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TEORIA GERAL DO PROCESSO Conteúdo: Estudo da trilogia processual e seus fundamentos éticos e técnicos. AÇÃO JURISDIÇÃO PROCESSO TEORIA GERAL DO PROCESSO Natureza: Disciplina propedêutica, responsável pela estruturação teorética e crítica da ciência processual Objetivos: 3 Introdução ao estudo do direito processual 3 Abordagem unitária do Direito processual 3 Observância de seqüências lógica do currículo do curso de direito TEORIA GERAL DO PROCESSO • Sociedade e Direito • Ubi societas ubi jus • A causa da existência de relação entre a sociedade e o direito esta na função orientadora que o direito exerce na sociedade, coordenando os interesses que se manifestam na vida social de modo a organizar a cooperação entre as pessoas e compor os conflitos que se verificarem entre seus membros. TEORIA GERAL DO PROCESSO a CONCEITOS BÁSICOS: • Necessidade: • “É uma lei natural do homem, que procede do instinto, e tem uma sanção natural na emoção de “prazer” por sua satisfação e de “dor” por sua insatisfação (Ugo Rocco); • “Relação de dependência do homem para com algum elemento” (Carnelutti TEORIA GERAL DO PROCESSO ■ Bem: ■ “É o ente capaz de satisfazer a uma necessidade do homem - bonum quo beat, porque faz bem.” (Carnelutti) ■ “É tudo o que é apto para satisfazer ou que satisfaz a uma necessidade” (Ugo Rocco) Necessidad e Utilidade + Bem da VidaInteresse TEORIA GERAL DO PROCESSO • Não significa dizer que sempre que haja utilidade em um bem, ocorra um interesse em relação a ele. É necessário que a utilidade se una à necessidade. (Carnelutti) • Exemplo: • O pão é um bem e tem sempre utilidade, mas não há interesse em relação a ele para quem não tem fome ou não prevê que possa vir a tê-la TEORIA GERAL DO PROCESSO • Interesse: • É um juízo formulado por uma sujeito acerca de uma necessidade, sobre a utilidade ou sobre o valor de um bem, enquanto meio para a satisfação dessa necessidade. (Ugo Rocco) • Não é um juízo. É uma posição do homem, precisamente a posição favorável à satisfação de uma necessidade e, portanto uma relação entre o ente (homem) que experimenta a necessidade e o ente (bem) apto a satisfazê-la. (Carnelutti) TEORIA GERAL DO PROCESSO • Interesse:.. • Não se deve negar que é uma posição, esta é necessariamente precedida de um juízo, desde que o homem é um ser racional. (Arruda Alvim) Interesse Imediato Interesse Mediato Interesse Individual Interesse Coletivo Interesse Primário Interesse Secundário TEORIA GERAL DO PROCESSO • Conflito de Interesse: • Ocorre quando a situação favorável à satisfação de uma necessidade exclui, ou limita, a situação favorável à satisfação de outra necessidade. (Carnelutti) Conflito Subjetivo de Interesses Conflito de Interesses (Intersubjetivo) TEORIA GERAL DO PROCESSO � Conflito entre dois interesses de um mesmo homem - Conflito subjetivo de interesses. � Conflito de interesses de interesses entre mais duas ou mais pessoas sobre o mesmo bem - Conflito intersubjetivo Pretensão � É um modo de ser do direito (subjetivo) que tende a fazer-se valer frente a quem não o respeita, ou em geral, o discute. TEORIA GERAL DO PROCESSO Pretensão/direito/razão: � A pretensão é um ato, não um poder; algo que alguém faz, não que alguém tem; uma manifestação, não uma superioridade da vontade. � a pretensão pode ser proposta tanto por quem tem, como por quem não tem direito e, por conseqüência pode ser fundada ou infundada. TEORIA GERAL DO PROCESSO � Lide: � É o conflito de interesses qualificado por um pretensão resistida (discutida) ou insatisfeita. (Carnelutti) Para Carnelutti a lide tem um elemento material que é o conflito de interesses e um formal que são, a um só tempo, a pretensão e a resistência. TEORIA GERAL DO PROCESSO FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS AUTOTUTELA: Imposição da vontade de um dos interessados sobre a vontade do outro. � Proibida como forma de solução de conflitos de interesses � Constitui crime o exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 CP) salvo quando a lei permitir. São casos excepcionais: ⇒ Direito de retenção ( CC: artigos: 319,1219) ⇒ Penhor Legal (CC: artigo 1433) ⇒ Direito de cortar ramos de árvores limítrofes que ultrapassam divisas (CC: artigo 558) ⇒ Deforço imediato (CC: artigo 502) ⇒ Excludentes do artigo 23 do CP. TEORIA GERAL DO PROCESSO FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS AUTOCOMPOSIÇÃO: É a solução dos conflitos pelos próprios conflitantes. � Sendo disponível o direito material admite-se a auto-composição, em qualquer de suas