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Filosofia da educação UNIDADE 4


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Filosofia da educação 
Unidade 4
Objetivo da unidade
 *Concepções e contribuições da filosofia da educação
*Filosofia da educação e formação docente
*Filosofia da educação e educação brasileira
*Filosofia da educação, contemporaneidade e subjetividade
 
Concepções e contribuições da filosofia da educação
Já aprendemos que o filósofo alemão Immanuel Kant reflete que “o homem é a única criatura que precisa ser educada( Kant 1996 )afirma ainda que Ao contrário dos animais os humanos necessitam de cuidados para sobreviver crescer e devido a nossa natureza racional precisamos não apenas de cuidados físicos mas também emocionais e intelectuais esses apontamentos sugerem que todo ser humano necessita de educação para tornar-se humano uma vez que nenhum sujeito nasce pronto essa necessidade confere nossa espécie uma necessidade gregária ou seja dependemos definitivamente de outros para nos tornarmos o que somos 
A educação está vinculada a todos os registros humanos como o dos sentidos das emoções do conhecimento e até mesmo do caráter ao mesmo tempo temos as relações de uns com os outros da relação para consigo mesmo análise sobre as ideias que fundamentam a teoria pedagógica pode ser uma das perspectivas do Trabalho em filosofia da educação como também podemos elucidar as questões dos sujeitos enquanto a construção cultural social e histórica 
A educação pode ser compreendida como uma atividade intenciona cumprir uma finalidade tanto no sentido de preservar manter ponto de transformar modificar a realidade e a sociedade como toda área de conhecimento a educação são articulados pressupostos e conceitos que fundamentam e orientam seus caminhos norteadores nesse sentido como bem nos informa Cipriano Luckesi não pode ser a prática Educacional que estabelece os seus fins quem o face é a reflexão filosófica sobre a educação dentro de uma sociedade enquanto a educação se envolve com o desenvolvimento de Jovens e Adultos a filosofia da educação trata da reflexão sobre o que é e como deve ser ou desenvolver estes indivíduos 
Como vimos nas unidades anteriores muitos filósofos do ocidente tiveram como tema de suas reflexões da educação os chamados filósofos pré-socráticos e os sofistas Sócrates Platão foram os intérpretes da aspirações de seus respectivos tempos apresentando-se como educadores séculos depois na idade moderna Kant Hegel ,Descartes e Rousseau por exemplo também refletiram o processo de adquirir conhecimento desenvolvimento pessoal do sujeito e cada um da sua forma as noções que representaram a educação de certo modo é possível dizer que todos eles tiveram uma preocupação com a definição de uma cosmovisão que deveria ser divulgada por meio dos processos educacionais 
Filosofia e educação são portanto dois fenômenos que estão presentes em todas as sociedades a primeira se dedica a interpretação teórica das aspirações desejos e anseios de uma determinada sociedade enquanto a segunda se responsabiliza pela veiculação dessa interpretação 
A filosofia fornece a educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada sobre o educando o educador a ação pedagógica e para onde esses elementos podem caminhar faz pá parte desse cenário A reflexão sobre o que se faz em sala de aula a fim de se realizar uma ação educativa consciente logo não há como se processaram ação pedagógicas em uma correspondente reflexão filosófica no sentido de que está estabeleça pressupostos para ela 
Contudo se a reflexão filosófica não foi realizada intencional e conscientemente ela ou será sobre a forma do senso comum a cilada ao longo da convivência dentro de um grupo se considerarmos que a ação pedagógica não se processa a partir de conceitos e valores explícitos e conscientes ela se processará queiramos ou não baseados em conceitos e valores que a sociedade propõe a partir de sua postura cultural nessa mesma linha de pensamento Luckesse adverte que 
“quando não se reflete sobre a educação ela se processa dentro de uma cultura cristalizada e perenizada isso significa que nada mais há para ser descoberto em termos de interpretação do mundo”( Luckesse 1990)
De forma inconsciente muitos educadores como os sem experiência adaptam-se a essa interpretação do mundo a qual permanece como a única linha norteadora para eles é essencial para e na ação pedagógica e o ato de filosofar sobre ela questionando a e buscando novos sentidos e interpretações de acordo com as transformações pelas quais a sociedade passa filosofia e educação estão intimamente articulados no tempo e no espaço ou seja no contexto histórico de cada sociedade em uma determinada época
De certa forma podemos afirmar que uma pedagogia inclui na sua práxis uma quantidade considerável de elementos que o trapaça são os limites do pressuposto de qualquer linha ou corrente filosófica temos que incluir obviamente os processos socioculturais e econômicos a concepção psicológica do educando e do educador a forma de organização do processo educacional em termos de políticas públicas etc porém esses elementos compõem uma pedagogia à medida que estão aglutinadas e articulados a partir de um pressuposto de um direcionamento filosófico A reflexão filosófica sobre a educação é que fornece uma orientação a pedagogia garantindo-lhe a compreensão nos valores que hoje direcionam a prática educacional 
Assim não há como se ter uma proposta pedagógica sem de fundamentos e proposições filosóficas uma vez que tudo depende deste direcionamento cabe nessa análise lembrar que a pedagogia Montessori a pedagogia piagetiana a pedagogia da libertação entre outras sustentam se em uma linha filosófica sobre a educação muitas vezes as proposições filosóficas estão subjacentes mas nem por isso são inexistentes Frequentemente a filosofia da educação é confundida com as próprias noções e concepções pedagógicas esse fato conforme lúcida Franklin e Pinheiro (2014) contribui para que a própria filosofia assumir essa tarefa estava mais próxima de pedagogos que filósofos contudo essa compreensão errônea pois desde a origem do pensamento filosófico sistematizado filosofia e educação estão intrinsecamente ligadas tanto uma como outra forma de pensamento e Ação fazem parte da reflexão sobre os humanos e seu mundo essa preocupação conjunta conduz a filosofia para o centro da ação pedagógica transformando-se em filosofia da educação a educação precisa ser vista em fim como um exercício para construir a realidade Educacional e não simplesmente como um dos fundamentos da educação ou como uma reflexão Acerca das questões educacionais ademais ele fala sobre as chances de se recorrer a um exemplo que já representou a transgressão do passado e que atualmente é Homero Clichê com o uso do termo caixa de ferramentas por exemplo
Filosofia da educação e formação docente 
De que forma o educador compreende a filosofia a partir de quais pressupostos teóricos e filosóficos ele poderá nortear sua prática pedagógica? Qual é a importância desse Campo de saber para educação ?qual é o papel da filosofia na formação do educador ?essas questões são centrais para a filosofia da educação a partir de suas respostas podemos compreender como ocorre na ação educativa a aplicação dos pressupostos filosóficos 
A atitude filosófica é no momento em que o educador suscita A reflexão crítica sobre os problemas existentes o fato de ensinar exige que o educador Acredite na mudança devendo escolher metodologias que proporcionam ao educando o interesse e a curiosidade pelo conhecimento formando os educandos para atuar intervir ativamente na realidade o ponto de partida para refletir sobre o processo do ensino-aprendizagem no contexto educacional inclui a ideia de inacabamento do ser que toma consciência dos seus atos e assimila a capacidade de aprender não apenas para se adaptar a realidade mas como uma sei de reconstruí-la 
Em relação à escola primitiva o campo filosófico tornou-se importante no processo educativo a partir da década de 1970 em função dos trabalhos de Matthew lipman e Gareth Matthew ambos atuavam no Institute of Philosophy forChildren de Montclair State College e estavam preocupados com as soluções para um sistema educacional que julgavam ineficientes não só eles mas outros grupos de professores argumentavam que era necessário uma reforma do ensino que pudesse atender especialmente as camadas da população que se encontravam em desvantagem Educacional nessa direção os autores mencionados defendiam a ideia de que o grau de suscetibilidade dos Estudantes está articulado diretamente com os danos causados pela ineficiência dos processos educacionais e que isso pode significar podemos afirmar que no primeiro momento não só as dificuldades pontuais dos alunos que devem ser o foco da busca por imediações mas sim uma nova forma do professor conceber e conduzir as ações educativas .
