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Prévia do material em texto

POLÍTICAS PÚBLICAS 
DE EDUCAÇÃO
Professora: Dra. Angela Mara de Barros Lara
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Giovana Vieira Cardoso 
Design Gráfico Bruna Stefane Martins Marconato
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; LARA, Angela Mara de Barros; 
 
 Políticas Públicas, Educação e Saúde. Angela Mara de Barros 
Lara; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 44 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Políticas Públicas. 2. Educação. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 301
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
11| ASPECTOS ATUAIS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
21| A DISTRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DAS DIFERENTES 
ESFERAS GOVERNAMENTAIS SOBRE A EDUCAÇÃO 
29| A EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO 
NOS ÚLTIMOS ANOS 
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Aspectos Atuais da Educação no Brasil 
 • A Distribuição das Responsabilidades das Diferentes Esferas Governamentais 
Sobre a Educação 
 • A Evolução dos Investimentos em Educação nos Últimos Anos.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta seção iniciaremos nosso debate trazendo as organizações internacionais, tendo 
em vista que tratar de políticas públicas de educação é também tratar das organiza-
ções vinculadas a Organização das Nações Unidas - ONU1. Aqui vamos nos referir a 
apenas algumas destas a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e 
a Cultura – Unesco2; o Fundo Monetário Internacional – FMI3 e o Banco Mundial – BM4; 
 
1 Ver anexo 1 – Organograma da ONU.
2 A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco está vinculada às 
Nações Unidas e sua função é promover as cooperações entre os 193 países-membros oficiais e seis 
membros associados no âmbito da educação, ciência e cultura. Foi fundada em 16 de novembro de 
1945, decorrente da Conferência das Nações Unidas realizada em Londres, destinada ao estabelecimen-
to de uma organização educacional e cultural.
3 Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional criada em 1944 na Conferência 
de Bretton Woods (formalmente criada em 27 de dezembro de 1945 por 29 países-membros e homolo-
gado pela ONU em abril de 1964) com o objetivo, inicial, de ajudar na reconstrução do sistema monetário 
internacional no período pós-Segunda Guerra Mundial. [...]. Através desta e outras atividades, tais como 
a vigilância das economias dos seus membros e a demanda por políticas de auto-correção, o FMI traba-
lha para melhorar as economias dos países. O FMI se descreve como “uma organização de 188 países, 
trabalhando para promover a cooperação monetária global, a estabilidade financeira segura, facilitar o 
comércio internacional, promover elevados níveis de emprego e crescimento econômico sustentável e 
reduzir a pobreza em todo o mundo”. Os objetivos declarados da organização são promover a coopera-
ção econômica internacional, o comércio internacional, o emprego e a estabilidade cambial, inclusive 
mediante a disponibilização de recursos financeiros para os países membros para ajudar no equilíbrio 
de suas balanças de pagamentos. Sua sede fica em Washington, D.C., Estados Unidos.
4 O Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que efetua empréstimos a países em de-
senvolvimento. É o maior e mais conhecido banco de desenvolvimento no mundo, além de possuir 
o status de observador no Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas e em outros fóruns interna-
cionais, como o G-20 financeiro. A sede do banco está situada em Washington, D.C., Estados Unidos da 
América. A missão do banco é alcançar o duplo objetivo de erradicar a pobreza extrema e de construir 
uma prosperidade compartilhada. O Banco Mundial é composto por duas organizações que funcio-
nam sob uma mesma estrutura: o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (IBRD ou 
BIRD) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA ou AID). Embora seja uma organização ca-
racterizada pelo profissionalismo e pelo elevado nível técnico e acadêmico de seus funcionários, o Banco 
Mundial recebeu numerosas críticas ao longo das últimas décadas, por problemas corporativos inter-
nos ou referentes à sua atuação nos países em desenvolvimento.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Bretton_Woods
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Bretton_Woods
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7a_de_pagamentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Washington,_D.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_financeira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs_em_desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs_em_desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/G20
https://pt.wikipedia.org/wiki/Washington,_D.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Internacional_para_Reconstru%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Internacional_para_Reconstru%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_de_Desenvolvimento
Pós-Universo 7
o Escritório Regional de Educação para América Latina e Caribe – Orealc5.
No Brasil, a relação estabelecida com a Unesco se deu em 1946, seu primeiro es-
critório foi aberto em 1964, no Rio de Janeiro, e em 1972 transferido para Brasília, 
onde a instituição está sediada atualmente. Em meados de 1992, com a “Declaração 
Mundial sobre Educação para Todos”6, o trabalho da Unesco adquiriu nova força, e 
em conjunto com o Ministério da Educação, iniciou permanente interação em prol 
de medidas que concedam o direito de educação para todos. Desta forma, surgiu o 
“Plano Decenal de Educação para Todos”7, proposto pelo governo federal e auxilia-
do pelas organizações internacionais.
A educação, na década de 1990, ganhou grande ênfase nas discussões mundiais, 
constituindo-se tema para encontros, conferências e diversos eventos, por meio dos 
quais os países desenvolvidos e as organizações internacionais, como Unesco e o 
Bird, discutiam o futuro da educação nos países em desenvolvimento. No caso bra-
sileiro, muitas das diretrizes apresentadas foram explicitadas no Plano Decenal de 
Educação, o qual se refere a diversos consensos definidos enquanto exigências ao 
mundo do trabalho.
5 A Oficina Regional de Educação da UNESCO Para a América Latina e Caribe (OREALC/UNESCO Santiago), 
com sede em Santiago do Chile, foi criada em 1963 com o propósito de apoiar os Estados Membros da 
região na definição de estratégias para o desenvolvimento de suas políticas educativas. Em resposta 
ao mandato assinado na UNESCO por seus Estados Membros no Fórum Mundial de Educação celebra-
do em Dakar no ano de 2000, o plano estratégico da Oficina Regional se inscreveno Marco da Ação 
de Educação para Todos (EPT) e do Projeto Regional de Educação para América Latina e Caribe (EPT/ 
PRELAC). Enquanto o primeiro responde a um compromisso mundial por fazer efetivo o direito a uma 
educação de qualidade para todas as pessoas, o EPT/PRELAC identifica as prioridades e desafios especí-
ficos da região para garantir as metas de EPT. Ambos marcos, concebidos desde o enfoque de direitos, 
constituem o grande referente do trabalho da Oficina Regional. Na prática, a ação da OREALC/UNESCO 
Santiago se materializa na geração e difusão de informação e conhecimento, a elaboração de orientações 
para a definição de políticas públicas, a entrega de assessoria e apoio técnico aos países e a promoção 
do diálogo, o intercambio e a cooperação entre os diferentes atores, governos, universidades e centros 
de investigação, sociedade civil, setor privado e organismos internacionais. Este trabalho se conclui em 
colaboração com as oficinas múltiplas y nacionais que a UNESCO tem na região, assim como com as 
Comissões Nacionais de Cooperação com a UNESCO, com presença em cada um dos Estados Membros.
