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Farmacologia da inflamação - mediadores químicos

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Farmacologia - Aula 5 - Golan/Goodman e Gilman - Larissa Primo
Fisiopatologia da inflamação
A fase aguda do processo inflamatório ocorre inicialmente pela alteração da permeabilidade da parede dos vasos que pode ser subclínica 
(processo de resolução e eliminação do agente fisiológico sem ativação do sistema imunológico) ou subcrônica (não resolução, levando a 
cronificação e podendo causar perda de função).O processo inflamatório também está correlacionado com outros dois eventos fisiológicos:
Febre e Dor (com a participação dos mediadores químicos pro-inflamatórios que provocam alteração endotelial favorecendo a migração 
fagocitária principalmente os neutrófilos que são os primeiros a aparecer, os quais atraem mais mediadores químicos contribuindo para o 
processo de resolução da inflamação. Essa resolução é fundamental para não haver lesões nos tecidos e consigam se regenerar, pois na 
tentativa de defesa há a produção de radicais livres que tem atividade antimicrobiana. Os mediadores químicos além de serem fundamentais 
na fase inicial e manterem a inflamação, são algogênicos, ou seja, capazes de induzir a dor, como por exemplo os derivados do metabolismo 
do ác.araquidônico e das cininas endógenas. Essas substancias agem sobre nossas terminações nervosas: os nociceptores, os quais tem seu 
limiar reduzido na presença destas substâncias, causando a despolarização dos nociceptores devido ao potencial transmembrana ter sido 
modificado, os quais mais facilmente irão carregar os estímulos de dor para o córtex cerebral. Os derivados do metabolismo do ác.araquidônico 
e algumas cininas são pró-inflamatórias, algogênicas e pirogênicas(pirese, capazes de induzir febre), por isso geralmente os anti-inflamatórios 
atuam diminuindo a temperatura e são analgésicos. Inicialmente o processo inflamatório aumenta a biossíntese de substancias pró-
inflamatórias e posteriormente anti-inflamatórias para que dessa forma, consiga manter o equilíbrio no organismo.
Derivados do metabolismo do ácido araquidônico1.
Bradicininas e cininas correlatas2.
Existem dois principais grupos de mediadores químicos do processo inflamatório:
Derivados do metabolismo do ácido araquidônico interferem no processo inflamatório através de duas vias: lipo-oxigenases e 
ciclo-oxigenases ( são enzimas).
Metabolismo do ác. Araquidônico❖
Os eicosanóides estão criticamente envolvidos em diversas vias metabólicas, que desempenham funções diversificadas 
na inflamação e sinalização celular. Todas essas vias dependem de reações que envolvem o metabolismo do ácido 
araquidônico. O ácido araquidônico, o precursor comum dos eicosanóides, deve ser biossintetizado a partir do precursor 
de ácido graxo essencial, o ácido linoléico, que só pode ser obtido a partir da dieta. No interior da célula, o ácido 
araquidônico não ocorre na forma de ácido graxo livre. O ácido araquidônico é liberado dos fosfolipídios celulares pela 
enzima fosfolipase A2, que hidrolisa a ligação acil éster. Essa reação importante, que representa a primeira etapa na 
cascata do ácido araquidônico, constitui a etapa que determina a velocidade global no processo de geração dos 
eicosanóides. 
Via da ciclooxigenase➢
O ácido araquidônico intracelular não-esterificado é rapidamente convertido pelas enzimas ciclooxigenase, lipoxigenase 
ou epoxigenase do citocromo. A via da ciclooxigenase leva à formação de prostaglandinas, prostaciclina e tromboxanos. 
