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CONTRATOS 1

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1. Qual a diferença entre negócio jurídico unilateral/bilateral e 
contrato unilateral/bilateral? 
2. O que são contratos aleatórios e quais os tipos? 
3. O que são contratos mistos? 
 
Classificação de contratos: 
• Unilateriais/benéficos → procura beneficiar um terceiro. Tem 
obrigação para uma das partes. Ex.: Doação pura e simples 
(bilateral quanto às partes e unilateral quanto às obrigações). 
• Bilaterais → As partes têm obrigações recíprocas, equivalentes 
ou não. Ex.: compra e venda (obrigações equivalentes) 
• Benéficos/ gratuitos → Uma das partes obtem uma vantagem 
sem uma contraprestação. Ex.: Carona; doação sem encargo. 
• Onerosos → 
• Principal x acessório → Um contrato acessório é feito em razão 
de um principal. O acessório segue o principal 
• Comutativo/equivalente → Equivalência entre as partes. Ex.: 
compra e venda; aluguel (mora um m~es na casa e paga um 
valor correpondente àquele mês) 
• Nominados/típicos → A lei se dedicou a dar um nome para ele. 
Tipificados no código. 
• Inominados/ atípicos → faz o que quiser, desde que não esteja 
proibido. Expressão máxima da liberdade do direito 
civil/empresarial. Ex.: Compra e venda de ações. 
• Consensuais/ não solenes → N/ao têm nenhuma forma prevista 
em lei estabelecida em lei. Ex.: Comprar cachorro quente na 
barraquinha. 
• Solenes → Forma prevista em lei. Ex.: Contrato de compra e 
venda de imóveis acima de 30 salários mínimos. 
• Contratos reais → Entrega de coisa. Aperfeiçoa-se com a 
entrega da coisa. Ex.: compra e venda 
• Classificação quanto à execução do contrato: 
o Execução instantânea/imediata → Compra e venda de 
o Execução diferida → Pactua em um momento, mas 
cumpre a obrigação em momento posterior. Uma parte 
cumpre sua obrigação e a outra cumpre em momento 
posterior Ex.: contrato de advogado para trabalhar em 
uma causa → Atuará futuramente. 
o Execução continuada/ trato sucessivo → Obrigação é 
renovada ao longo do tempo. Ex.: Aluguel. 
• Contrato por adesão → Uma das partes redije todo o contrato 
ou parte substancial dele e a outra parte apenas adere a ele. 
Ocorre devido à massificação de determinados serviços. Ex.: 
Pacote de telefone celular. 
Detalhando a classificação conforme Paulo Lobo: 
• Contratos atípicos: 
o Liberdade exercída de forma mais ampla 
o Pode ser uma fusão de tipos contratuais bem como 
criação de novos tipos contratuais 
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas 
gerais fixadas neste Código 
• O contrato precisa ter uma causa legítima → Não pode 
prejudicar nenhuma das partes 
• Contratos bilaterais/sinalagimáticos → As duas partes possuem 
obrigações ≠ de negócio jurídico bilateral 
Atenção! Todo contrato é um negócio jurídico bilateral, porém em 
relação às obrigações eles podem ser contratos unilaterais ou 
contratos bilaterais. Nos contratos unilaterais, apenas uma das partes 
possui obrigações. Nos contratos bilaterais, as duas partes possuem 
obrigações. 
• Contratos aleatórios x contratos comutativos 
o Comutativos → Não está sujeita ao risco. A prestação 
equivale à contraprestação. Ex.: compra e venda. 
o Aleatório (sorte) → A prestação de uma parte pode ser 
certa e a da outra parte é incerta, pois está relacionada 
a um risco, que pode ser de três naturezas: 
▪ Risco de existência da coisa. Ex.: pesque e pague 
(risco de não pescar nada). Uma parte paga mesmo 
se o objeto não vier a existir. 
▪ Risco de quantidade. Ex.: compra da safra futura 
▪ Coisa exposta a risco. Ex.: Comprar um boi daqui um 
ano: o boi existe, mas ele pode morrer, por exemplo. 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco 
de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber 
integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo 
ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a 
si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a 
todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa 
venha a existir em quantidade inferior à esperada. 
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o 
alienante restituirá o preço recebido. 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, 
assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto 
que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. 
• Contratos mistos 
o Unidade contratual autônoma → contrato que tem 
elemento de duas formas contratuais 
• Contratos coligados → sobreposição de contrato. Mesma 
relação jurídica básica. Ex.: Jogador de futebol: Ganha R4 20mil, 
desses R4 20mil, 30% é salário regido pela CLT e o restante (70%) 
é de cessão de direito de imagem.

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