Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Técnicas de Exodontia : As cirurgias de exodontias exigem um conhecimento técnico do cirurgião-dentista. Conhecer os materiais, as manobras e os conceitos específicos para cada padrão são fundamentais para se atingir o sucesso na prática clínica. As técnicas são divididas em 3: Técnica I: Todo instrumental tem um cinemática específica. Os movimentos envolvidos no uso do fórceps são: Cunha: é a apreensão do dente, propriamente dita, permitindo que a parte ativa adentre o espaço periodontal, auxiliando na desinserção das fibras e na expansão óssea. Intrusão: é um dos movimentos mais importantes, sendo mantido constantemente até a avulsão dentária. A intrusão tem o objetivo de transferir o fulcro de rotação o mais apical possível, permitindo que eixo de rotação evite a fratura das porções apicais da raiz. Lateralidade: consiste na luxação propriamente dita, fazendo movimentos de lateralidade vestíbulo-lingual. Tal movimento permite que haja expansão óssea das corticais, facilitando a avulsão dentária. A lateralidade mésio-distal não é possível pela impossibilidade de expansão das corticais proximais e pela presença dos dentes adjacentes, impedindo a colocação do fórceps. Lembrar sempre de proteger a cavidade com a mão oposta, impedindo que haja desvio do instrumental. Rotação: utilizado apenas para os dentes unirradiculares. Tração: refere-se ao movimento de avulsão, removendo o dente luxado do alvéolo. * Ressalta-se que a empunhadura do fórceps é dígito-palmar. Tipos e caracterização dos fórceps: * para dentes ântero-superiores o cabo e os mordentes encontram-se no mesmo alinhamento reto, diferentemente dos fórceps para póstero-superiores, que possuem duas curvaturas * para dentes inferiores, os fórceps apresentam apenas uma curvatura (monoangulados), estando os mordentes e o cabo em relação perpendicular · 151: utilizada para ICI, ILI, CI, 1º PMI e 2ºPMI · 16: molares inferiores (mordente em forma de chifre de boi) · 17: molares inferiores (mordente em forma de 2 flores de Liz) · 1: sem angulação (reto), com mordentes lisos, para dentes ântero-superiores · 150: para PM’s superiores, monoangulado · 18L: para MS’s esquerdos (um mordente liso e outro com flor de Liz) · 18 R: para MS’s direitos (um mordente liso e outro com flor de Liz) · 65 (baioneta): para raízes residuais superiores (mordentes lisos) · 68 (argola): para raízes residuais inferiores (mordentes lisos) Deve-se lembrar que na maxila, o osso vestibular é mais fino. Por isso, em extrações maxilares, as avulsões ficam facilitadas por maior pressão vestibular que palatina. O mesmo princípio se vale para região de prés, caninos e incisivos mandibulares. Já na região de molares inferiores, onde o osso vestibular é mais espesso que o lingual, a extração fica otimizada por maior pressão lingual. Técnica II: Nesta técnica são utilizadas as alavancas. As indicações específicas são: · uso simultâneo com a odontosecção, nos casos de dentes multirradiculares · dentes retidos ou ectópicos · dentes muito cariados (dificultam apreensão do fórceps) · dentes com inclinação acentuada · raízes fraturadas As alavancas são contra-indicadas em casos em que o dente está preso à cavidade apenas por tecido mole, uma vez que a alavanca não terá apoio para trabalhar (alavanca se apóia em osso). Sua cinemática compreende: Cunha: inserção do material no interior do espaço periodontal Rotação: movimentos horários e anti-horários, curtos, mas firmes Alavanca: este movimento, sinérgico aos outros dois, é realizado sendo que o ponto de apoio é a crista óssea, e nunca os dentes vizinhos. A apreensão da alavanca pelo instrumental também é dígito-palmar. Sequência operatória padrão 1. Anamnese, planejamento, orientações pré-operatórias 2. Paramentação e montagem da mesa cirúrgica 3. Condicionamento do paciente (antissepsia extra e intra-bucal) 4. Anestesia Local 5. Sindesmotia: permite a desinserção das fibras gengivais da crista óssea, facilitando na expansão óssea e na cunhagem. Além disso, permite testar a anestesia. 6. Exérese 7. Avulsão do dente 8. Tratamento da cavidade: debridamento (deve ser leve para impedir a injúria dos tecidos gengivais e das fibras do LP, uma vez que da integridade destas depende a cicatrização), curetagem, irrigação e aspiração, regularização de bordas ósseas pelo alveolótomo, manobra de Champret* e manobra de Valsalva** 9. Síntese 10. Prescrição Medicamentosa e orientações pós-operatórias 11. Proservação Técnica III Essa técnica envolve odontosecção e osteotomia. Objetivo: · Diminuir resistência óssea · Facilitar a luxação · Dificuldade de apoio para USP do fórceps ou alavanca · Corticais rígidas · Melhor visibilidade e acesso Indicações: · Dentes com anquilose, hipercementose, dilaceração radicular e raízes divergentes; · Ápices fraturados (quando ocorre de fratura no ápice, avaliar a indicação de remoção do mesmo); · Após exodontias que requeiram curetagem de lesões apicais extensas; · Exodontia múltipla, para regularização; · Dentes frágeis e sem apoio. Osteotomia: desgaste ósseo Ostectomia: remoção de fragmento ósseo · Brocas, trefinas, serras, cinzéis, limas; · Rotatórios: refrigeração: torque elevado | não introduzir ar no campo cirúrgico. · Pinça goiva, alveolótomo. Técnica · Confecção do retalho; · Osteotomia: peça de mão reta (brocas esféricas 2,3,6,8 | brocas tronco-cônicas 701, 702, 703 – começar com a broca de menor tamanho) ; anta rotação; cinzéis e martelo; cinzéis · Técnica: **canaleta > profundidade: ponta ativa da broca | diâmetro: ponta da broca. · Sulco entre a coroa e o osso alveolar vestibular, mesial e distal · Exposição da junção cemento-esmalte Odontosecção: Para a realização da odontosecção geralmente se utiliza de brocas de alta rotação, como Zecrya, ou para peça de mão reta (702), dependendo da conformação anatômica. A técnica pode ser removendo toda a coroa primeiro e daí atuar nas raízes, ou já seccionar a coroa de início. Deve-se sempre lembrar da anatomia radicular. O sepultamento radicular é um tratamento de escolha principalmente nos casos em que a tentativa de remoção do fragmento será muito traumática ou arriscada. Entretanto, para que isto seja feito, o fragmento deve preencher os seguintes requisitos: · Ter de 2 a 3 mm no máximo; · Raiz deve estar profundamente embutida no osso; · O dente a qual pertencia deve estar completamente hígido, livre de infecções. · Diminuir a resistência óssea a exodontia Técnica da odontosecção: · Tratamento da cavidade: · Irrigação com soro fisiológico; · Curetagem das paredes alveolares; · Limas · Remoção de fragmentos ósseos – septo; · Manobra de Chompret · Curetagem · Avulsão (via alveolar e via não alveolar). Manobra de Champret: consiste na redução da expansão óssea vestíbulo-lingual, pela apreensão digital das duas corticais por tempo determinado. Manobra de Valsalva: utilizada nas extrações de molares superiores, é uma técnica para verificação se não houve comunicação bucosinusal. O paciente feche o nariz e faz força para assoar. Caso haja comunicação, deve-se colabar os tecidos e suturá-los, favorecendo uma cicatrização por primeira intenção
Compartilhar