liberando assim, o ácido araquidônico que ira passar pela via da ciclo ou lipo oxigenases. Uma vez submetido a via das 
ciclooxigenases irá dar origem a intermediários os quais tem curto tempo de meia vida, e biologicamente instáveis
formando endoperóxidos ciclicos (PGG2 E PGH2) que são altamente instáveis que dependendo da célula em questão , 
serão transformados em diferentes produtos, pois cada depende da expressão gênica de cada célula. Nas plaquetas, 
haverá a transformação de endoperóxidos cíclicos em tromboxano A2 (TXA2 é um grande agregante plaquetário e 
vasoconstrictor) produzidos exclusivamente nas plaquetas pois, elas possuem a enzima tromboxano sintetase. As células 
endotelias expressam a enzima prostaglandina ou prostaciclina sintetase, dando origem ao PGX e PGI2( as
quais são anti agragante plaquetárias e vasodilatadoras). Já em outras células como mastócitos, macrófagos, linfócitos 
existem as isomerases, que darão origem a PGE2(importante papel na dor edema, febre e eritema, aumenta 
Visão geral das vias do ácido araquidônico.
A fosfolipase A2 atua sobre os fosfolipídios fosfatidilcolina (PC), 
fosfatidiletanolamina (PE) e fosfatidilinositol (PI), liberando ácido 
araquidônico. A seguir, o ácido araquidônico não-esterificado é 
utilizado como substrato para as vias da ciclooxigenase, 
lipoxigenase e epoxigenase. As vias da ciclooxigenase 
produzem prostaglandinas, prostaciclina e tromboxano. As vias da 
lipoxigenase produzem leucotrienos e lipoxinas. A via da 
epoxigenase produz ácidos epoxieicosatetraenóicos (EET). A 
peroxidação não-enzimática do ácido araquidônico também pode 
produzir isoprostanos. A fosfolipase A2 cliva a ligação éster 
indicada pela seta, liberando ácido araquidônico.
Farmacologia da inflamação - mediadores químicos
 Página 1 de Prova 1 
existem as isomerases, que darão origem a PGE2(importante papel na dor edema, febre e eritema, aumenta 
vasodilatação e permeabilidade vascular) e PGF2-alfa (no útero gera a contração uterina causando a dismenorreia e 
contração uterina do parto, e pulmão provocando broncoconstricção). OBS: PGF2-alfa é utilizado como abortivo. Essas 
ações opostas entre metabólitos do ác.araquidônico são fundamentais a manutenção do tônus vascular e fluidez do 
sangue, quando há um desequilíbrio entre tromboxano A2 e prostaciclinas pode ocorrer acidentes cardiovasculares, 
infarto do miocárdio e tromboembolias, produção de trombos e derrames. São chamados mediadores farmacológicos, da 
inflamação e autacoide, ou hormônios locais, porque são biossintetizaveis e liberados no mesmo lugar ou próximo ao 
local de origem/sintese. Os derivados do metabolismo do ácido araquidônico provenientes da vias da ciclo oxigenases 
são chamados de prostanoides. As ciclooxigenases (também conhecidas como prostaglandina H sintases) são enzimas 
glicosiladas, homodiméricas, ligadas à membrana e que contêm heme, sendo ubíquas nas células animais, desde 
invertebrados até os seres humanos. Nos seres humanos, são encontradas duas isoformas da ciclooxigenase, 
designadas como COX-1 e COX-2. Em conseqüência das diferenças na sua localização celular, perfil de regulação, 
expressão nos tecidos e exigência de substrato, a COX-1 e a COX-2 produzem, em última análise, diferentes conjuntos 
de produtos eicosanóides, que estão envolvidos em duas vias diferentes. Acredita-se que a COX-1 constitutivamente 
expressa atue em atividades fisiológicas ou de “manutenção”, como homeostasia vascular, manutenção do fluxo 
sangüíneo renal e gastrintestinal, função renal, proliferação da mucosa intestinal, função plaquetária e antitrombogênese. 
Diversas funções especializadas ou “convocadas quando necessário” são atribuídas à enzima COX2 induzível, incluindo 
funções na inflamação, febre, dor, transdução de estímulos dolorosos na medula espinal, mitogênese (particularmente 
no epitélio gastrintestinal), adaptação renal a estresses, deposição de osso trabecular, ovulação, placentação e 
contrações uterinas no trabalho de parto. 
