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Revista ENAF Science 2019 2020 parte 1

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Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
 
 
VOLUME 14 - NÚMERO 01 - 2019/2020 - MAGAZINE 
Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
 
 
 
É com grande satisfação que, publicamos a Revista on-line ENAF 
SCIENCE. Tal publicação pode ser traduzida como uma forma de 
agradecimento e retribuição a todos aqueles que, direta ou 
indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento 
desse evento que integra o universo da atividade física e da saúde. 
 
No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de 
milhares de acadêmicos e profissionais da área de educação física, 
fisioterapia, nutrição, enfermagem, turismo e pedagogia. A partir de 2006 
passamos a realizar o Congresso Científico vinculado ao ENAF, dando 
mais um passo na construção dos saberes que unem formação e 
produção. 
 
E a partir de 2016, passou a ser on-line. Esperamos que essa publicação 
enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os 
trabalhos apresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo 
completo ou como resumo na forma de pôster. 
 
Esperamos que este seja a continuação dos passos que pretendemos 
empreender na busca por um novo viés de conhecimento, fazendo com 
que o ENAF siga seu caminho mais essencial: participar da construção 
de uma ciência da atividade física. 
 
Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos respectivos 
autores, não sendo atribuível ao ENAF nenhuma forma de competência 
legal sobre os mesmos. 
 
Contato@enaf.com.br 
www.PortalENAF.com.br 
mailto:Contato@enaf.com.br
http://www.portalenaf.com.br/
Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
ÍNDICE 
(Dica: clique no titulo abaixo para acessar a página do trabalho) 
 
PAPEL PLEIOTRÓPICO DA PROTEÍNA QUINASE ATIVADA POR AMP 
(AMPK) ...................................................................................................................... 5 
MOTIVOS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM DUAS 
ACADEMIAS AO AR LIVRE (AAL) DO MUNICÍPIO DE BETIM – MG ..................... 10 
QUALIDADE DE VIDA E SEU REFLEXO NO TRABALHO-PROJETO EM DIA 
COM A SAÚDE ........................................................................................................ 20 
O PAPEL DA NUTRIÇÃO NO PROCESSO DE HIPERTROFIA MUSCULAR.......... 25 
PROGRAMA ESPORTIVO SOCIAL E SEUS BENEFÍCIOS À SAÚDE DOS 
ENVOLVIDOS DE UMA COMUNIDADE CARENTE DA CIDADE DE 
DIVINÓPOLIS – MG ................................................................................................ 38 
ESTUDO RELACIONADO À QUALIDADE DE VIDA DO PROFISSIONAL 
BACHARELEM EDUCAÇÃO FÍSICA ATUANTE EM ACADEMIAS NA 
CIDADE DE DIVINÓPOLIS-MG ............................................................................... 45 
EXERCÍCIOS FÍSIOS E O IDOSO: BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS FÍSIOS 
PARA A SAUDE FÍSICA E MENTAL DOS IDOSOS ................................................ 59 
IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA DE 
ENSINO FUNDAMENTAL........................................................................................ 70 
OS DANOS CAUSADO AO FIGADO DEVIDO AO USO ABUSIVO DE 
ESTEROIDES ANABOLIZANTES ANDROGENICOS .............................................. 80 
A INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES FÍSICAS NO TRATAMENTO DE 
PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL ESQUIZOFRÊNICO: PACIENTES 
DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO MUNICIPIO DE 
PARINTINS .............................................................................................................. 88 
HIDROGINÁSTICA E ENVELHECIMENTO ............................................................. 96 
NATAÇÃO INFANTIL E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA CRIANÇAS DE CINCO 
Á DOZE ANOS ...................................................................................................... 105 
EDUCAÇÃO FÍSICA E INFRAESTRUTURA ESCOLAR: INFLUENCIA NA 
PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NAS AULAS PRÁTICAS ..................................... 118 
TREINAMENTO CONCORRENTE: EFEITOS NA COMPOSIÇÃO 
CORPORAL, FORÇA MUSCULAR, POTÊNCIA AERÓBICA E NOS 
ASPECTOS RELACIONADOS A SAÚDE .............................................................. 119 
 
Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
 
 
 
Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
PAPEL PLEIOTRÓPICO DA PROTEÍNA QUINASE ATIVADA POR AMP 
(AMPK) 
 
NUNES, M. S. 1; 
FARIA, P. F. 1; 
MARQUES-OLIVEIRA, G. H. 1; 
Centro Universitário de Formiga/UNIFOR-MG – Minas Gerais – Brasil. 
gleuberh@gmail.com 
 
 
RESUMO 
A proteína quinase ativada por AMP (AMPK) é uma das principais proteínas 
relacionadas com o metabolismo celular. Essa proteína é uma enzima 
pleiotrópica (que desempenha diversas funções). É uma molécula 
heterotrimetrica que consiste em uma subunidade alfa catalítica e uma 
subunidade beta e gama regulatória. Quando as razões AMP/ATP aumentam 
essa proteína se torna mais ativa, desempenhando diversas funções como: 
redução da gliconeogênese hepática, translocação do transportador de glicose 
isoforma 4 no músculo esquelético e aumentando a oxidação de gordura via 
inibição da enzima acetil-coa carboxilase. Aqui nós fizemos uma breve revisão 
da estrutura e função a AMPK, que tem sido amplamente estudada em todo o 
mundo. 
 
ABSTRACT 
AMP-activated protein kinase (AMPK) is one of the main proteins related to cell 
metabolism. This protein is a pleiotropic enzyme (which performs several 
functions). It is a heterotrimetric molecule that consists of a catalytic alpha 
subunit and a beta subunit and regulatory gamma. When the AMP/ATP ratios 
increase, this protein becomes more active, performing several functions, such 
as: reducing hepatic gluconeogenesis, translocation of the glucose transporter 
isoform 4 in the skeletal muscle and increasing the oxidation of fat via inhibition 
of the enzyme acetyl-coa carboxylase. Here we did a brief review of the 
structure and function of AMPK, which has been widely studied around the 
world. 
 
1 Introdução 
A proteína quinase ativada por AMP (AMPK) é o principal sensor energético 
molecular. Os estímulos da AMPK são geralmente processos que resultam em 
depleção do ATP(HARDIE, 2004).O papel da AMPK no metabolismo celular é 
principalmente de manutenção da homeostase energética. É uma molécula 
ativada durante o exercício devido às alterações nos níveis de fosfato 
energético da fibra muscular. Ela regula numerosas vias energéticas no 
músculo esquelético(BOLSTER et al., 2002; MCGEE et al., 2008).A AMPK faz 
parte do grupo serina/treonina quinase que medeia a adaptação celular aos 
fatores de estresse nutricional, metabolismo celular e/ou resistência à 
insulina(CARLING, 2004).A melhora da captação de glicose nos músculos e 
diminuição da produção hepática da glicose após o exercício ocorre através de 
várias vias, que dentre elas se destaca da AMPK(BARNES; ZIERATH, 2005; 
KAHN et al., 2005).Além disso, outros estudos científicos mais recentes 
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mostram a influência da AMPK no controle do peso corporal e da ingestão 
alimentar (fome/saciedade)(PEPIN et al., 2016; PIMENTEL et al., 2013; LÓPEZ 
et al., 2010; CLARET; SMITH; KNAUF, 2011). 
 
1.2 Estrutura 
A descrição da estrutura da AMPK tem a seguinte característica: é uma 
molécula heterotrimetrica que consiste em uma subunidade alfa catalítica e 
uma subunidade beta e gama regulatória. Elas se consistem em isoformas 
(alfa1, alfa2, beta1, beta2, gama1, gama2 e gama3)(ARAD; SEIDMAN, 2007; 
HARDIE, 2003). A subunidade alfa possui um sítio de fosforilação. Enquanto a 
beta, possui fácil controle em relação aos estoques de glicogênio; já a gama 
possui osítio de ligação por AMP. 
É importante destacar que a ligação da AMP a subunidade gama e a 
fosforilação do sítio de Thr-172 da subunidade alfa da AMPK induz mudança 
na molécula, protegendo-a da perda de fosfato, ou seja, a uma desfosforilação 
(VIOLLET et al., 2009). 
Estudos com roedores, tendo comparação ao músculo humano, não 
demonstrou diferenças evidentes quanto a expressão da AMPK nos diferentes 
tipos de fibras. Nos roedores, as fibras tipo I apresentam uma expressão mais 
alta das subunidades alfa1, alfa2 e beta1. Enquanto fibras tipo II apresentam 
uma maior expressão de beta2, gama2 e gama3 (LOPES, 2017; SALT; 
HARDIE, 2017; XIAO et al.,2003; ROSS; MACKINTOSH; HARDIE, 2016). 
 
