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Negócios Internacionais - Slides de Aula Unidade IV

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UNIDADE IV
Prof. Fernando Gorni
Negócios Internacionais
 Vamos analisar os tipos de contratos realizados no comércio internacional. No 
comércio internacional, determinadas fórmulas contratuais relativas às condições 
de transferência de mercadorias têm grande aplicação.
 Ocorre que o comércio internacional é desenvolvido por 
meio de inúmeros contratos celebrados entre os agentes 
econômicos, em sua maioria, contratos internacionais. Os 
contratos internacionais se distinguem dos contratos 
internos por estarem tutelados por normas internacionais, 
isto é, por aferição de fontes internacionais. Há a 
vinculação a um ou mais sistemas jurídicos estrangeiros, 
além de outros componentes que acabam por constituir 
um elemento de estraneidade (que significa a condição 
jurídica de um estrangeiro no país em que se encontra).
Contratos comerciais internacionais
 A Convenção de Viena sobre compra e venda internacional, de 1980, dispõe, em 
seu artigo primeiro, parágrafo segundo, que “entende-se que um contrato é 
internacional quando as partes no mesmo tiverem sua residência habitual ou 
estabelecimento sediado em diferentes Estados-partes”. Há, ainda, nos contratos 
internacionais, a possibilidade de as partes escolherem a lei aplicável.
 Conceitos: Contrato pode ser conceituado como o acordo 
de vontades que tem por finalidade dispor acerca da 
aquisição, resguardo, modificação ou extinção de direitos. 
O contrato mercantil é aquele que tem por objetivo regular 
um desses aspectos, mas sempre vinculado à prática de 
algum ato de comércio.
Contratos comerciais internacionais
 No contrato interno ou doméstico, a relação jurídica é submetida a uma única 
ordem judicial. 
 No contrato internacional, uma das partes encontra-se submetida a outra ordem 
jurídica, que pode dispor de normas de diferentes naturezas para o mesmo tema.
 Os contratos podem ser celebrados de forma solene, ou seja, por escrito, ou de 
modo mais informal, verbalmente, por exemplo.
 Tipos de contratos internacionais: o primeiro problema que 
se coloca é a identificação do contrato como um contrato 
internacional. Para o Direito Comercial, é um contrato 
internacional aquele que pode sofrer a aplicação de 
normas de dois ou mais Estados.
Contratos comerciais internacionais
 Dessa forma, os contratos celebrados entre empresas constituídas em diferentes 
Estados serão considerados internacionais. No Brasil, o contrato internacional é 
regido pela lei do país em que ele foi constituído.
Vejamos o que diz o art. 9º, da Lei de Introdução ao Código Civil:
 Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que 
se constituírem.
 § 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil 
e dependendo de forma essencial, será esta observada, 
admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato.
 § 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se 
constituída no lugar em que residir o proponente 
(BRASIL, 1942).
Contratos comerciais internacionais
 Nesse sentido, um contrato celebrado na Itália, para o ordenamento jurídico 
brasileiro, é regido pelas leis italianas, o que faz o juiz brasileiro aplicar a lei 
estrangeira em um processo aqui no país. Mas alguns autores defendem a 
autonomia da vontade das partes contratantes. 
 O desenvolvimento do comércio internacional tem como 
pressuposto a segurança jurídica, portanto, os contratos 
internacionais são instrumentos do comércio internacional. 
Assim sendo, a questão fundamental que se impõe aos 
contratos internacionais é a lei que lhes é aplicável. As 
partes, visando a fugir aos conflitos de leis, estabelecem 
práticas que objetivam possibilitar segurança jurídica aos 
contratos internacionais.