Prostaglandinas▪
As prostaglandinas formam uma grande família de compostos estruturalmente semelhantes, tendo, cada um deles, ações 
biológicas poderosas e específicas. O nome da família provém de sua identificação inicial no sistema geniturinário de 
machos de carneiro. Todas as prostaglandinas compartilham uma estrutura química, denominada prostanóide, que 
consiste em um ácido carboxílico de 20 carbonos contendo um anel de ciclopentano e um grupo hidroxil. As 
prostaglandinas são divididas em três subséries principais: PG1, PG2 e PG3. O algarismo subscrito indica o númerode 
ligações duplas existentes na molécula. A série de PG2 é a mais prevalente, visto que constituem derivados diretos do 
ácido araquidônico, um ácido eicosatetraenóico. A PGE2 também está envolvida na ativação das células inflamatórias, e 
a PGE2 que é biossintetizada pela COX-2 e PGE2 sintase em células situadas próximo ao hipotálamo parece 
desempenhar um papel na febre.
Tromboxano e Prostaciclina ▪
As plaquetas expressam altos níveis da enzima tromboxano sintase, mas não possuem prostaciclina sintase. Por 
conseguinte, o TxA2 constitui o principal produto eicosanóide das plaquetas. O TxA2 possui meia-vida de apenas 10 a 20 
segundos antes de sofrer hidrólise não-enzimática a TxB2 inativo. O TxA2, cuja sinalização ocorre através de um 
mecanismo Gq acoplado à proteína G que atravessa sete vezes a membrana, é um potente vasoconstritor e promotor da 
aderência e agregação plaquetárias. a PGI2 é um antagonista fisiológico do TxA2. As propriedades vasodilatadoras da 
PGI2, assim como aquelas da PGE2, também conferem propriedades citoprotetoras, em que determinados órgãos, como 
a mucosa gástrica, o miocárdio e o parênquima renal, são protegidos dos efeitos da isquemia pela vasodilatação e 
regulação do fluxo sangüíneo mediadas pela PGE2. O TxA2 é um vasoconstritor e ativador plaquetário relativamente 
mais potente do que a PGI2 como vasodilatadora e inibidora das plaquetas. Por conseguinte, o equilíbrio local entre os 
níveis de TxA2 e PGI2 é crítico na regulação da pressão arterial sistêmica e trombogênese. 
Biossíntese, função e inibição farmacológica das prostaglandinas▪
 Página 2 de Prova 1 
▪
Funções fisiológicas exercidas pelos mediadores, ou seja não relacionada com o processo inflamatório:▪
-TXA2: agregação plaquetário, vasoconstrictor (importante pra coagulação sanguínea, pra fazer o tampão plaquetário)
-PGE2 e PGI2: Mantém a integridade da mucosa intestinal consideradas citoprotetoras da mucosa (a mucosa depende 
do equilíbrio entre fatores de proteção e de agressão). Provocam a diminuição na produção de ácido clorídrico, 
vasodilatadoras, aumentam a produção de muco. Em situações normais, células da mucosa gástrica, células parietais, 
produzem as prostaglandinas para manter a integridade da mucosa.
-PGF2 e Leucotrienos da série C e D e TXA2 ( Em termo de musculatura lisa) são potentes broncoconstrictores. No 
pulmão existe um maquinário rápido que imediatamente metaboliza as prostaglandinas derivados sintéticos devem ser 
resistentes a esse metabolismo pulmonar, mas até agora ainda não se chegou a ter compostos sintéticos que pudessem 
fazer isso.
-Prostaciclinas: Produzidas pelas cel. Endoteliais tem ação vasodilatadora e antiagregante plaquetaria. No rim as 
prostaglandinas da série E2 e prostaciclina vasodilatadora tem ação fundamental para contrapor a angiotensina e 
noradrenalina. Para manter a função renal adequada.