6 Esse Documento foi produzido pela Unesco em função da Conferência Mundial sobre a Educação para 
Todos, realizada no ano 1990, em Jontiem, na Tailândia, e representa a necessidade de satisfazer as ne-
cessidades básicas de aprendizagem (UNESCO, 1998, p.1).
7 O Plano Decenal foi concebido e elaborado para ser instrumento-guia na luta da recuperação da edu-
cação básica do país. Todavia, sua efetivação depende de esforço integrado e compartilhado entre 
todas as esferas e agentes do processo educativo, ou seja, a União, os Estados e Municípios, as Escolas, 
os Professores e Dirigentes Escolares, as Famílias e a Sociedade Civil (BRASIL, 1993, p.1).
Deve-se lembrar, ademais, que a Unesco é integrante das Nações Unidas, bem 
como do grupo do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – FMI. Assim, 
faz parte do Conselho Econômico e Social, dependendo de aval financeiro para seus 
projetos. Sendo assim, não se podem considerar os seus programas sem se verificar 
a grande influência que os grupos vinculados ao setor financeiro e às nações hege-
mônicas apresentam nas elaborações daqueles.
Os projetos da Unesco, no Brasil, desenvolvem ações que, em colaboração com 
o Estado, assumem a responsabilidade do atendimento, serviço e educação as crian-
ças e jovens, bem como as definições do trabalho dos docentes da região. Apesar das 
várias áreas de atuação da Unesco – Educação; Ciências Naturais; Ciências Humanas 
e Sociais; Cultura; Comunicação e Informação e Pesquisa e Avaliação – no Brasil, sua 
principal atuação é a educação. Visa a promover a “Educação Para Todos” e a aprimo-
rar as políticas públicas educacionais por intermédio de seus projetos. 
É importante salientar que as políticas de educação ao serem estudadas nos 
dão a compreensão da forma como as OIs influenciam-nas na América Latina e, em 
especial no Brasil. Vale ainda ressaltar que os documentos e relatórios que foram pu-
blicadas por essas Organizações poderão subsidiar a análise dos aspectos relevantes 
nas quais as intenções dos governos instituem as políticas educacionais. 
O Escritório Regional de Educação para América Latina e Caribe – Orealc auxilia 
aos países da região latino-americana, desde 1969, a definir estratégias e políticas di-
recionadas à educação, em colaboração com outros escritórios da Unesco e com as 
comissões nacionais de cooperação.
No contexto em que visa ao alcance das metas do programa de Educação Para 
Todos, a Unesco estimula o desenvolvimento do Projeto Regional de Educação para 
a América Latina e o Caribe, o Prelac (2002-2017). Este foi concebido pelos ministros 
da Educação em novembro de 2002 e propõe focos estratégicos aos quais há que se 
dar atenção especial para se promover mudanças nas políticas e práticas educativas 
e, assim, responder aos desafios específicos apresentados pela realidade latino-ame-
ricana e caribenha.
 A Orealc/Unesco coordena o trabalho de várias redes regionais que foram 
criadas para estreitar a cooperação horizontal entre os países e aperfeiçoar a capa-
cidade técnica de diversos atores responsáveis pelo desenvolvimento da educação. 
O Escritório Regional de Educação colabora com os países e os ajuda a compartilhar 
suas experiências; realiza e promove estudos, análises e avaliações sobre o estado 
da situação da educação na região, publicando os resultados da região; recolhe e 
divulga boas práticas, estimula a participação de diversos setores da sociedade civil 
em educação e desenvolve alianças com outras agências das Nações Unidas e or-
ganizações afins para agregar esforços na obtenção de maior igualdade na entrega 
dos serviços educacionais nos países da região8.
 A influência da Unesco na educação na sociedade latino-americana é marcada 
por um alinhamento aos ideais propostos pela sociedade capitalista atual. Essa orga-
nização e seus projetos dependem marcadamente da influência dos grandes grupos 
bancários e das nações hegemônicas vinculadas a eles. Contudo, o pensamento 
hegemônico incorporado por essas organizações possui bases do capitalismo impe-
rialista, influenciando na forma com vêm sendo organizados os projetos destinados 
ao setor educativo.
8 Essas informações foram obtidas no site da Unesco: Escritório Regional de Educação da Unesco para 
a América Latina e Caribe.
Pós-Universo 10
Pós-Universo 11
ASPECTOS ATUAIS DA 
EDUCAÇÃO NO BRASIL
Para verificarmos os pontos fundamentais da educação no Brasil é preciso ir à legis-
lação. O que significa ir à legislação? Faz-se necessário conhecer a base legal que 
sustenta a educação a partir da Constituição Federal de 1988. Vamos usar como 
ponto de partida essa lei que é a que garante o direito a educação, em dois artigos 
podemos verificar isso: 
 “
art. 6º - Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o tra-
balho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição;
no art. 205 - “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao 
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidada-
nia e sua qualificação para o trabalho”.
Seguindo uma ordem cronológica vamos ao Estatuto da Criança e do Adolescente – 
ECA9 de 1990, Lei nº 8.069, com as respectivas alterações dadas a partir da legislação 
nº 13.257 de 2016. No Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao 
Lazer, os artigos que vão do 53 ao 59 tratam da questão da educação, como segue:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qua-
lificação para o trabalho, assegurando-se lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias 
escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo 
9 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm Acesso em: 05.05.2017
Pós-Universo 12
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não 
tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zeroa cinco anos de 
idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artís-
tica, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescen-
te trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementa-
res de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua 
oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino funda-
mental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela 
frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou 
pupilos na rede regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comuni-
carão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recur-
sos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas 
relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, 
com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fun-
damental obrigatório.
Pós-Universo 13
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artís-
ticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, 
garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e fa-
cilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, 
esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB10 , Lei nº 9394/1996, escolhe-
mos os artigos 2º, 3º e 4º que nos possibilitam uma visão geral da educação:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho”; 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensa-
mento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legisla-
ção dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extra-escolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. 
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e 
ensino médio;
II - educação superior.