formas: ⇒ Transação ⇒ Submissão ⇒ Renúncia MEDIAÇÃO: É um terceiro (mediador) ouvirá as partes e oferecerá diferentes abordagens e enfoques para o problema, aproximando o litigantes e facilitando a composição do litígio. A decisão caberá ás partes, jamais ao mediador. TEORIA GERAL DO PROCESSO FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS ARBITRAGEM � De facultativa, a arbitragem, pelas vantagens que oferece, torna-se obrigatória, e com o arbitramento obrigatório. Surge o processo como última etapa na evolução dos métodos compositivos de conflito. ⇒ 1ª FASE - Arbitragem Facultativa - ocorreu no período do Direito Romano Arcaico que vai até o século II A.C. ⇒ 2ª FASE - Arbitragem obrigatória - Período Clássico do Direito Romano que se estende do século II A.C. ao século III D.C. ⇒ 3ª FASE - Justiça Pública - a partir do Século III DC até os dias atuais. Arbitragem Julgamento do litígio por terceiro imparcial (particular ou instituição privada), escolhido pelas partes; Somente pode ser convencionada por pessoas maiores e capazes e com relação a direitos disponíveis. É instituída mediante negócio jurídico denominado convenção de arbitragem, que compreende a cláusula compromissória arbitral; Em contrato de consumo, é nula de pleno direito cláusula contratual que preveja arbitragem compulsória (art. 51, VII, do CDC.) O controle judicial sobre a sentença arbitral cinge-se a aspectos formais e se sujeita a prazo decadencial de 90 dias. A arbitragem, portanto, tem aptidão para a produção de coisa julgada material, logo é verdadeira espécie de jurisdição (há tese divergente na. TEORIA GERAL DO PROCESSO JURISDIÇÃO � Finalidade: a) atuação da vontade da lei b) solução de conflitos de interesses c) aplicação de justiça a casos concretos � Espécies de Jurisdição: QUANTO A MATERIA PENAL e CIVIL QUANTO A GRADAÇÃO INFERIOR e SUPERIOR QUANTO A ORIGEM LEGAL e CONVENCIONAL QUANTO A FONTE DE DIREITO e DE EQUIDADE QUANTO AO OBJETO CONTENCIOSA e VOLUNTÁRIA TEORIA GERAL DO PROCESSO JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO CONTENCIOSA •Visa a composição de litígios •Existência de lide a ser resolvida •Presença de partes •Faz coisa julgada formal e material •O juiz se obriga a legalidade estrita •A lide e composta através do processo •A jurisdição atua compondo o conflito •Aplicam-se os efeitos da revelia JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA •Atua para dar validade ao negocio jurídico •Há negócio a ser convalidado pelo Estado •Presença de Interessados •Faz somente coisa julgada formal •O Juiz não se obriga à legalidade estrita •A jurisdição atua através do procedimento •Integra o negócio jurídico para dar validade •não se aplicam os efeitos da revelia TEORIA GERAL DO PROCESSO JURISDIÇÃO � Características: UNIDADE A JURISDIÇÃO NÃO SE DIVIDE IMPARCIALIDADE A JURISDIÇÃO NÃO TEM INTERESSE NO DESFECHO DA DEMANDA INÉRCIA A JURISDIÇÃO DEVE SER PROVOCADA SECUNDARIEDADE A JURISDIÇÃO SÓ AGE QUANDO SURGE O CONFLITO SUBSTITUTIVIDADE A JURISDIÇÃO ATUA EM SUBSTITUIÇÃO ÀS PARTES TEORIA GERAL DO PROCESSO JURISDIÇÃO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA JURISDIÇÃO INVESTIDURA OU DO JUIZ NATURAL O juiz é o representante do titular da jurisdicional - O Estado INDELEGABILDIADE O juiz não pode delegar a outrem o exercício da função jurisdicionalSalvo: artigo 236 § 2º e 972 do CPC - Carta de Ordem; artigo 102, I CF) ADERENCIA AO TERRITÓRIO estabelece limitações territoriais à autoridade do juiz INDECLINABILDIADE O órgão jurisdicional , uma vez provocado não pode recusar-se, nem tampouco delegar a função de dirimir litígios INÉRCIA A jurisdição só se movimenta a partir do momento em que é provocada pelo direito de ação . TEORIA GERAL DO PROCESSO PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO • Podemos definir princípios como a verdade básica imutável de uma ciência, funcionando como pilares fundamentais da construção de um todo doutrinário. • O Processo de desenvolve obedecendo a uma seqüência de atos coordenados, que guardam entre si relação de dependência, e que são regidos por princípios de duas espécies: • Princípios informativos do Processo • Princípios Gerais e Fundamentais do Processo TEORIA GERAL DO PROCESSO PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO • PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO PROCESSO • Representam um ideal de aperfeiçoamento perseguido legislador(política legislativa) pelo técnico e pelo cientista do direito processual, estando latentes nos gerais, embora estes sem sempre concretizem plenamente seus fins. • Quatro