A referência da qual parte Lipman é Dewey que em 1916 já havia alertado para a íntima associação entre filosofia e educação Lipman Analisa as expectativas de pais de crianças com respeito a escola e quase todas são frustradas uma das formas de se compreender essa situação é perceber que os adultos têm muito dificuldade de ouvir as demandas por significados das crianças e adolescentes uma vez que esses por seu turno Tem dificuldades argumentativas de expressar-se diante dos adultos segundo lipman as crianças acreditam em nossas palavras e tem pouca autoconfiança para questionarmos quando elas protestam mas através do que não consegue fazer do que pelo que façam o dizem alegam não serem capazes de perceber os significados do que ensinamos( Lipman 1997)
 A fim de contornar essa situação pais e educadores utilizam o argumento da autoridade para se esquivar da responsabilidade de Educar com significados ora Educar com significados não está articulado com o método originário da filosofia a ênfase ao termo descobrir não é por acaso a informação pode ser transmitida as doutrinas podem ser incutidos os sentimentos podem ser compartilhados mas o significados tem que ser descobertos( Lipman 1997 )
É de extrema importância desenvolver uma metodologia de ensino que possa conduzir as crianças a descoberta dos significados pois não é possível simplesmente dar significado para os outros as crianças se frustram e não conseguem compreender a importância do que está sendo ensinado justamente porque a escola fundamenta-se em dar conhecimento compartimentado em disciplinas cujas especificidades não são articuladas ao todo e principalmente as suas vivências vejamos o que lippmann diz a respeito 
“assim como todo mundo as crianças não seriam por uma vida repleta de experiências ricas e significativas elas não querem simplesmente ter e compartilhar Master e compartilhar de modo significativo não simplesmente gostar e amar mas se gostar e amar significativamente as crianças querem aprender mais significativamente “
Aliado a isso Lipman chama a atenção para o papel de mediação do professor na prática educativa “qualquer criança viva passa por um processo de crescimento mas a ampliação da capacidade de crescer é algo que só pode ocorrer sob a influência de um professor cuidadoso interessado e que sabe o que faz (lippmann 1998 )
A contribuição do professor é ajudar a expressar a individualidade de sua experiência e a originalidade de seu ponto de vista energia intenso processo de conviver com formas de pensar e se comunicar diferentes que as crianças aprendem umas com as outras cada criança é uma indivíduo e ao mesmo tempo faz parte da comunidade esses dois fatos são indissociáveis como o indivíduo a criança é única e pode desenvolver suas capacidades específicas de acordo com o papel que desempenha no grupo sua especialidade individual se revelará na diferença que faz no grupo e cada diferença deve fazer uma diferença a ação investigativa pode ser ampliada no âmbito escolar transformando-se numa prática para todas as áreas do conhecimento nessa prática pode ser desenvolvido o pensar matemático pensar artístico pensar histórico pensar científico pensar religioso etc Além disso essas formas de pensar se entrecruzam proporcionando um intenso processo multidisciplinar.
Filosofia da educação e a educação brasileira 
Em relação ao tema filosofia da educação e educação brasileira pretendemos abordar o pensamento de alguns autores e os temas mais trabalhados que influenciaram a formação de professores brasileiros nas últimas décadas do Século XX neste momento é importante estarmos informados sobre Quais foram as matrizes filosóficas que mais influenciaram a formação de professores no Brasil bem como a influência das metodologias e procedimentos de ensino que foram sendo implementados no país no final do século passado 
A obra filosofia da educação de Cônego Ângelo A de Siqueira reflete a educação brasileira na primeira metade do século XX publicada em 1948 a obra tem um intuito de debater seguintes temas educação física a Constituição Brasileira de 1946 e a pedagogia comunista E qual seria fundamentalmente a concepção filosófica de Educação de Siqueira para ele a educação está diretamente associada a filosofia Cristã católica em especial as ideias de São Tomás de Aquino atribui a educação o papel de formar a mente humana de acordo com os valores religiosos e sua intelectualidade pautada no raciocínio científico aristotélico o autor explica também como seria a relação dos professores com seus alunos o educando é um sujeito ativo Isto é seguindo uma concepção filosófica tomista o professor deve intervir pouco e nos momentos certos e que o aluno é responsável por construir seu pensamento 
Desta forma a atuação dos professores era respaldada pelo princípio de ativismo do educando isso quer dizer que seu papel era conduzir e orientar os estudos de seus educandos não cabendo ao mestre transferir todo o seu conhecimento ao aluno porém essa conduta não retira da figura do mestre sua autoridade perante o aluno 
Intitulado a filosofia da educação a obra dos Americanos John Redden e Francis Ryan foi aceita e publicada no Brasil em 1964 tal como Siqueira os autores tiveram como objetivo apresentar a filosofia da educação baseada na filosofia católica o livro intenciona alcançar esses objetivos por meio da exposição dos princípios da educação segundo a filosofia Escolástica a qual serve de parâmetro para apreciação crítica de falsas filosofias da Educação Além disso por meio da obra defendem uma educação católica afirmando que esta leva em conta o homem integral porque nela se compreende o desenvolvimento e a disciplina de todas as potencialidades do corpo e da alma e por isso é essencialmente religiosa moral Liberal cultural e Universal( Redden 1964)
Desviando-se da pretensão de articular a filosofia da educação com a religião católica o marco importante para a filosofia da educação brasileira foi a presença de Dermeval Saviani com a publicação do livro Educação do senso comum à consciência filosófica em 1996 
O autor estabelece o sentido se as intenções da filosofia da educação sendo que o ponto de partida refere-se ao problema e a reflexão ambos colocados no centro da atividade filosófica suas preocupações voltam-se à noção de problema os usos da palavra moderna a necessidade de se recuperar a problematicidade do problema a noção de reflexo e as exigências da reflexão filosófica as principais conclusões que saviani desenvolve a partir de sistemas em Sydney que ele denomina esquematização da dialética ação problema reflexo ação 1996 
Na tentativa de definir ou de discutir o papel da filosofia da educação e da história da educação no Brasil Saviani disse que a filosofia da educação só poderá prestar um serviço a formação dos educadores na medida em que contribuir para que os educadores adotem essa postura reflexiva para com a problemática Educacional 
Se ao contrário nós enquanto educadores nos limitarmos a tomar conhecimento de determinados resultados a que se chegou a partir de determinadas reflexões então estaremos desenvolvendo a reflexão filosófica propriamente dita 
Por conseguinte Saviani publicou uma importante artigo na revista brasileira de estudos pedagógicos qual seja a filosofiada educação no Brasil e a sua vinculação pela revista brasileira de estudos pedagógicos 1984 Nesse artigo o autor analisa a periodização das principais concepções de Filosofia e da educação no Brasil até 1944 a educação recebeu influência das seguintes correntes primeiro foi fundada no espírito de tomismo aristotélico que trazia como modelo fundamental a Ratio Studiorum
O Ratio atque Instituto studiorun societatis plano e organização de estudos da Companhia de Jesus normalmente abreviada como ratio studiorum é uma espécie de coletânea fundamentada em experiências vividas no colégio Romano a que foram adicionadas observações pedagógicas de diversos outros colégios cuja observação era instruir rapidamente todo o Jesuíta docente sobre a natureza a extensão e as obrigações de seu cargo o ratio surgiu com uma necessidade de unificar o procedimento pedagógico dos Jesuítas e diante da explosão do número de colégios confiadas a companhia de Jesus como base de uma expansão em sua totalidade Missionária constituiu-se numa sistematização da pedagogia Jesuíta contendo 467 regras cobrindo todas as atividades dos agentes diretamente ligados ao ensino e recomendava que o professor nunca se afastasse do estilo filosófico de Aristóteles e da teologia de São Tomás de Aquino 