Contratos comerciais internacionais
De acordo com Racy (2006), entre os contratos internacionais típicos, temos:
 comfort letters (é a garantia pela qual uma sociedade-mãe, que pode ser 
controladora ou garantidora, mediante a emissão de uma “carta”, garante ao 
credor de sua controlada o pagamento do débito desta última);
 cartas de intenção;
 crédito documentário;
 forfaiting (financiamento pós-embarque através da venda, 
pelo exportador brasileiro ou pelo exportador estrangeiro, 
dos recebíveis da exportação a uma instituição 
estabelecida no exterior);
 factoring (contrato pelo qual um comerciante ou industrial 
cede, total ou parcialmente, a uma instituição financeira 
créditos de vendas feitas a terceiros);
Contratos comerciais internacionais
 uso de marcas e patentes;
 transferência de tecnologia;
 know-how;
 turn-key;
 engineering;
 assistência técnica;
 loan agreement (contrato de empréstimo);
 investimento estrangeiro;
 franchising;
 countertrade;
 leasing;
 joint venture;
 catering;
 agência internacional.
Contratos comerciais internacionais
 Nas relações comerciais, o contrato de compra e venda é o protótipo contratual no 
direito das obrigações brasileiro, o mesmo acontece no meio internacional. Sua 
importância deriva do fato de que a ele estão ligados diversos outros contratos que 
o viabilizam.
 Podemos entender por compra e venda o contrato pelo qual uma parte (vendedor) 
obriga-se a transferir para outra (comprador) um determinado bem, mediante o 
recebimento de um pagamento (preço).
 No processo de uma exportação intervêm, basicamente, 
dois sujeitos, entre os quais se celebra o contrato de 
compra e venda internacional de mercadorias: o 
exportador (ou vendedor) e o importador (ou comprador), 
localizados em países diferentes.
Contratos comerciais internacionais
Como na compra e venda internacional, as partes encontram-se localizadas em 
países distintos, isso faz com que as vendas internacionais de mercadorias sejam 
combinadas quase sempre a distância, o que acarreta um conjunto de 
consequências. A distância entre o exportador e o importador determina que o 
contrato de compra e venda internacional de mercadorias seja um contrato do tipo 
consensual. Além dos contratos citados, temos na área de comércio exterior os tipos 
de contrato descritos a seguir:
 O contrato de câmbio é o instrumento pelo qual se efetua 
a troca de divisas estrangeiras por nacionais e vice-versa. 
Nele consta, entre outras informações, qual moeda 
estrangeira está sendo comprada ou vendida, a taxa 
contratada, o valor correspondente à moeda nacional, os 
nomes do comprador e do vendedor e suas 
respectivas assinaturas.
Contratos comerciais internacionais
 Já o contrato de transporte é, em geral, regulado por meio de contratos especiais, 
de transporte marítimo, ferroviário lacustre, aéreo ou rodoviário, com cláusulas 
típicas em função do meio de transporte utilizado. Em relação ao contrato de 
transporte, as mercadorias objeto de exportação devem ser expedidas pelo 
exportador ao importador por meio de um transportador encarregado de levá-las 
até o destino acertado. Dessa forma, um segundo contrato, o de transporte, fica 
registrado em um documento que o instrumenta, que poderá ser o conhecimento 
de embarque marítimo (bill of lading), o conhecimento de embarque aéreo (airway 
bill), o conhecimento de transporte internacional por rodovia (CRT) ou o intermodal 
de transporte ferroviário (TIF). O preço pago pelo transporte 
denomina-se frete e consta, por sua vez, de uma fatura ou 
comprovante de pagamento de frete.
Contratos comerciais internacionais
 O contrato de seguro é fundamental para as partes envolvidas no contrato de 
compra e venda internacional. A seguradora, mediante o pagamento de um prêmio 
acordado, compromete-se a pagar uma indenização em caso de sinistro que afete 
a carga transportada. Nesse sentido, o contrato de seguro, por sua vez, é muito 
importante, haja vista que, durante a viagem, a mercadoria está exposta a diversos 
riscos, por isso, normalmente, é assegurada, intervindo na operação um quarto 
sujeito, a seguradora,do que resulta a celebração de um novo contrato, o de 
seguro, que se expressa em um novo documento, a apólice de seguro. 