regras foram apontadas sob o nome de princípios informativos do processo: • PRINCÍPIO LÓGICO: seleção de meios eficazes e rápidos para descobrir a verdade e evitar o erro • PRINCÍPIO JURÍDICO igualdade no processo e justiça na decisão • PRINCÍPIO POLÍTICO máximo de garantia social, com o mínimo de sacrifício individual • PRINCÍPIO ECONÔMICO processo acessível a todos, com vistas ao seu custo e à sua duração • TEORIA GERAL DO PROCESSO PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO • PRINCÍPIOS GERAIS MAIS IMPORTANTES • Princípio da imparcialidade do juiz • Princípio da igualdade • Princípio do contraditório e da ampla defesa • Princípio da ação - processos inquisitivo e acusatório • Princípio da disponibilidade e indisponibildiade • Princípio dispositivo e principio da livre investigação das provas - verdade formal e verdade real • Princípio do impulso processual • Princípio da oralidade • Princípio da persuasão racional do juiz • Princípio da publicidade TEORIA GERAL DO PROCESSO PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO • Princípio da lealdade processual • Princípio da economia e da instrumentalidade das formas • Principio do duplo grau de jurisdição. Estrutura do Poder Judiciário no Brasil O Poder Judiciário do Brasil foi instituído e regulado pela Constituição Federal nos artigos 92 a 126. Na estrutura do Poder do Judiciário foi organizado utilizando alguns critérios: Natureza da Jurisdição, matérias e também instâncias. Instâncias constituem-se em uma espécie de hierarquia entre os órgãos do Poder Judiciário. Via de regra se classificação em 1ª, 2ª e 3º Instancia. Estrutura do Poder Judiciário no Brasil O Poder Judiciário do Brasil foi instituído e regulado pela Constituição Federal nos artigos 92 a 126. Na estrutura do Poder do Judiciário foi organizado utilizando alguns critérios: Natureza da Jurisdição, matérias e também instâncias. Instâncias constituem-se em uma espécie de hierarquia entre os órgãos do Poder Judiciário. Via de regra se classificação em 1ª, 2ª e 3º Instancia. Estrutura do Poder Judiciário no Brasil Na primeira instância há um único juiz, a quem compete conhecer as lides que lhes são apresentadas pelas partes e julgar de acordo com a lei. Já as instâncias superiores (2ª e 3ª) têm dupla função: JULGAR alguns temas específicos que a lei determina, e REEXAMINAR as decisões da primeira instância. Estrutura do Poder Judiciário no Brasil A grande maioria das lides devem ser julgados, primeiramente, pelo juiz da primeira instância. Apenas alguns temas de conformidade com a sua natureza, é que deverão ser julgados diretamente pelos Tribunais, que tem competência originária para tais temas. Assim é que a jurisdição se realiza através da atuação do Poder Judiciário, através de órgãos integrados por pessoas naturais, chamados órgãos jurisdicionais, judiciais ou judicantes. TEORIA GERAL DO PROCESSO ÓRGÃOS DA JURISDIÇÃO • . • Coube à Constituição Federal determinar quais os órgãos que integram o Poder Judiciário Nacional, e as Constituições dos Estados, dispor sobre a organização da justiça no âmbito de seus territórios, observando-se, sempre, as determinantes traçadas pela CF: PODER JUDICIÁRIO • STF - Artigos 101 a 103 da CF • STJ - Artigos 104 a 105 da CF • TRF e JUIZES FEDERAIS - Artigos 106 a 110 da CF • TRT e JUIZES DO TRABALHO - Artigos 111 a 117 da CF • TRIBUNAIS E JUIZES MILITARES - Artigos 122 a 124 da CF • TRIBUNAIS E JUIZES DOS ESTADOS - Artigos 125 a 126 da CF As instâncias foram estabelecidas pela Constituição Federal e a Entrâncias pela Lei de Organização Judiciária de cada Estado membro. JUIZES ESTADUAIS DF JUIZES FEDERAIS VARAS DO TRABALHO JUIZES ELEITORAIS JUIZES MILITARES TRIBUNAIS DE JUSTIÇA TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS TRIBUNAIS REGIONAIS TRABALHO TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS TRIBUNAIS REGIONAIS MILITARES SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA T S T TSE T S M SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CNJ Estrutura do Poder Judiciário no Brasil Teoria Geral do Processo Independencia do Poder Judiciário • Para o exercício da função jurisdicional, a imparcialidade dos órgãos que compõem o Poder Judiciário é essencial como garantia de justiça para as partes. A independência que o Poder Judiciário é assegurada artigo 2º da CF. • A independência do Poder Judiciário se apresenta sob dois aspectos: Independência política e Independência Jurídica. • Independência política - autogoverno da magistratura, nas garantias dadas aos magistrados e nas que conferidas