Essa orientação pedagógica deteve o monopólio do ensino do Brasil durante aproximadamente dois séculos é justamente o tomismo que se encontra nos fundamentos da rátio studiorum aqui limitava na regra no 35 os livros de estudo as uma teologia de São Tomás de Aquino e a obra de Aristóteles (saviani 1984 )
Ainda no início do século XX houve também a influência da vertente Liberal que promoveu mudanças em relação a vertente religiosa na década de 30 os ideais do escola novista através do Manifesto dos Pioneiros da escola nova fizeram oposição ao grupo católico além disso a aprovação da constituição de 1934 revelou o equilíbrio de forças entre os católicos e os pioneiros no âmbito Educacional a resistência dos católicos correspondeu um progressivo avanço dos Pioneiros que já no início da década de 30 ocupavam os principais postos da burocracia Educacional quanto a concepção o concepções de filosofia da educação brasileira o autor demonstra que o momento da Rádio é o que foi classificado de concepção humanista tradicional na sua vertente religiosa enquanto momento de educação ministro da República é classificado de concepção humanista tradicional na sua vertente leiga saviani coloca ainda que a concepção humanista moderna ganha impulso a partir de 1924 sendo que após 1945 é que essa Concepção delinea predominante
 Após 1944 houve o predomínio da Concepção humanista moderna que tem uma visão de um homem centrada na existência na vida na atividade se na visão tradicional a educação se centrava no adulto no educador no intelecto do conhecimento na visão moderna o eixo do processo educativo se desloca para criança ou educando a vida atividade a tendência Educacional humanista moderna entrou em crise em 1960 e 1968 período em que se articulou a tendência tecnicista 
Dermeval Saviani ao analisar a filosofia da RBEP utiliza como critério a vinculação dos artigos por ela publicados com as correntes educacionais brasileiras ele vazia se numa periodização provisória dessas correntes educacionais constantes de artigo publicado no ano anterior assim 1945 a 1960 concepção humanista moderna de 1960 a 1969 articulação entre a concepção humanista moderna e a tecnicista de 1969 em diante em que domina a concepção tecnicista e as manifestações da filosofia analítica segundo a sua análise até o ano de 1962 são publicados exclusivamente artigos como enfoque humanista moderno Escola Nova A partir dessa data também artigo sobre a visão tecnicista 
Outro importante autor que se debruçou sobre a filosofia da educação no Brasil é Moacir Gadotti seu livro publicado em 1987 pensamento pedagógico brasileiro faz apontamentos sobre a teoria da dependência a teoria da modernização e coloca a pedagogia Progressista como fundamento de suas perspectivas para ele a educação brasileira tem influência por duas concepções e que vive numa encruzilhada entre a educação de cunho liberal conservador e uma concepção democrática e Popular que nasce do movimento de organização e de conscientização (Gadotti 1987)
 O artigo chamado ideias diretrizes para uma filosofia da educação publicada em 1979 na revista reflexão Gadotti discutir a situação da educação e a pedagogia naquele período para ele a educação deve apresentar um desafio para a filosofia o que denota de uma perspectiva de pensar a filosofia da educação pela praxes da ação educativa segundo suas palavras a filosofia da educação não poderá tornar-se uma especialidade qualquer com seus Mestres e seus períodos ao meu ver ela deve ser uma preocupação que consegue finalmente a todos os parceiros todos os atores da educação promover uma Filosofia de educação não significa dar o poder aos filósofos em nome de uma doutrina ou de uma sabedoria dos quais eles seriam os guardiões e teriam um monopólio de decidir do alto e pelos outros o que a educação deveria ser separando os que pensam daqueles que executam do pensar do trabalho a filosofia da educação deve contribuir para indicar possíveis caminhos para esclarecer para suscitar o espírito de responsabilidade de Lucidez e de participação na solução dos problemas educacionais que estão nossos os problemas do nosso tempo 1979 
Antônio Joaquim Severino outro autor que se destaca Devido as suas preocupações com a filosofia da educação dentre varia publicações lançou em 1993 o livro paradigmas filosóficos e conhecimento da educação limites do atual do discurso filosófico no Brasil na abordagem da temática educacional esse objetivo é inserida a questão da presença das dimensões políticas e educacionais no discurso filosófico que vem constituindo o tecido da reflexão sistemática da filosofia entre nós (Severino 1993)
 O trabalho de Severino poderia evidenciar as concepções que marcaram Nossa cultura filosófica a tradição metafísica clássica a tradição positivista a tradição subjetivista e a tradição dialética diz ainda que a reflexão filosófica atual no Brasil vem ensaiando alguns voôs de autonomia sem se desvincular das grandes tradições e tendências da filosofia ocidental resultado de uma pesquisa que o autor realizou entre os professores de Filosofia e filosofia da educação explícita as inspirações que marcam o pensamento filosófico atual no Brasil para Severino 
“é assim que se pode constatar que em nossa cultura filosófica atual se faz presente ainda que numa tradição de resistência a tradição metafísica clássica com sua perspectiva essencialista de compreender a realidade manifesta-se fundamentadamente nas expressões teóricas do Neu tomismo mas também tem forte presença entre nós numa perspectiva decrescente consolidação a tradição positivista que se expressam nas correntes e Vertentes né o positivistas e trans positivistas mantendo e até certo ponto ainda consolidado as posturas cientificistas por outro lado a tradição subjetiva se faz presente através das tendências e correntes vinculadas ao neo-humanismo A fenomenologia a arqueologia genealogia e o culturalismo por fim também vem adquirindo uma consistente a expressão filosófica a tradição dialética representada por correntes vinculadas as diversas Vertentes do Marxismo e de modo especial a dialética negativa fundada na teoria critica frankfurtiana 
Severino deu continuidade em suas reflexões na obra a filosofia contemporânea no Brasil conhecimento política e educação de 1999 propondo um levantamento sobre a prática da filosofia no atual momento cultural brasileiro moscando perceber as tendências os temas e as abordagens que se esse discurso filosófico vem assumindo neste texto Severino aponta dados sobre a formação do pensamento filosófico brasileiro falando da ligação entre filosofia educação e política como pontos para a construção de um projeto civilizatório 
Quando se busca entender as atitudes fundamentais que delineiam os estilos específicosdo filosofar brasileiro duas constatações chamam logo atenção a primeira constitui uma verdadeira Tradição A grande maioria dos nossos pensadores desenvolve seu esforço teórico deixando-se guiar por algum modelo filosófico já constituído 
A filosofia entre nós nem sempre revela uma preocupação em se posicionar explicitamente quanto ao sentido da tarefa do filosofar aponta o autor essa ausência de conceituação expressa parece vincular-se a primeira constatação de correndo do fato de que ao se colocar na linha e ritmo de um modelo já constituída de filosofia ele está sumindo simultaneamente três elementos matemática uma teórica do filosofar e uma metodologia de reflexão filosofar para esse então ser assumido como precede de modo igual ao dos representantes mais significativos do modelo seguido no último capítulo o autor trata da filosofia da educação como uma dimensão política e Educacional no discurso filosófico esse último capítulo trata do mesmo texto com alguns ajustes que anunciamos acima com data de 1993 