-Útero: PGE e PGF2-alfa juntamente com a ocitocina contribui para expulsão do feto, nos estágios finais do parto. 
-PGE2: Indução de febre e também hiperalgesia.
OBS: Há problemas quando existe, tanto o excesso (artrite crônica e câncer) quanto a deficiência de TXA2, 
Prostaciclina e PGE pode provocar arteriosclerose e isquemia cardíaca e das extremidades na produção de 
prostaglandinas.Todos os derivados do metabolismo do acido araquidônico exercem sua função fisiológica ou 
farmacológico pela interação com receptores de membrana acoplados com a proteína G, para cada um derivado existe 
um alvo farmacológico. Uma vez estimulados pelos diferentes eicosanoides geram uma cascata de reações
inflamatórias, terminando na formação de segundos mensageiros (IP3, DAG, AMPc).Os receptores da proteína G tanto 
podem ser excitatórios como inibitórios, dependendo do tipo de tecido.
Aplicação terapêutica:▪
Utilizam sintéticos com funções análogas aos derivados do metabolismo do ác.araquidônico
Aborto terapêutico: PGE2 (Diroprostona) e PGE1 Utilizado ate os 3 primeiros meses de gravidez associado a outras 
substâncias como antiprogestágenos. 
OBS: Inicialmente o citotec era utilizado para a resolução de problemas gastrointestinais, porem, hoje utiliza-se como 
 Página 3 de Prova 1 
OBS: Inicialmente o citotec era utilizado para a resolução de problemas gastrointestinais, porem, hoje utiliza-se como 
abortivo justamente pela ação similar a da PGE1.
Hipertensão pulmonar: PGI2 (Enoprostenol ) – Ação vasodilatadora
Antiplaquetários: PGI2 – Para prevenir coagulação extracorpórea como por ex:. Hemodialise. A sua ação antiplaquetária 
é tão boa quanto a da heparina.
Trato gastrointestinal: PGE1(Citotec) - Citoproteção
Ducto arterioso: PGE1 e PGE2 – Importante em recém nascidos para fazer cirurgia. Porque o ducto arterioso é fechado 
após o nascimento. Ação vasodilatadora
Impotência masculina: PGE1 – Administração Intracavernosa, Intrauretral (não é mais
tão utilizado por já existir medicamentos menos invasivos)
Glaucoma: PGF2-alfa
Inibidores dos leucotrienos: LK - Asma
Via das lipooxigenases➢
As vias da lipoxigenase representam o segundo destino importante do ácido araquidônico. Essas vias levam à formação 
dos leucotrienos e das lipoxinas. As lipoxigenases são enzimas que catalisam a inserção de oxigênio molecular no 
ácido araquidônico, utilizando ferro-hêmico para gerar hidroperóxidos específicos. As lipoxigenases são designadas de 
acordo com a posição em que catalisam a inserção de O2 no ácido araquidônico. Os produtos imediatos das reações das 
lipoxigenases são os ácidos hidroperoxieicosatetraenóicos (HPETEs). Os HPETEs podem ser reduzidos aos ácidos 
hidroxieicosatetraenóicos correspondentes (HETEs) por enzimas que utilizam a glutationa peroxidase. 
Lipoxinas▪
As lipoxinas (produtos de interação da lipoxigenase) são derivados do ácido araquidônico que contêm quatro ligações 
duplas conjugadas e três grupos hidroxila. As duas principais lipoxinas, a LXA4 e a LXB4, modulam as ações dos 
leucotrienos e das citocinas e são importantes na resolução da inflamação. Nos locais de inflamação, observa-se, 
tipicamente, uma relação inversa entre as quantidades de lipoxinas e de leucotrienos presentes. Essa observação levou à 
sugestão de que as lipoxinas podem atuar como sinais contra-reguladores ou como reguladores negativos da ação dos 
leucotrienos. São encontrados receptores de LXA4 nos neutrófilos, bem como nos pulmões, no baço e nos vasos 
sangüíneos. As lipoxinas inibem a quimiotaxia, a adesão e a transmigração dos neutrófilos através do endotélio
(através de uma diminuição da expressão da selectina P), inibem também o recrutamento dos eosinófilos, estimulam a 
vasodilatação (ao induzir a síntese de PGI2 e PGE2), inibem a vasoconstrição estimulada pelo LTC4 e LTD4, inibem os 
efeitos inflamatórios do LTB4 e, por fim, inibem a função das células NK. As lipoxinas estimulam a captação e a 
depuração dos neutrófilos apoptóticos pelos macrófagos e, portanto, medeiam a resolução da resposta inflamatória. 