1.3Funções Gerais 
Uma das principais funções da AMPK está relacionada a manutenção do 
equilíbrio energético, sua atividade está ligada, sobretudo pelas mudanças nos 
níveis de fosfato e queda da carga energética da célula muscular, dada pela 
razão ADP/ATP. Além do controle energético, a AMPK também está ligada ao 
controle do apetite(NADER, 2006).A AMPK exerce efeitos sobre o metabolismo 
de glicose e lipídeos, sobre expressão gênica e síntese proteica. Atuando 
também em diversos órgãos, incluindofígado, músculoesquelético, coração, 
tecido adiposo e pâncreas. No fígado a ativação da AMPK inibe a transcrição 
de enzimas como PEPCK e G6Pase reduzindo a glicogênese (DZAMKO; 
STEINBERG, 2009; COOL et al.,2006; LOCHHEAD et al., 2000).No músculo 
esquelético ela é ativada durante o exercício. Estudos mostram que a ativação 
da AMPK no mesmo é capaz de aumentar a oxidação lipídica fazendo com que 
os estoques de glicogêniosejampoupados (SCHIMMACK; DEFRONZO; MUSI, 
2006). 
Nas células betas das ilhotas pancreáticas, o papel da AMPK pode ser mais 
especializado e representar uma parte essencial do mecanismo de detecção de 
glicose dessas células (RUDERMAN; SAHA; KRAEGEN, 2003). 
 
2 AMPK Aumenta aExpressão do GLUT4 
O exercício físico promove o aumento de captação de glicose pela contração 
muscular por uma via não insulínica, ondenão temos a fosforilação do receptor 
insulínico e subsequente do Pi3K (VAVVAS et al., 1997; HAYASHI et al., 
2000).Vários experimentos demonstram um aumento significante na atividade 
da AMPK após a contração muscular por estimulação elétrica in situ e após a 
contração isolada no músculo de rato in vitro (AI et al., 2002).Observou-se que 
a ativação crônica da AMPK por AICAR diariamente durante 4 semanas, para 
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simular o treinamento com exercícios, foi associado com aumentos no 
conteúdo de GLUT-4,assim como a atividade das enzimas oxidativas nas 
mitocôndrias (HAYASHI et al., 1998; JESSEN; GOODYEAR, 2005).A ativação 
da AMPK durante o exercício promove aumento na captação de glicose, 
melhora a homeostase glicídica e sensibilidade a insulina, aumentando ainda a 
capacidade oxidativa(FUNAI; CARTEE, 2008).Como a atividade contrátil reduz 
as concentrações de ATP e aumentamàs concentrações de AMP, induzindo a 
ativação da AMPK. Essa enzima promove translocação do GLUT-4 até a 
membrana das células, uma vez que o aumento das razões AMP/ATP é um 
dos maiores responsáveis pela ativação da AMPK(KEMP et al., 1999; JESSEN 
N; GOODYEAR, 2005). O exercício altera o gasto energético das células 
musculares esqueléticas, podendo haver diminuição significantes nas 
concentrações de fosfocreatina e ATP, levando a maior ativação da 
AMPK(RANG et al., 2016). 
3 AMPK Aumenta a Oxidação de Gordura 
A AMPK inibea enzima acetil-CoA carboxilase (ACC), promovendodiminuição 
nos níveis intracelulares de Malonil CoA, um inibidor da carnitina palmitoil 
transferase I (CPT 1). Logo, o efeito da AMPK na oxidação de ácidos graxos é 
subsequenteda fosforilação e inibição da ACC(AI et al., 2002; RUTTER; 
XAVIER; LECLERC, 2003; SAVAGE et al.,2006).Indícios crescentes de que o 
treinamento de força por exemplo ativa a oxidação de lipídios no fígado devido 
a um aumento daatividade da AMPK neste local. 
A grande concentração de ácidos graxos e glicose encontrada nos obesos 
pode impedir a atividade de AMPK por ativar a produção de fosfatase 2A, uma 
enzima que desfosforila a AMPK, inativando-a (KIM et al., 2009).A AMPK 
realiza um papel essencial no ajuste do metabolismo lipídico, A CPT1 irá 
permitir a entrada do ácido graxo para o centro da mitocôndria, facilitando 
assim a sua oxidação (CURI et al., 2003).O crescimentodas concentrações do 
AMPK provocaem uma maior ação de enzimas responsáveisà oxidação de 
gordura como: (a) citrato sintase no ciclo de Krebs; (b) aumento na expressão 
da enzima Malonil COA descarboxilase; (c) diminuição da enzima Acetil COA 
carboxilase (responsável pela produção da enzima malonil COA 
desidrogenasse); (d) redução da enzima malonil COA desidrogenasse. Esse 
último passo impede a ação da CPT1 [enzima responsável pela transferência 
dos ácidos graxos acilados (grupo acilcarnitina) de cadeia longa para matriz 
mitocondrial] e sua oxidação(HOLLOWAY, 2009; NORRBON; SUNDENBERG; 
AMELN, 2004). Além disso, a AMPK contém função regulatória na 
biogênese/função mitocondrial (MCBRIDE et al., 2009). 
 
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Órgão de divulgação científica 
 
 
 
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MOTIVOS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM DUAS 
ACADEMIAS AO AR LIVRE (AAL) DO MUNICÍPIO DE BETIM – MG 
 
VIANA, V.C.1; 
MATA, L.S.C.2; 
QUEIROZ, B.Z.1 
1 - Secretaria Municipal de Saúde de Betim – Betim – Minas Gerais 
2- Centro Universitário UNA – Betim – Minas Gerais 
vicoimbra10@gmail.com 
 
 
RESUMO 
A inatividade física é considerada um dos dez principais fatores de risco de 
morte em todo planeta. Diante desse panorama, várias cidades brasileiras têm 
implementado ações no sentido de estimular o estilo de vida ativo, uma delas é 
a instalação das Academias ao Ar Livre (AAL). Na literatura atual, vários são os 
estudos que avaliaram o perfil dos praticantes de atividades físicas nas AAL, 
mas poucos são aqueles que se propuseram a investigar a motivação para a 
prática de atividades físicas nesses espaços. Diante disso, o objetivo do 
presente estudo foi identificar os motivos que levam usuários a praticar 
atividades físicas em duas AAL do município de Betim-MG. Participaram do 
estudo 61 indivíduos, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 78 anos, 
escolhidos de maneira aleatória em duas AAL do município de Betim – MG. 
Para a coleta dos dados, foi utilizado questionário fechado, aprovado pelo 
COEP UFMG sob o número CAAE 43817515.1.0000.5149, contendo questões 
relativas ao perfil dos usuários, ao programa AAL e a utilização desses 
espaços. Foi realizada análise descritiva dos dados, utilizando o Software IBM 
SPSS estatistics 17®. A melhoria da saúde foi reportada por 55,4% da amostra 
como motivo para a prática de atividades físicas na AAL, seguida de indicação 
médica (14,7%), socialização (13,1%), lazer (9,8%), fortalecimento muscular 
(4,9%) e estética (1,6%). Fortalecimento muscular e estética foram variáveis 
reportadas apenas pelas mulheres. Conclui-se que para os homens e mulheres 
entrevistados, os motivos para a prática de atividades físicas nas duas AAL 
estudadas são: melhoria da saúde, indicação médica, socialização e lazer. Em 
ambos os sexos a melhoria da saúde aparece como o motivo mais relevante 
para a busca por esses espaços. Recomenda-se que novas investigações 
sejam realizadas para subsidiar o planejamento de estratégias assertivas para 
o estímulo da prática regular de atividades físicas pela população. 
 
Palavras-chave: Academia ao Ar Livre; Atividade Física; Motivação. 
 