às partes. Por autogoverno da magistratura, entende-se como as atividades desenvolvidas pelo Poder Judiciário, quer de natureza administrativa (auto-organização) quer de natureza normativa (auto-regulamentação) especificadas genericamente no artigo 96, I da CF - Artigo 99 CF • Independencia Jurídica – Se refere a liberdade do juiz na formação de sua convicção no exercicio da atividade jurisdicional. TEORIA GERAL DO PROCESSO INDEPENDENCIA DO PODER JUDICIÁRIO • As garantias individuais dos magistrados são previstas no artigo 95, I a III da CF. abrangendo : • Vitaliciedade • Inamovibilidade • Irredutibilidade de vencimento • As garantias para as partes, decorrem das proibições previstas aos juizes no artigo 95 parágrafo único, I a III da Cf. TEORIA GERAL DO PROCESSO COMPETENCIA 1. Conceito: É o poder de exercer jurisdição nos limites estabelecidos pela Lei. É o âmbito dentro do qual o juiz pode exercer jurisdição. 2. Critérios Determinantes da Competência: Vários são os critérios apontados para determinação da competência. De todos o mais abrangente parecer ser o de Chiovenda, a saber: Natureza da causa (atione materiae) Condição da pessoa (ratione personae) (art. 102, I, “a” e “b” CF) Valor da Causa (artigo 44 CPC e art. 98 I e 24 X da CF) Processo Civil - domicilio do réu (art. 46 CPC) Processo Penal - foro da consumação do delito (artigo 70 CPP) Processo do Trabalho - local do serviço (art. 651 CLT) Competência Funcional (art. 67 a 69 do CPC) FUNCIONAL TERRITORIAL OBJETIVO 1. Competência Internacional e Interna: É competente a autoridade judiciária brasileira sempre que: (LICC: artigo 12 - CPC artigo 21 e 24) a) O Réu for domiciliado no Brasil, não importando se nacional ou estrangeiro; b) As lides versarem sobre obrigação a ser cumprida no Brasil; c) A causa se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil; d) A lide for relativa a imóveis situados no Brasil; e) A demanda versar sobre inventário ou partilha de bens situados no Brasil. 2. Competência de jurisdição: A distribuição de competência em função das diversas justiças que compõem o Poder Judiciário. Indaga-se, portanto, qual a justiça competente? A Federal? A Estadual? A do Trabalho? A Eleitoral?TEORIA GERAL DO PROCESSO COMPETÊNCIA TEORIA GERAL DO PROCESSO COMPETÊNCIA 3. Competência hierárquica: ORIGINÁRIA - quando se questiona qual deve ser o órgão que primeiramente deve conhecer do pedido. RECURSAL - quando se procura saber qual deve rever a decisão já proferida A exceções a regra nos casos do artigo 105 I “e”” e 108 I “b” da CF. 4. Competência de Juízo: Determina-se a competência pela natureza da Lide (varas cíveis, criminais, acidentes de trabalho, etc.) A distribuição entre os juízos igualmente competentes quanto à natureza de lide faz-se por distribuição alternada e aleatória (Art. 285 CPC). 5. Competência Funcional ou Competência Interna de Juízo: Exemplo: Competência do relator e do Revisor (artigo 931 e 123 II CPC) TEORIA GERAL DO PROCESSO COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 6. Competência Absoluta: Aquelas prevalecem o interesse público na sua repartição pela Lei (competência de jurisdição, hierárquica, juízo e funcional) É IMPRORROGÁVEL. 7. Competência Relativa: Aquelas que prevalece o interesse ou comodidade das partes - há possibilidade de sua alteração, por vontade das partes (competência territorial ou competência em razão do valor no processo civil) (no processo penal a territorial é competência absoluta, prevalecendo o interesse público na elucidação do ato delituoso) É PRORROGÁVEL - Pode ser modificada por determinação legal ou por vontade das partes. TEORIA GERAL DO PROCESSO PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA 1. PRORROGAÇÃO É a ampliação da esfera de competência de um órgão judiciário em virtude de disposição de lei (prorrogação legal ou necessária) ou em decorrência da vontade expressa ou tácita das partes (prorrogação voluntária) 2. PRORROGAÇÃO LEGAL OU NECESSÁRIA A prorrogação da competência ocorrerá sempre que entre duas ou mais causa houver CONEXÃO ou CONTINÊNCIA) CONEXÃO - Quando entre duas ou mais ações lhes são comuns o objeto ou a causa de pedir) (ART. 56 CPC) CONTINÊNCIA - Quando entre duas ou mais ações haja identidade quanto as partes e a causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. (Art. 56 CPC) TEORIA GERAL DO PROCESSO PRORROGAÇÃO VOLUNTÁRIA 3. PRORROGAÇÃO VOLUNTÁRIA: Ocorre nos caso de competência relativa. Pode ser EXPRESSA ou TÁCITA - Será expressa quando ocorrer manifestação de vontades - (convenção contratual) - Será Tácita