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Provas I e II crédito 1.Considere as seguintes afirmativas a respeito do direito das obrigações: I. O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. II. Não incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. III. Na obrigação de dar coisa incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. IV. Quando a obrigação é indivisível, os devedores são solidários, de sorte que a remissão de um aproveita a todos, extinguindo a dívida. Estão CORRETAS apenas as afirmativas: (5/5 Pontos) I e III. I e IV. I, II e IV. II e III. Todas estão corretas. 2.Acerca do tema direito das obrigações, analise os itens e assinale a alternativa correta: I. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço. II. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao credor, se o contrário não resultar do título da obrigação. III. Antes da escolha, na obrigação de dar coisa incerta, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Estão corretos: (5/5 Pontos) I e II I e III II e III I, II e III Somente a III 3.No que se refere às obrigações de dar coisa certa, nos termos dos artigos 233 e seguintes do Código Civil, assinale a alternativa CORRETA: (5/5 Pontos) Deteriorada a coisa, sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, com culpa exclusiva do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, sem a necessidade de pagar pelas perdas e danos. Se a coisa se perder por evento da natureza, o devedor, ao menos, será responsável pela indenização correspondente ao valor da coisa. 4.Sobre o instituto da solidariedade, disciplinado pelo Código Civil Brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA: (5/5 Pontos) O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até a concorrência da quantia paga ou relevada. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente, acrescido das perdas e danos. Todos os devedores respondem pelos juros de mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro codevedor. A solidariedade nunca se presume. 5.Marcelino celebrou com Danilo contrato de compra e venda de 10 sacas de café, de um estoque de 100, a serem entregues 15 dias após a celebração do contrato para Danilo. Ocorre que, ao chegar o dia da entrega, ao verificar que dentre as 100 sacas existiam algumas de qualidade superior e outras de qualidade inferior, Marcelino resolveu entregar a Danilo 10 sacas de café de qualidade intermediária. Considerando a situação narrada, assinale a alternativa correta. (5/5 Pontos) A atitude de Marcelino está errada, pois cabia a Danilo, como credor, escolher quais sacas de café seriam entregues. A atitude de Marcelino está correta, pois cabia ao devedor escolher as sacas, não podendo entregar as A atitude de Marcelino está errada, pois cabia ao devedor escolher as sacas, sendo obrigado a entregar as melhores. A atitude de Marcelino está errada, pois cabia ao devedor escolher as sacas, sendo obrigado a entregar as piores. Diante do impasse, Marcelino não seria obrigado a entregar nada. 6.Roberto Araújo participou de uma competição em um programa de TV fechada e ganhou o prêmio máximo, pois foi o primeiro colocado. No contrato que assinou com a emissora de TV, havia cláusula que determinava que sua imagem estaria ligada ao programa pelo período de 2 anos consecutivos à entrega do prêmio. Roberto Araújo concordou com os termos do contrato, mas após 1 ano, recebeu uma proposta para participar de outro Reality em outra emissora de TV. Diante do caso concreto, responda aos questionamentos abaixo: A) Classifique a obrigação assumida por Roberto Araújo, segundo a natureza do objeto. Explique e fundamente sua resposta. (15 pontos) B) Diante do contrato em questão, quais seriam as consequências jurídicas da aceitação de roberto Araújo em participar do Reality na outra emissora de TV? Explique e fundamente legalmente sua resposta. (15 pontos) (30/30 Pontos) Resposta A) Se trata de um contrato de exclusividade, por tanto, obrigação de não fazer, que é sempre personalíssima, em função do contrato celebrado e sua imagem estar atrelada ao programa, de acordo com o artigo 250 CC. B) No caso concreto aplica-se o artigo 251 do Código Civil, tendo em vista o contrato ali estabelecido, se Roberto aceitar participar do reality em outra emissora, a emissora anterior contratada poderá exigir que se desfaça, ou que Roberto arque com os custos dessa quebra de contrato, cabendo ainda ressarcimento por perdas e danos 7.L.M.S. pactuou um negócio jurídico com V.M.V., tendo o direito de receber um carro, no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), ou um quadro de artista renomado avaliado no mesmo montante, ou a quantia correspondente. Considerando a situação hipotética apresentada, trata-se de uma obrigação: (5/5 Pontos) facultativa. cumulativa. conjunta. alternativa. nenhuma das alternativas está correta. 