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Pasteurelose em animais

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Pasteurelose 
 
Definição 
• Infecção causada pelas Pasteurella spp. que podem 
ocasionar doenças no trato respiratório de animais 
e homem, septicemia hemorrágica em bovinos e 
mastite gangrenosa de bovinos, ovinos e caprinos. 
Família Pasteurellaceae 
• Actinobacillus 
• Haemophillus 
• Mannheimia 
• Pasteurella 
• Lonepinella 
Pasteurella multocida 
Etiologia- Bovinos 
• Septicemia hemorrágica: Pasteurella 
multocida 
• Pneumonia: Mannheimia haemolytica 
• Mastite: Mannheimia haemolytica 
• Sistêmica: Mannheimia haemolytica 
Etiologia- Ovinos e caprinos 
• Septicêmica: Pasteurella trehalosi 
• Mannheimia haemolytica 
• Pneumonia enzoótica: Mannheimia 
haemolytica 
• Mastite gangrenosa: Mannheimia 
haemolytica 
Etiologia 
• Suinos: 
• Pneumonia fibrinosa: Pasteurella 
multocida 
• Rinite (associada à Rinite atrófica): 
Pasteurella multocida 
• Eqüinos: Pasteurella caballi 
• Caninos: Pasteurella canis 
• Felinos: Pasteurella multocida 
micro-organismos 
• Produzem: 
Cápsula – defesa na fagocitose 
LPS – tóxica no trato respiratório 
pois ativa o AMPc e GMPc 
Adesinas 
micro-organismos 
• Leucotoxinas 
– Altas concentrações = citotóxico, 
• morte dos leucócitos por apoptose 
• diminui a capacidade de apresentar antígenos do 
macrófago. 
– Baixas concentrações = ativação de leucócitos 
• Ativação de macrófagos: 
– Aumenta a produção de citocinas 
– TNF 
– IL – 1 
– Estimulação de PMN 
A ativação de macrófagos produz OH- que provoca 
morte de células endoteliais com conseqüente 
Edema e produção de Fibrina. 
micro-organismos 
• Hialuronidase – invasão e colonização 
• Neuroaminidase – invasão e 
colonização 
 
Patogênese –Septicêmico 
Septicemia 
•Febre 
•Depressão 
•Edema subcutâneo 
•Hipersalivacão 
•Diarréia 
•Gastroenterite Hemorrágica 
•Morte Súbita 
•Ingestão de alimentos 
•Picadas de carrapatos 
•Picadas de insetos 
Estímulos 
-Térmico 
-Nutricional 
-Etc 
 
Portadores 
•Tonsilas 
•Mucosa Nasofaríngea 
Patogênese –Pneumonia 
Portadores 
•Tonsilas 
•Mucosa Nasofaríngea 
Estímulos 
•Transporte 
•Presença de virus 
•etc 
+ 
Aumento do micro-organismo no trato respiratório 
Inalação para os alvéolos pulmonares 
Macrófagos: 
•Em condições normais eliminam o agente 
•Em condições de estímulos não eliminam o agente 
Cólera Aviária 
Também conhecida como Pasteurelose, é 
uma septicemia bacteriana aguda ou 
crônica que afeta galinhas, perus, 
codornas, patos e outras aves. Atualmente, 
s ua ocorrência é muito baixa devido à 
adoção de normas de biossegurança nos 
aviários, restringindo-se a criações 
domésticas. 
 
Et i o l o g ia 
A pasteurelose envolve também outros 
agentes etiológicos: Pasteurella gallinarum 
(Avibacterium), P. haemolytica (Manhemia 
haemolytica), Reimerella anatipestifer 
(patos) que podem ser diferenciadas por 
provas bioquímicas. São cocobacilos imóveis, 
capsulados, Gram negativos, ocorrendo 
isolados, aos pares, em cadeias ou em 
filamentos. As subculturas apresentam 
pleomorfismo e são aeróbios ou anaeróbios 
facultativos. 
A cápsula e a bipolaridade podem ser 
demonstradas em culturas recentes por 
técnicas de coloração como o Giemsa. 
As colônias apresentam-se circulares, 
acinzentadas, com cerca de 1 mm após 24 
horas/37ºC, em ágar sangue. A Pasteurella 
multocida não é hemolítica em ágar sangue 
e não cresce em MacConkey. Em 
isolamentos primários, pode ser 
fluorescente, o que está relacionado à 
cápsula 
 
 
Pasteurella multocida é um bacilo Gram-
negativo bipolar, aeróbio ou anaeróbio 
facultativo, imóvel, pertencente à família 
Pasteurelaceae, que apresenta cinco 
sorotipos capsulares: A, B, D, E e F. A 
maioria dos isolados são do tipo A e D, 
capazes de produzir toxinas termolábeis. 
Os antígenos somáticos envolvem 16 
sorotipos diferentes, de 1 a 16, mas muitas 
cepas podem ter características de mais de 
um sorotipo. 
 