10 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm Acesso em: 05.05.2017
Pós-Universo 14
O quadro abaixo nos dá a dimensão de como se constitui a estrutura da educação 
básica e superior, incluindo etapas, níveis e modalidades.
Figura 3: Níveis e Modalidades de Ensino 
Fonte: UFA (2014, online)
O Plano Nacional de Educação – PNE11 (2014) trata das 20 diretrizes e diversas estraté-
gias que o compõem. Dentre as 20 escolhemos uma para abordar, justamente, a que 
trata do investimento público na educação brasileira. Antes de adentrarmos nesta 
discussão acreditamos ser importante entender a linha base que sustenta o plano.
11 Disponível em: http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-refe-
rencia.pdf Acesso em: 06,05,2017
Pós-Universo 15
A linha de base das metas do Plano 
Nacional de Educação
Fonte: BRASIL, 2015, p.17
Esta Linha de Base faz uma contextualização das condições educacionais de cada uma 
das metas no início da vigência do PNE, considerando os dados disponíveis na data 
de sua sanção presidencial. A Linha de Base é constituída a partir da apresentação 
e da análise descritiva das séries históricas com as trajetórias recentes dos indicado-
res selecionados pelo MEC e pelo Inep para o acompanhamento das metas do PNE. 
A maioria desses indicadores compõe o painel “Situação dos estados e municípios 
em relação à meta nacional” do site “Planejando a Próxima Década – Construindo 
os Planos de Educação”, do Ministério da Educação. As informações para essa publi-
cação têm como origem dados provenientes do Inep (Censo da Educação Básica, 
Censo da Educação Superior, Saeb, Ideb), do IBGE (Pnad e Censo Demográfico) e da 
Capes (dados da pós-graduação). 
Pós-Universo 16
A delimitação de metas quantificáveis possibilita que se realize comparações 
acerca dos desequilíbrios e desigualdades existentes em diversos níveis de desa-
gregação, tal como regionais, localização rural e urbana, sexo, faixa etária, grupos 
étnico-raciais, renda, pessoas com deficiência, entre outros, que ainda podem ser 
combinados, de forma a ampliar a compreensão acerca da necessidade de políti-
cas específicas de acordo com as características dos diversos grupos. Esta Linha de 
Base é dividida em 20 seções concentradas nos indicadores para o acompanhamen-
to das metas do PNE. Os textos se estruturam sobre questões que foram elaboradas 
com base nos indicadores selecionados e cujas respostas disponibilizam os subsí-
dios necessários para a contextualização dos desafios impostos por cada meta no 
início da vigência do Plano. Cada seção conta ainda com breves considerações finais, 
que visam sintetizar os resultados mais significativos das análises. Na última seção da 
Linha de Base são apresentadas as notas técnicas relativas à construção dos indica-
dores adotados, com informações sobre suas fórmulas de cálculo, fontes dos dados, 
série histórica e níveis de abrangência. Esta publicação foi preparada pela Diretoria de 
Estudos Educacionais (Dired) do Inep. A seção referente à Meta 18 foi elaborada pela 
Diretoria de Valorização dos Profissionais da Educação da Secretaria de Articulação 
com os Sistemas de Ensino do MEC. 
A seção referente à Meta 19 foi elaborada por pesquisadores da Dired em par-
ceria com a Profa. Dra. Eloisa Maia Vidal (Universidade Estadual do Ceará) e a Profa. 
Dra. Sofia Lerche Vieira (Universidade Nove de Julho e Universidade Estadual do 
Ceará), membros da Comissão Assessora de Especialistas para Avaliação de Políticas 
Educacionais do Inep (Portaria Inep nº 306, de 03 de setembro de 2012). É impor-
tante destacar que este documento sintetiza, em caráter preliminar, os indicadores 
propostos pelo Ministério da Educação e pelo Inep para o monitoramento e a ava-
liação do Plano Nacional de Educação (2014-2024). 
Deste modo, essa Linha de Base não comporta a opção definitiva acerca dos ins-
trumentos para a aferição dos objetivos do PNE, mas busca desencadear o debate 
a respeito dos indicadores mais adequados para o acompanhamento de cada uma 
das metas estabelecidas no Plano. O processo de diálogo com a sociedade civil e 
com os atores governamentais é que irá atestar a solidez e as fragilidades das referên-
cias adotadas, de modo que os indicadores possam ser ratificados ou reformulados. 
Esta primeira versão foi apreciada em reunião feita no Inep, em agosto de 2015, 
com representantes de entidades indicados pela plenária do Fórum Nacional de 
Pós-Universo 17
Educação (FNE): a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Movimento Todos 
Pela Educação,o Movimento Interfóruns da Educação Infantil do Brasil, o Centro de 
Estudos Educação & Sociedade, o Conselho Nacional de Educação, a Associação 
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação e a Federação de Sindicatos de 
Professores das Instituições Federais de Ensino Superior. Na mesma ocasião, contribuí-
ram para o debate a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, a Comissão 
de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, o presidente da Câmara de Ensino 
Básico do Conselho Nacional de Educação e representantes da Secretaria Executiva 
e da Secretaria de Articulação dos Sistemas de Ensino do Ministério da Educação. As 
contribuições desses atores fornecerão subsídios para o aprimoramento dos indi-
cadores e para o processo de monitoramento continuo e avaliações periódicas do 
Plano em conformidade com o art. 5º da Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 – Lei 
do PNE (BRASIL, 2015, p. 17-19). 
Vamos ao destaque da Meta 20:
Meta 20 - ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, 
no mínimo, o patamar de sete por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no 
quinto ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a dez por cento do PIB 
ao final do decênio.