ABSTRACT 
Physicalinactivityisconsideredoneofthemost importante riskfactors for 
deathworldwide. 
Severalbraziliancitieshaveimplementedactionstoestimulateanactivelifestyle, 
includingtheinstallationof Outdoor Gymequipment (OG). Literature shows 
studiesthatassesstheprofile ofpractitionersofphysicalactivities in OG, 
butfewstudiesproposedtoinvestigatethemotivationtopracticeactivities in 
thesepublicspaces. Therefore, 
theobjectiveofthepresentstudywastoidentifythereasonsthat lead 
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userstopracticephysicalactivities in two OG in thecityof Betim-MG. 
Individualswererandomlyselectedin two OG in Betim – MG, 61 
womenandmenwereincluded, agedbetween 18 and 78 years. 
Informationonthesample‘scharacteristicswasobtainedusing a 
standardizedquestionnaireapprovedby COEP UFMG underthenumberof CAAE 
43817515.1.0000.5149. The questionnairewascomposedbytheuser profile, the 
OGprogramandthe use ofthe OG spaces. 
SamplecharacterizationwasdeterminedusingdescriptivestatisticsusingtheStatisticalPack
age for the Social Sciences (SPSS version 17.0; Chicago, IL, USA). The 
improvementofhealthwasreportedby 55.4% ofthesample as a reason for 
thepracticeofphysicalactivities in OG, medical indication (14.7%), socialization(13.1%), leisure (9.8%), musclestrengthening (4.9%) andaesthetics (1.6%). 
Musclestrengtheningandaestheticswerevariablesreportedonlybywomen. In 
conclusion, for menandwomeninterviewed, in conclusion, 
themotivationtopracticephysicalactivity in the OG are: healthimprovement, 
medical indication, socializationandleisure. In bothsexes, 
healthimprovementappears as themostrelevantreason for theuse 
ofthesespaces. It 
isrecommendedfurtherinvestigationstosupporttheplanningofassertivestrategiesto
encouragethe regular practiceofactivityactivitiesbythepopulation. 
Keywords: Outdoor Gym;Physicalactivity; Motivation. 
 
 
INTRODUÇÂO 
 
A inatividade física já é considerada um dos dez principais fatores de 
risco de morte em todo planeta(WHO, 2016). Além disso, compõe a gama de 
fatores de risco para o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT) como, por exemplo, doenças do aparelho circulatório, neoplasias, 
doenças respiratórias e diabetes (WHO, 2016). Atualmente, as DCNT são 
responsáveis por 41 milhões dos óbitos globais a cada ano, correspondendo a 
71% do número de óbitos em todo o mundo (WHO, 2018). Sendo assim, por 
apresentarem uma relação direta com os fatores associados à saúde, os níveis 
de atividades físicas alcançados pela população, geram importantes temas de 
discussão para especialistas da área (SANTOS, 2008). 
Apesar de todo conhecimento acerca da importância da prática 
regular de atividades físicas, dados do Sistema de Vigilância de Fatores de 
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), 
apontam que apenas 38,1% da população brasileira é considerada ativa no 
tempo livre (BRASIL, 2018).Diante desse panorama, várias cidades brasileiras 
têm implementado ações no sentido de estimular o estilo de vida ativo, uma 
delas é a instalação das Academias ao Ar Livre (AAL) (COUTO etal., 2015; 
COSTA et al., 2016), equipamentos de ginástica instalados em espaços 
públicos com o objetivo de estimular a prática de atividades físicas 
(ANASTASIA et al., 2013). Iniciativas como essas são de suma importância 
para o enfrentamento do comportamento sedentário, já que a presença de 
equipamentos adequados tem mostrado associação positiva com níveis 
elevados de atividades físicas (REIS, 2001; WENDEL-VOS et al., 2007). 
Sendo assim, pode-se afirmar que a instalação de AAL contribui 
para que a população sinta-se encorajada a se manter em movimento, mas é 
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importante lembrar que a adoção de um estilo de vida mais ativo não está 
apenas relacionada à disponibilização de equipamentos e locais adequados 
para a prática. Deve-se considerar também os objetivos individuais que levam 
as pessoas a buscar uma atividade física, como por exemplo, a busca por 
qualidade de vida, saúde, socialização, diminuição do estresse, melhoria da 
estética e bem estar psicológico (ROCHA, 2011; SANTOS et al, 2015). 
Observa-se que na literatura atual, vários são os estudos que 
avaliaram o perfil dos praticantes de atividades físicas nas AAL (PAULO et al., 
2012; SOUZA et al., 2014; IEPSEN e SILVA, 2015; COSTA et al., 2016), mas 
poucos são aqueles que se propuseram a investigar a motivação para a prática 
de atividades físicas nesses espaços, principalmente entre adultos (MATHIAS 
et al.,2018). Tendo em vista a importância dos anseios individuais para a 
adoção de um estilo de vida mais ativo, o objetivo do presente estudo foi 
identificar os motivos que levam usuários a praticar atividades físicas em duas 
AAL do município de Betim-MG. 
 
METODOLOGIA 
Trata-se de estudo de natureza observacional de caráter transversal. 
Participaram do estudo 61 indivíduos, com idades entre 18 e 78 anos, 
residentes em uma regional do Município de Betim/MG (Regional Centro), 
praticantes de atividades físicas em duas academias ao ar livre. 
Para a obtenção das respostas, os participantes foram escolhidos 
aleatoriamente durante seus momentos de prática, sendo convidados a assinar 
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a responder um 
questionário fechado, aprovado pelo COEP UFMG sob o número da CAAE 
43817515.1.0000.5149, contendo questões como idade, sexo, escolaridade e 
motivos pelos quais os entrevistados utilizavam esses equipamentos. 
A aplicação do questionário seguiu duas etapas: Primeiramente o 
pesquisador fazia a leitura integral da pergunta, em seguida fazia a leitura das 
alternativas de resposta para aquela pergunta e passava a palavra para o 
entrevistado, seguindo a sequência do questionário. Tal procedimento foi 
repetido em cada uma das perguntas realizadas. 
Para coleta dos dados, foi delimitado um período de duas semanas 
no mês de maio de 2017, sendo realizadas nas segundas e nas sextas feiras, 
totalizando assim quatro dias de coleta (dias 15, 19, 22 e 26 de maio). Cada 
AAL foi visitada duas vezes, sendo a primeira semana destinada a coleta na 
Praça Tácido Guimarães (segunda e sexta feira) e a segunda semana 
destinada a Praça Alzira Rosa de Jesus (segunda e sexta feira). O pesquisador 
permaneceu nos locais de coleta durante três horas, em cada um dos dias, 
sendo uma hora e trinta minutos no turno da manhã (7:30 as 9:00) e uma hora 
e trinta minutos no turno da tarde (17:00 as 18:30) totalizando seis horas de 
coleta em cada AAL. 
Para a escolha dos horários de coleta levou-se em consideração a 
vulnerabilidade dos locais, que ao anoitecer são utilizados como ponto de 
encontro de grupos específicos para uso de drogas, amedrontando assim os 
praticantes de atividades físicas. Não houve interferência de períodos 
chuvosos, queda ou elevação acentuada de temperatura nos dias de coleta. 
Para o tratamento dos dados foi realizada analise descritiva 
reportada em frequência utilizando o Software IBM SPSS Statistics 17®. A 
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partir do tratamento dos dados, foram geradas tabelas e gráficos utilizando o 
Software Microsoft Excel 2013® para apresentação dos resultados. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
As tabelas 1, 2 e 3 apresentam dados relacionados a caracterização 
da amostra estudada de acordo com as variáveis sexo, faixa etária e nível de 
escolaridade. 
Tabela 1 – Caracterização da amostra em relação ao sexo 
 N % 
Feminino 41 67,2 
Masculino 20 32,8 
Total 61 100 
Fonte: Elaborado pelo autor 
Tabela 2 – Caracterização da amostra em relação a faixa etária em anos 
 N % 
18 a 20 1 1,6 
21 a 30 9 14,7 
31 a 40 14 23 
41 a 50 20 32,8 
51 a 60 10 16,4 
>60 7 11,5 
Total 61 100 
Fonte: Elaborado pelo autor 
 
Tabela 3 – Caracterização da amostra com relação ao nível de escolaridade 
 N % 
Sem escolaridade 3 4,9 
Fundamental incompleto 22 36,1 
Fundamental completo 17 27,9 
Médio incompleto 3 4,9 
Médio completo 16 26,2 
Superior incompleto 0 0 
Superior completo 0 0 
Total 61 100 
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Fonte: Elaborado pelo autor 
 