naqueles casos em que a ação é proposta em foro incompetente e o réu não alega a incompetência no prazo de 15 dias. 4. DESAFORAMENTO: Constitui em derrogação à competência Territorial. É ato processual em virtude do qual é o processo submetido ao conhecimento de um foro estranho ao delito. - (artigo 424 do CPP) 5. PREVENÇÃO: É o fenômeno processual pelo qual, dada a existência de vários Juízes, igualmente competentes, firma-se a competência daquele que, em primeiro lugar, tomar conhecimento da causa. TEORIA GERAL DO PROCESSO PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO 6. PERPETUAIO JURISDITIONIS O artigo 43 do CPC, consagra a perpetuação da jurisdição, declarando que determinada a competência de um juiz, as modificações posteriores do estado de fato ou de direito não lhe altera mais (a competência), salvo quando tal modificação for no sentido de supressão do órgão judiciário ou no de alteração da competência absoluta. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO 1. Conceito: É o direito público subjetivo abstrato, exercido contra o Estado-juiz, visando a prestação da tutela jurisdicional É um DIREITO porque contrapõe-se ao dever do Estado de resolver litígios É um DIREITO SUBJETIVO porque envolve exigência deduzida contra o Poder público, visando o cumprimento da norma geral de conduta tida como violada (direito objetivo) É ABSTRATO porque independe da existência do direito material concreto alegado pelo autor. É, portanto o direito a uma sentença de mérito (processo de conhecimento), à satisfação coercitiva do direito objetivo (processo de execução) e à garantia da eficácia do processo principal (processo cautelar) Não se utiliza expressão “contra” ou “em desfavor” do réu. Porque a ação é contra o Estado e, em face do réu TEORIA GERAL DO PROCESSO TEORIAS DA AÇÃO 2. TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURIDICA DA AÇÃO O Código Processual Civil de 1973, optou pela teoria das CONDIÇÕES DA AÇÃO, devido a influência de Liebman e da Escola Paulista de Processo da Universidade de São Paulo a) TEORIA CLÁSSICA ou IMANENTISTA - TRADICIONAL Não há ação sem direito, não há direito sem ação, a ação segue a natureza do direito. Savigny. WINDSCHEID e MUTHER se completam Distinguiu direito lesado e ação Admitiu um direito de agir exercitável contra o Estado e contra o devedor. b) TEORIA AUTONOMISTA DO DIREITO DE AÇÃO Procuram demonstrar a autonomia do direito de ação, distinguindo-o do direito subjetivo material a ser tutelado e reconhecido em principio seu caráter de direito público subjetivo, duas correntes principais disputam a explicação da natureza do direito de ação: TEORIA DO DIREITO CONCRETO À TUTELA JURÍDICA - ADOLPH WACH: Para Wach, o direito de ação é autônomo, público e concreto. Segundo essa teoria, o direito de ação só existiria quando a sentença fosse favorável ao autor TEORIA DO DIREITO ABSTRATO DE AGIR - DEGENKOLB E PLÓSZ: . o direito de ação é autônomo, público e abstrato, pois independeria da existência do direito material e de um resultado favorável ao autor 3.CONCLUSÃO: É DIREITO PUBLICO SUBJETIVO, ABSTRATO, AUTONOMO E INSTRUMENTAL. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO • Há três teorias tradicionais que explicam as condições da ação: • a) teoria concretista • b) teoria abstrativista • c) teoria eclética ou mista • Para a primeira teoria, concretista, o direito de ação se fundamenta no direito material. Em outras palavras, os precursores desta teoria confundiam procedência do pedido com condições da ação. O direito de ação era considerado como o direito a um julgamento favorável. • A teoria abstrativista, por sua vez, preconiza que o direito de ação existe independente do direito material. Para ela, o direito de ação é o direito a um provimento judicial, qualquer decisão. • Já para a terceira teoria, a eclética, o direito de ação é o direito a um julgamento de mérito (favorável ou desfavorável); entende esta corrente que as condições da ação são condições para o exame do mérito. • Esta terceira teoria foi bastante criticada, diante da dificuldade em se distinguir, na prática, casos de carência de ação dos casos de improcedência da ação. Como se consegue distinguir o exame da possibilidade jurídica do pedido (que é uma condição da ação) do mérito da causa? Na prática, essa análise torna-se impossível. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO • Daí a razão de uma outra teoria ter sido desenvolvida no Brasil, a teoria da asserção. Para a teoria da asserção, as condições da ação devem ser analisadas com base apenas nas afirmações das partes; para esta teoria, não há que se falar em produção de provas para análise das condições da ação. Desta forma, se com o que foi alegado pelo autor, as condições estiverem presentes, posterior análise sobre sua veracidade será considerada decisão de mérito. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO - ASPECTOS GERAIS 4. CONDIÇÕES DA AÇÃO: a) Possibilidade Jurídica do Pedido b) Interesse de Agir c) Legitimidade Ad Causam Efeitos: A ausência de uma das condições da ação leva à carência de ação: CPC: Artigo 330, II e III, § I º, Artigo 485, VI e artigo 354. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: INTERESSE PROCESSUAL, não deve ser confundido com INTERESSE MATERIAL. Interesse Processual é a decisão em relação a invocar a tutela jurisdicional, para proteger seu bem ameaçado (analise subjetiva). No interesse processual não só observa a analise subjetiva, tem que observar o binomio Procesusal – Necessidade + adequação ou utilidade (o meio tem que ser necessário e adequado. O interesse Material ou substancial consiste no interesse de utilIzação de uma oucoisa, com o fim de satisfazer uma necessidade humana. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO - ASPECTOS GERAIS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: INTERESSE DE AGIR E INTERESSE PROCESSUAL São expressões sinônimas, vez que os dois termos tem presentes o interesse processual. O de agir está relacionado ao interesse de ação que é interesse processual. LEGITIMIDADE DE PARTE LEGITIMIDADE ORDINÁRIA Pede a tutela jurisdiconal em nome proprio para resguardar direito próprio (interesse material proprio) LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA OU ANÔMALA OU SUBSTITUO PROCESSUAL Requer a tutela jurisdicional, em nome proprio, buscando resguardar direito de outrem. Conquanto que autorizado pela lei As condições da ação não se confundem com pressupostos processuyais,uma vez que estes dizem respeito a regularidade da relação processual, enquanto condições da ação se referem às condições indispensáveis ao pronunciamento jurisdicional quanto ao mérito. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO - ASPECTOS GERAIS 5. ELEMENTOS DA AÇÃO (Identificadores) a) Partes b) Causa de pedir (ou fundamento do pedido) c) Pedido Efeitos: A ausência de um destes elementos conduzirá à declaração de inépcia da petição inicial ou denúncia: CPC: Artigos 321 e 330 § 1º , I CPC: Artigo 321 CPP: Artigo 108 6. IDENTIDADE DE AÇÕES: Quando os três elementos forem coincidentes CPC: Artigo 337 § 2º 7. CONEXIDADE DE AÇÕES: CPC: Artigo 55 CPP: Artigo 128, § Único. 8. IMPORTÂNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES: a) Extensão do Julgamento CPC: Artigos 141 e 492 CPP: Artigo 423 b) Caracterização da coisa julgada ou da litispendência CPC: Artigo 337, §§§ 1º , 3º e 4º. TEORIA GERAL DO PROCESSO AÇÃO - CLASSIFICAÇÃO 9. ESPECIE DE JURISDIÇÃO ■ JURISDIÇÃO CIVIL a) ações de conhecimento b) ações executivas c) ações cautelares ■ JURISDIÇÃO PENAL ■ AÇÃO PENAL PÚBLICA A) Ação Penal Pública Incondicionada (é a Regra): DENUNCIA - Artigo 24 1ª Parte do CPP e Artigo 100 do CP. B) Ação Penal Pública Condicionada ( é Exceção): Condicionada a representação : artigos 147, 152, 153 e 154 do CP. C) Condicionada a requisição: Ministro da Justiça - artigos 138 e 140 c/c artigo 145 § único do CP. ■ AÇÃO PENAL PRIVADA Ação penal privada: artigo 100 §§2º e 3º do CP e artigo 30 do CPP 9QUEIXA) Ação Penal exclusivamente privada (Regra) ação penal subsidiariamente privada (exceção) ■ AÇÃO POPULAR: Lei 1.079 de 10/04/1950 - crimes de responsabilidade. é TEORIA GERAL DO PROCESSO PROCESSO E PROCEDIMENTO 1. PROCESSO ■ Conceito (do latim procedere = seguir adiante) - ... É Instrumento de que se vale o Estado para solução dos conflitos de interesses. ... É resolver a lide conforme a norma jurídica reguladora da espécie. .... É ambiente através do qual a jurisdição se realiza 2. PROCEDIMENTO: ■ Conceito: ... É a Seqüência de atos dos órgãos jurisdicionais, dos sujeitos da lide ou de terceiros, que se interligam e têm por objetivo comum o provimento final a decisão. ... É a exteriorização do processo, ou conforme conceituação generalizada, é a “veste formal do processo” TEORIA GERAL DO PROCESSO PROCESSO E PROCEDIMENTO 3. NATUREZA JURÍDICA DO PROCESSO: ■ O Processo é um contrato? É uma instituição? É uma situação jurídica? ou, É uma relação jurídica? Á natureza jurídica do processo tem sido objeto de muitas teorias divergentes entre si. Contudo, a partir dos estudos realizados OSKAR BÜLOW, em 1868, em sua