Estratégias:
20.1. garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos 
os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as po-
líticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes 
do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1º do 
art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacida-
de de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a 
atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;
20.2. aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arreca-
dação da contribuição social do salário-educação;
20.3. destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos 
recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma 
da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação 
financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com 
a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 
214 da Constituição Federal;
Pós-Universo 18
20.4. fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos 
do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 
2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos 
aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a 
criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros 
de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, com a co-
laboração entre o Ministério da Educação, as secretarias de educação dos 
estados e dos municípios e os tribunais de contas da União, dos estados e 
dos municípios;
20.5. desenvolver, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), estudos e acompanhamento regular dos 
investimentos e custos por aluno da educação básica e superior pública, em 
todas as suas etapas e modalidades;
20.6. no prazo de dois anos da vigência deste PNE, será implantado o Custo 
Aluno-Qualidade inicial (CAQi), referenciado no conjunto de padrões mínimos 
estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado 
com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-
-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação 
plena do Custo Aluno Qualidade (CAQ);
20.7. implementar o Custo Aluno Qualidade (CAQ) como parâmetro para o 
financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação 
básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de 
gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do 
pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisi-
ção, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos 
necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimenta-
ção e transporte escolar;
20.8. o CAQ será definido no prazo de três anos e será continuamente ajusta-
do, com base em metodologia formulada pelo Ministério da Educação (MEC), 
e acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), pelo Conselho 
Nacional de Educação (CNE) e pelas Comissões de Educação da Câmara dos 
Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal;
Pós-Universo 19
20.9. regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição 
Federal, no prazo de dois anos, por lei complementar, de forma a estabele-
cer as normas de cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e 
os municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional 
de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das 
responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções redis-
tributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais 
regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste;
20.10. caberá à União, na forma da lei, a complementação de recursos fi-
nanceiros a todos os estados, ao Distrito Federal e aos municípios que não 
conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ;
20.11. aprovar, no prazo de um ano, Lei de Responsabilidade Educacional, as-
segurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede 
de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institu-
tos oficiais de avaliação educacionais;
20.12. definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à 
educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportu-
nidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso 
técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância 
prevista no § 5º do art. 7 º desta lei.
Essa base legal apresentada pode dar a vocês, pesquisadores, uma ideia de como foi 
proposta e tem sido pensada pelo Ministério da Educação a legislação pertinente 
a sua área de estudo. Inventariamos aqui apenas a legislação que deverá dar sub-
sídios aos estudos daqueles que se comprometem com as políticas públicas e seu 
entendimento.
Pós-Universo 20
Pós-Universo 21
A DISTRIBUIÇÃO DAS 
RESPONSABILIDADES 
DAS DIFERENTES 
ESFERAS 
GOVERNAMENTAIS 
SOBRE A EDUCAÇÃO 
As esferas governamentais se constituem em federal, estadual e municipal. Cada uma delas 
tem suas funções específicas no que tange ao regime de colaboração. Qual é a responsa-
bilidade da Esfera Federal? E da Esfera Estadual? E da Esfera Municipal? No Brasil, quando 
falamos em Governo devemos considerar que ele está dividido em 3 níveis: Governo 
Federal aquele que trata dos assuntos de interesse de todo o país; Governo Estadual 
aquele que trata de assuntos referentes somente ao estado e o Governo Municipal 
o mais próximo do dia-dia do cidadão, trata 
dos assuntos da cidade. Toda a estrutura do 
Governo segue uma hierarquia. O Governo 
Federal é maior do que o Governo Estadual, 
que por sua vez, é maior do que o Governo 
Municipal. Quando pensar na organização 
do governo e quem é quem, pense nesta 
imagem abaixo:
Cabe ressaltar que para entendermos 
do que trata esse regime de colaboração é 
preciso que busquemos na base legal, ou 
seja, na legislação educacional brasileira 
subsídios para sua discussão. Bom, é claro 
Figura 4: As Três Esferas de Governo
Fonte: ORTEGA, (2014, on-line). 
Pós-Universo 22
que somente a legislação não seria suficiente para corroborar com a nossa com-
preensão sobre o RC12! Vamos, então, buscar além, da LDB (9394/1996), alguns dos 
teóricos do financiamento da educação como esse regime se efetiva.
 “
A atuação dos governos em regime de colaboração na área da educação é 
ainda um objetivo a ser perseguido. O fato de a legislação determinar uma 
atuação compartilhada em vários âmbitos não garante que isso se concreti-
ze. A prática dasrelações intergovernamentais é que vai marcar ações mais 
ou menos colaborativas ou coordenadas. E essa prática é marcadamente de 
cunho político, é mais informal e não obedece à lógica mais formal da le-
gislação. Permanece, assim, para os sujeitos envolvidos nas negociações e 
acordos de colaboração a construção de políticas articuladas, o qual, sem 
eliminar conflitos e oposições, pode possibilitar práticas administrativas que 
viabilizem a democratização da educação em geral e não apenas desta ou 
daquela rede de ensino (FARENZENA, S/D, p. 4).
Agora vamos verificar como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 
(1996)13 no seu título IV – Da Organização da Educação Nacional evidencia o que é 
o RC.
TÍTULO IV
Da Organização da Educação Nacional
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em 
regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, ar-
ticulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, 
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta 
Lei.
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios;
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema 
federal de ensino e o dos Territórios;
12 Leia-se a partir daqui RC = regime de colaboração.
13 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm Acesso em: 05.05.2017
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3860.htm
Pós-Universo 23
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o 
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função 
redistributiva e supletiva;
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fun-
damental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos 
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e 
atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com 
altas habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino 
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, 
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educa-
ção superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade 
sobre este nível de ensino;
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamen-
te, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do 
seu sistema de ensino.(Vide Lei nº 10.870, de 2004)
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com 
funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso 
a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos 
e órgãos educacionais.
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados 
e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior.
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13234.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.870.htm
Pós-Universo 24
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino 
fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das res-
ponsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos 
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com 
as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as 
suas ações e as dos seus Municípios;
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamen-
te, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos 
do seu sistema de ensino;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino 
médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta 
Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela 
Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referen-
tes aos Estados e aos Municípios.
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União 
e dos Estados;
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino;
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com priorida-
de, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino 
somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua 
área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vincu-
lados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.          (Incluído 
pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema 
estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm
Pós-Universo 25
E para complementarmos essa discussão sobre o RC,
 “
Na legislação brasileira atual, a colaboração entre os sistemas estaduais e mu-
nicipais prioriza a garantia da universalização do ensino obrigatório (ensino 
fundamental). A reforma constitucional do texto da área da educação, em 
1996, redefiniu mecanismos de priorização financeira do ensino fundamental, 
vinculando, por dez anos, 15% da receita de impostos dos governos subnacio-
nais à manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e, nessa lógica, 
criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental 
e de Valorização do Magistério (FUNDEF) (FARENZENA, S/D, p. 2-3).
O mais importante é que devemos conhecer o processo que demandou a propos-
ta desse RC. Segundo Cardoso de Araujo (2010, p.753) “Essa nova configuração do 
federalismo brasileiro trouxe duas enormes complicações para a engenharia insti-
tucional e política do país: a primeira relativa ao tamanho e à heterogeneidade da 
Federação brasileira, constituída, em sua maioria, por estados e municípios que so-
brevivem com repasses dos fundos de participação, e a segunda relativa à falta de 
clareza e regulamentação do que consistiria em o regime de colaboração”.