O que é filosofia da educação livro publicado em 1999 sob a coordenação de Paulo Ghiraldelli Júnior é uma coletânea de vários artigos sendo 4 de autores estrangeiros e 6 de brasileiros os textos estão assim colocados O que é filosofia da educação uma discussão meta filosófica do Advento dos Tempos Modernos a reconstrução da filosofia da educação pelo neopragmatismo nos tempos contemporâneos escrito por Paulo Ghiraldelli Júnior segundo o próprio autor o texto tenta responder à pergunta o que é filosofia da educação Este texto divide-se em seis partes 
-o chamado pensamento moderno da filosofia moderna da base Iluminista e romântica nos quadros do humanismo 
-critica a filosofia da consciência ou filosofia do sujeito o núcleo central metafísico epistemológico do pensamento humanista e da filosofia da educação moderna 
-exposição sobre os alguns pensadores e correntes reservaram a filosofia da educação nos tempos contemporâneos
- impasses da filosofia social e política da educação ainda comprometida com o pensamento moderno e portanto sujeita as críticas desenvolvidas contra a filosofia da consciência filosofia do sujeito 
-o projeto neopragmatismo 
-avaliação das responsabilidades de uma filosofia da educação Neo pragmática incluindo uma definição a respeito da filosofia da educação giraldelli 1990
Outra produção filosofia da educação editado pela DP&A em 2000 de Paulo giraldelli faz parte da coleção o que você precisa saber sobre segundo o autor o livro trata dos debates internos a filosofia da educação moderna destacando J F herbart John the way Emile Durkheim e Paulo Freire também de certa sobre o que acontece com a filosofia da educação em uma situação pós-moderna que explica com detalhes e de forma didática as alterações nas teorias de verdade das filosofias o nascimento de posse minimalistas no campo das teorias de verdade e a ligação disso tudo com novas perspectivas na filosofia da educação destaca então a transição do moderno para o pós-moderno enfatizando a colaboração dos filósofos atuais como o William V Quinr, Donald Davidson e Richard rorty
Filosofia da educação comtemporariedade e subjetividade 
O período que compreende a filosofia contemporânea é de meados do século XX até os dias atuais nos anos 1990 como um enfraquecimento da teoria marxista os pensamentos dos filósofos pós-estruturalistas como Michael Foucault Jacques derrida Gilles deleuze Félix Guattari Jean Baudrillard Judith Butler Lucy Irigaray Júlia kristeva Helene Cixous Jean François lyotard são verdadeiramente importantes para a filosofia da educação especialmente no que se refere ao tratamento que eles fornecem aos problemas contemporâneos além da corrente francesa pós-estruturalista Ainda temos outros filósofos que conquistaram grande visibilidade como Frantz fanon Tomás Kuhn jurgen habermas Richard rorty Eduard side Henry Odera Oruka Peter Singer slavoj zizek 
Os temas tratados por grandes partes desses filósofos correspondem as questões próprias do Século XX e início do século XXI temas nunca antes tratados como multiculturalismo o feminismo seres sensíveis a Sexualidade e a homossexualidade por exemplo foram inseridos no pensamento filosófico ocidental bem como os assuntos referentes as questões raciais e étnicas do pós-modernismo adquirir os seus diversos tipos de relativismo como psicológico epistemológico cultural entre outros Vale ressaltar contudo que essas duas correntes intelectuais o palmo do pós-modernismo e o pós-estruturalismo não são delimitadas por diferencie ações rigorosos no que diz respeito às teorias educacionais por isso é comum que as duas sejam enquadradas como pós-modernistas (Porto 2006 )
Conforme nosso atual contexto sócio-histórico o que compreendemos como Educação na contemporaneidade revela os limites dos modelos ético-políticos das tradições racionalistas e metafísicas da modernidade a educação começa a ter passar por um momento antropológico e psicológico além naturalmente das dimensões éticas e políticas um dos temas problematizadas pela filosofia contemporânea é a questão da verdade como ocorre que o sujeito humano se torne ele próprio objeto de saber possível através do que formas de racionalidade que condições históricas e finalmente a que preço questionou Michel Foucault em uma entrevista concedida ao filósofo Gerard howlett publicada em 1983 na revista tellus iniciar essa sessão por meio do questionamento de Foucault por uma pergunta que é antes de tudo genealógica sobre os modos como as verdades determinam em maior ou menor grau o que somos e o que podemos ser em um determinado contexto nos permite trazer uma questão cada vez mais urgente necessária a necessidade de assumirmos uma postura problematizadora diante dos modos como nos constituímos como sujeitos inscritos nas políticas da Verdade sobretudo em suas dimensões ontológicas epistemológicas no tocante ao campo epistemológico Foucault 2010 evidenciou como a partir da modernidade a relação do sujeito com a verdade se efetiva muito singularmente intermediada pela razão e pelo conhecimento para o autor a partir dele e de sua complementaridade irrenunciável condições de acesso do sujeito a verdade podem ser definidas destaca a partir de Nietzsche que de fato somos até hoje herdeiros dessa inextricável relação a partir da qual o que entendemos como o conhecimento na qualidade de produção de um sujeito cognoscente se torna sinônimo de verdade 
Qual a importância disso para as questões aqui discutidas e para a filosofia da educação hora é no jogo do verdadeiro e do falso que o conhecimento ocupa lugar ímpar para consolidação de um dado saber como verdade que é dimensão ontológica da política de verdade emerge e atua na produção de sujeitos afirmar que o modo como a verdade a tua ontologicamente implica entender o quanto ela se faz próximo nos mínimos gestos daquilo que somos ou devemos ser enquanto sujeitos
Entendida como forma também de poder a verdade aplica-se a vida cotidiana imediata que caracteriza o indivíduo marca o com sua própria individualidade liga o a sua própria identidade em põe uma lei de verdade que devemos reconhecer e que os outros tem de reconhecer nele logo entendemos que a verdade pode no sentido da sujeição estabelecer relações de reconhecibilidade em que os marcos normativos de uma ontologia do sujeito instituídos pelas redes de saber-poder determinam o que é permitido ou proibido ao indivíduo 
Em Foucault parece a um preço por se dizer a verdade sobre si mesmo precisamente porque o que constitui a verdade será enquadrado por normas e modos específicos de racionalidade que emergem historicamente e são nesse sentido contingentes na medida em que dizemos a verdade conformamos a um critério de verdade e aceitamos esse critério como que nos vincula a nós mesmos portanto dizer a verdade sobre si mesmo vende um preço e o preço e a suspensão de uma relação crítica com regime de verdade em que se vive( Butler 2005) 
O que Butler nos indica baseada em Foucault é que não somos meros efeitos dos regimes de verdadeantes disso os atos de verdade a que somos convocados em nossa cultura nos constituem e de modo paralelo são por nós constituídos acerta o preço como sujeitos e isso de modo historicamente contingente Quando a autora afirma que esse preço implica a suspensão de uma relação crítica com o regime da verdade ela mostra o quanto a Adesão a ele e implica uma negação de sua historicidade, ou seja, Butler destaca que a edificação de certo conhecimento tido como a verdade pressupõe em algum sentido exorcizá-lo de sua historicidade pressupondo como histórico como então se efetiva a resistência a um tipo de poder que não existe somente a obediência mas que nos convoca a atos de verdade que correspondem a manifestação constante daquilo que se é atos de verdade que dizem respeito a nossos desejos é pois no conceito de crítica foucaultiano que encontra-se uma possibilidade de pensar em formas de resistência aos modos de sujeição as verdades a crítica Concebida como uma atitude diante do mundo nos coloca diante de uma questão tão direta como complexa Como não ser governado pelas verdades hegemônicas de nosso tempo 