Teoria das Exceções dilatória e dos Pressupostos Processuais, ficou cabalmente demonstrado existir no processo uma relação jurídica, em virtude dos nexos que se estabelecem entre os sujeitos processuais (AUTOR/RÉU/JUIZ) estabelecidos pela Lei Processual, produzindo efeitos jurídicos, tal como ocorre com as relações jurídicas regidas pelas normas de direito material. ■ De um modo geral os processualistas atuais, reconhecem no processo o caráter PUBLICISTA, pois que é instrumento de aplicação da lei, utilizado por uma das funções estatais - a JURISDIÇÃO d TEORIA GERAL DO PROCESSO PROCESSO E PROCEDIMENTO ■ O PROCESSO COMO CONTRATO: No século XVII e XIX - coube à Escola Francesa, liderada por POTHIER, conceber o processo como contrato. Tal doutrina desenvolveu-se ligada às raízes romanas do processo, em que este se apresentava com um pacto (LITISCONTESTÁRIO) em que os litigantes voluntariamente se submetiam à autoridade do árbitro, por eles escolhidos. Tal teoria, encontra-se em completo desuso, na medida em que se sabe, hoje, que o processo não é fruto de mero negócio jurídico, atuando mesmo independentemente da vontade das partes ■ O PROCESSO COMO INSITUIÇÃO: ■ Trata-se da teoria defendida por Couture a partir das noções de instituição de Maurice Hauriou e George Renard. ■ O Processo seria instituição na medida em que ; a) haveria um grupo trabalhando a serviço da prestação da tutela jurisdicional; b) existiria uma superioridade do Estado-Juiz em relação as partes; c) haveria durabilidade da obra construída (processo/justiça). ■ Essa teoria é insuficiente para por si só explicar o processo, não o diferenciação de forma clara de outros fenômenos. TEORIA GERAL DO PROCESSO PROCESSO E PROCEDIMENTO ■ O PROCESSO COMO SITUAÇÃO JURÍDICA: Advinda das idéias de Goldschmmidt, nessa teoria o processo seria constituído de um séria de expetativas, ônus e possibilidades jurídicas, que se consubstanciariam em situações jurídicas. O PROCESSO COMO RELAÇÃO JURÍDICA: Toda relação jurídica é constituída de sujeitos que se vinculam em torno de um ou mais objetos. Em torno de objeto emergem, direito, deveres, ônus, faculdades, etc. Ao lado da relação jurídica de direito material, existe portanto um relação processual. Relação processual existem: SUJEITOS OBJETOS VINCULO. O processo é... - Instrumento de atuação da jurisdição - Método de trabalho em que há organização da forma de atuação dos órgãos jurisdicionais - É uma relação jurídica. TEORIA GERAL DO PROCESSO RELAÇÃO JURIDICA PROCESSUAL 4. RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL: ■ Coexistem no processo duas relações jurídicas diversas: ■ DIREITO MATERIAL que no processo se discute ■ DIREITO FORMA que se estabelece entre os sujeitos do processo. ■ Digamos que no processo o autor pleiteie o pagamento de uma quantia que lhe é devida. Antes de peticionar em juízo já existia entre autor e réu um vinculo. Somente depois de vencido o prazo é que o titular do crédito vem a juízo reclamar o inadimplemento. Momento em que se inicia a RELAÇÃO PROCESSUAL TEORIA GERAL DO PROCESSO RELAÇÃO JURIDICA PROCESSUAL ▪ Toda relação jurídica que se instaura tem por finalidade a modificação, extinção ou criação de algum efeito jurídico. ▪ No processo se desenvolve a relação jurídica surgida entre os litigantes e o Estado-Juiz. ▪ A relação jurídica processual é de direito público, na medida em que regula o relacionamento entre as partes e um órgão estatal investido da jurisdição e de todo independente da relação jurÍdica de direito material existente entre os litigantes. (relação angular) JUIZ A B TEORIA GERAL DO PROCESSO RELAÇÃO JURIDICA PROCESSUAL • PARTES: • ADVOGADO • MINISTÉRIO PUBLICO COMO PARTE: • Artigo 177 CPC • MINISTÉRIO PÚBLICO COMO FISCAL DA LEI: • Artigo 178 CPC Litisconsórcio • Litisconsórcio: Duas ou mais pessoas litigando no mesmo processo, ativa e passivamente. • Quanto a posição das partes – Ativo – Passivo – Misto – Multitudinário Litisconsórcio Quanto ao momento da formação: Inicial: A formação é pleiteada na inicial. Incidental ou ulterior: Dá-se após a propositura da ação. Litisconsórcio • Quanto á obrigatoriedade da formação. • Necessário ou obrigatório (art 114, 1ª da parte)= Decorre de imposição legal (art. 73) ou da natureza da relação jurídica. • Facultativo= Fica ao arbítrio do autor desde que se enquadre nas hipóteses do art.113. Litisconsórcio • Quanto à uniformidadedecisão: • Simples = A decisão não tem que ser uniforme. • Unitária = Decisão uniforme para todos os litigantes. ATOS PROCESSUAIS 1. Conceito: É todo o ato praticado pelos