O que esta autora nos traz é uma discussão muito importante sobre a questão 
do federalismo, da subsidiariedade, daCONAE e, bem como do PNE (2014). Esses as-
pectos são de relevância para aqueles que precisam conhecer e avaliar o papel do 
RC no financiamento da educação. E, sugere:
[...] Na área de educação, podemos citar as políticas de criação de fundos por 
meio de emendas constitucionais que tentaram, a um só tempo, resolver o 
problema da assimetria dentro dos municípios de um mesmo estado e regu-
lamentar, ainda que de forma precária, o regime de colaboração. Também 
foi possível observar ações de coordenação da União com a indução de 
políticas para a área de educação, traduzidas, erroneamente, como 
colaboração, como é o caso dos testes em larga escala, das definições cur-
riculares e, recentemente, do Plano de Desenvolvimento da Educação e do 
Plano de Ações Articuladas.
Todavia, esses “minipactos” não incidem sobre a questão histórica, estrutural 
e nevrálgica da organização da educação nacional que é a constituição de 
um Sistema Nacional de Educação (SNE), cujas bases são duas medidas vigo-
rosas do ponto de vista político e institucional: uma reforma tributária, que 
Pós-Universo 26
elimine as brutais desigualdades regionais, e a regulamentação do regime 
de colaboração, ou seja, duas medidas que alteram o modelo do federalis-
mo brasileiro, do ponto de vista fiscal e do ponto de vista jurídico-político 
(CARDOSO DE ARAUJO, 2010, p. 753-754).
Ao tratar do federalismo cooperativo cuja intenção é equilibrar os conflitos e garan-
tir a mesma qualidade de vida para todos os cidadãos, ela apresenta os fundamentos 
da Constituição Federal (1988), como sua base de ancoragem. E, ainda, afirma que 
“[...] sua premissa é o equilíbrio das tensões entre simetria e assimetria, unidade e di-
versidade e união e autonomia” (CARDOSO DE ARAUJO, 2010, p. 755). Quando afirma 
que “[...] a subsidiariedade é uma ideia e um princípio que consiste na defesa de 
políticas diretamente conduzidas pela autoridade e/ou instituição mais próxima do 
cidadão” (CARDOSO DE ARAUJO, 2010, p. 756). O que queremos ressaltar com esses 
dois conceitos são as bases nas quais se fundamenta o RC.
Ao fazer indicação do documento de referência da CONAE14 procura mostrar-nos 
os encaminhamentos derivados desse processo.
O Documento Referência da CONAE se estruturou a partir de seis eixos te-
máticos, o primeiro deles, e talvez o mais relevante, foi o “Papel do Estado 
na Garantia do Direito à Educação de Qualidade: Organização e Regulação 
da Educação Nacional”. Além de reiterar a denúncia da ausência de regula-
mentação do regime de colaboração, argumenta que um sistema nacional e 
articulado passa, necessariamente, pela definição desse instituto jurídico-po-
lítico, mencionando, inclusive, que o regime de colaboração se traduziria na 
corresponsabilidade entre os entes federados, o que, aparentemente, avança 
em relação à Portaria CNE/CP n. 10. Entretanto, a reiteração do princípio de 
subsidiariedade é destacada em vários trechos do Documento Referência, 
afirmando, inclusive, mecanismos desse princípio já existentes no ordena-
mento jurídico brasileiro, [...]
14 A Conferência Nacional de Educação – CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público 
para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional. Foi organizada para te-
matizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e 
espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais 
da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, tiveram em suas 
mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira. Tema 
da CONAE, definido por sua Comissão Organizadora Nacional, foi: Construindo um Sistema Nacional 
Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação. A CONAE 
aconteceu em Brasília, de 28 de março a 1º de abril de 2010, foi precedida de Conferências Municipais, 
previstas para o primeiro semestre de 2009 e de Conferências Estaduais e do Distrito Federal progra-
madas para o segundo semestre do mesmo ano. A Portaria Ministerial nº 10/2008 constituiu comissão 
de 35 membros, a quem atribuiu as tarefas de coordenar, promover e monitorar o desenvolvimento da 
CONAE em todas as etapas. Na mesma portaria foi designado o Secretário Executivo Adjunto Francisco 
das Chagas para coordenar a Comissão Organizadora Nacional (conae.mec.gov.br).
Pós-Universo 27
Evidentemente é inegável a magnitude do debate sobre o novo PNE nos 
municípios, estados e na CONAE, mas, efetivamente, não se pode conside-
rar a organização do evento como exemplo do regime de colaboração por 
se tratar de iniciativa de coordenação federativa da União, na qual os entes 
federados e a sociedade civil foram chamados a tomar parte. É importante 
ressaltar que nas condições nebulosas, fragmentadas e dispersas do arranjo 
federativo brasileiro a tarefa de coordenação da União pode, no contexto atual, 
ser de extrema relevância, mas não se pode perder de vista que o regime de 
colaboração prevê a cooperação tanto vertical, quanto horizontal dos entes 
federados com mecanismos de interpenetração e não de interdependência 
e, ainda mais importante,no caso brasileiro, com mecanismos bem defini-
dos de redistribuição de recursos e competências.
Outra questão bastante curiosa é a inversão que o documento traz quanto 
à articulação entre a constituição do SNE e o instituto jurídico do regime de 
colaboração. [...]
Ora, se o diagnóstico inicial do insucesso do atual PNE foi exatamente a au-
sência de regulamentação do regime de colaboração, como o sistema pode 
ser um mecanismo articulador do regime de colaboração, se a ausência de 
regulamentação é exatamente o “nó górdio” da Federação brasileira e, talvez, 
o maior empecilho para a consolidação de políticas educacionais de caráter 
efetivamente nacional?
Ademais, há, no Documento Final da CONAE, assim como do Documento 
Referência, uma indistinção entre coordenação federativa e regime de cola-
boração. A coordenação federativa é elemento do regime de colaboração, 
mas não são sinônimos. [...]
Além disso, essa meta reitera o princípio da subsidiariedade, uma vez que 
reafirma a ação supletiva da União, a indefinição do que seria essa coordena-
ção e a “efetiva participação da sociedade civil”, conceito bastante flexível que 
pode abarcar extremos, desde grupos empresariais, como o “Compromisso 
Todos Pela Educação”, a movimentos sociais, como a “Via Campesina”, por 
exemplo. [...]
