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PROVA 2 CLÍNICA GASTRO Maria Eduarda Valgas 1 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS ICTERÍCIAS METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS © Hemácias è SRE; © Heme è Bilirrubina não conjugada; © Hepatócitos è Bilirrubina conjugada; ® No sistema retículo endotelial (principalmente baço), as hemácias senis e também algumas outras proteínas dão origem a bilirrubina indireta. ® Nas hepatites agudas/hepatopatias crônicas a bilirrubina que mais aumenta é a direta (por causa da ↓ da excreção dessa bilirrubina que já foi conjugada – então ocorre refluxo dessa bilirrubina que não conseguiu ser excretada para o sangue); A etapa que precisa de mais energia é a excreção. Nas lesões do hepatócito a etapa mais comprometida é a excreção e por isso que nas hepatites a bilirrubina direta se eleva mais do que a indireta J CIRCULAÇÃO ENTEROHEPÁTICA © Depois que a bilirrubina é excretada e chega ao canalículo biliar, ela vai para o intestino, onde sofre ação de bactérias intestinais sendo transformada em urobilinogênio, podendo ser excretado ou reabsorvido; © Estercobilina: dá a coloração das fezes; © Colúria à aumento da bilirrubina DIRETA. (solúvel em água) © Acolia à ↓ concentração de bilirrubina direta nas fezes; (estercobilina) ICTERÍCIA © Coloração amarelada da pele e das mucosas; © Clinicamente detectada à níveis séricos de bilirrubina - de 2 a 3 mg/dl; © Deve ser sempre valorizada; HIPERBILIRRUBINEMIA Manifestações clínicas: © Hiperbilirrubinemia não conjugada (indireta) à icterícia; © Hiperbilirrubinemia conjugada (direta):Icterícia; Colúria; Hipocolia ou acolia fecal (pode estar ausente); HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO CONJUGADA 1. Por aumento da produção de bilirrubina: © Hemólise (esferocitose, anemia falciforme); © Eritropoiese ineficaz; (ex: falta de ferro, B12, sd mielodispllásicaà hemácias dismórficas) 2. Por diminuição da captação hepática/transporte de bilirrubina: competição pelo sitio de captação © Drogas (Rifampicina, probenecide); - pela competição do sítio de ligação; © Sepse (interfere em todas as etapas do metabolismo da bilirrubina); PROVA 2 CLÍNICA GASTRO Maria Eduarda Valgas 2 3. Por distúrbio da conjugação da bilirrubina (atividade diminuída da enzima UDP glicuronil transferase): © Hereditária: Sd de Crigler-Najjar tipo I; Disfunção TOTAL da enzima; Recém-nascidos já apresentam quadros de icterícia importante, kernicterus; Normalmente não é compatível com a vida; Sd Crigler-Najjar tipo II; A enzima tem disfunção de 90%, o paciente tem níveis de bilirrubina em torno de 7 e tem risco de Kernicterus (passagem da BI pela barreira hematoencefálica, podendo ser fatal/ter sequelas neurológicas); Síndrome de Gilbert; 7 a 70% da população possui; Tranquilizar o pacienteJ Geralmente níveis leves de hiperbilirrubinemia; Desencadeado por stress, jejum, medicamentos; Não interfere na expectativa de vida, não altera enzimas hepáticas, não tem dor, não tem repercussões para o paciente; © Adquirida: ó Doença hepatocelular; (cirrose, hepatite agudaà ↓conjugação ou da ação da enzima) ó Sepse; (isquemia, ↓irrigação sanguínea, estresse oxidativo) ó Drogas (Rifampicina, cloranfenicol, gentamicina, inibidores protease); HIPERBILIRRUBINEMIA MULTIFATORIAL © Há comprometimento em várias etapas do metabolismo da bilirrubina; © Doença hepatocelular; © Icterícia neonatal (o fígado imaturo tem menor função da enzima UDP glicuronil transferase); ó Mais Hemólise também © Sepse; HIPERBILIRRUBINEMIA CONJUGADA (DIRETA) 1. Defeitos na excreção da bilirrubina (colestase intra-hepática): Hereditárias: Raras Síndrome de Dubin-Johnson; Bom prognóstico; Sinais de Hiperpigmentação