Nota-se que o número de usuários do sexo feminino é 
expressivamente maior (34,4%) que o de usuários do sexo masculino. Na 
amostra estudada, 88,6% dos indivíduos são adultos (acima de 18 anos) e 
11,5% são idosos (acima de 60 anos). A faixa etária mais prevalente foi de 31 a 
50 anos de idade (55,8%). Já com relação ao nível de escolaridade, 4,9% não 
frequentou a escola regular. A maior parte dos entrevistados, 64%, relatou ter 
frequentado ou concluído o ensino fundamental enquanto apenas 31% 
relataram ter frequentado ou concluído o ensino médio. Já o ensino superior 
não foi relatado por nenhum entrevistado. 
O gráfico 1 aponta os motivos relatados pelos usuários para a 
frequentarem a AAL 
Gráfico 1 – Motivos para a prática de atividades físicas nas AAL 
 
Fonte:Elaborado pelo autor 
 
Baseado no gráfico acima nota-se que a melhoria da saúde foi o 
motivo mais prevalente dentreas respostas obtidas com relação aos motivos 
para a prática (55,7%). Atualmente, a preocupação com a saúde por parte da 
população vem aumentando. Campanhas realizadas pela mídia e pelos órgãos 
responsáveis pela saúde pública, na maioria das vezes, orientam a população 
sobre a relação entre a prática de atividades físicas e a melhoria dos níveis de 
saúde e qualidade de vida. Tendo em vista a amplitude conceitual do termo, 
pode-se dizer que a busca pela saúde implica em melhoria na qualidade de 
vida, e a falta da mesma impacta diretamente na vida das pessoas por interferir 
em sua capacidade produtiva e na maneira como se vive (ANDRADE, 
NORONHA E OLIVEIRA, 2006). 
Apesar da diferença conceitual existente entre os termos saúde e 
qualidade de vida, baseado na relação citada, pode-se sugerir que os 
resultados do estudo vão de encontro com aqueles obtidos em pesquisa 
realizada pelo IBGE (2017) onde 40,2% dos brasileiros maiores de 15 anos 
buscam praticar atividades físicas para a melhoria do bem estar e da qualidade 
de vida. Em pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte (2016) 46,2 % da 
população entrevistada relata o bem estar e qualidade de vida como principal 
motivo para a prática de atividades físicas. Mathias et al.(2019) realizaram um 
estudo com 64 participantes de atividades físicas em uma academia ao ar livre, 
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localizada na cidade de Paranaguá, estado do Paraná. Os participantes 
responderam a um questionário, contendo perguntas sobre o perfil de saúde e 
doenças pré-existentes, dados antropométricos e sociais, além dos níveis de 
atividade física e sua motivação para a prática regular de exercícios. No estudo 
em questão, a busca pela saúde também apareceu como um dos principais 
motivos para a prática de atividades físicas, corroborando com os dados 
apontados na presente pesquisa. 
A corrida em busca pela saúde, por parte da população, pode estar 
relacionada à transição epidemiológica vivida nos últimos anos em todo o 
mundo, inclusive no Brasil. Dados apontam que as DCNT já são responsáveis 
72% das causas de mortes em todo o território nacional, vitimando pessoas de 
todas as camadas sociais (BRASIL, 2011). Dessa forma, toda essa mobilização 
se faz pertinente, já que a adoção de um estilo de vida ativo pode influenciar 
positivamente na redução do risco para DCNT (BRASIL, 2011; SANTANA et al, 
2015). 
O fato de a busca pela saúde liderar a lista de motivos para a 
atividade física nas ALL, deve ser encarada positivamente, pois aponta que as 
pessoas, cada vez mais, reconhecem o estilo de vida ativo como promissor 
para conduzi-las a melhores níveis de saúde e qualidade de vida. Estudo de 
Ferreira, Diettrich e Pedro (2015) reforça e encoraja tal comportamento. Os 
autores conduziram uma pesquisa com 90 indivíduos com mais de mais de 40 
anos de idade, participantes e não participantes de um programa de atividades 
físicas desenvolvido por Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de 
Campo Grande no Mato Grosso do Sul. Constatou-se, de forma significativa, 
que indivíduos expostos à prática regular de exercícios apresentam melhores 
indicadores de saúde e qualidade de vida do que aqueles não participantes. 
A relação positiva entre atividade física e saúde também é 
compartilhada por profissionais médicos, quando observamos que 14,7% dos 
entrevistados procuram a atividade física por indicação desses profissionais. A 
crescente preocupação por parte dos profissionais de saúde em recomendar a 
prática de exercícios físicos, pode ser observada em estudo realizado por 
Häfele e Siqueira (2016), onde o aconselhamento à prática de atividade física 
durante os atendimentos foi reportado por 35,4% dos profissionais 
entrevistados, em sua maioria médicos. 
Motivos associados às interações sociais e ao lazer ativo também 
foram levantados pelos entrevistados como incentivo para frequentar as AAL. 
Cabe ressaltar que os indivíduos que relatam a ―socialização‖ e o ―lazer‖ como 
motivos relevantes para a adoção de um estilo de vida ativo (13,1% e 4,9% 
respectivamente), somam 18%. Pode-se, portanto, inferir que uma importante 
parcela dos participantes da pesquisa consideram as atividades físicas como 
um meio de se socializar e se divertir, o que pode ser considerado como um 
comportamento muito relevante do ponto de vista da saúde mental. Estudos 
demonstram que a prática de atividades físicas é um fator importante para a 
socialização entre pessoas contribuindo para a prevenção de distúrbios 
psíquicos, principalmente entre idosos (OLIVEIRA, SILVA e OLIVEIRA, 2015). 
O gráfico 2 aponta os motivos relacionados a prática de atividades 
físicas nas AAL em relação ao sexo dos participantes. 
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Gráfico 2 – Motivos para a prática com relação ao sexo dos participantes 
 
Fonte: Elaborado pelo autor 
 
Ao analisar os motivos para a prática de atividade física em relação 
ao sexo dos voluntários, nota-se que a preocupação com a saúde é uma 
característica muito presente em ambos os grupos (51,2% das mulheres e 65% 
dos homens). Esses dados seguem a mesma tendência observada em 
pesquisa do Ministério do Esporte, 2016, que indicou a preocupação com o 
bem estar e qualidade de vida como principal motivo para a prática de esportes 
para homens e para mulheres, com prevalência de 45,3% e 50,5%, 
respectivamente (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2016). 
Os dados apresentados apontam que ambos os gêneros consideram 
a melhoria da saúde como um fator importante a ser alcançado com a prática 
de exercícios físicos. O que chama atenção é o fato de que essa variável 
parece motivar mais os indivíduos do sexo masculino do que do sexo feminino. 
Se observarmos a literatura em torno dessa temática, tal comportamento não é 
esperado, já que os homens, por influencia cultural, geralmente são avessos ao 
cuidado, característica que influencia a qualidade de vida desse grupo, 
inclusive sua expectativa de vida em relação às mulheres (BOTTON, CÚNICO 
e STREY, 2017). Mesmo assim, é possível encontrar pesquisas que 
evidenciaram grande reconhecimento e participação de homens em ações de 
autocuidado, dando sustentação a diferença encontrada no presente estudo 
(BERTOLINI e SIMONETTI, 2014) 
Nos dados do presente estudo observa-se que homens e mulheres 
seguem a mesma tendência de respostas, tendo ocorrido diferenças em 
relação ao fortalecimento muscular e principalmente em relação à estética, 
ambas citadas apenas pelas mulheres. A situação encontrada corrobora com a 
pesquisa realizada por Planche e Junior (2016) , onde 45,5% das mulheres 
entrevistadas apontaram motivos estéticos como o principal fator para a 
adesão a um programa de atividades físicas. Pesquisa realizada por Rocha, 
Peito e Zazá (2011) em academias exclusivamente femininas também aponta 
que 47,8% das mulheres relatam a melhora estética corporal como um dos 
principais motivos para busca pela prática de exercícios. 
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Martins, Viana e Matos (2017) realizaram uma extensa pesquisa 
bibliográfica, objetivando entender melhor os motivos pelos quais as mulheres 
brasileiras buscam a prática de atividades físicas. No estudo, foi possível 
constatar que os movimentos feministas, juntamente com a expansão das 
academias de saúde, a partir da década de 70, despertaram a autoestima e o 
interesse feminino na busca da prática de exercícios, como forma de melhorar 
a saúde e a aparência física. Os autores evidenciaram que a motivação 
estética,bem como os padrões de beleza estabelecidos pela sociedade,são 
determinantes diretos do público feminino na decisão de realizar atividades 
físicas rotineiras. 
A motivação para a prática de atividade física é uma informação 
importante que pode ser utilizada na estimulaçãode um estilo de vida ativo, 
com potenciais efeitos sobre a saúde e qualidade vida da população. Percebe-
se que há um grande potencial para campanhas motivacionais no sentido de 
esclarecer os benefícios das atividades físicas. Algumas estratégias 
interessantes seriam: enfatizar os ganhos em socialização e lazer; esclarecer 
os ganhos na prevenção de DCNT; e informar a importância de ingestão de 
alimentos variados e nutritivos, como aliados para a efetivação dos resultados 
desejados na realização das atividades físicas. 
Uma das limitações da pesquisa foi o fato de que a amostra feminina 
foi duas vezes maior que a amostra masculina. Tal situação pode ter sido 
influenciada pelo fato de que mulheres costuma apresentar melhor adesão a 
programas públicos de incentivo à prática de atividades físicas do que os 
homens. 
 