Pós-Universo 28
Dessa forma, exige explicitação do papel da União na cooperação técnica 
e na determinação de transferências de recursos que podem equalizar as 
graves desigualdades regionais e intraestatais, estabelecendo uma coopera-
ção vertical que permite alguma incidência na questão do federalismo fiscal, 
significando um caminho aberto para o estabelecimento futuro de coope-
rações horizontais entre os entes federados (CARDOSO DE ARAUJO, 2010, p. 
761-766).
Para concluirmos a discussão sobre o RC vamos ao teórico Carlos Jamil Cury que vai 
demonstrar como os direitos ao serem proclamados na CF (1988):
A Constituição de 1988 exibe, na proclamação de direitos da cidadania, na 
assinalação de novas obrigações do Estado, a vontade de fazer, no país, no 
presente, um acerto de contas com a modernidade, expurgando do passado 
um enorme passivo com a justiça e com a democracia.
Aí a educação se torna o primeiro dos direitos sociais (art. 6º.), o ensino funda-
mental, gratuito e obrigatório, ganha a condição de direito público subjetivo 
para todos, os sistemas de ensino passam a coexistir em regime de colabora-
ção recíproca, a gestão democrática torna-se princípio dos sistemas públicos 
de ensino e a gratuidade, em nível nacional e para todos os níveis e etapas 
da escolarização pública, torna-se princípio de toda a educação nacional (art. 
205-214). O texto constitucional reconhece o direito à diferença de etnia, de 
idade,de sexo e situações peculiares de deficiência, sem abrir mão do prin-
cípio da igualdade (Cury, 2005). 
E, assim, buscamos terminar esse debate que não se faz tão simples para analisarmos 
como o RC se efetivou na educação brasileira. Esse é um debate que não se encerra 
aqui, para conhecer melhor os meandros do financiamento da educação é preciso 
que nos aprofundemos mais nessa discussão.
Pós-Universo 29
A EVOLUÇÃO DOS 
INVESTIMENTOS 
EM EDUCAÇÃO 
NOS ÚLTIMOS ANOS 
Para tratar da evolução dos investimentos em educação no Brasil nos primeiros anos 
do século XXI fomos ao site do Ministério da Educação - MEC e buscamos no Relatório 
Educação Para Todos No Brasil 2000-2015 algumas bases e fundamentos da propos-
ta de financiamento da educação. A Meta 20 objeto da nossa discussão é essencial 
para a compreensão de “onde vem” e “para onde vai”, ou seja como é destinado os 
recursos para a educação. Faz-se necessário ressaltar que o texto que segue foi deri-
vado do relatório em questão.
• META 20
Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no 
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do produto interno bruto - pib 
do país no 5º (quinto) ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalen-
te a 10% (dez por cento) do pib ao final do decênio.
Apresentação 
Os desafios relacionados à melhoria da educação brasileira, mesmo que haja espaço 
para ganhos de eficiência e efetividade do gasto, necessariamente passam pela ex-
pansão dos recursos aplicados na educação pública. O documento Planejando a 
Próxima Década, publicado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2014, registra que: 
“[...] a vinculação de recursos financeiros para a educação, a ampliação dos percen-
tuais do PIB para a educação nacional, bem como a vinculação do financiamento a 
um padrão nacional de qualidade, o acompanhamento e o controle social da gestão 
Pós-Universo 30
e uso dos recursos [...] são passos imprescindíveis para a melhoria do acesso, perma-
nência e aprendizagem significativa dos estudantes. (BRASIL, 2014, p. 61).
Ou seja, a garantia de financiamento adequado das políticas educacionais é base 
e alicerce para a efetivação do Sistema Nacional de Educação e, por conseguinte, 
para o alcance das metas e estratégias do Plano Nacional de Educação (PNE), com 
vistas à garantia de educação em todos os níveis, etapas e modalidades e à superação 
das desigualdades regionais. O investimento público em educação tem se expandi-
do ao longo dos últimos anos no Brasil. Com o instituto do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação 
(Fundeb), houve expansão das fontes de recursos dos fundos estaduais destinados 
obrigatoriamente à educação básica. A partir de 2006, houve um crescimento mais 
pronunciado, pelo menos em parte15, devido à instituição do Fundeb e à necessi-
dade de aumentar a oferta de vagas em razão da expansão do ensino fundamental, 
da educação infantil e das creches. O PNE 2014-2024 estabelece metas desafiadoras 
em diversos campos da educação. Para se atingir tais metas, é necessária a expansão 
da aplicação de recursos públicos, em especial na educação pública. Como se de-
preende dos estudos realizados pelo MEC, o cumprimento das metas do PNE depende 
da manutenção de um ritmo forte de crescimento dos investimentos em educa-
ção, o que demandará efetivo comprometimento, não só da União, mas também 
dos sistemas subnacionais. A Meta 20 destina-se a garantir recursos necessários à 
consecução das demais metas do PNE. Dois indicadores de investimento em edu-
cação em relação ao PIB têm sido calculados pelo Inep e divulgados anualmente: o 
investimento público total em educação em relação ao PIB e o investimento 
público direto em educação em relação ao PIB. Ambos os indicadores atendem 
às recomendações metodológicas desenvolvidas pela OCDE, que preveem que as 
despesas devem estar de acordo com os relatórios de execução orçamentária da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Conforme estrutura dos in-
dicadores apresentada no Quadro 1, o indicador mais abrangente é o investimento 
público total em educação em relação ao PIB, o qual representa a soma de todos os 
recursos aplicados pelo setor público (União, estados e municípios) em educação. 
Esse indicador considera não só os recursos do setor público aplicados em educação 
pública, incluindo complemento à aposentadoria futura dos profissionais da educa-
ção, mas também recursos para bolsas de estudo, para o Fundo de Financiamento 
Estudantil (Fies) e transferências ao setor privado, sem considerar renúncias fiscais. 
15 Os grifos no texto são nossos para que o leitor possa ficar atento a questões fundamentais para a dis-
cussão proposta nesta subunidade.
Pós-Universo 31
Já o outro indicador, investimento público direto em educação em relação ao PIB, 
apresenta apenas os recursos públicos, de todas as esferas de governo, aplicados em 
educação pública, mas não inclui o complemento a aposentadoria futura.
Quadro 1: Estrutura do cálculo de investimentos públicos em educação – Brasil 
Fonte: BRASI;L, (2015, p.337)
Este relatório apresenta uma análise do investimento público total em educação, de-
sagregando-o por etapas de ensino e pelas principais fontes de recursos públicos. 
