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SEGUNDA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – 2018.1 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO Prof. Dr. Dalton Alves Profª. Drª Fátima Chaves Profª. Ms. Roberta Guimarães Nome: Matrícula: Polo: Prezado(a) Estudante: Esta é a sua Segunda Avaliação a Distância (AD-2), ela tem por objetivo aprofundar alguns conhecimentos básicos da Disciplina os quais serão fundamentais para a compreensão dos demais estudos que você realizará posteriormente, em especial, para a realização da AP-2. Você vai encontrar nesta AD2 2(duas) Questões Discursivas, sendo uma com três itens e outra com dois itens para serem respondidos; Leia atentamente; Revise suas respostas; *** ATENÇÃO *** Data Limite para a POSTAGEM VIA PLATAFORMA da AD2 dia 05 de maio. Bom Trabalho !!! COMO POSTAR ESTA AD2 VIA PLATAFORMA: O aluno/a depois de baixar o arquivo da AD2 e responder deverá salvar o arquivo em Word (.doc) ou Adobe Acrobat (.PDF) com as respostas e acessar a Plataforma no lugar correspondente para anexar e enviar o arquivo. Onde está na Plataforma a Ferramenta para o envio dessa AD2? Ao acessar a Plataforma na área da Disciplina Educação e Trabalho o aluno/a deve procurar logo abaixo da mensagem de "Boas Vindas" ou na coluna à esquerda em "Atividades" onde está escrito: “Como ENTREGAR a AD2 de Educação e Trabalho_2018.1". Você deve entrar na Atividade e clicar no botão "Adicionar Atividade" e anexar o arquivo da AD2 (em Word ou PDF), clique em "Salvar Mudanças" e em seguida "Enviar Arquivo". ATENÇÃO, caso apareça no menu "Status de Envio" o termo: "Rascunho", significa que o arquivo ainda não foi enviado. Neste caso, para concluir o envio certifique-se de ter clicado em "Enviar Atividade". Qualquer dúvida acesse o tutorial aqui: Tutorial de Entrega da AD2 (em anexo) Ou entre em contato com a Equipe de Tutoria da Disciplina. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ATIVIDADE DE APROVEITAMENTO DA DISCIPLINA [10.0 pontos] Orientações: Procure responder às questões usando suas próprias palavras, com criatividade e demonstrando coerência expositiva e argumentativa ao redigir o seu texto. ATENÇÃO: Não serão aceitos plágios ou cópias literais dos textos ou de outros trabalhos na internet sob pena disto impactar na nota nesta atividade. Pode-se, no entanto, fazer citações, desde que entre aspas e com as devidas indicações da fonte pesquisada, com as referências bibliográficas de acordo com as regras da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 6023 e NBR 10520), disponíveis na internet. Bom Trabalho! Textos Base para AD2 referente à Unidade IV: Trabalho, Educação e Escola no Brasil: TEXTO 08 = ALVES, Dalton. “Do modelo de organização da formação para o trabalhador no Brasil, no Século XX”–(p.07- 15). In: ALVES, Dalton. Intelectuais coletivos e o projeto nacional de educação para a classe trabalhadora forjado nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil. Atas do XII Colóquio Internacional Tradição e Modernidade no Mundo Ibero- Americano, Porto-Portugal, Universidade Católica Portuguesa, de 18 a 21 de julho de 2017. Rio de Janeiro: Rede Sirius, 2017. [ISBN: 978-85-5676-014-2]. TEXTO 09 = KUENZER, Acácia. “Introdução: Por que investigar a relação entre educação e trabalho no Brasil? ” – (p. 05- 19). In: KUENZER, Acácia. Educação e trabalho no Brasil: o estado da questão. Brasília, DF: INEP; REDUC, 1991. TEXTO 10 = GOMES, Hélica. “Os modos de organização e produção do trabalho e a educação profissional no Brasil: uma história de dualismos e racionalidade técnica” – (p.59-80). In: BATISTA, Eraldo; MÜLLER, Meire (Orgs.). A educação profissional no Brasil: história, desafios e perspectivas para o Século XXI. Campinas, SP: Alínea, 2013. TEXTO 11 = BATISTA, Eraldo Leme. “O Instituto de Organização Racional do Trabalho – IDORT, como instituição educacional nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil” – (p. 01-13). In: ANAIS da XI Jornada do HISTEDBR. Cascavel, PR: UNIOESTE, de 23 a 25 de outubro de 2013. QUESTÃO 01: Ao longo da leitura dos textos da Unidade IV procurou-se evidenciar, conforme em