Para Foucault enquanto atividade questionadora dos modos como somos governados por certas verdades a crítica desrespeita uma atitude diante do mundo o modo de transformação e mesmo de criação de pensamento fazer a crítica e tornar difícil os gestos mais simples nessas condições a crítica A Crítica radical é absolutamente indispensável para transformação Pois uma transformação que ficasse no mesmo modo de pensamento uma transformação que só fosse uma certa maneira de melhor ajustar o mesmo pensamento a realidade das coisas não passaria de uma transformação superficial em compensação a partir do momento que começamos a não mais poder pensar nas coisas como nelas Pensamos a transformação torna-se ao mesmo tempo muito urgente muito difícil e absolutamente possível (Foucault 20130
 Acrítica é pois uma forma de colocar em movimento uma transformação do pensamento como um trabalho de constante questionamento do que somos e do que podemos ser de algum modo a crítica diz do ato de fraturar as verdades das quais somos sujeitos portanto é um exercício de poder deslocar o pensamento da Ordem da sujeição escrevendo mesmo que de forma provisória como possibilidade de resistência de luta as formas instituídas pelas quais nos fazemos sujeitos em nossa Cultura
 Outro filósofo da corrente pós-estruturalista que escolhemos destacar nessa unidade dedicada a filosofia contemporânea é o francês Gilles deleuze na década de 1960 e início da 70 realizou o ensaio sobre o estruturalismo tendo a intenção de fazer modificações e levá-lo a radicalidade no texto chamado diferença e repetição ele refletir sobre o quanto que o estruturalismo poderia se tornar radical vindo a ser portanto Pós estruturalismo ao mesmo tempo ele tem uma visão do pensamento de que os conceitos podem se modificar Resistindo a ideia de fixidez ou em outras palavras os conceitos identitários Aliás o rígido para ele é sempre sinal de repetição e que não favorece os signos da diferença (simulacros )por isso uma das questões centrais para entendermos sua filosofia refere-se ao tratamento da diferença no interior das repetições a fim de se evitar a repetição e a rigidez 
*Simulacro 
O conceito de simulacro tenta dizer que um signo não é uma relação entre identidades mais uma sensação individual ligada a um movimento dentro de várias identidades e com variações dentro das estruturas simulacro deve ser pensado em termos de todos os processos que ele une só que isso não significa que podemos sintetizar uma representação do simulacro ainda em relação ao simulacros para Deleuze Derridaa e Foucault não há nenhuma origem ou um pensamento fundante apenas uma cadeia de simulacros interconectados nada existe fora dessas cadeias 
Mas o que deleuze entende por estruturalismo surpreendentemente para ele a estrutura não se define como um simples modelo teórico de uma coisa estruturada não é simplesmente uma representação das coisas pelo contrário ela é definida como uma condição necessária para a transformação e uma parte viva das coisas pós-estruturalismo para ele é a percepção de que a estrutura pode ser vista como o limite do conhecimento de qualquer coisa e esse limite a condição para possíveis transformações 
Então em relação ao estruturalismo e pós-estruturalismo podemos chegar à seguinte conclusão Ambos não podem ser entendidos de madeira oposicional eles se relacionam o pós-estruturalismo pode ser visto como uma transformação do estruturalismo temos que ir para além dos conceitos de representação e identidade fixas e imutáveis as respostas que ele da são em termos de características formais e não de condições essenciais deleuze explica como as coisas funcionam e não como elas são 
Estruturalismo e pós-estruturalismo trabalham com relações e mudanças que acontecem no interior de diferentes sociedades ambos operam com as condições relacionais para entender o aparecimento de situações que podem ser referidas na linguagem como também sentidas Deleuze traz o estruturalismo a um compromisso com a rede de conexões e podemos dizer que isso é uma característica de sua filosofia para ele absurdo uma verdade final ou conhecimento completo e absoluto sobre um conceito particularmente a sempre mais combinações possíveis além daquelas referidas numa data situação e talvez o mais importante aqui para os educadores é perceber que os signos são múltiplos estruturas móveis de relação ao invés de pares binários sempre em oposição e imutáveis enfim Deleuze propõe a abertura para entendermos os fenômenos da vida desde que haja Oposição a única determinação causal Em se tratando das relações estruturais há uma determinação relação recíproca de uma estrutura pela outra uma relação numa estrutura não tem nenhum sentido independente é uma via de Mão Dupla todas as coisas estão conectadas e não há nada transcendente ou que está no nível superior causando a realidade deleuze então privilegia a multiplicidade de relações sobre seus elementos ou relações individuais a importância disso está no fato de que não compreendemos as situações fenômenos de uma maneira completa se não der vamos conta das possíveis estruturas que são correlatas se o pós-estruturalismo se opõe a verdade se fundantes esse posicionamento requer uma maneira diferente de formularmos perguntas e respostas aqui ele Foca no uma faceta muito importante do pós-estruturalismo abordando a importância do conceito do problema ao lado do conceito da questão na verdade Deleuze privilegia os problemas mais que questões os problemas são inacabados continuamos e se inter-relacionam já as questões são limitadas pelas respostas nesse sentido o autor da exemplo de perguntas que devem ser evitadas em função de questões particularmente mais complexas enfim para Deleuze um problema é determinado pelo modo no qual diferentes estruturas se encontram e se chocam exemplo disso é o choque de culturas que na Perspectiva pós-estruturalista ao choque e acaba definindo elas mesmas Por conseguinte a pretensão do Sujeito como um ser fundamento da Verdade no conhecimento ou na ou não a ação pelo livre-arbítrio é ilusória o sujeito perde sua estabilidade em razão da sua relação com lugares vazios de interdeterminação e como eventos que fogem a sua compreensão sempre há algo que não podemos dar conta ou compreender só que dele eu uso e não se opõe ao sujeito suas observações sobre o sujeito não tem nada a ver com a ideia de sua eliminação ou com a ideia de que podemos ultrapassar o seu sujeito portanto não é fixo e não tem uma identidade única pois ele é conforme sua palavra móvel nômade e singular O que é interessante pensar aqui é justamente sobre o lugar das diferenças entre os indivíduos essas diferenças exigem então que uma nova política e ética uma vez que nos levam a ir além das noções acerca de normas e valores intersubjetivos compartilhados ou seja nos forçam a ir além das verdades significativas em comum e dos determinismos preestabelecidos por fimpara deleuze não há propriamente uma forma verdadeira de pensamento externo pois não há fundamento no qual ela pudesse se apoiar por isso o pós-estruturalismo e antifundacional e aberto ao modo construtivo do pensamento as cadeias de pensamento começam com encontros ao acaso e por isso o pensamento é uma relação com algo inesperado isso implica que o pensamento deve ser uma prática criativa ao invés de um corpo fechado e definido de conhecimento
Produção de subjetividades com muita frequência 