1.Carlos Eduardo com interesse de comprar uma moto, após ver anuncio no jornal, contatou o pretenso comprador e ofereceu-lhe de R$ 5.000,00 para a realização do contrato de compra e venda e o restante do pagamento, no valor de R$ 30.000,00 seria pago no ato da transferência definitiva que ocorreria no Cartório. O sinal foi pago mediante recibo do qual Carlos detinha a posse; No dia marcado para a transferência o vendedor resolver não mais realizar tal contrato. a) Diante deste caso concreto, quais seriam os direitos de Carlos Eduardo? Explique e fundamente legalmente sua resposta. (10 pontos) b) E se o prejuízo de Carlos Eduardo houver sido superior ao valor do sinal? Explique e fundamente legalmente sua resposta. (10 pontos) (15/20 Pontos) Resposta - A) Diante do caso concreto é direito de Carlos Eduardo haver o contrato por desfeito e exigir sua devolução mais o equivalente com atualização monetária, segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado, tais atos são perfeitamente justificados pelo artigo 418 do CC, uma vez que a inexecução foi por parte do vendedor, ou seja, de quem recebeu o sinal B) Diante do caso concreto, se o prejuízo de Carlos Eduardo houver sido superior ao valor do sinal, ele poderá pedir indenização suplementar, se provar o prejuízo maior, valendo-se das arras como taxa mínima, Carlos Eduardo poderá também exigir a execução do contrato com as perdas e danos, também pode se valer das arras como taxa mínima da indenização, conforme reza o artigo 419 CC, no que se refere as perdas e danos podendo ser ainda fundamentados com os artigos 402 e 405 do CC. 1.Valmir Rocha celebrou contrato com uma Construtora no qual determinava a compra de um imóvel financiado, que serviu de garantia para a Instituição Financeira, até que todasas parcelas fossem pagas. O financiamento foi feito pelo prazo de 15 anos. Depois de 8 anos de financiamento Valmir, que contava com 38 anos, interessou-se em vender o bem e repassar o débito restante. Ao procurar a Instituição Financeira, lhe foi informado de haveria necessidade de se fazer o recálculo do valor restante do débito, tendo em vista a idade de Rodrigo Aguiar, interessado na aquisição do bem, já que possuía 56 anos. Diante dessa situação Rodrigo Aguiar passou a não ter mais interesse, já que tal recálculo acarretaria no acréscimo do valor total do financiamento e, consequentemente, das prestações. Neste momento Valmir Rocha teve a ideia de fazer um contrato entre eles, sem que a Instituição Financeira tivesse conhecimento. O que foi feito. 2 anos após o negócio realizado entre Valmir Rocha e Rodrigo Aguiar, o mundo foi surpreendido com a Covid19 que, dentre outras coisas, gerou desemprego e instabilidade econômicas. Com isso, Rodrigo Aguiar foi demitido e não mais conseguiu pagar as prestações. e, por este motivo, Valmir Rocha foi acionado judicialmente numa ação de cobrança e teve seu nome inserido no cadastro negativo de consumidores, sob a alegação de descumprimento de contrato conforme estabelecia cláusula que determinava que a falta de pagamento de 3 parcelas consecutivas geraria a extinção do contrato com aplicação da sanção de perda de 50% do montante pago, bem como a execução da garantia, ou seja, a retomada do bem. Diante da situação acima descrita, responda aos questionamentos abaixo, explicando com suas próprias palavras e fundamentando com os dispositivos legais pertinentes: A) Qual o negócio jurídico realizado entre Valmir Rocha e Rodrigo Aguiar? (10 pontos) B) Valmir Rocha poderia alegar, em sua defesa, a transferência do contrato para Rodrigo Aguiar? (10 pontos) C) Qual a natureza jurídica da cláusula penal descrita no problema? (10 pontos) D) Em não sendo acolhida a primeira alegação de Valmir Rocha, poderia ainda alegar, em sua defesa, a situação mundial para o descumprimento do contrato? (10 pontos) (10/40 Pontos) Resposta - A) Resposta - o negócio jurídico realizado entre Valmir Rocha e Rodrigo Aguiar,´ é o contrato bilateral, assim sendo, o contrato bilateral, oneroso e consensual mediante o qual o vendedor assume a obrigação de transferir bem ou coisa alienável e de valor econômico ao comprador, que por sua vez assume a obrigação de pagar o preço determinado ou determinável em dinheiro, de acordo com o artigo 481 do CC. B) Resposta – Não, Valmir Rocha não poderia alegar, em sua defesa, a transferência do contrato para Rodrigo Aguiar, pois o promitente não pode invocar meios de defesa baseados na sua relação com o terceiro, ou na relação entre o terceiro e o promissionário, de acordo com o artigo 436 do CC. E ainda de acordo com o artigo 288,onde diz que é ineficaz em relação a terceiros a transferência de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do paragrafo 1º do artigo 654. C) Resposta - a natureza jurídica da cláusula penal descrita no problema é moratória, uma vez que, para hipótese de mora. Pode pedir o cumprimento mais a cláusula penal. A obrigação ainda vai ser cumprida, apura-se o prejuízo decorrente da mora para cobrar e a multa [a obrigação tem que ser cumprida e a multa é para compensar o atraso]. Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal, podendo assim ser aplicado no caso concreto, já que, Valmir Rocha celebrou contrato com uma Construtora no qual determinava a compra de um imóvel financiado, que serviu de garantia para a Instituição Financeira, até que todas as parcelas fossem pagas. D) Resposta – Sim, Valmir Rocha, poderia ainda alegar, em sua defesa, a situação mundial para o descumprimento do contrato, pois de acordo com o art. 393 do Código Civil, “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado”, desde que o fato em questão seja inevitável, imprevisível e externo, como pode ser dito da pandemia covid-19. Não basta, contudo, que este fato seja invocado: o devedor deverá demonstrar que a pandemia é a causa do descumprimento da obrigação (nexo de causalidade) para não ser responsabilizado pelos prejuízos causados ao credor em consequência do inadimplemento, total ou parcial. Note-se que, embora se permita, neste caso, exclusão da responsabilidade civil contratual da parte que alega o evento, tal fundamentação poderia limitar sua possibilidade de pleitear o cumprimento da contraprestação pela outra parte, o que, muitas vezes, pode não ser a melhor alternativa. Ainda, a leitura do artigo 393 deve ser feita em conjunto com o artigo 399 do mesmo diploma legal: “O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.” Se, de um lado, afasta-se a responsabilidade do devedor sobre a obrigação quando inadimplida por força de fato externo, imprevisível e inevitável, por outro lado, deve se observar o status do devedor como bom pagador antes da ocorrência do evento. O devedor em mora não pode se socorrer da exceção legal nem se aproveitar de fato superveniente para se eximir de descumprimentos anteriores. A) Assunção de dívida; contrato de gaveta. B) art. 299. C) Compensatória - art. 389 e 408 ou 410. 2.Rômulo Ramos celebrou contrato com Vera Siqueira com objetivo de adquirir sua casa, situada na cidade de Olivença. A casa era espaçosa e tinha uma bela piscina. Rômulo visitou a casa 2 vezes com sua esposa Rosa Ramos e resolveu fechar negócio. Fizeram um contrato particular, em que constou que o pagamento seria feito da seguinte forma: R$ 50.000,00 de entrada e mais duas parcelas no valor de R$ 150.000,00, a se vencerem em 60 e 90 dias subsequentes. O imóvel totalizou o valor de R$ 350.000,00 Ocorre que, certo dia, antes do pagamento da primeira parcela, depois de entregue o valor da entrada, Rosa Ramos esteve no imóvel no final da tarde e percebeu que o local era muito ermo e que não havia a segurança que Rômulo Ramos havia descrito. Rosa ponderou com seu marido e resolveram retroagir no negócio. Entretanto, o contrato foi feito com cláusula de irretratabilidade. Haviam cláusulas penais: uma em que se estipulava a perda de 50% do valor pago no contrato e outra que previa a multa de 10% do valor do contrato e juros de mora no valor da taxa Selic. Diante da não realização do contrato, marque a opção correta: (10/10 Pontos) Ambas as cláusulas são moratórias. Aplica-se no caso a perda dos 50% do valor pago no contrato. Haverá a perda dos R$ 50.000,00 e cobrança demais prejuízos. Haverá a cobrança dos 10% da multa e mais juros da taxa selic. 3.Ainda com relação à questão número 2, marque a alterativa correta: (10/10 Pontos) As arras irão cumprir somente a função confirmatória. As arras irão cumprir apenas a função sancionatória. As arras irão cumprir as duas funções - confirmatória e moratória. Não existe arras, apenas cláusulas penais. 4.Marcos deve determinada quantia a Carlos, o qual deve igual valor a João. Feito acordo entre os três, Marcos deverá pagar a referida quantia diretamente a João, o que retira Carlos da relação obrigacional. O instituto utilizado pelas partes para adimplemento da obrigação nessa situação hipotética denomina-se: (10/10 Pontos) novação subjetiva ativa. assunção de dívida. confusão. daçãoem pagamento
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