hepática; Síndrome de Rotor; Bom prognóstico; Nas 2 à níveis mais altos de bilirrubina em torno de 7(defeito na excreção da bilirrubina já conjugada pelo hepatócito); Adquiridas: Doença hepatocelular (hepatites, cirrose hepática); - ocorre icterícia pela diminuição da excreção da bilirrubina; Drogas (contraceptivos orais, metiltestosterona); Sepse; 2. Obstrução biliar: colestase extra-hepática à Dilatação das vias biliares (na intra-hepática não tem!!) © Cálculo; © Estenose; © Tumor; ABORDAGEM AO PACIENTE ICTÉRICO HISTÓRIA CLÍNICA: © Idade; © Profissão (ex: profissionais da saúde à maior risco de hepatite pelo vírus B); © procedência / viagens; © Raça (raça negra à maior incidência de anemia falciforme); © Hábitos (alcoolismo – causa frequente de hepatopatia); © Antecedentes (história de hepatopatia crônica? Neoplasias? Transfusão de sangue?) © Uso de medicamentos; © Exposição a tóxicos; PROVA 2 CLÍNICA GASTRO Maria Eduarda Valgas 3 SINTOMAS: © Pródromos de hepatite (podem sugerir hepatite viral); © Febre (febre alta à pensar em colangite); © Manifestações de anemia (lipotimia, palidez, prostração...) © Colúria; © Hipocolia/acolia fecal; © COLÚRIA + ACOLIA à COLESTASE (aumento de bilirrubina DIRETA) © Dor (geralmente apenas um leve desconforto; dor importante à pensar em colangite); © Prurido (se acredita que ocorra pela deposição de ácidos biliares na pele); © Emagrecimento; EXAME FÍSICO: © Esplenomegalia (ocorre pela hipertensão portal); © Manifestações de hipertensão portal; © Manifestações de insuficiência hepática; © Vesícula biliar palpável (sinal de Curvuisier-Terrier à muito sugestivo de neoplasia peri-ampular); © Hepatomegalia dolorosa (pode estar presente nas hepatites virais agudas); © Fígado nodular; © Xantomas, xantelasmas à aumento de lipídeos. A bile é uma via de excreção de colesteral. Em colestaticos crônicos à dislipidemia como consequência da colestase EXAMES COMPLEMENTARES Laboratorial: © Bilirrubinas totais e frações; © AST, ALT, GGT, FA; © Hemograma (verificar anemia); ó Em quadro infeccioso veremos leucocitose (ex: colangite bacteriana); © TAP, albumina (provas de função hepática); © Reticulócitos, DHL; ó Na hemólise há aumento de reticulócitos (formas mais jovens das hemácias produzidas pela medula óssea em resposta a hemólise); ó DHL – aumenta em caso de hemólise; Exames de imagem: Precisamos fazer obrigatoriamente nos quadros de colestase è USG! USG: © Importante para diferenciar colestase intra-hepática de extra-hepática; © Dilatação de vias biliares à colestase extra-hepática (Coledocolitíase...); © Sem dilatação de vias biliares à colestase intra-hepática (vírus, autoimune...); Caso o USG não mostre a causa da obstrução ou deixe dúvidas: © Colangiopancreatografia por RM ó Em T2 mostra os líquidos parados brancos (mostra o trajeto da via biliar e do ducto) ó Com contraste mostra vasos, parênquima dos órgãos ó Melhor definição do fator obstrutivo se for colestase por obstrução © Duodenoscopia com visão lateral (mostra a papila bem de frente); © Ecoendoscopia ó O endoscopista tem a imagem do endoscópio – visão lateral – e na outra tela tem a visão do USG, o que mostra a parede com bastante nitidez); ó Nunca deve ser feita antes de um exame de imagem que consiga ver o abdome de maneira mais abrangente como a ressonância/tomografia. ó Podemos pedir quando pretendemos avaliações mais detalhadas ou quando precisamos colher material; ó Pode mostrar o grau de invasão de uma neoplasia, avaliar a ressecabilidade de uma lesão; TRATAMENTO: Não usar para fazer diagnóstico © Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (retirada de cálculos, papilotomia...); © Colangiografia transparieto-hepática;
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