Ver se a transformação do homem naquilo que ele precisa se tornar como uma responsabilidade de educação ou de psicologia no entanto nem todos os teóricos concordam com essa visão contudo a filosofia da educação na contemporaneidade precisa enfrentar Justamente esse problema quando se faz a relação entre a educação e o projeto antropológico pensar a constituição é a experiência da subjetividade na prática educativa é o maior desafio o debate acerca do que se convencional nomear amplamente de subjetividade vem de longe os esforços para enfrentar o desafio da compreensão da vida subjetiva estabeleceram-se desde sempre no contraponto com a vida objetiva explicitando duas dimensões fundamentais da condição humana a objetividade externa material coletiva prática e a subjetividade interna afetiva espiritual esses esforços podem ser apreendidos em uma boa parte da discussão acerca da relação entre indivíduo e sociedade que sempre rezou a relação entre a subjetividade e a objetividade e pode se ponderar que não existem mais dúvidas A esse respeito no campo das ciências filosóficas historiográficas e práticas sociais afinal ninguém discordaria de um autor filósofo Historiador etc que postulasse as seguintes observações
 1 que a relação entre indivíduo e sociedade implica a consideração da subjetividade e da objetividade na Perspectiva da Constituição recíproca de um e de outro este seria o campo da intersubjetividade 
2 que a determinação social da vida subjetiva e a determinação subjetiva na vida social não estão mais em questão porque esse é um pressuposto que restou suficientemente provado na história e no debate travado das ciências humanas e sociais em geral
 3 que não é mais suficiente entregar a subjetividade somente a responsabilidade e aos contornos da psicologia 
4 que não é possível continuar questionando socraticamente a psicologia para obrigá-la a confessar que não pode definir por si os fundamentos da subjetividade 
5 que a psicologia não detém o segredo da subjetividade porque esse segredo não é de ordem exclusivamente psicológica pode ser enfim ponderar a questão da relação entre objetividade e subjetividade entre sociedade e indivíduo não estaria mais em questão e portanto não haveria mais porque ainda gala 
Se assim fosse estariam separadas no pensamento contemporâneo as tendências de se considerar um indivíduo e a sociedade a subjetividade e a objetividade como realidades distintas especialmente no momento em que se afirma e valoriza a subjetividade contudo a realidade não confirma essa afirmação o suposto da unidade entre objetividade e subjetividade é apenas retórico e e o dilema secular se atualiza esse que fica no presente seja quando alterna a a ênfase sobre o indivíduo e a sociedade sobre a subjetividade e objetividade quando dilui um no outro ou quando conversa a integridade ativa e absoluta de um frente passividade de outro não seria exagero considerar que algo parece anunciar a emergência da subjetividade como uma senão a grande novidade a ser enfrentada pelas Ciências Sociais e humanas na contemporaneidade estranhamente é justo quando o processo de individualização do homem alcançou patamares nunca imaginados que se reportam a subjetividade como uma grande inovação contemporânea Justo quando declinam as possibilidades de autonomia emancipação do sujeito postula-se o aparecimento da subjetividade como questão a ser debatida para além da subjetividade temos também outro importante conceito a intersubjetividade ela refere-se a relação entre as várias dimensões que afetam o sujeito a interação das várias particularidades a tudo o que se refere a singularidade do sujeito a própria Comunidade dos indivíduos constituem uma rede de intersubjetividade na qual cada ponto afeta de alguma maneira o outro produzindo indeleveis ou implícitas pressões que impõem um certo Horizonte de possibilidades as experiências vividas nessa direção acreditamos na possibilidade de vislumbrar a positividade da subjetivação como Resistência singularidade e produção de diferença para o francês Félix Guattari na obra escrita com a brasileira Suely rolnik micropolitica cartografia do desejo importa pensarmos em uma subjetividade de centrada múltipla nômade que dialoga com a superfície e não com fundamento a substância em se buscar se pensar em subjetividade construída na imanência ela não é mais substância o fundamento fixo mas superfície fluxos de vida e singularidade Guattari explica que devemos nos afastar da ideia de que as representações papéis identitários e ideologias são colocadas as pessoas no que diz respeito à produção subjetiva
Contra a existência de uma lógica da identidade guattari mostre que os conceitos de totalidade unidade fundamento e substância são traços predominantes da filosofia metafísica e representacional por isso ele faz um elogio ao campo da micropolítica ao Devir ir ao transitório a multiplicidade Audi verso diferença como elementos capazes de mostrar outros sentidos para compreensão da vida para guattari conforme a filosofia metafísica as subjetividades são cortadas de suas realidades políticas de suas condições de produção de sua polifonia constitutiva e de seu caráter processual uma vez que ela se particularizam esse autonomização na Esfera individual isso é válido no sentido de não pensarmos a representação do modo na consciência de um sujeito autônomo mas que neles se exprime sua multiplicidade de objetos e de signos concatenados para formar um gosto um jeito de vestir um modo de viver e pensar devemos não mais falar em sujeito dado a priori mas em agenciamentos coletivos de enunciação máquinas de produção subjetiva conserto polifônico de vozes deveres imperceptíveis mutações afetivas e outras sensibilidades (Guattari 1999) devemos focar no descentramento da questão do sujeito para a da produção de subjetividade pois esta Como diz Guattari constituem matéria-prima de toda e qualquer produção e quais condições podem estar relacionadas a produção de subjetividade dos indivíduos estão implicados nessa questão a manifestação linguagem as instâncias metodológicas as experiências transgeracionais e familiares as interações institucionais diferentes naturezas as relações musicais e literárias as formas comunicacionais etc para o educador portanto seria interessante considerar o universo múltiplo que constitui a subjetividade de seus alunos e não somente instâncias tradicionais como igreja estado e escola para Guattari Rolnik a subjetividade é uma Trama que não está dada mas que está em composição com Tina com diferentes arranjos sendo assim ela não está na ordem do identificado como uma espécie de moldura formatada e fixada que leva a padronização do indivíduo a ser conhecido e reconhecido pois a subjetividade não é passível de totalização ou centralidade no indivíduo ela está sempre em processo e identificada no registro social e cultural já que ela não pode ser identificada Como que o educador poderá falar sobre subjetividade percebemos a como um processo em construção no registro social hora a subjetividade não se situa no campo individual seu campo é o de todos os processos de produção material e social de máquinas de produção e de agenciamento de enunciação
 a subjetividade está em circulação nos conjuntos sociais ela é essencialmente social e assumida e vivida por indivíduos em suas experiências particulares .A subjetividade é polifônica e plural e que não há nenhuma única Instância estruturante e dominante O que é determine segundo uma causalidade unívoca a subjetividade interage sofretambém variações produz sentido contra sentido opera modos coletivos e heterogêneos a uma subjetividade que dialoga com o outro o subjetivo aqui não tem haver com a outra camada ligada à psique os sentimentos ou ao obscuro descido a subjetividade não é oposição binária ao material como ao contrário a produção de subjetividade constitui em matéria prima de todas e qualquer produção objetiva neste sentido para os autores não existe uma contraposição entre relações econômicas e subjetivas pois elas são ao mesmo tempo materiais e semióticas a diferença está portanto no olhar e não deve estar atento para os fatores determinantes de uma produção outra mas antes perceber as linhas e Conexões entre elas com o próprio autor mesmo declaro toda a questão está em elucidar com os agenciamentos da enunciação reais podem colocar em conexão essas diferentes instâncias é sempre possível resistir ao presente escapar das modernizações dominantes e clichês apropriar-se Diferentemente do que nos é oferecido cotidianamente pela televisão pelo cinema pelo padrão pelo Conjugue pela escola ou pelo outdoor pois esse desenvolvimento da subjetividade capitalística trazem em suas possibilidades de direito civil e singularização em suma é sempre possível atrever-se a singularidade (Deleuze 19970