 O preço pago à seguradora denomina-se prêmio e consta, 
por sua vez, de um documento denominado certificado de 
seguro. No processo de negociação, esse é um dos 
aspectos que as partes devem considerar. A negligência 
dos contratos de seguro poderá acarretar prejuízos.
Contratos comerciais internacionais
No contrato de seguro, quando se usa o termo “prêmio”, tem-se o significado de que:
a) É a indenização ou reparação que o segurado tem direito em caso de sinistro.
b) É o valor ou prestação paga pelo segurado para ter a proteção da seguradora.
c) É a indenização que o segurado tem com base no que consta da apólice e a esta 
vinculando os riscos contratados.
d) É um bônus que a seguradora concede ao segurado, quando se renova o 
contrato, em que o cliente não fez uso do seguro no ano anterior.
e) É a garantia de risco proveniente de ato doloso, que 
exige estipulação expressa e destacada no contrato.
Interatividade
No contrato de seguro, quando se usa o termo “prêmio”, tem-se o significado de que:
a) É a indenização ou reparação que o segurado tem direito em caso de sinistro.
b) É o valor ou prestação paga pelo segurado para ter a proteção da seguradora.
c) É a indenização que o segurado tem com base no que consta da apólice e a esta 
vinculando os riscos contratados.
d) É um bônus que a seguradora concede ao segurado, quando se renova o 
contrato, em que o cliente não fez uso do seguro no ano anterior.
e) É a garantia de risco proveniente de ato doloso, que 
exige estipulação expressa e destacada no contrato.
Resposta
Temos, ainda, outros tipos de contrato, que vamos descrever a seguir:
 O contrato de representação ou agente internacional estabelece que uma pessoa 
física ou jurídica representará o exportador em determinado mercado estrangeiro, 
tornando-se representante legal de seus produtos e interesses. O agente receberá 
uma comissão previamente acordada pelas vendas e serviços realizados.
 O contrato de agência representa uma das formas de 
colocação de produtos e serviços de que o comerciante 
pode se valer no comércio internacional.
Contratos comerciais internacionais
 Estrutura dos contratos internacionais.
 Denominação do contrato; Qualificação das partes Intervenientes (No caso de 
empresas: neste ato representada por qualificação do representante); Preâmbulo 
(introdução, início ou declaração inicial); Cláusula de definições; Cláusula de 
interpretação; Objeto contratual; Obrigação das partes; Cláusula de pagamentos; 
Tributos; Cláusulas declaratórias (Relativas à capacidade da parte; Vinculação 
legal; Especificidades legais para a validade e exequibilidade do contrato; Não 
ocorrência de inadimplemento; Veracidade e integridade das informações; 
Inexistência de ações judiciais); Disposições gerais (Adiantamentos; 
Não renúncia; Notificações; Cessão; Títulos; Lei e foro); 
Questões de cunho ambiental.
Contratos comerciais internacionais
No comércio internacional, agência é contrato corriqueiro, no entanto devem ser 
observados os seguintes fatores:
 A legislação do país-alvo, no qual a agência se desenvolverá, deve ser analisada 
por meio de consultoria local, de modo a definir claramente os direitos e 
obrigações das partes.
 O representado deve ser cauteloso ao definir sua estratégia de distribuição de 
produtos ou serviços, pois o agente escolhido deverá contribuir positivamente para 
firmar a imagem do produto ou serviço divulgado no país-alvo.
 A pessoa física ou jurídica contratada como agente deverá 
ser idônea.
 O esquema de aprovação de propostas e formalização 
dos contratos de venda de produtos ou serviços deverá 
ser claramente definido.
Contratos comerciais internacionais
As cláusulas que devem ser observadas nos contratos de agência são:
 Identificação precisa e detalhada dos produtos e do território de atuação 
do agente.
 Definição da existência (ou não) de obrigação do agente de atuar com 
exclusividade em relação àquele tipo de produto ou em relação ao tipo de negócio 
da empresa representada.
 Definição da existência (ou não) de obrigação do representado de utilizar o agente 
apenas no território designado.