QUAL A PROPORÇÃO DO INVESTIMENTO PÚBLICO EM EDUCAÇÃO EM RELAÇÃO AO 
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) BRASILEIRO? Indicador 20 – Razão entre investimen-
to público total em educação e o Produto Interno Bruto (PIB). O Gráfico 1 apresenta a 
trajetória dos dois indicadores de investimento em educação observada no período 
de 2004 a 2013. É importante ressaltar que esses percentuais foram obtidos consi-
derando a nova metodologia de cálculo do PIB, adotada pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) a partir de 2014 e replicada para os anos anteriores da 
série histórica. Durante o período analisado, de 2004 a 2013, o percentual do inves-
timento público total em educação em relação ao Produto Interno Bruto a preços 
de mercado (PIBpm) brasileiro avançou de 4,5%, em 2004, para 6,2%, em 2013, com 
crescimento de 1,7 pontos percentuais (p.p).
Pós-Universo 32
Gráfico 1: Estimativa do percentual dos investimentos públicos total e direto em educação em 
relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – Brasil 
Fonte: BRASIL (2015, p.338)
O investimento público direto em educação apresentou menor evolução do per-
centual alcançado em relação ao PIB em termos absolutos, variando 1,4 p.p. em 10 
anos, avançando de 3,8%, em 2004, para 5,2% do PIB, em 2013. Analisando o percen-
tual do investimento público total em educação em relação ao PIB, observa-se um 
crescimento aproximado de 0,2 p.p. a cada ano. Assim, será necessário crescer 0,8 
p.p. nos próximos cinco anos para que a primeira etapa da Meta 20 seja cumprida 
(que o investimento atinja, no mínimo, 7% do PIB até o 5º ano de vigência do PNE). 
Para o cumprimento da meta ao final do decênio (que o investimento atinja 10% 
do PIB até o último ano de vigência do PNE), o crescimento necessário é de 3,8 p.p. 
Considerando o valor do PIB em 2013 (R$ 5,2 trilhões), o atingimento dos 7% (R$ 361 
bilhões em 2019) significaria um incremento de R$ 42 bilhões aos R$ 319 bilhões já 
aportados atualmente na educação. Nessa mesma linha de raciocínio, o atingimento 
dos 10% (R$ 516 bilhões) em 2024 significaria, nos valores do PIB de 2013, um in-
cremento de R$ 197 bilhões ao longo de 10 anos. Analisando apenas os montantes 
investidos em educação, constata-se que, em termos reais, os recursos mais que do-
braram ao longo do período de 2004 a 2013, saltando de R$ 140,9 bilhões (a preços 
de 2013), em 2004, para R$ 318,9 bilhões em 2013. Isso representa um crescimento 
real de 126,4%. A taxa de inflação apurada no período foi de 61,6%. 1 1 Calculado a 
partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Fonte: IBGE.
Pós-Universo 33
Tabela 2: Investimentopúblico total em educação e Produto Interno Bruto (PIB-Metodologia 
Nova) em valores constantes de 2013
Fonte: BRASIL, 2015, p.339
Na desagregação por etapas de ensino, verificou-se que o maior volume de recursos 
é direcionado à educação básica, abarcando 81,8% do total dos recursos destina-
dos à educação em 2013 (Tabela 2). Dentro da educação básica, os anos iniciais do 
ensino fundamental absorvem a maior parte desses recursos (33,5% do total desti-
nado à educação básica e 27,4% do total destinado à educação pública em 2013). 
A etapa de ensino que apresentou a maior evolução nos recursos financeiros 
aportados, no período de 2004 a 2013, foi o ensino médio, com crescimento real de 
272,6%, seguido pela educação infantil, com 168,1%. A menor evolução ocorreu 
nos anos iniciais do ensino fundamental, com ganhos reais de 81,4%. A educa-
ção superior apresentou crescimento real de 124,2% e representou 18,2% do total 
de recursos destinados à educação em 2013. A Tabela 3 mostra a estimativa dos per-
centuais de investimento público total em educação sobre o PIB por etapas de ensino 
para o período de 2004 a 2013. Na educação básica, em 2013, foi aplicado um mon-
tante equivalente a 5,1% do PIB. Desse total, foi investido no ensino fundamental o 
equivalente a 3,3% do PIB e, nos ensinos médio e superior, aproximadamente 1,1% 
do PIB para cada.
Pós-Universo 34
Tabela 3: Estimativa do percentual do investimento público total em educação em relação ao 
Produto Interno Bruto (PIB), por níveis/etapas de ensino – Brasil 
Fonte: BRASIL, 2015, p.341
Dada a dimensão dos recursos públicos alocados na educação básica, foram anali-
sadas as principais fontes de financiamento destinadas exclusivamente a essa 
etapa de ensino, tais como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef ), o Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação 
(Fundeb) e o salário-educação. Em 2013, essas fontes de recursos representaram 
52,1% do total de recursos destinados à educação básica.
O Fundef entrou em vigor em 1998, introduzindo no âmbito de cada unidade 
da Federação um patamar mínimo para o valor aluno/ano no ensino fundamental 
e reduzindo, significativamente, a desigualdade na capacidade de financiamento 
entre os entes de um mesmo estado. Nacionalmente, o Fundef vigorou de 1998 a 
2006, tendo sido instituído pela Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de 
1996, e regulamentado pela Lei nº 9.424, de 24 de dezembro do mesmo ano, e pelo 
Decreto nº 2.264, de 27 de junho de 1997. Já o Fundeb passou a vigorar em 2007, 
Pós-Universo 35
tendo sido implantado pela Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 
2006, e regulamentado pela Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, e pelo Decreto nº 
6.253, de 13 de novembro de 2007. Trata-se de um fundo de natureza contábil 
e de âmbito estadual, composto por uma cesta de recursos provenientes de 
impostos e transferências vinculados à educação dos estados, dos municí-
pios e do Distrito Federal, e pela complementação da União. Os recursos que 
compõem os fundos de cada estado são distribuídos entre o governo estadual e os 
governos municipais na proporção do número de alunos matriculados nas respectivas 
redes de educação básica pública presencial, conforme fatores de ponderação esta-
belecidos em instrumento de regulamentação específico. O Fundeb trouxe avanços 
para o sistema de financiamento da educação básica, considerando a perspectiva 
da redistribuição de recursos já vinculados à educação. Destacam-se, nesse sentido, 
a inclusão de todas as etapas (educação infantil e ensino médio) e modalidades 
(educação profissional, educação especial, educação de jovens e adultos, educação 
indígena e quilombola) da educação básica e a previsão de aumento dos recursos 
por meio do acréscimo de novas fontes de receitas e da elevação dos percen-
tuais de destinação aos fundos.