CONCLUSÃO 
O presente estudo aponta que,para os homens e mulheres 
entrevistados, os motivos para a prática de atividades físicas nas duas AAL 
estudadas são: melhoria da saúde, indicação médica, socialização e 
lazer.Motivos relacionados ao fortalecimento muscular e a estética corporal são 
mais presentes em mulheres, pois foram reportados apenas pelas mulheres na 
pesquisa em questão.Nota-se ainda que os motivos que envolvem a busca 
pela saúde apresentam grande relevância para atividade física em ambos os 
sexos. 
Ressalta-se que pesquisas como a descrita neste artigo são muito 
úteis para orientar as ações de efetivação das atividades físicas, pois permitem 
a identificação do perfil dos indivíduos atendidos e, assim, orientam as 
estratégias para aperfeiçoar os resultados esperados com tais atividades. 
Dessa forma, recomenda-se que novas investigações sejam realizadas para 
que subsidiar o planejamento de estratégias mais assertivas para o estímulo a 
prática regular de atividades físicas por parte da população. 
 
 
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novembro de 2016 
Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
QUALIDADE DE VIDA E SEU REFLEXO NO TRABALHO-PROJETO EM DIA 
COM A SAÚDE 
 
de SOUZA; M. H. C. 2 AMARAL; K.J.B1,2 CARBALLO; F. P. 1,2 
1 Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG - Divinópolis – MG – Brasil. 
2Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Divinópolis – Minas 
Gerais – Brasil. 
 
fabio.carballo@unifenas.br 
RESUMO 
O projeto Em Dia com a Saúde teve como objetivo desenvolver ações de 
intervenção na Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) para funcionários do 
setor administrativo e do corpo docente da FUNEDI-UEMG e as atividades 
foram realizadas nas dependências da instituição. Após exames clínicos, o 
grupo, composto por 18 pessoas, foi submetidos a atividades físicas funcionais, 
três vezes por semana, com a duração de sessenta minutos. Periodicamente, 
foram realizadas avaliações físicas-antropométricas. Observou-se a redução de 
4% do percentual de gordura (média), uma melhora da aptidão 
cardiorrespiratória - de muito fraca (23mL) para boa (44mL), com consequente 
mudança positiva no trabalho. Os participantes relatam o desenvolvimento 
mais fácil das tarefas diárias, além de satisfação ao praticarem exercícios 
físicos regularmente. 
Palavras-chave: Projeto. Qualidade de Vida. Trabalho. Atividade Física 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Podemos definir Qualidade de Vida como a busca do equilíbrio psicológico, 
físico e social do indivíduo, ao se respeitar suas necessidades e limitações, 
haverá um resultado benéfico em seu crescimento pessoal e profissional. Afeta 
atitudes, comportamentos e a produtividade dentro de um ambiente de 
trabalho, tais como: motivação para o trabalho, mudanças, criatividade e 
inovação. 
Baseia-se em uma visão integral das pessoas, que é o chamado enfoque 
biopsicossocial, o qual se origina da medicina psicossomática, que propõe a 
visão integrada, ou holística, do ser humano (Maximiano,2000, p. 498). 
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é um dos grandes desafios para as 
empresas e pode afetar diretamente a vida dos funcionários, assim como sua 
produção nas empresas. Há vários fatores que influenciam a qualidade de vida 
no trabalho. Assim, percebe-se a importância de fatores como: oportunidades, 
programa de atividades físicas, de lazer, ergonomia, acompanhamento 
fisiológico, nutricional, médico dentro da empresa, entre outros. 
Vários fatores contribuem para uma não qualidade de vida, por isso, devem ser 
identificados e combatidos com políticas e ações que visem minimizar ou 
mesmo eliminar esses males que afetam, não somente o trabalho, mas 
também a vida familiar e social dos funcionários. 
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Ações voltadas para o uso da atividade física como intervenção na QVT 
favorecem a saúde dos funcionários não só no que diz respeito à vida 
profissional, mas também familiar. Através deste projeto, a ação de 
intervenção, constitui uma prevenção em relação à morbimortalidade, pois por 
meio da atividade física regular, tem-se a prevenção de doenças crônico-
degenerativas, em especial, as doenças cardiovasculares, o controle da 
obesidade, a busca permanente e regular de um estilo de vida ativo e 
saudável, desenvolvendo-se, com mais facilidade, as tarefas diárias, tendo 
uma mudança de comportamento e uma grande satisfação ao praticarem 
exercícios físicos regularmente. 
Programas de atividades físicas para a QVT auxiliam na melhoria da saúde, 
sua importância é notada, principalmente, quando analisamos a necessidade 
de que a pressão arterial mantenha-se em estado estável, tornando-se 
relevante no que diz respeito às condições satisfatórias de saúde inerentes a 
cada indivíduo, percebendo que, ao caso de a pressão arterial apresentar-se 
em estado superior ao aceitável em um indivíduo jovem e sadio, ou seja, 
―pressão sistólica em média de aproximadamente 120 mm Hg e a pressão 
diastólica de 80 mm Hg‖ (Mcarddle e Katch 1998, p. 257), dado ocorrido pode 
resultar em quadro denominado como hipertensão, sendo que este sem a 
recomendada correção pode apresentar-se como precursor de morbidades 
como insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente 
vascular cerebral (AVC), dentre outros. 
Justifica-se então a necessidade de programas de QVT nas organizações, uma 
vez que é possível constatar que a atividade física orientada fornece uma 
melhora econômica da empresa, uma vez que ela diminuirá os custos elevados 
do sedentarismo e uma melhora também de rendimento comparando o 
trabalhador sedentário ao trabalhador que faz uso da atividade física como 
promoção à saúde e a uma melhor qualidade de vida, sendo este 
possivelmente mais produtivo e satisfeito com o seu ambiente de trabalho. 
Segundo Fernandes (1996, p. 21), ―Qualidade, Produtividade e Competitividade 
são um tripé buscado a todo custo pelas empresas do mundo inteiro, têm, na 
participação, sua pedra angular‖; podemos notar, então, que é com a 
participação de todos que a empresa cresce, já que funcionário com boa 
estrutura para melhorar sua QVT, também é um bom funcionário para o 
crescimento e desenvolvimento da empresa. 
Este projeto objetivou promover e desenvolver ações de intervenção pela QVT 
na FUNEDI/UEMG, para os funcionários do setor administrativo e corpo 
docente, sensibilizando os envolvidos em relação à importância da adoção de 
um estilo de vida mais ativo e saudável e intervir para que haja melhorias nos 
parâmetros de saúde e análise dos resultados desse impacto. 
 