 Caracterização, como decorrência natural da cláusula de 
exclusividade, do agente que recebe remuneração por 
quaisquer produtos/serviços vendidos no território, por seu 
intermédio ou não.
Contratos comerciais internacionais
 Caracterização da possibilidade de virem a ser agregados outros produtos ou 
territórios ao contrato.
 Forma de propaganda dos produtos, de divulgação do material de propaganda do 
representado para o agente e de angariamento de propostas.
 Submissão de propostas para aprovação do representado e condições para a 
aprovação ou para a razoável negativa de aprovação.
 Formalidades para assinatura dos contratos angariados.
 Definição das obrigações das partes, inclusive de diligência do agente.
 Definição da remuneração e da sua forma de cálculo 
sobre o preço efetivamente recebido pelos 
produtos/serviços vendidos.
Contratos comerciais internacionais
 Dever do agente de manter confidencialidade quanto aos segredos comerciais e 
informações relativas ao representado e seus produtos/serviços.
 Condições para a rescisão antecipada do contrato e respectiva indenização etc.
As principais fontes de controvérsias que envolvem o contrato de agência e que 
devem ser consideradas pelas partes são:
 Conflitos decorrentes da inidoneidade do agente ou de sua atuação indevida, 
sabotando a colocação dos produtos do representado em favor de concorrentes.
 Questões relacionadas à cobrança pelos agentes de 
comissões relativas a contratos não angariados pelos 
agentes, mas firmados no território previsto no contrato.
Contratos comerciais internacionais
 Cobrança de reembolso de despesas incorridas pelo agente em prol dos contratos 
de agência que o representado não reconhece dever.
 Rescisão antecipada (e indevida) de contrato pelo representado, sem considerar o 
pagamento da indenização prevista.
 Os contratos deverão ser harmonicamente inter-
relacionados, para que se evitem quaisquer discrepâncias 
nas instruções e condições contidas nos diferentes 
instrumentos contratuais.
Contratos comerciais internacionais
Em relação a cada espécie de contrato é correto afirmar:
a) A compra e venda podem ter por objeto coisa atual ou futura; neste caso, ficará 
sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era 
de concluir contrato aleatório.
b) A doação feita em contemplação do merecimento do donatário perde o caráter de 
liberalidade por parte do doador.
c) O comodato perfaz-se com a tradição do objeto e significa o empréstimo gratuito 
de coisas fungíveis.
d) O mandato pode ser expresso ou tácito, mas somente se 
outorga por escrito, por se tratar de contrato formal.
e) A transação interpreta-se restritivamente, por ela 
transmitindo-se, declarando e reconhecendo direitos.
Interatividade
Em relação a cada espécie de contrato é correto afirmar:
a) A compra e venda podem ter por objeto coisa atual ou futura; neste caso, ficará 
sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era 
de concluir contrato aleatório.
b) A doação feita em contemplação do merecimento do donatário perde o caráter de 
liberalidade por parte do doador.
c) O comodato perfaz-se com a tradição do objeto e significa o empréstimo gratuito 
de coisas fungíveis.
d) O mandato pode ser expresso ou tácito, mas somente se 
outorga por escrito, por se tratar de contrato formal.
e) A transação interpreta-se restritivamente, por ela 
transmitindo-se, declarando e reconhecendo direitos.
Resposta
 Contrato de know-how, que significa saber fazer alguma coisa. Esse contrato se dá 
mediante o pagamento de royalties. Uma pessoa física ou jurídicacede a outrem 
os direitos de uso da propriedade intelectual sobre fórmulas, técnicas 
ou processos exclusivos.
 Também temos o contrato denominado joint-venture, que significa 
empreendimento em conjunto. Esse contrato vincula a participação de duas ou 
mais partes em determinado empreendimento.
 Temos ainda o contrato de exportação de serviços, que 
tem por finalidade as vendas de serviços ao exterior, que 
engloba os serviços de assessoria, engenharia, 
arquitetura e consultoria.