Além de assegurar o efeito redistributivo dos recursos dentro de cada estado, o 
Fundeb avançou no sentido de fixar constitucionalmente um valor mínimo para a 
complementação da União, que passou a ser de, no mínimo, 10% do total dos recur-
sos do total dos fundos estaduais. A complementação da União permitiu reduzir, ao 
longo do período analisado, as desigualdades entre as unidades da Federação em 
relação aos valores anuais praticados por aluno. O volume total de recursos desse 
fundo, em 2013, foi de R$ 119,1 bilhões, que compreende 45,6% do total destinado 
à educação básica (Tabela 4). Os recursos oriundos do Fundef e do Fundeb apresen-
taram ganhos reais de 158,3% ao longo do período analisado. O salário-educação foi 
instituído em 1964 e está previsto no artigo 212, § 5º da Constituição Federal, tendo 
sido regulamentado pela Lei nº 9.424/96, pela Lei nº 9.766/98, e pela Lei nº 11.457/2007 
e pelo Decreto nº 6.003/2006. É uma contribuição social destinada ao financiamento 
de programas, projetos e ações voltadas para o financiamento da educação básica. 
Conforme demonstrado na Tabela 4, em 2013, o valor arrecadado com salário-edu-
cação foi de aproximadamente R$ 16,7 bilhões, correspondendo a 6,4% do total de 
recursos destinado à educação básica. Essa fonte de financiamento apresentou cres-
cimento real de 143,8% no período de 2004 a 2013.
Pós-Universo 36
Fonte: BRASIL, 2015, p.341
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O investimento público total em educação representava 4,5% do PIB em 2004, evo-
luindo para 6,2% do PIB no ano de 2013. Entre 2004 e 2013, o volume de recursos 
destinados à educação pública apresentou ganhos reais de 126,4%, totalizando R$ 
318,88 bilhões em 2013. Realizando a desagregação por etapas de ensino, verifi-
ca-se que, em 2013, a educação básica recebeu 81,8% do total de recursos destinados 
à educação. Os anos iniciais do ensino fundamental receberam a maior parte desses 
recursos (33,5%). Ao longo da série histórica analisada, a etapa de ensino que apre-
sentou a maior expansão de recursos alocados foi o ensino médio, com crescimento 
real de 272,6%. A etapa com evolução mais lenta foi a dos anos iniciais, com cresci-
mento real de 81,4%. 
Pós-Universo 37
Analisando as principais fontes de recursos da educação básica, verifica-se que, entre 
2004 e 2013, os recursos oriundos do Fundef e do Fundeb cresceram 158,3%, totalizan-
do R$ 119,1 bilhões. Em 2013, esse montante representou 45,6% do total destinado à 
educação básica. Outra importante fonte de recursos para a educação básica é o sa-
lário-educação, que, no período analisado, apresentou crescimento real de 143,8%, 
correspondendo a 6,4% do total dos recursos destinados à educação básica em 2013. 
O Inep está envidando esforços no sentido de desenvolver um novo indicador dos 
investimentos públicos em educação, adequado ao disposto no parágrafo 4º do 
art. 5º da Lei do PNE.2 Pretende-se que o indicador seja capaz de captar as diversas 
formas de recursos públicos aplicados em educação conforme disposto em lei. Ainda 
é importante ressaltar que, para que se atinja efetivamente a Meta 20, são necessá-
rias a alocação e indicação de novas fontes de recursos orçamentários e financeiros 
com vistas ao incremento das receitas públicas destinadas ao investimento público 
em educação. Uma nova fonte de receita que pode trazer expressiva expansão dos 
recursos destinados à educação está prevista na Lei nº 12.858, de 9 de setembro de 
2013, que dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde de parcela 
da participação no resultado ou da compensação financeira resultante da exploração 
de petróleo e gás natural. No que tange à educação, serão destinados exclusiva-
mente para a educação pública, com prioridade para a educação básica, na forma 
do regulamento, 75% dos recursos oriundos das receitas dos órgãos da administra-
ção direta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, provenientes 
dos royalties e daparticipação especial decorrentes de áreas cuja declaração de co-
mercialidade tenha ocorrido a partir de 3 de dezembro de 2012, relativas a contratos 
celebrados sob os regimes de concessão, de cessão onerosa e de partilha de produ-
ção, quando a lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona 
econômica exclusiva. Além disso, 50% dos recursos recebidos pelo Fundo Social de 
que trata o art. 47 da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, serão destinados à 
educação pública até que sejam cumpridas as metas estabelecidas no Plano Nacional 
de Educação.
atividades de estudo
1. Conceito de Educação Pública.
2. Conceito de Regime de Colaboração.
3. Conceito de investimento em Educação.
material complementar
NAGEL, L. A Educação Política como condição de luta a Educação Política como condição de 
Luta. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 142-152, abr. 2017.
Resumo: A reforma do ensino médio, projetada pela Medida Provisória no. 746, que introduz 
profundas mudanças na estrutura do Ensino Médio, sofre críticas que não podem ser ignora-
das. No entanto, não basta a clareza sobre os limites das propostas curriculares e, tampouco, 
o reconhecimento das suas consequências. Urge, nesse 
momento, recuperar a educação política dos envolvidos nos 
processos educativos porque o avanço do neoliberalismo 
deixou marcas no cidadão, garantindo uma ideologia que o 
leva à própria destruição. Apatia, ressentimento, medo, indivi-
dualismo, narcisismo, entre outros comportamentos, caso não 
combatidos, só fortalecerão as medidas hoje contestadas.
Palavras chave: Reforma do Ensino Médio – Educação Política 
– Comportamentos.
NA WEB:
Dermeval Saviani: “Políticas Educacionais Brasileiras” 
Publicado em 30 de abr de 2015
Filósofo e pedagogo com formação pela Universidade Católica de São Paulo e professor 
emérito da Universidade Estadual de Campinas, Dermeval Saviani proferiu palestra durante 
a semana de abertura do ano letivo de 2015 na UFBA, com o tema “Políticas Educacionais 
Brasileiras”. No vídeo, é possível conferir, na íntegra, a fala do pesquisador. 
Dermeval também é pesquisador Emérito do CNPq e Coordenador Geral do Grupo de Estudos 
e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” (HISTEDBR). Tem experiência na área de 
Educação, com ênfase em Filosofia e História da Educação, atuando principalmente nos se-
guintes temas: educacão brasileira, legislação do ensino e política educacional, história da 
educação, história da educação brasileira, historiografia e educação, história da escola pública, 
pedagogia e teorias da educação.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uhomL5IUoFk
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	art53
	Aspectos atuais da educação no brasil

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