Como a produção de lipoxinas parece ser importante na resolução da inflamação, a existência de um desequilíbrio na 
homeostasia das lipoxinas e leucotrienos pode constituir um fator-chave na patogenia da doença inflamatória. 
Resuminho: ✓
Na via das lipooxigenases agindo sobre o ác. araquidônico livre darão origem aos intermediários que são os 
endoperoxidos cíclicos chamados de : HPETE, que também são instaveis. Os produtos derivados desse metabolismo são 
sintetizados pelos leucócitos, e por isso são chamados de LEUCOTRIENOS. O LTA4 é submetido a outras enzimas e dá
origem ao LTB4, LTC4 e LTD4. Todos eles são broncoconstrictores, mas o C4 e D4 são importantes no choque 
anafilático e na asma agindo no fechamento das vias aéreas. Já o LTB4 e LTA4 são quimiotáticos, atraindo 
neutrófilos(polimorfonucleares) para agir no local da inflamação , mas o LTA4 produz também lipoxinas LXA4 e LXB4
as quais tem ação anti-inflamatória. Logo, numa situação normal teremos uma produção equilibrada de leucotrienos e 
lipoxinas para que haja um equilíbrio, ou seja, numa reaçãoinflamatória, teremos mais leucotrienos do que lipoxinas, e o 
 Página 4 de Prova 1 
lipoxinas para que haja um equilíbrio, ou seja, numa reação inflamatória, teremos mais leucotrienos do que lipoxinas, e o 
fármaco então, deve ser similar a da lipoxina.
OBS: PGI2 – O “I” indica o solvente orgânico utilizado e o 2 o número de duplas ligações.
Esquema integrado da inflamação➢
A inflamação aguda resulta de uma complexa rede de interações moleculares e celulares, induzidas por respostas a uma 
variedade de estímulos como traumatismo, isquemia, agentes infecciosos ou reações de anticorpos. A inflamação 
superficial aguda gera dor local, edema, eritema e calor; a inflamação nos órgãos viscerais pode apresentar sintomas 
semelhantes e resultar em grave comprometimento da função orgânica. Os leucotrienos e as lipoxinas, bem como os 
tromboxanos, as prostaglandinas e as prostaciclinas, são críticos na geração, manutenção e mediação das respostas 
inflamatórias. A cascata inflamatória é desencadeada quando células em determinada região são expostas a uma 
substância estranha ou são lesadas. Essa agressão estimula uma cascata local de citocinas (incluindo interleucinas ou 
TNF), que aumenta os níveis de mRNA da COX-2 e da enzima. A seguir, a COX-2 facilita a produção dos eicosanóides 
proinflamatórios e vasoativos. As concentrações localmente elevadas de PGE2, LTB4 e cisteinil leucotrienos 
promovem o acúmulo e a infiltração de células inflamatórias através de aumento do fluxo sangüíneo e aumento da 
permeabilidade vascular. O LTB4 e o 5-HETE também são importantes no processo de atração e ativação dos 
neutrófilos. O LTB4 formado pelos neutrófilos ativados no local de inflamação recruta e ativa neutrófilos adicionais e 
linfócitos, de modo que essas células aderem à superfície endotelial e transmigram para os espaços intersticiais. O 
aumento da permeabilidade vascular também resulta em extravasamento de líquido e infiltração celular, causando 
edema. Com a agregação de inúmeras células inflamatórias, são desencadeadas vias de biossíntese transcelulares para 
gerar eicosanóides. Na síntese transcelular, os intermediários eicosanóides são doados de um tipo celular para outro, 
gerando uma maior diversidade de eicosanóides. Isso demonstra a importância da adesão e da interação celulares nas 
respostas inflamatórias e imunes. O corpo procura assegurar que a resposta inflamatória não prossiga descontrolada. As 