METODOLOGIA 
A metodologia adotada, inicialmente, na pesquisa foi à bibliográfica sobre o 
assunto, pois esta possibilita o aprofundamento teórico capaz de fornecer base 
para o seguinte estudo. Foi montada uma equipe do curso de Educação Física, 
formada por um professor orientador e um aluno bolsista, responsáveis por 
desenvolver as atividades e realizar as avaliações durante o projeto. 
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O projeto ocorreu entre os meses de abril a dezembro de 2014, acontecendo 
sempre três vezes por semana, tendo cada aula, a duração de uma hora (60 
minutos). Participaram do projeto dezoito mulheres, com idade entre vinte e 
quarenta anos, do setor administrativo da FUNEDI/UEMG, que após exames 
clínicos, foram submetidas às atividades físicas funcionais. Todas as 
envolvidas assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. 
As atividades ministradas nas aulas eram de caráter aeróbico, como: corridas, 
caminhadas, exercícios funcionais, ginástica aeróbica, além de jogos 
recreativos, alongamentos e relaxamento, sendo estas trabalhadas sempre 
com variações de intensidade (baixa e alta). 
Para o levantamento de resultados quantitativos, foram realizadas avaliações 
periódicas, em que se avaliaram os níveis de percentual de gordura, aptidão 
cardiorrespiratória e pressão arterial. Sendo assim, utilizo-se o Protocolo de 
Guedes e Pollock para mensurar a composição corporal, através das dobras 
cutâneas. O Protocolo de Katch e Mcardle para acompanhar o percentual de 
gordura. Na avaliação da aptidão cardiorrespiratória, foram utilizados o Teste 
de Cooper, para mensurar além da aptidão, o volume máximo de oxigênio 
consumido durante atividade física (VO2 máx.); e o método auscultatório, para 
a aferição da pressão arterial dos indivíduos participantes do projeto. Já a 
avaliação qualitativa se deu por meio de questionário, abordando sobre o grau 
de satisfação das envolvidas. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Após as avaliações, foi possível constatar uma redução de 6% do percentual 
de gordura (média). Segundo Pollock (1993), o percentual de gordura para 
mulheres é considerado ruim se a média for entre 29 a 31 %, normal se a 
média for entre 23 a 25%, bom se a média for 12 a 19% e excelente se for 
entre 13 a 16%. Observação: há variações pelo fator idade. 
Houve uma melhora da aptidão cardiorrespiratória: de muito fraca (23 ml) para 
boa (44 ml) (média). Na avaliação da aptidão cardiorrespiratória, realizamos o 
Teste de Cooper. A classificação da aptidão cardiorrespiratória segue o 
American Heart Association (2003).Há variações desta devido a dois fatores: 
sexo e idade. A tabela está disponível no site da instituição (www.aha.org). 
Foi possível fazer um levantamento sobre a pressão arterial dos participantes, 
que em média, na fase inicial do projeto, era de 140 mm Hg de pressão 
sistólica e 100 mm Hg de pressão diastólica, mas, na fase final do projeto, essa 
média era de 120 mm Hg de pressão sistólica e 80 mm Hg de pressão 
diastólica. Segundo Katch e Mcardle (2000), ―o nível considerado ideal é de 
120 mm Hg de pressão sistólica e de 80 mm Hg de pressão diastólica‖. Sendo 
assim, nota-se que a média das participantes obteve uma melhora dos níveis 
aferidos inicialmente e que, em todas as amostras independente de idade, 
aconteceram melhoras nos níveis obtidos, diminuindo o risco de doenças 
crônico-degenerativas e cardiovasculares. 
Em relação ao nível de interesse, satisfação e benefícios foi aplicado um 
questionário com cinco perguntas fechadas e o resultado demonstra que: das 
14 entrevistadas (80%) interessaram e participaram do projeto por ser gratuito, 
enquanto quatro (20%) participaram por algum tipo de indicação médica. Em 
relação aos benefícios percebidos, 11 funcionárias (60%) sentiram melhora na 
resistência do corpo. Enquanto 14 participantes (80%) perceberam a redução 
de medidas antropométricas, melhorando sua autoestima. Por fim, 18 (100%) 
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das participantes observaram melhora significativa ao executar suas tarefas e 
uma maior disposição, trazendo benefícios significativos tanto para as 
envolvidas, quanto para a instituição. 
 
CONCLUSÃO 
Por fim, considera-se que a busca pela Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e 
implementação de ações visando à atividade física para gerar melhorias para 
as pessoas conseguem melhorar de fato a vida dos trabalhadores de uma 
forma geral. Os resultados apontam claramente a relevância do uso atividade 
física como ferramenta importante dentro de projetos que visam a QVT. 
Programas voltados para essa área permitem uma maior influência do 
trabalhador na instituição, influência essa que é movida pela possibilidade de 
melhorar saúde biológica e social do trabalhador. Foi o que se notou nas 
participantes do projeto, pois além dos resultados apresentados da parte 
fisiológica, elas relataram o melhor desempenho no ambiente de trabalho e 
familiar, a maior capacidade de concentração, a possibilidade de melhorar a 
autoestima, além de alcançarem um melhor nível de aptidão física dentro das 
atividades físicas executadas no projeto e fora dele. 
Foi possível notar que, ao final do Projeto, houve uma diminuição significativa 
da gordura corporal, diminuindo assim o risco cardiovascular. Verificou-se um 
aumento significativo no gasto energético (particularmente nas atividades 
moderadas), aumento da potência aeróbica e uma melhora significativa na 
qualidade de vida das envolvidas, que relataram ter consciência da importância 
de participarem de um projeto em que se tinha como interesse central a 
qualidade de vida do profissional e não somente a qualidade dos serviços. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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sports&Exercise.Http://www.acsm.org/access-public-information/acsm-journals. 
 
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Fernandes, J.(2000). A Prática da Atividade Física. São Paulo: Shape. 
 
Katch, F e Mcardle, W.(2000).Fisiologia do Exercício.São Paulo: Ed. 
Guanabara. 
 
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Rodrigues, M. V. C.(1998). Qualidade de Vida no Trabalho: Evolução e Análise 
no Nível Gerencial. 4 ed. Petrópolis ( RJ):Vozes. 
 
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Silva, M. A. Dias da e De Marchi, R.(1997). Saúde e qualidade de vida no 
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Silva, RS et al.(2013). Atividade Física e Qualidade de 
vida.Sielo:http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n1/a17v15n1.pdf. 
 
Vasconcelos, A. F.(2001). Qualidade de vida no trabalho: origem, evolução e 
perspectivas. Caderno de Pesquisas em Administração, v. 08, nº. 1, 
janeiro/março, São Paulo. 
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O PAPEL DA NUTRIÇÃO NO PROCESSO DE HIPERTROFIA MUSCULAR 
 
da COSTA; A. V.1de SOUZA; M. H. C. 2 AMARAL; K.J.B1,2 CARBALLO; F. P. 1,2 
 
1 Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG - Divinópolis – MG – Brasil. 
2 Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Divinópolis – Minas 
Gerais – Brasil. 
 
fabio.carballo@unifenas.br 
 
RESUMO 
Atualmente no mundo há uma maior preocupação com a saúde e imagem 
corporal, esses aspectos tem sido o motivo pro grande aumento no numero de 
academias de musculação, as pessoas a procuram com intuito de obter 
modificações corporais e o exercício mais indicado é o treinamento resistido 
com ele o processo de hipertrofia muscular, mas é sabido que esse processo é 
longo e é necessário disciplina com os treinos e com a alimentação, esse 
ultimo sendo o maior dificultador para que as pessoas alcance seus objetivo de 
ganho de massa magra. Este estudo aborda como a nutrição inadequada 
atrapalha a hipertrofia muscular, salientando sobre como os nutrientes atuam 
no corpo para que esse ganho aconteça, além das melhores formas de 
treinamento. Ao final foi possível observar o quanto a má alimentação é a 
causa principal da não obtenção de resultados perante a hipertrofia muscular. 
 
