroso, e a dor diminui. O processo inflamatório gera dor, se você toma um AINEs (dipirona, ibuprofeno) a dor não desaparece, mas diminui significativamente. Efeito analgésico: Bradicinina, interage no receptor de bradicinina que está na terminação nervosa livre . Farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) Bradicinina →Receptor GQ ativa fosfolipase C → → aumento de IP3 no interior do neurônio abre o→ estoque de cálcio da célula aumento do cálcio→ intracelular ativa a fosfolipase A2 quebra→ → fosfolípides da membrana formação do acido→ araquidônico formação das prostaglandinas → → liberadas em torno da terminação nervosa age→ nos seus receptores tipo Gs ativação adenilase→ ciclase formação AMP cíclico aumento da→ → sensibilização do nociceptor somado ao estímulo→ do aumento de cálcio, permite que esse estímulo cheque até o SNC e é interpretado como uma resposta dolorosa. Quando é utilizado um AINEs, é interrompida essa via da COX, que deixa meu estímulo fraco para chegar o SNC e ser reconhecido como dor. E Efeito Analgésico do AINEs: Cefaléia é uma dor gerada na região da cabeça que é uma dor por compressão. Prostaglandina E2 causa vasodilatação → compressão dos botões sensitivos que estão no entorno → causando dor no estilo de compressão. Se você utiliza um AINEs → inibe ação da prostaglandina E2 → diminui o efeito vasodilatador → alívio da dor causada por compressão ocasionada pela cefaleia Quem faz a termorregulação é o hipotálamo. Se você tem um quadro de hipotermia a termogênese vai ser ativada; se o contrário acontece e tem hipertermia, os mecanismos de termólise são ativados. Fisiopatologia da febre No processo de inflamação, quando tem um patógeno/toxinas liberadas na circulação → interpretados como sinal de perigo → macrófago entra em contato com essa substância e libera mediadores inflamatórios (Citocinas inflamatórias → IL- 1b) → ativa a COX no hipotálamo → produz prostaglandinas → desregulação do termostato para uma temperatura superior ao da homeostase→ mecanismo de termolise desligado → corpo passa a funcionar como tendo a temperatura 39° Quando então utiliza-se um AINEs : Farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) O AINE inibea COX, quebrando esse ciclo.
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