lipoxinas ajudam a resolver a inflamação e a promover o retorno do tecido a seu estado de homeostasia. Os 
eicosanóides derivados da COX-2 também podem atuar na cicatrização de feridas e resolução. Por conseguinte, a 
seqüência cronológica dos eventos é importante numa resposta inflamatória organizada. A PGE2 inibe as funções dos 
linfócitos B e T das células NK, enquanto o LTB4 e os cisteinil leucotrienos regulam a proliferação dos linfócitos T. A 
PGE2 e a PGI2 são potentes sensibilizadores para a dor, enquanto as lipoxinas reduzem a nocicepção. Esses fatores 
medeiam e regulam de modo coordenado a transmissão da inflamação aguda para a forma crônica.
 Página 5 de Prova 1 
Bradicininas e cininas correlatas❖
Lesões teciduais, reações alérgicas, infecções virais e outros fenômenos inflamatórios 
ativam uma série de reações que geram bradicinina e outros componentes na circulação e nos tecidos. Causando dor, 
vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. Grande parte de sua atividade decorre da estimulação da liberação 
de potentes mediadores como as prostaglandinas, NO ou fator hiperpolarizante derivado do endotélio. Os receptores da 
bradicinina são B1 e B2. Esses peptídeos contribuem para a resposta inflamatória agindo como autacoídes que atuam 
localmente e causam dor, vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, mas também podem ter efeitos 
benéficos no coração, rins e circulação. As cininas são uma família de peptídeos gerados no sangue e tecidos pela 
hidrólise proteolítica dos substratos precursores cininogênios pelas enzimas calicreínas, agem localmente promovendo a 
hiperalgesia, vasodilatação, inflamação, broncoconstrição e aumento da permeabilidade vascular. As cininas são clivadas 
a partir dos cininogênios ( alfa2-globulinas).
Funções fisiológicas exercidas pelos mediadores, ou seja não relacionada com o processo inflamatório:▪
Dor: A bradicinina excita os neurônios sensoriais primários e provoca a liberação de neuropeptídeos, como a substância 
P, por exemplo. O receptor B1 está relacionado a dor da inflamação crônica, enquanto o receptor B2 medeia a dor 
aguda. 
Inflamação: As cininas participam de vários distúrbios inflamatórios. As cininas plasmáticas aumentam a permeabilidade 
da microcirculação que causa edema. 
Doença Respiratória: As cininas foram implicadas nas doenças alérgicas das vias respiratórias, como a asma e a rinite. 
A inalação ou injeção intravenosa de cininas causa bronco espasmos em pacientes asmáticos. Esses bronco espasmos 
são bloqueados por anticolinérgicos, mas não por anti-histamínicos ou por inibidores da COX. Do mesmo modo, a 
exposição nasal à bradicinina é seguida por espirros e intensa secreção glandular nos pacientes com rinite alérgica. Um 
antagonista do receptor B2 melhorou a função pulmonar dos pacientes com asma grave e atenuou os sintomas de rinite 
alérgica. 
Sistema Cardiovascular: A infusão de bradicinina causa vasodilatação por ativação do seu receptor B2 nas células 
endoteliais, resultando na síntese de NO e etc, e reduz a pressão arterial (efeito cardioprotetor: há evidências que este 
efeito é potencializado pelos IECAs devido a bradicinina). Além disso, está relacionada a capacidade de 
aumentar a captação de glicose pelos tecidos, e liberação de fatores que contribuem para a defesa contra alguns eventos 
cardiovasculares (isquemia/IAM). A estimulação de B1 e B2 produz efeitos cardioprotetores depois do IAM. 