Contratos comerciais internacionais
 Outro tipo de contrato utilizado no comércio exterior são os denominados 
Incoterms, definidos como cláusulas contratuais inseridas nos contratos de compra 
e venda de mercadorias, que determinam a condição de entrega do bem e o 
momento em que se dará a transferência da responsabilidade jurídica entre 
comprador e vendedor, denominado ponto crítico.
 Os Incoterms são cláusulas de um contrato de compra e 
venda e com este não se confundem. Os termos cuidam 
apenas da relação jurídica entre comprador e vendedor, 
nos termos pactuados, não interferem, portanto, 
nos contratos de transporte das mercadorias, 
realizados por terceiros.
Incoterms
 Nos Incoterms estão descritas as condições, que são próprias a cada um, das 
modalidades de vendas usualmente adotadas, e a regra respectiva detalha 
minuciosamente as obrigações e direitos do vendedor e do comprador.
 Os Incoterms não alcançam a negociação de bens intangíveis ou serviços, e o 
mais importante é que estabelecem o nível de responsabilidade e as obrigações 
que devem ser assumidas por compradores e vendedores em relação às 
mercadorias negociadas. De igual modo, são também condição necessária e 
suficiente para a reclamação, em juízo oficial ou arbitral, de eventuais direitos
decorrentes do inadimplemento do contrato de compra 
e venda, no que tange às condições de entrega.
Incoterms
 A versão de 2010 dos Incoterms, conhecido atualmente como Incoterms 2010, que 
passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2011, contempla 11 termos e 
esclarece que os padrões podem ser utilizados tanto nos contratos de compra e 
venda nacionais como internacionais.
 A fim de facilitar o entendimento, os Incoterms foram agrupados em quatro 
categorias: grupo E (partida); grupo F (transporte internacional não pago); grupo C 
(transporte internacional pago); grupo D (chegada).
Incoterms
 Incoterms: Grupo E
 EXW (Ex Works), traduzido por “no local de produção”. O exportador acondiciona a 
mercadoria na embalagem de transporte (caixa, saco) e disponibiliza-a em seu 
próprio estabelecimento. Cabe ao importador estrangeiro adotar todas as 
providências para retirada da mercadoria do estabelecimento do exportador, tais 
como: transporte interno, embarque para o exterior, licenciamentos, contratações 
de frete e de seguro internacionais etc., sem que esta esteja desembaraçada para 
exportação e não carregada em qualquer veículo coletor.
 Não deve ser utilizado quando o importador não está apto 
para, direta ou indiretamente, obter os documentos 
necessários à exportação da mercadoria.
Incoterms
 Os termos de Incoterms: FCA, FAS, FOB.
 FCA (Free Carrier), ou seja, “transportador livre” (local designado). O exportador 
entrega a mercadoria, desembaraçada para exportação, aos cuidados do 
transportador internacional indicado pelo importador, no local designado do país de 
origem. Cabe ao importador contratar frete e seguro internacional.
 FAS (Free Alongside Ship), traduzido como “livre no 
costado do navio” (no porto de embarque). O exportador 
coloca a mercadoria ao longo do costado do navio 
transportador, no porto de embarque. O importador 
contrata frete e seguro internacionais.
Incoterms
 FOB (Free On Board), que significa “livre a bordo” (no porto de embarque 
designado). A responsabilidade do exportador sobre a mercadoria vai até a 
transposição da amurada do navio, no porto de embarque, embora a colocação da 
mercadoria a bordo do navio seja também, em princípio, tarefa a cargo do 
exportador, exportação. O importador contrata o frete internacional.
 Os termos de Incoterms: CFR, CIF, CPT e CIP.
 CFR (Cost and Freight) que significa “custo e frete” até o 
porto de destino designado. O exportador assume todos 
os custos anteriores ao embarque internacional, bem 
como a contratação do frete internacional, para transportar 
a mercadoria até o porto de destino indicado.
Incoterms
 CIF (Cost, Insurance and Freight) significa “custo, seguro e frete” até o porto de 
destino designado. O exportador tem as obrigações do CFR e, adicionalmente, 
contratar o seguro marítimo contra riscos de perdas e danos durante o transporte.