sujeitos do processo visando a criação, modificação ou extinção da relação jurídica processual. JU IZ AUT OR RÉ U ATOS DAS PARTES: Atos postulatórios Atos probatórios Atos de disposição (Renúncia; Reconhecimento Jurídico do Pedido; Transação; Desistência) ATOS DO JUIZ: Despachos de Mero Expediente Decisão Interlocutória Sentença (Terminativa e Definitiva) ATOS PROCESSUAIS 2. Lugar onde devem ser praticados: Os atos processuais, ordinariamente, são praticados na sede do juízo. Contudo há exceções em virtudes de prerrogativas pessoais decorrentes do exercício de função (critério da deferência), como o Presidente da República, governadores, deputados e membros do Poder Judiciário, quando o interesse público demandar, ou s existir obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz (ex. pessoa enferma) ATOS PROCESSUAIS 3. Momento em que são praticados: a) DIAS: Úteis b) HORÁRIO: Entre as 6:00 horas e as 20:00 horas • A Lei permite, mediante determinação do juiz, a pratica de atos processuais após as 20:00 horas, se a interrupção for prejudicial à diligência (lacração de uma empresa, Perícia, arrolamento, ) ou resultar em grave dano. • Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido, observado o disposto no art. 5, inciso XI, da Constituição Federal. Art. 212, § 1º e 2º, CPC. ATOS PROCESSUAIS c) Férias e feriados: 1. O Artigo 214 do CPC, impõe que durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais, com exceção dos seguintes: • os atos previstos no art. 212, § 2º; a citação, a fim de evitar perecimento de direito, as intimações, a penhora, observado o disposto no art. 5º, XI da CF, e a tutela de urgência. • 2. O Artigo 215 do CPC, impõe que se processam durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência os seguintes atos: • Os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento; • A ação de alimentos, e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador • Os processos que a lei determinar ATOS PROCESSUAIS 4. Tempo dos Atos Processuais: a) Conceito: PRAZO, é a delimitação de tempo dentro do qual deve ser praticado o ato processual, assegurando que o processo se desenvolva através do iter procedimental. Termo: são marcos (limites) que determinam a fração chamada prazo. Prazo: ocorre justamente entre dois termos: tem inicio com o advento do termo aquo e se expira com o advento do termo ad quem. b) Classificação: DILATÓRIOS – É o prazo dentro do qual não é permitida a pratica de ato processual,que somente pode ser realizado depois de ultimado o termo final ATOS PROCESSUAIS • PEREMPTÓRIOS - É o prazo dentro do qual deve ser praticado sob pena de, não o sendo, não poder sê-lo mais. São em regra, prazos decorrentes da lei e que não podem ser prorrogados, • LEGAL – Quando o prazo é estipulado pela lei • CONVENCIONAL – quando são convencionados pelas partes • COMUM – é aquele que transcorre para ambas as partes concomitantemente. De regra, corre em cartório ou na secretaria. • ESPECIAL – é aquele que beneficia apenas uma das partes. Assim, os prazos em dobro assinalados à Fazenda Pública e às autarquias (art. 180 CPC) • PRÓPRIO – è assinalado às partes , com as conseqüências que defluem do seu cumprimento ou descumprimento. • IMPRÓPRIO – Assinalado ao juiz e aos auxiliares da justiça, cujo descumprimento pode gerar apenas medidas de ordem disciplinar. É também chamado de prazo programático ATOS PROCESSUAIS REVELIA – É a situação em que se encontra o réu que deixou transcorrer in albis o prazo para defesa PRECLUSÃO – Objetivamente, consiste num fato impeditivo, destinado a garantir o avanço gradual do processo, evitando recuo à fases anteriores. Subjetivamente representa a perda de um direito ou faculdade, por não ter sido exercido dentro do prazo ou por se haver esgotado pelo seu exercício. Não é sanção e nem penalidade. A doutrina aponta três tipos: – Temporal – resulta do não exercício da faculdade ou direito dentro do prazo assinalado pela Lei. Ex. O réu não contesta – Lógica – resulta de incompatibilidade de um ato praticado com outro que não se pretende praticar. Ex. quem pediu para purgar a mora, não pode contestar; – Consumativa – resulta da circunstancia de que a faculdade já foi validamente exercitada. FORMAÇÃO DO PROCESSO CÍVEL RELAÇÃO PROCESSUAL: JU IZ AUT OR RÉ U PETIÇÃO INICIAL CITAÇÃO DO RÉU FORMAÇÃO DO PROCESSO PENAL • INQUERITO DENÚNCIA JUIZ CITAÇÃO DO RÉU M P IN TE R R O G A TÓ R IO JU LG A M EN TO IN TQ U IR IÇ Ã O T T D EF ES A P R EV IA IN TQ U IR IÇ Ã O T T A LE G A Ç Õ ES F IN A IS
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