Palavras-chave: Alimentação, hipertrofia, resultados, musculação 
 
INTRODUÇÃO 
A prática de atividades físicas com intuito de ganhar músculos e ter um corpo 
definido vem de eras muito antes de Cristo assim bem como uma alimentação 
adequada para melhor desempenho ao treinamento. Segundo McArdle et. al. 
(2003)Heródictus médico e atleta do século 5 a.C. defendia a dieta 
apropriadaao treinamento físico. E ainda Galeno(131-201 d.C.)fomentou as 
chamadas leis da saúde, que determinava os principais métodos para um 
corpo e vida saudável, resumidamente seriam respirar ar puro, comer 
alimentos apropriados, beber bebidas saudáveis, exercitar-se, e dormir bem. 
Hoje percebe-se que esses estudiosos da antiguidade estavam certos sobre 
suas ideias que com o avanço da medicina e surgimento de outras áreas mais 
especificas de estudo sobre o corpo, exercícios e alimentação confirmaram tais 
importâncias e que atualmente são aplicadas pelos profissionais da área, 
segundo SILVA et. Al. em 2012 que a prática regular de exercícios físicos, 
unida à alimentação saudável, está cada vez mais associada à melhor 
qualidade de vida, levando as pessoas às academias de ginástica para a 
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prática da musculação por promover redução da gordura corporal e hipertrofia 
muscular.‖ 
Hoje o número de academias difundidas no mundo e enorme e nelas as 
pessoas buscam corpos ideais, saúde e bem-estar. Muitas dessas pessoas 
quando chegam em uma academia tem seus objetivos traçados e que em sua 
maioria são estéticos, a busca por ter um corpo musculoso e definido. Então 
procuram o treinamento especifico para o ganho de massa magra e redução no 
percentual de gordura. ―Os indivíduos que participam de um programa de 
treinamento de força esperam que ele produza determinados benefícios, tais 
como aumento de força, aumento demassa magra (hipertrofia muscular), 
diminuição da gordura corporal.‖ (OLIVEIRA, 2014, p.436) 
Sendo assim a musculação o exercício mais indicado para tais objetivos, por 
sua característica de utilizar pesos aumentando consequentemente a força o 
que por sua vez define e aumenta a massa muscular o que chamamos de 
hipertrofia. ―Que apresenta como principal modificação morfológica a hipertrofia 
muscular, a qual é definida como um aumento do volume de um determinado 
músculo ocorrido em consequência do aumento da área de secção transversa 
das fibras que o constituem.‖ (GROZETA e OLIVEIRA 2009 citado por SILVA 
2012; p.390). 
Mas tais objetivos em muitos casos não são alcançados pois a falta de 
orientação adequada de profissionais, treinamento inadequado, falta de 
disciplina do próprio aluno, enfim por inúmeros motivos, mas um dos principais 
e que mais atrapalham o alcance da hipertrofia muscular é a má alimentação. 
―A alimentação é outro aspecto importante no ganho de massa muscular. As 
pessoas possuem pensamentos errôneos quanto à alimentação adequada e 
saudável, necessária para atingir suas metas.‖ (OLIVEIRA E RODRIGUES, 
2007, p.1). 
Muitas pessoas querem alcançar seus objetivos na musculação, mas em sua 
maioria não tem interesse em mudar os hábitos alimentares, comem produtos 
industrializados, excesso de açucares, gorduras, carboidratos, todos esses 
alimentos consumidos em demasia, ou então vão em contra mão desses 
alimentos cortando não somente esses excessos mas também deixando de 
ingerir alimentos que são importantes para o ganho de massa muscular por 
crerem que podem prejudicar seus objetivos enfim não procuram um 
acompanhamento nutricional adequado ao seu objetivo e acabam por 
atrapalhar os resultados, no estudo de SILVA em 2012 ele citou LOPES em 
2008 que dizia sobre o processo de Transição Nutricional no Brasil 
caracterizou-se pelo aumento de práticas alimentares inadequadas e o 
aumento do sedentarismo, o qual tem mostrado uma maior relação com o 
aparecimento de doenças crônico-degenerativas que são as principais causas 
de morbimortalidade na população mundial‖. 
Assim este estudo é de grande importância para compreender o quanto a não 
adequação alimentar pode prejudicar no aumento significativo de massa 
muscular magra. Quais as maiores dificuldades em adequar-se a uma nova 
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dieta, porque as pessoas ainda insistem em procurar por dietas miraculosas ao 
invés de um acompanhamento nutricional adequado e ainda salientar qual a 
função, ação e importância de cada grupo alimentar sobre o corpo durante a 
atividade física, o quão o corpo necessita de vias energéticas primordiais para 
que durante o exercício de musculação o organismo tenha energia o suficiente 
para um melhor desempenho muscular assim ganhando ao invés de perder 
massa muscular. 
 