 CPT (Carriage Paid to...) significa “transporte pago até...” 
(local de destino designado). O exportador contrata o frete 
pelo transporte da mercadoria até o local designado. Os 
riscos de perdas e danos na mercadoria, bem como 
quaisquer custos adicionais devido a eventos ocorridos 
após a entrega da mercadoria ao transportador são 
transferidos pelo exportador ao importador, quando a 
mercadoria é entregue à custódia do transportador.
Incoterms
 CIP (Carriage and Insurance Paid to...), que se traduz em “transporte e seguros 
pagos até...” (local de destino). O exportador tem as obrigações definidas no CPT 
e, adicionalmente, arca com o seguro contra riscos de perdas e danos da 
mercadoria durante o transporte internacional.
 Os termos de Incoterms: DAT, DAP e DDP.
 DAT (Delivered at Terminal) foi criado em substituição ao 
termo DEQ. Com a utilização desse novo termo, a 
mercadoria poderá ser entregue num terminal portuário, 
como já ocorria com o termo DEQ, ou em outro terminal 
localizado fora do porto de destino.
Incoterms
 DAP (Delivered at Place), por sua vez, surgiu em substituição aos termos DAF, 
DES e DDU. Utilizando-se esse novo Incoterm, a mercadoria poderá ser entregue 
no porto de destino, ainda dentro do navio transportador e antes de ser 
desembarcada para importação, mediante os quais a mercadoria será entregue na 
fronteira ou em algum local no interior do país de destino que for designado 
pelo comprador. 
 DDP (Delivered Duty Paid) – “entregue com direitos 
pagos” no local de destino designado. O exportador 
entrega a mercadoria no local designado do país de 
destino final, desembaraçada para importação. O 
exportador assume todos os riscos e custos, inclusive 
impostos, taxas e outros encargos incidentes na 
importação. É o Incoterm que oferece o maior grau de 
responsabilidade para o vendedor.
Incoterms
Em uma negociação de embarque entre exportador e importador, o Incoterm a ser 
estabelecido deve envolver a contratação prévia de seguro por parte do comprador. 
Considerando essa situação, os dois possíveis Incoterms (revisão 2010) que exigem 
a contratação do seguro neste contrato de transporte internacional são:
a) CIF e o CIP.
b) CFR e o FOB.
c) EXW e o FCA.
d) CIF e o EXW.
e) DDP e o DAT.
Interatividade
Em uma negociação de embarque entre exportador e importador, o Incoterm a ser 
estabelecido deve envolver a contratação prévia de seguro por parte do comprador. 
Considerando essa situação, os dois possíveis Incoterms (revisão 2010) que exigem 
a contratação do seguro neste contrato de transporte internacional são:
a) CIF e o CIP.
b) CFR e o FOB.
c) EXW e o FCA.
d) CIF e o EXW.
e) DDP e o DAT.
Resposta
 A arbitragem é uma forma alternativa de solução de controvérsia que envolve 
direitos patrimoniais disponíveis, que são aqueles que, além de poder ser 
avaliados pecuniariamente, podem ser objeto de transação, renúncia ou cessão.
 No Brasil, a arbitragem é regulada pela Lei nº 9.307/96, que buscou inscrever o 
país dentro de um contexto internacional que vem prestigiando a arbitragem como 
instituto jurídico.
A Lei Modelo de Arbitragem Uncitral descreve o procedimento e o que deve ser 
realizado para ter a arbitragem definidapor essa lei. Define o art. 1º (3):
Uma arbitragem é internacional se:
a) As partes em uma convenção de arbitragem tiverem, no 
momento da sua conclusão, as suas sedes comerciais 
em diferentes Estados; ou
Arbitragem
b) Um dos locais a seguir referidos estiver situado fora do Estado no qual as partes 
têm a sua sede;
 (i) O local da arbitragem, se determinado na, ou de acordo com, convenção 
de arbitragem;
 (ii) Qualquer local onde deva ser cumprida uma parte substancial das obrigações 
resultantes da relação comercial ou o local com o qual o objeto da disputa tenha 
vínculos mais estreitos; ou
c) As partes tiverem convencionado expressamente que o 
objeto da convenção de arbitragem envolve mais de um 
país (GREGORIO, [s.d.]).