Rim: As cininas renais atual regulando o volume e composição da urina através do fluxo renal e da natriurese (inibe a 
reabsorção de sódio no ducto coletor). 
SNC: As cininas também medeia a formação de edema e a contração dos músculos lisos, também afetam o SNC, 
porque rompem a BHE e facilitam a penetração. 
Aplicação terapêutica▪
Bradicinina: Contribui para muitos dos efeitos dos inibidores da ECA. Os IECAs são amplamente usados no tratamento 
de hipertensão e reduzem a mortalidade dos pacientes. Eles bloqueiam a conversão da angiotensina I em angiotensina II, 
um potente vasoconstritor. O uso de IECAs diminui a degradação de bradicinina e induz a hipersensibilização dos 
receptores (aumentando a capacidade de ação da bradicinina) e os efeitos relacionados incluem: angioedema, tosse 
seca e broncoespasmo. 
1.
Cininas: Infertilidade masculina e penetração de quimioterápicos BHE.2.
Inibidores da calicreína: Pancreatite aguda, edema cerebral e septicemia. 3.
Antagonistas das cininas: Hipotensão associada a pancreatite, choque séptico, dor, broncoconstricção e inflamação.4.
Sistema Calicreína-Cininogênio-Cinina▪
O fígado da origem a pré-calicreínas que dão origem as calicreínas plasmáticas e teciduais, que são dois tipos de 
proteases que atuam sobre o cininogênio e liberam as cininas.
Calicreínas plásmaticas > Cininogênio (alto peso molecular) > Bradicinina-
 Página 6 de Prova 1 
Calicreínas plásmaticas > Cininogênio (alto peso molecular) > Bradicinina-
Calicreína tecidual > Cininogênio (baixo peso mplecularI > Calidina-
A bradicinina é formada pelo plasma, enquanto que a calidina é formada em glândulas e nos rins. As cininas possuem 
dois tipos de receptores B1 e B2. B1 só é ativado quando ocorre lesão tecidual ou na ocorrência de inflamação, já B2 é 
mais predominante e está na superfície das células endoteliais, que liberam prostaglandinas e óxido nítirco, além de 
estimular a vasodilatação. 
Atuam na regulação da PA, fazendo com que a PA diminua, influenciam na homeostase do sódio, ou seja, fazem com 
que ele seja eliminado em maior quantidade pela urina e também influenciam notônus vascular. As cininas possuem 
meia vida curta, menos de um minuto, isso porque elas são inibidas rapidamente pelas Cininas I (produzidas no sangue) 
e II (superfície das células endoteliais, pulmão, rins...) ou ECA (enzima conversora de angiotensina). 
Existe uma interação entre o sistema renina-angiotensina e calicreína-cinina, isso porque a cinase II ou ECA (que atuam 
na síntese de angiotensina II, que é produto final do sistema renina-angiotensina) também degrada cininas, então, quanto 
maior a concentração de ECA, mais vamos ter angiotensina II e menos cininas. Lembrando que o sistema renina a tua na 
reabsorção de sódio, o que faz com que a pressão arterial se eleve. Enquanto que o sistema calicreína atua na regulação 
da água e do sódio , o que faz com que a pressão arterial diminua . O tratamento para hipertensão arterial, quando faz-se 
o uso de anti-hipertensivos , que são inibidores da ECA, simultaneamente ocorre menos produção de angiotensina II, 
permitindo uma maior ação das cininas, o que faz com que a pressão arterial diminua.
Referências: 
GOLAN, David E. col. Princípios de Farmacologia. A Base Fisiopatológica da Farmacologia. 3ª edição. 2014.
BRUNTON, Laurence L.; HILAL-DANDAN, Randa; KNOLLMANN, Björn C. As Bases Farmacológicas da 
Terapêutica de Goodman e Gilman-13. Artmed Editora, 2018.
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