HIPERTROFIA E NUTRIENTES 
 
A musculação é a atividade mais adequada a quem deseja ter um ganho 
significativo de massa muscular. A hipertrofia acontece quando o musculo sofre 
um estimulo mecânico no caso os movimentos realizados com carga. Esse 
estimulo ativa as proteínas existentes no musculo que entram em atrito criando 
microfissuras na musculatura o que por sua vez cria espaço para novas fibras 
musculares aumentando assim sua espessura. Como na hipertrofia 
trabalhamos com a adaptação das fibras e do nosso organismo aos estímulos, 
podemos citar BUCCI em 2005 que obteve algumas informações sobre o curso 
este tema, as fibras musculares não proliferam, a única maneira de aumentar o 
tecido muscular é elevando a espessura das mesmas, isso ocorre com o 
surgimento de novas miofibrilas. (...) às microlesões causadas pelo exercício 
intenso no músculo esquelético. Estas microlesões atraem as células satélites 
que se fundem e dividem o seu núcleo com a fibra muscular, dando o suporte 
necessário para a síntese de novas proteínas contráteis. Como o número de 
núcleos novos é maior do que o necessário para preencher o espaço deixado 
pelas microlesões, a fibra muscular produz um número maior de miofibrilas, 
resultando na hipertrofia muscular. 
Mas para a realização de todo esse processo dentro do musculo ele necessita 
de energia, e essa energia é adquirida através da alimentação, mais 
especificamente pelos macronutrientes, sendo eles carboidratos, lipídios e 
proteínas. Segundo McArdle et.al. (2003) os carboidratos são nossa principal 
fonte de energia, na realização de exercícios eles são os primeiros a serem 
acionados, a energia derivada do catabolismo da glicose acaba a acionar 
elementos contrateis do musculo. Por isso a ingestão equilibrada de 
carboidratos é tão importante pois a célula tem um limite em sua capacidade de 
armazenar energia a quantidade extra que é consumida é reservada em forma 
de gordura no organismo o que pode prejudicar quem deseja um corpo com o 
percentual de gordura baixo. ―A ingestão diária de carboidratos para os 
indivíduos fisicamente ativos terá que proporcionar níveis capazes de manter 
as reservas corporais de glicogênio que são relativamente limitadas. Depois 
que as células alcançam sua capacidade máxima para armazenamento de 
glicogênio, os açúcares em excesso são transformados prontamente e 
armazenados como gordura.‖ (MACARDLE et.al. 2003, p.14). 
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Não somente o excesso de carboidratos prejudica os resultados de quem 
deseja ter uma hipertrofia muscular bem como a falta dele pode ocasionar um 
efeito contrário. 
As proteínas sendo fundamental para a reconstrução dos tecidos celulares na 
falta do glicogênio liberado pelo consumo de carboidratos pode acionar o 
mecanismopela falta de glicose o organismo começa a transformar a proteínas 
em glicose para ter energia para realização dos exercícios o que se ocorrer 
com frequência pode reduzir de forma significativa a massa magra também 
prejudicando a hipertrofia muscular. ―Uma ingestão insuficiente de proteínas 
pode induzir a uma perda de proteína muscular com deterioração concomitante 
do desempenho.‖ (MACARDLE et.al. 2003, p.36). 
Os lipídios são uma grande fonte e reserva de energia, o que por sua vez 
quando utilizado no organismo como fonte de energia para a realização de 
exercícios polpa a proteína da célula que servira para reconstrução muscular 
após o exercício. Muitos profissionais da área da nutrição têm apostado no 
consumo de lipídios ao invés de carboidratos para que sejam consumidos 
como fonte de energia do organismo nos treinamentos para assim reduzir a 
gordura corporal e ainda assim não deixar que a proteína seja utilizada pelo 
organismo no momento do exercício, pois agordura constitui o combustível 
celular ideal pois cada molécula carrega grandes quantidades de energia por 
unidade de peso, transporta e armazena facilmente e proporciona uma fonte 
imediata de energia. Nos indivíduos bem nutridos em repouso, a gordura 
atende de 80 a 90% da necessidade energética do organismo. Um grama de 
lipídio puro contem cerca de 9 calorias de energia mais que o dobro do que o 
organismo poderia obter de quantidades iguais de carboidrato e proteína, pois 
a molécula de lipídio possui mais átomos de hidrogênio ricos em energia.‖ 
(MCARDLE, 2003 p. 29) 
Enfim com todos esses macronutrientes sendo utilizado de forma equilibrada o 
organismo tem a capacidade do individuo alcançar a hipertrofia tão desejada. 
Os carboidratos e lipídios sendo usadas como forma de energia, e as proteínas 
tão necessárias para a reconstrução muscular.Após o encontro desse equilíbrio 
nutricional para o objetivo desejado é importante um treinamento especifico 
para que esse ganho se torne ativo e constante. ―Alimentação saudável deve 
ser balanceada com: carboidratos, lipídios, proteínas (aminoácidos), vitaminas 
e minerais.Em alguns casos deve-se realizar algum tipo de suplementação 
alimentar, sob orientação de um especialista.‖ (OLIVEIRA &RODRIGUES, 
2007, p.1) 
O profissional de educação física deve ter em mente que cada organismo 
reage de uma forma e adaptar o treino conforme a necessidade a ser suprida 
de cada aluno. Mas para que isso aconteça algumas linhas para a hipetrofia 
musculardevem ser seguidas. ―O ganho de massa muscular ocorre com o 
treinamento de força, sendo que, para bons resultados, algumas variáveis 
devem ser consideradas: volume, intensidade, duração, intervalos, velocidade 
e frequência.‖ (OLIVEIRA E RODRIGUES, 2007, p.1) 
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Existem no organismo dois tipos de fibras musculares; o tipo 1 que são de 
contração lenta que são altamente resistentes a fadiga apropriada nos 
exercícios de longa duração como os exercícios aeróbicos exemplo são a 
corrida e a natação. O tipo 2 são a fibras de contração rápida que utiliza a 
energia anaeróbica; são elas que são ativadas durante o exercício de 
musculação. 
 Segundo Oliveira e Rodrigues(2007)o treinamento de força deve seguir 
algumas variáveis que seriam elas: volume, intensidade, duração, intervalos, 
velocidade e frequência. E na ânsia de alcançar tais resultados muitas dessas 
etapas do treinamento são negligenciadas assim prejudicando o ganho de 
massa muscular. 
O volume é a variável que muitas vezes é interpretado de forma erronia como 
se fosse à quantidade de peso que é levantado, mas não; Badillo (2001) 
explica que o volume é o numero de repetições que o individuo consegue 
realizar com determinado peso. 
Tendo-se a partir daí a intensidade que é caracterizada pela dificuldade do 
momento da execução que pode ocorrer na união de alguns fatores somados 
como, carga, numero de repetições e períodos de descanso, essas que iram 
determinar a intensidade do treinamento que pode ser baixa, moderada ou alta, 
isso não deixando de lembrar o nível em que o aluno se encontra pra 
realização do exercício, pois um treino muito intenso para um aluno iniciante 
prejudicara o seu desempenho no ganho de massa muscular e podendo até 
ocasionar algum tipo de lesão. 
―Assim, um treinamento adequadamente prescrito pelo profissional de 
educação física irá possibilitar a conquista do ganho de massa muscular, 
mediante o mínimo desgaste e o mínimo risco lesional.‖(OLIVEIRA E 
RODRIGUES, 2007, p.5) 
No momento da execução do exercício existem duas fases que acontecem 
sendo elas a fase concêntrica que é necessariamente quando o musculo está 
contraído e a fase excêntrica quando ocorre a descontração muscular. A 
velocidade em que a execução é realizada afeta esses dois momentos quando 
a velocidade é maior o numero de repetição por sua vez se torna mais fácil 
podendo então ser maiores, quando a velocidade é menor o chamado slow o 
número de repetição tende a ser menor pois o musculo se mantem contraído 
por mais tempo dificultando assim a execução, o musculo entrando em fadiga 
rapidamente. ―A velocidade de execução afeta as características da contração 
muscular e influi na atividade neural. Realizar o movimento com fases 
concêntrica e excêntrica ativará e hipertrofiará as fibras lentas.‖ (BADILLO, 
AYESTARAN, 2001 citado por OLIVEIRA E RODRIGUES, 2007, p.2). 
Depois de todas essas etapas para o treinamento de força uma das maiores 
relevânciasseria em sua maioria a negligenciada ao intervalo. Ele ocorre 
durante a execução dos exercícios e posteriormente a eles. ―Na ânsia de 
ganhar massa muscular, alguns praticantes de musculação não respeitam o 
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tempo de intervalo entre as séries e entre as sessões.‖ (OLIVEIRA E 
RODRIGUES, 2007, p.1). 
O intervalo entre series normalmente varia entre 30 segundos à 2 minutos, o 
que dependera da intensidade do treino e do objetivo, normalmente se opta 
pelo equilíbrio um curto descanso ou a falta dele pode levar a perca de massa 
magra pois o musculo estará sendo acionando sem ao menos ter se 
recuperado, já um período longo de descanso entre as series pode não acionar 
a musculatura adequadamente, portanto dentro da literatura temos uns estudos 
que comprovam isso, como em OLIVEIRA E RODRIGUES em 2007 que disse 
que objetivo da hipertrofia é atingir o número máximo de fibras musculares 
durante o trabalho, a fim de obter o máximo de desenvolvimento destas fibras. 
Para isto, os intervalos devem variar entre 1 e 3 minutos, pois desta forma a 
musculatura não terá o tempo adequado para o restabelecimento total de sua 
capacidade, tendo novas fibras a serem recrutadas para a execução do 
esforço. 
O intervalo ou chamado descanso entre o treinamento vai depender de quantas 
vezes por semana o treinamento de força realizado; é indicado por estudiosos 
o mínimo e máximo de descanso entre 48 e 72 horas caso este seja menor 
como para quem realiza o treinamento diário o profissional deverá dividir o 
treinamento por grupos musculares para que estes tenham a quantidade de 
descanso necessário para a recuperação muscular que é primordial para o 
ganho de massa magra. ―Treinar excessivamente os mesmos segmentos 
musculares, sem dar tempo para a recuperação dos músculos, prejudica o 
resultado do treinamento.‖ (OLIVEIRA E RODRIGUES, 2007, p.1). 
Após a analise de todas essas variáveis o profissional de educação física irá 
estabelecer o melhor e mais adequado tipo de treino a seu aluno. Existem 
vários métodos que podem ser utilizados Oliveira e Rodrigues citam alguns 
deles, entre eles, os mais utilizados para o ganho de massa muscular: (1) 
Método Pirâmide–Crescente (peso aumenta e repetições diminuem); (2) 
Pirâmide–Decrescente (pesos diminuem e repetições aumentam); (3) Método 
Bi-Set (realizar dois exercícios consecutivos, sem descanso); (4) Método Tri-
Set (realizar três exercícios consecutivos, sem intervalos, recomendado para 
praticantes avançados); (5) Método Super–Set (consiste na realização 
consecutiva de quatro exercícios, sem intervalos, para o mesmo grupo 
muscular); (6) Método Pré-Exastão (utilizar dois exercícios, sendo o primeiro 
monoarticular e o segundo multiarticular). 
Quando a metodologia de treinamento é adequada a cada tipo de pessoa os 
resultados começam a ser observados após 8 semanas de treinamento. 
Levando em conta se todas fases do treino foram respeitadas e a ingestão de 
nutrientes foi adequada. Assim cabe ao profissional da área informar e 
estimular o aluno para que este entenda que só alcançara seus objetivos com 
força de vontade e determinação. ―A musculação pode ser aplicada em várias 
áreas e segmentos, podendo atingir diversos resultados, de acordo com o 
Revista ENAF Science Volume 14, Edição 2019/2020 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
 
objetivo desejado pelo praticante, com uma melhoria em sua composição 
corporal, saúde e qualidade de vida.‖ (MARTINS, 2014, p.1) 
 
METODOLOGIA 
Esse artigo descritivo exploratório, realizado em forma de revisão bibliográfica, 
elaborado a partir de dados coletados nas bases de dados online como Scielo, 
Pubmed, Medline entre outros sites de caráter cientifico. Além de livros que 
relatam sobre a nutrição adequada para hipertrofia. Para essa pesquisa foram 
selecionados 20 trabalhos acadêmicos, entre eles artigos, monografias e teses 
e 2 livros publicados entre o ano de 2005 a 2017. Tais estudos relatando sobre 
a hipertrofia como acontece e quais exercícios devem ser trabalhados, outros 
sobre como a nutrição adequada transforma o corpo e por fim trabalhos 
específicos que correlacionam os temas, como a nutrição interfere diretamente 
no resultado desejado. Assim tendo em foco as principais palavras chave; 
nutrição, hipertrofia, musculação e resultados. 
 
DISCUSSÃO 
A alimentação é fator

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