Arbitragem
 A Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional (Uncitral) 
elaborou modificações em 2006 na Lei Modelo de Arbitragem Internacional, a qual 
propõe aos países adotarem-na com o intuito de harmonizar e tornar unas as 
normas jurídicas internacionais, trazendo menos burocracia e diminuindo a 
diversidade de legislações de maneira a não ofender a soberania das nações em 
decisões de cortes internacionais.
A Lei Modelo de Arbitragem Uncitral prevê ainda:
 A própria cláusula arbitral, antevendo no contrato que qualquer controvérsia será 
submetida à arbitragem.
 O compromisso, que é o acordo firmado pelas partes em 
litígio, depois de iniciada a execução do contrato, e pelo 
qual elas submetem a controvérsia à solução arbitral.
Arbitragem
 Arbitragem ad hoc é quando as partes não se vinculam pelo contrato à regra de 
nenhuma instituição arbitral. Já a arbitragem institucional é quando a cláusula do 
contrato se refere à submissão do conflito à arbitragem de acordo com as regras 
de alguma entidade arbitral. A arbitragem privada é aquela em que as partes 
resolvem submeter suas lides, resultantes de determinadas relações jurídicas de 
direito privado, a um tribunal arbitral.
Arbitragem
 Fundo Monetário Internacional (FMI): Criado em 1944, na Conferência 
Internacional de Bretton Woods, o FMI é uma agência especializada da ONU, com 
sede em Washington, que integra o sistema financeiro internacional, ao lado do 
Bird e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e foi criado com a 
finalidade de promover a cooperação monetária entre os países, coordenar as 
paridades monetárias (evitar desvalorizações desleais) e levantar fundos entre os 
diversos países-membros para auxiliar os que encontrassem dificuldades nos 
pagamentos internacionais.
Sistema financeiro internacional
 Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird): O Bird, também 
conhecido como Banco Mundial ou Banco Internacional, foi criado com o FMI na 
Conferência de Bretton Woods. Seu objetivo é favorecer a reconstrução dos 
países devastados pela Segunda Guerra Mundial e promover o desenvolvimento 
das regiões mais pobres, sendo um organismo fornecedor de créditos a médio e 
longo prazos, agindo como captador de capitais internacionais para investimentos 
produtivos em países subdesenvolvidos. No caso de não conseguir esses 
recursos, ele poderá emprestar parte de seu próprio capital.
Sistema financeiro internacional
 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): o BID foi criado, em 8 de abril de 
1959, com a finalidade de financiar o desenvolvimento dos países 
subdesenvolvidos da América Latina e Caribe. Seu capital inicial foi de US$ 1 
bilhão e sua administração e funcionamento correspondem, em parte, à
administração e funcionamento do Bird. Os recursos de capital são a parcela de 
capital subscrita por todos os países-membros. O fundo para operações especiais 
são recursos fornecidos por todos os países-membros para serem aplicados em 
financiamentos sob condições especiais.
 Os fundos fiduciários são os pertencentes a países-
membros e não membros e administrados pelo BID 
mediante acordos.
Sistema financeiro internacional
As formas de pagamento reguladas e permitidas pelo Banco Central são:
 Remessa antecipada ou pagamento antecipado, o importador remete ao 
exportador previamente o valor da transação. Somente depois de ter recebido o 
dinheiro, o exportador providencia o embarque da mercadoria e envia ao 
importador a respectiva documentação. Portanto, primeiro paga-se a mercadoria 
para depois recebê-la.
 A modalidade de cobrança é regida pela Publicação no 
522 da Câmara de Comércio Internacional (CCI), na qual 
o exportador, após o embarque da mercadoria, entrega a 
documentação a um banco (banco remetente) para que 
seja encaminhada a outro banco no país do importador 
(banco cobrador), que se encarregará de obter 
o pagamento ou aceite e posterior pagamento 
do importador.