 A essa máquina de produção de subjetividade eu poderia ideia de que é possível desenvolver modos de subjetivação singulares aquilo que poderíamos chamar de processos de singularização uma maneira de recusar esses modos decodificação preestabelecidos todos esses modos de manipulação e telecomando recusar os para construir de certa forma modos de sensibilidade modos de relação com outro modo de produção e modos de criatividade que produzam uma subjetividade simular uma singularização existencial que conhecida com desejo com gosto de viver como uma vontade de construir um mundo no qual nos encontramos com a instalação de dispositivos para mudar os tipos de sociedade os tipos de valores que não são os nossos (Guattari 1999)
 Quanto aos processos da singularização ele é alto modelador e tem o caráter de autonomia ele constrói seus próprios tipos de referências práticas e teóricas sem ficar na posição de independente em relação a um poder isso ocorre a partir do momento em que os grupos adquirem liberdade de viver seus processos aí eles passam a ter uma capacidade de ler suas próprias situação e aquilo que se passa em torno deles essa capacidade é que vai lhe dar um mínimo de possibilidade de criação e permitir preservar esse caráter de autonomia que é tão importante por isso o processo de singularização é algo que frustram os mecanismos de interrogação dos valores capitalistas ele conduz a afirmação de valores no registro particular independente das escalas de valor que nos cercam e espreitam guattari e Roni que defendem portanto a ideia de que há de vir diferencial que recusa a subjetividade capitalística que teria como meta a padronização dos valores estéticos e artísticos culturais sentimentais entre outros
Filosofia da educação e pós-modernidade 
O relacionamento entre a pós-modernidade e a teoria critica a sociologia e a filosofia é feriado mente contestada e os termos pós-modernidade e pós-modernismo são difíceis de distinguir sendo o primeiro muitas vezes o resultado posterior o período tem tido diversas ramificações políticas suas ideias anti ideológicas parecem ter sido positivamente associadas com o movimento feminista aos movimentos de igualdade racial e a favor dos direitos dos homossexuais a maioria das formas do anarquismo no final do século XX de movimentos pacifistas e vários híbridos destes como Os Atuais movimentos antiglobalização apesar de nenhuma dessas instituições abarcar em inteiramente todos os aspectos do movimento pós-moderno todos eles refletiram ou emprestaram alguma de suas ideias mais centrais elegemos nesse tópico tratar de alguns temas debatidos filósofa americana Judith Butler no início do ensaio el no pensamento en nombre de lo normativo 2010 butler diz que em um diálogo recente o sociólogo britânico Chetan Bhatt afirmou que na sociologia assim como na teoria cultural ou nos estudos culturais muitos de nós pressupomos um campo de verdade é um campo de conhecimento teórico ou de inteligibilidade para descrever o eu o outro o sujeito a identidade e cultura e ele prossegue dizendo que não está seguro de que essas concepções tenham capacidade para abordar as transformações do mundo cotidiano assim como a rápida transformação do que chamamos de identidade em seguida a própria estrutura discursiva do multiculturalismo um dos Direitos Humanos está tomando por suposição um tipo específico de sujeito que pode ou não compreender as formas de vida que existem no tempo presente o sujeito os pressupostos pelos quadros liberais e multiculturais caracterizam-se por pertencer a certos tipos de identidades concebidas como únicas diferentes ou individuais ou então multiplamente determinados por listas de categorias que incluem etnia classe raça religião sexualidade e gênero Há questões muito importantes sobre si e como Tais indivíduos podem ser representados no quadro dessa normatividade dessa maneira Judith butler diz que é necessário fazermos perguntas assim para entender a melhor maneira de representar ou reconhecer os vários sujeitos de fato ela assume que Nessas questões é normativo ou seja devemos um interrogar Qual é a melhor maneira ao dispor no campo da política para que possamos produzir o reconhecimento e a representação dos sujeitos não podemos responder a isso se antes de tudo não considerarmos a antologia do sujeito cujo reconhecimento e representação está sendo avaliado mas ainda qualquer indagação sobre a referida ontologia exige que consideremos outro nível em que opera o normativo a saber estamos situados mediante 2 Norma que produzem a ideia de que o humano merecedor de reconhecimento de representação é necessário compreender a diferença de poder existentes que distinguem os sujeitos que seriam eleitos para o reconhecimento e os que não seriam nesse ensaio portanto butler teste Suas críticas partindo do multiculturalismo e da política Liberal já em artigo publicado Originalmente em 1990 e depois em 1998 nos cadernos pagou intitulado fundamentos contingentes o feminismo e a questão do pós-modernismo ela defende a ideia de que o feminismo também deve estabelecer críticas sobre os processos que produzem e desestabilizam as categorias de identidade no momento em que se invoca a categoria mulheres descrevendo a clientela pela qual o feminismo fala começa invariavelmente um debate duvidoso sobre o conteúdo descritivo do termo ela dá exemplos a quem afirme haver uma especificidade ontológica das mulheres enquanto mães a outras que atendem a maternidade como a situação social específica da mulher e aquelas que recorrem a uma especificidade feminina que se manifesta nas comunidades e culturas logo qualquer esforço para dar contexto Universal ou específico à categorias mulheres ou a mulher produzirá necessariamente facções e que a identidade como ponto de partida jamais se sustentaria como base sólida de um movimento político feminista as categorias de identidade nunca são meramente descritivas mas sempre normativas e como tal exclusivas Mas isso não quer dizer que o termo mulheres não Deva ser usado ao contrário se o feminismo pressupõe que mulheres designa um campo de diferenças que não pode ser totalizado ô resumido por uma categoria de identidade descritiva então o próprio termo se torna um lugar de permanente abertura e ressignificação desconstruir o sujeito do feminismo não é portanto censurar sua utilização mas ao contrário liberar o termo num futuro de múltiplas significações emancipá-lo das ontologias maternais as quais esteve restrito e fazer dele um lugar onde significados não antecipados podem emergir A partir dessa perspectiva o cidadão é propriamente uma troca colonizada em outras palavras butler sugere que não é um sujeito individual ou multiplamente determinado sem pensarmos num processo socialdinâmico um sujeito que está sendo constituído e reconstituído no transcurso do intercâmbio social quando se trata então de pensarmos sobre identidade sujeito etc é claro que o problema não é somente odontológico posto que as formas que tomam o sujeito assim como o mundo cotidiano que não se enquadram nas categorias disponíveis surgem a luz dos contextos históricos e geopolíticos não é somente atribuir ao sujeito o status de cidadão mas é pensar que este status se determina e é reformulado nos transcursos das interações sociais em relação aos modos possíveis que podemos descrever os sujeitos bater prossegue em seu ensaio dizendo que poderíamos então sentir a tentação de formular uma nova concepção do sujeito uma concepção que se poderia denominar se coalitional mas o que constituiriam as partes da Dita coalização diremos que existem vários sujeitos dentro de um único sujeito o que existe partes que entram em comunicação umas com as outras cremos que é Historiador Guacira Lopes louro no livro gênero sexualidade e educação nos ajuda com a seguinte reflexão de fato os sujeitos são ao mesmo tempo homens ou mulheres determinadas