 
Ep i d e m io l o g i a 
A introdução na propriedade normalmente 
ocorre através de animais portadores, 
sejam aves, ratos, gatos ou cães. A principal 
porta de entrada é o trato respiratório 
superior, mucosa da faringe, conjuntiva e 
ferimentos na pele. O período de incubação 
é de poucas horas a 3 dias. A dis seminação 
dentro do lote ocorre pela excreção oral, 
nasal e ocular de aves doentes, que 
contaminam o ambiente, particularmente 
ração e água. 
 
P a t o g e n i a 
A patogenicidade é complexa e bastante 
variável, dependendo da cepa, condições e 
espécie hospedeira. A habilidade da P. 
multocida de invadir e se reproduzir no 
hospedeiro é ativada pela cápsula, tanto 
que uma cepa virulenta impossibilitada de 
produzir cápsula tem como reflexo a perda 
da virulência. 
 
Após a penetração e multiplicação local, a 
bactéria atinge as vias linfáticas e 
sanguíneas, desencadeando processos 
inflamatórios em diversos órgãos, 
principalmente fígado e baço, gerando 
septicemia. 
 
As endotoxinas produzidas pelas cepas são 
provavelmente as causadoras da hiperemia 
passiva observada em aves mortas pela 
cólera. As endotoxinas livres induzem à 
produção de imunidade. 
 
Si n a i s Cl í n i c o s 
A enfermidade aguda se caracteriza por alta 
mortalidade e, muitas vezes, lesões 
inespecíficas, como alteração do tamanho 
do fígado e do baço, hemorragias 
petequiais nos órgãos internos, além de 
acúmulo de secreções no trato respiratório 
superior e presença de pneumonia 
fibrinopurulenta. 
 
Na enfermidade crônica, a mortalidade é 
pequena e as lesões podem consistir em 
artrite purulenta, encefalite, osteomielite, 
peritonite, pneumonia, edema das barbelas 
ou barbelas cheias de exsudato caseoso. 
 
Le s õ e s 
Normalmente se observa hiperemia 
generalizada, mais evidente nas vísceras 
abdominais; presença de petéquias e 
equimoses no pericárdio, miocárdio, 
serosas, fígado, pulmão e gordura 
abdominal. Áreas de necrose focal no 
fígado e baço e coagulação intravascular 
disseminada ou trombose fibrinótica em 
galinhas e patos. 
 
Nos ovários observa-se folículos maduros 
flácidos ou rompidos na cavidade e os 
imaturos estão hemorrágicos; 
posteriormente, nos casos crônicos há 
atrofia dos ovários. Pode ocorrer 
inflamação no oviduto e cavidade 
abdominal, peritonite. Também pode ser 
observado conjuntivite, edema facial, otite, 
sinusite, abcessos na crista e barbela, além 
de exsudato caseoso nos espaços dos sacos 
aéreos. Nos casos de septicemia aguda, as 
lesões podem estar ausentes. 
 
Di a g n ó s t i c o 
Meios de cultivo como ágar sangue (AS) 
podem ser utilizado para Pasteurella. No 
meio MacConkey (MC), P. multocida não 
cresce, mas a P. haemolytica e P. gallinarum 
poderão crescer. 
O método ELISA é utilizado na avaliação dos 
programas de vacinação, sendo que títulos 
maiores que 1000 oferecem a 
probabilidade de 92% de resistência ao 
desafio de campo. 
 
Este método poderá ser usado no 
diagnóstico, em lotes não vacinados, onde 
o bacteriológico tenha falhado. 
Observação: Doença de notificação mensal 
de qualquer caso confirmado. 
 
P r e v e n ç ã o e C o n t r o l e 
Para prevenir a cólera deve-se manter um 
manejo adequado com controle de lotação, 
alimentação e higienização do ambiente e 
equipamentos. Alojar lotes de idade única, 
obter animais de granjas livres e restringir o 
acesso de pessoas, cães e gatos são também 
medidas importantes. A vacinação pode ser 
realizada com vacinas vivas, sendo que todas 
podem produzir cólera crônica (com baixa 
incidência) em aves imunodeprimidas. 
 
A virulência da vacina viva tem relação 
inversa com a dose necessária para induzir 
resposta imune protetora. A vacina é 
aplicada por via intradérmica (na embrana 
da asa), intramuscular (no peito) ou 
subcutânea (no pescoço, na pata ou no 
posterior, próximo à cloaca). A aplicação 
geralmente é realizada com 10 a 12 
semanas de idade e repetida com 18 ou 20 
semanas de idade. 
 
Antes de escolher a vacina, é interessante 
determinar o sorotipo
presente. Se isto não 
for possível, o ideal é usar uma vacina viva 
comercial com os sorotipos mais comuns ou 
uma bacterina autógena. 
 
T r a t a m e n t o 
É indicado é a realização de antibiograma, 
não esquecendo que muitas vezes o 
tratamento deve ser prolongado e há 
possibilidade de permanência de 
portadores após tratamento. Os altos 
custos muitas vezes inviabilizam o 
tratamento.

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