Modalidades de pagamento
 Já na remessa sem saque, o exportador envia diretamente ao importador (sem 
usar a via bancária) a fatura e o conhecimento de embarque; não emite um saque, 
o que significa que não há prazo para pagamento. Recebidos os documentos, o 
importador promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e providencia a 
remessa da quantia respectiva para o exterior. Nesse caso, o exportador deve 
confiar na idoneidade do importador, porque fica sem garantia, razão pela qual 
essa modalidade é mais comum nas operações realizadas entre matrizes e filiais.
Modalidades de pagamento
 A modalidade de pagamento mais vantajosa para as partes, ou seja, importador e 
exportador, é o crédito documentário, também conhecida como carta de crédito. É 
a forma de pagamento mais utilizada no comércio internacional e também a mais 
segura para o importador e para o exportador. A Câmara de Comércio 
Internacional de Bruxelas divulgou as normas a serem seguidas quanto à abertura, 
à utilização e à liquidação do crédito no documento denominado regras e usos 
uniformes sobre créditos documentários. O que diferencia essa forma de 
pagamento das demais é que, nessa modalidade, quem efetua o pagamento direto 
pela transação não é o importador, e sim um banco nomeado pelo documento.
 Para o exportador, há a garantia do pagamento após 
apresentação e análise dos documentos, pois o 
importador já depositou o dinheiro na ocasião da abertura 
da carta de crédito e o banco fornece a garantia 
do pagamento.
Modalidades de pagamento
 O dicionário Houaiss define ética como parte da filosofia responsável pela 
investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o 
comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das 
normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. 
E, também, define como sendo um conjunto de regras e preceitos de ordem 
valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
 O que induz mais ruído em negociações internacionais são os aspectos culturais, 
que são mal-entendidos e confundidos com diferenças éticas. Os aspectos 
culturais que precisam ser realçados são: o protocolo, a religião, o uso das cores e 
o significado delas em cada cultura, a linguagem corporal, 
os costumes de alimentação e os presentes. Uma ideia 
comum é que o suborno é esperado, aceito e habitual em 
alguns países. Suborno está errado em qualquer lugar 
do mundo.
Ética nos negócios internacionais
Um contrato internacional entre um exportador brasileiro de laranjas e o comprador 
americano previu que em caso de litígio fosse utilizada a arbitragem, realizada pela 
Câmara de Comércio Internacional. O exportador brasileiro fez a remessa das 
laranjas, mas estas não atingiram a qualidade estabelecida no contrato. O 
comprador entrou com uma ação no Brasil para discutir o cumprimento do contrato. 
O juiz decidiu:
a) Extinguir o feito sem julgamento de mérito, em face da cláusula arbitral.
b) Deferir o pedido na forma requerida.
c) Indeferir o pedido porque o local do cumprimento do 
contrato é nos Estados Unidos.
d) Deferir o pedido, em razão da competênciaconcorrente 
da justiça brasileira.
e) Não julgar pela língua usada nas cláusulas contratuais.
Interatividade
Um contrato internacional entre um exportador brasileiro de laranjas e o comprador 
americano previu que em caso de litígio fosse utilizada a arbitragem, realizada pela 
Câmara de Comércio Internacional. O exportador brasileiro fez a remessa das 
laranjas, mas estas não atingiram a qualidade estabelecida no contrato. O 
comprador entrou com uma ação no Brasil para discutir o cumprimento do contrato. 
O juiz decidiu:
a) Extinguir o feito sem julgamento de mérito, em face da cláusula arbitral.
b) Deferir o pedido na forma requerida.
c) Indeferir o pedido porque o local do cumprimento do 
contrato é nos Estados Unidos.
d) Deferir o pedido, em razão da competência concorrente 
da justiça brasileira.
e) Não julgar pela língua usada nas cláusulas contratuais.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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