etnias classes sexualidade nacionalidade São participantes ou não de uma determinada confissão religiosa ou de um partido político essas múltiplas identidades não podem no entanto ser percebidas como se fossem camadas que se sobrepõem umas às outras como o sujeito fosse se refazendo somando-se ou agregando-as em vez disso é preciso notar que ela se interferem mutuamente se articulam podem ser contraditórias provocam em sim diferentes posições essas distintas posições podem se mostrar conflitantes até mesmo para os próprios sujeitos fazendo o celular de deslizar entre elas perceber-se de distintos modos ainda a respeito do sujeito com adicional devemos perguntar também o que Exatamente é isso que seria reconhecido por exemplo é a homoxexualidade da pessoa gay é a crença religiosa do muçulmano se nossos Quadros normativos pressupõe que esses traços ostensivamente definidores de sujeito singularmente determinados por seus próprios objetos então o reconhecimento se converte em parte Nesta mesma prática de ordenar e regular os sujeitos que surgem normas pré-estabelecidas se o reconhecimento re consolida o sujeito sexual o sujeito cultural o sujeito religioso entre outros fazemos certo reconhecer os sujeitos por meio de Tais motivos ou objetos que ocorre os traços mesmo que são reconhecidos resultam basear-se no fracasso do reconhecimento nesse sentido como afirma butler o fato de que não pode surgir nenhum sujeito sem estar diferenciado tem várias consequências No primeiro caso um sujeito se torna discreto excluindo outras possíveis formações desse ou uma série de não Deus no nesse sentido como afirma butler o fato de que não pode surgir nenhum sujeito sem estar diferenciado tem várias consequências No primeiro caso um sujeito se torna discreto excluindo outras possíveis formações desse ou uma série de não eu no segundo caso surge um sujeito mediante um processo de abnegação descartando aquelas dimensões do ser que não se conformam com as figuras apresentadas pela normatividade do sujeito humano de todo o resto se o sujeito está sempre diferenciado podemos entender que significa Exatamente isso a uma tendência para entender a diferenciação tanto quanto um recurso interno de um sujeito constituído e como recurso externo sobre isso bota ladies qualquer diferenciação interna que eu poderia fazer entre as minhas partes ou minhas identidades resulta de certa maneira de unificar essas diferenças e se reinstalar o sujeito como fundamento da diferença por sua vez esse sujeito obtém sua especificidade definindo se contra o que está fora dele de maneira que a diferenciação interna ressalta ser fundamental para explicar a diferença entre a pessoa homossexual pode ser muçulmana ou não e a pessoa muçulmana Pode ser homofóbica ou não mas se o quadro do conflito cultural gay frente ao muçulmano determina a maneira como percebemos essas identidades então muçulmano acabará definindo-se por sua ostensiva homofobia e o homossexual acabará definindo-se segundo quadro como anti Muçulmano e receoso da homofobia muçulmana Isto é ambas as posturas se define a partir de uma relação mútua conflituosa cujo caso nos foram ocultados os pontos de convergência entre muçulmanos e gays de fato o Marco da tolerância ordena a identidade segundo suas exigências e borda as completas e realidades culturais da vida dos Reis e dos religiosos a consequência é que o quadro normativo opera sob certas circunstâncias sobre os sujeitos em questão negando qualquer possibilidade de fazermos outras avaliações inclusive se necessita certo esforço para entender as realidades culturais designadas pelos homossexuais e muçulmanos E especialmente em seus mundos cotidianos e transnacionais Afinal entender essa relação implicaria considerar certo número de informações naquelas em que a Sexualidade e a religião operam como veículos recíprocos ou em algumas vezes como antagonistas como é feito deve se refletir sobre a afirmação inclusive de que a religião e a Sexualidade podem constituir as únicas formas impulsionadoras para um determinado modo de vida trata-se então de criticar mas o quadro binário que dá por suposto a religião e a Sexualidade estão determinados por separação e exaustivamente a Identidade do sujeito como se houvesse duas identidades distintas e Opostas semelhante quadro não considera que inclusive onde há antagonismos isso não implica uma contradição ou uma impasse com conclusões necessárias o antagonismo pode ser vivido dentro e entre os sujeitos como uma força política e dinâmica assim evita-se a forma de não pensamento ratificada por um modelo restritivamente normativo na realidade o não pensamento é uma forma de avaliação que falsifica o mundo com o objetivo de apontar o sujeito moral propriamente dito como o signo de certos privilégios e de certa perspicácia cultural mamadeira de manter tudo em ordem é importante ressaltar que Judith butler não obstante não pretende refutar Ou prejudicar as resistências regulamentares mas insistir que devemos conceber novas constelações de pensar sobre os mesmos pensar numa forma intelectual mente aberta e abrangente a fim de capturar e avaliar o nosso mundo na realidade ela caminha na mesma direção de Teresa de lauretis 1986 quando esta diz que um quadro de referência feminista que sirva para tudo não existe ela tão pouco deveria jamais ser um pacote pronto para usar nós precisamos continuar construindo esse quadro um quadro absolutamente flexível e reajustável a partir da própria experiência das mulheres com relação a diferença a partir de nossa diferença em relação a noção mulher e das diferenças entre as mulheres diferenças que estão permitidas como tendo a ter tanto como raça classe ou etnia quanto ao gênero ou sexualidade na mesma direção Judith butler chama a atenção para duas coisas a Expandir os atuais conceitos normativos diz cidadania reconhecimento e direitos superando os impasses contemporâneos B faz um pedido a favor de vocábulos alternativos fundados na convicção de que os discursos normativos derivados do liberalismo e do multiculturalismo São Igualmente inadequados para tarefa de captar tanto a nova formação do sujeito como as novas formas de antagonismo social e político Talvez o lócus mais importante onde aparece uma impasse não seja entre o sujeito constituído pela minoria sexual e o sujeito constituído pela minoria religiosa Mas entre um quadro regulamentar que exige e produz aos conflitos sujeitos O Mudo conflito e uma perspectiva crítica que pergunte se e como existem Tais sujeitos fora ou em relações diversas como esse presente antagonismo isso explica a consideração de que como esse quadro Depende de entender a complexidade do surgimento histórico das populações religiosas e sexuais das formações do sujeito que não podem reduzir-se a nenhuma identidade por fim Judith Butler ao retomar Asad sugere uma crítica de um certo tipo de sujeito Liberal que convertea esse mesmo sujeito em um problema político que deverá ser abordado explicitamente podemos tomar esse Sujeito como a base da política somente se aceitamos pensar melhor Nas condições de sua formação de suas respostas Morais e de suas reivindicações avaliativas recordamos o tipo de reivindicação fundamental que se faz no transcurso do debate normativo sobre estas questões por exemplo que existem sujeitos muçulmanos e homossexuais que se encontram em uma posição política que representam diferentes culturas ou diferentes tempos de desenvolvimento histórico ou que não se conformam as noções estabelecidas de Cultura ou as concepções inteligíveis de tempo uma resposta esse quadro deve insistir que existem diferentes construções do sujeito e que a maioria das visões do multiculturalismo erram ao preço por que conhecem por adiantado qual deve ser sua forma o multiculturalismo que necessita certo tipo de sujeito institui de fato essas exigências conceitual como parte de suas descrições e diagnósticos Finalmente eu gostaria de concluir que a colonização exige um repensar sobre o sujeito no interior de uma série dinâmica de relações sociais

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