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Técnicas de exodontia

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DISCIPLINA DE CIRURGIA – UTP 
TEMA: EXODONTIA DE DENTES ERUPCIONADOS 
 
POSIÇÃO DO PACIENTE: 
Maxila: inclinação do encosto para trás, na qual o plano oclusal esteja num ângulo de 
aproximadamente 60º com o solo; 
 altura da cadeira, na qual a boca do paciente esteja na altura ou pouco abaixo 
do cotovelo do dentista; 
Mandíbula: inclinação do encosto, na qual o plano oclusal, quando o paciente estiver 
com a boca bem aberta, esteja paralelo ao solo 
 altura da cadeira, correspondente ao cotovelo do cirurgião em relação à 
comissura labial do paciente 
 
 Posição para maxila Posição para mandíbula. Fonte: Araújo et al., 2007 
 
POSICIONAMENTO DO PROFISSIONAL 
Maxila: à direita e à frente ou atrás do paciente; 
Mandíbula: atrás (dentes anteriores), à direita e à frente (exodontias do lado direito), ao lado 
do paciente (exodontias do lado esquerdo). 
TÉCNICAS DE EXODONTIA 
Sem retalho: dente é extraído no seu longo eixo, com uso de fórceps ou alavanca (exodontia 
simples); 
Com retalho: incisão e descolamento de retalho para garantir visibilidade e acesso ao dente a 
ser removido (dentes inclusos, raízes residuais). 
 
PRINCÍPIOS PARA USO DO FÓRCEPS 
Objetivos: expansão do osso alveolar; 
 remoção do dente do alvéolo. 
Manejo do fórceps 
 
Fórceps superiores Fórceps inferiores Fonte: Araújo et al., 2007 
Prof
a
 Cintia Mussi Milani 
 
Movimentos principais com o uso do fórceps: 
1º Pressão Apical: forte pressão apical para expandir a crista óssea alveolar e deslocar 
o centro de rotação o mais apicalmente possível; Se o fórceps é inserido no sentido apical, 
o centro de rotação é deslocado apicalmente, gerando menos pressão apical. Isso resulta 
em maior expansão da cortical vestibular, menos movimento do ápice do dente e, 
portanto, menor chance da raiz fraturar. Se o centro de rotação não está suficientemente 
apical excesso de rotação na região apical maior risco de fratura. 
 2º Força Vestibular: A pressão vestibular resulta na expansão da cortical vestibular, 
particularmente na crista do rebordo. 
3º Força Lingual: A pressão lingual é dirigida para expansão da crista óssea lingual, e ao 
mesmo tempo impede pressão apical excessiva no osso vestibular. 
4º Rotação: A pressão rotacional causa alguma expansão interna do dente no alvéolo. Deve 
ser realizada somente em dentes unirradiculares, sem dilaceração das raízes. 
5º Tração: Força de tração SUAVE para liberar o dente do alvéolo. 
 
INTRUSÃO FORÇA V FORÇA L/P ROTAÇÃO E TRAÇÃO 
Fonte: Hupp et al., 2008 
 
 
 
 
ETAPAS GERAIS DA EXODONTIA 
1º) Liberação dos tecidos moles que se inserem no dente – sindesmotomia 
 Objetivo: permitir a inserção do fórceps o mais apicalmente possível sem injúria 
 ou interferência dos tecidos moles; 
 assegurar que a anestesia profunda foi alcançada. 
2º) Adaptação do fórceps ao dente: 
- encaixe das pontas ativas na raiz, por baixo do tecido mole previamente 
descolado; 
- inserir a ponta P/L primeiro, seguida da V; 
- mordente paralelo ao longo eixo do dente; 
- cuidado para não apreender o tecido ósseo. 
 
 
Prof
a
 Cintia Mussi Milani 
AAA
A ↓ 
↑ 
 ↓ 
Somente em dentes 
unirradiculares, 
sem dilaceração 
3º) Luxação do dente com o fórceps: 
 - Fórceps mais apicalmente possível; 
- Forças na direção V e P/L devem ser lentas e pausadas, sem tentar arrancar o 
dente do alvéolo; 
- Força deve ser mantida por vários segundos, a fim de permitir tempo 
suficiente para expansão do osso; 
4º) Remoção do dente do alvéolo: pequena força de tração 
5º) Limpeza da cavidade: curetagem, irrigação com soro fisiológico ou água destilada 
estéril; 
6º) Sutura: alvéolo de I, C e PM: 1 ponto simples no centro do alvélo; M: 2 pontos 
simples, 1 ponto em X, 1 ponto em U. 
 
ALAVANCAS 
Função: cunha parte ativa entre a raiz e o osso alveolar, realizando pressão apical; 
 elevador a partir de um ponto na crista alveolar, por um movimento de 
 rotação ou de elevação 
Uso: - dentes inacessíveis ao uso do fórceps (raízes residuais abaixo das cristas alveolares, 
dentes inclusos, cáries extensas, dentes tratados endodonticamente, etc) 
 - auxiliar no processo de luxação durante exodontias com uso de fórceps. 
Cuidados na utilização: 
- proteção aos tecidos moles; 
- não utilizar dente adjacente como ponto de apoio, a menos que o mesmo também 
esteja indicado para exodontia; 
- aplicação mais efetiva na região mesial. 
 
ODONTOSECÇÃO COMO RECURSO 
Indicações: 
 raízes divergentes e dilaceradas de dentes multirradiculares; 
 seio maxilar pneumatizado penetrando entre as raízes de M e PMS; 
 dentes mal posicionados na arcada; 
 dentes com ponto de contato proximal; 
 molares decíduos. 
Vantagens: diminui o risco de fraturas coronárias, radiculares e ósseas e o risco de 
comunicação bucossinusal. 
Técnica (para MI) : 
 Com alta rotação (broca 702 cirúrgica ou zecrya) sob irrigação constante 
 Broca paralela ao longo eixo do dente; 
 Seccionamento iniciado na região de furca; 
 Corte no sentido vestíbulo-lingual, separando-se as raízes M e D; 
 Depois de completados 2/3 do seccionamento no sentido V-L, com a broca, o 
 dente é dividido por meio da introdução e rotação de uma alavanca reta; 
Após separadas as raízes são removidas individualmente, com auxílio de um 
fórceps 151 ou uma alavanca. 
 
 
Prof
a
 Cintia Mussi Milani 
A odontosecção não precisa ser completada pela ação da broca. Deve-se 
apenas criar um sulco no dente que se estenda 2/3 do seu comprimento VL 
e então colocar uma alavanca reta e fazer um movimento de rotação para 
completar a separação. Tentativa de secção total com a broca pode lesar 
tecidos moles pela face lingual. 
Para MS, o corte deve ser feito em T invertido, separando as raízes MV e DV e as 
vestibulares da palatina. Após separação, remoção das raízes com uma alavanca ou fórceps 
para raizes residuais. 
 
 
Odontosecção de MS. Fonte: Araújo et al., 2007 
 
Uma outra opção para MS é separar a raiz P das raízes V, com um corte com a broca 
em 45º, conforme figura abaixo. Após separação, remove-se a coroa com as raízes V, 
com o uso do fórceps e a raiz P, com auxilio de uma alavanca. 
 
Fonte: Araújo et al., 2007 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
Araújo A.; Gabrielli MFR.; Medeiros PJ. Aspectos atuais da cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial. São Paulo: Santos Livraria e 
Editora, 2007. 
 Hupp JR, Ellis III E, Tucker MR. Contemporary Oral and Maxillofacial Surgery. St Louis: Mosby Elsevier, 2008. 
 
 
Prof
a
 Cintia Mussi Milani

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