ALVES, acerca do modelo de organização da formação para o trabalhador no Brasil, no século XX, (...) que já na origem, a educação prevista PARA o trabalhador está condicionada às necessidades da produção capitalista. Desde o início a educação requerida, pensada e oferecida à classe trabalhadora é concebida apenas como a formação de um “meio de produção” para o mercado de trabalho capitalista e não como uma educação para a formação humana, do ser humano que há no trabalhador (ALVES, Texto 08, p.05). Com isso, os profissionais da educação e, em especial você como futuro pedagogo/a, precisa saber das origens da organização profissional do trabalhador no Brasil, ao longo do século XX, que estão atreladas no interior da escola, até os dias atuais, cuja relação é intrínseca com o desenvolvimento da sociedade brasileira. A partir dessas questões centrais e com base nos textos indicados, desenvolva uma redação com no mínimo 10 linhas (cada item) respondendo ao que se pede: a) Para você, como foi a escolha da carreira de Pedagogo/a? (1.0 ponto) b) Com base nas suas expectativas profissionais na área da educação relacione isto àquilo que caracteriza a profissão pedagógica dentro da lógica do capital e faça uma reflexão/discussão sobre os desafios que você percebe que deverá enfrentar. (1,5 pontos) c) Historicamente, o modelo industrial de formação profissionalizante – de tipo Taylorista/Fordista – foi o que mais influenciou o fazer pedagógico nas escolas no país após a década de 1940, como também, na constituição da profissão do pedagogo no Brasil. Cite mais de dois aspectos dessa influência e justifique sua resposta, dando exemplos desse modelo no interior da profissão. (2,5 pontos) GABARITO: a) No seu texto o(a) aluno(a) deve levar em consideração sua trajetória pessoal e educacional. Explicando se foi uma escolha por razões financeiras e/ou acadêmica (por querer), isto é, buscou fazer um curso de nível superior para aumentar a sua renda ou também (ou somente) para aprofundar seus estudos (elevar o seu nível cultural, intelectual), ou qualquer outro motivo que o/a levou à escolha desta carreira e quais suas expectativas profissionais nesta área. b) Como a sociedade de forma geral, isto é, a cultura, a economia, a política e a educação estão inseridas na lógica do capital (que é a lógica do mercado, que se baseia na relação de oferta e procura de mercadorias, da qual resulta a concepção de sociedade de que é a lógica do mercado que deve gerenciar todos os setores da sociedade, inclusive a educação, a saúde etc.), sendo estas algumas das características principais da “lógica capitalista”, o que caracteriza a “profissão de pedagogo/a”, neste contexto, é de que a profissão do Pedagogo inevitavelmente é influenciada por esse sistema, por esta lógica, portanto, apresenta caracteristicas do modelo liberal-capitalista implementado no Brasil para a educação profissional que são a expressão deste modelo sócio-econômico, como por exemplo, a divisão do trabalho escolar entre trabalho intelectual e manual/industrial, isto é, quando se exige do professor que ele utilize um livro didático ou apostilhas pré determinadas pelo estabelecimento de ensino ou que siga um “currículo mínimo” pré-determinado, de “cima para baixo”, sem a sua efetiva participação em sua concepão e elaboração, exigindo do docente apenas que aplique este material, pensado por outros, neste caso, o docente se assemelha ao trabalhador manual e industrial que apenas deve executar, na maioria dos casos, aquilo que lhe é pré-determinado pela empresa, interferindo assimem sua autonomia teórico-didática e metodológica, em sua “liberdade de cátedra”. Outros fatores, seriam, também, as condições desiguais de acesso à escola, aliadas à falta de vontade política para assegurar as condições financeiras e a infraestrutura necessárias para a realização do trabalho docente com dignidade e reconhecimento profissional, a falta de mais investimentos na formação de professores qualificados, e, por fim, ao desinteresse do capital por uma educação geral de alta qualidade para todos. c) A influência do Taylorismo/Fordismo na escola e na profissão do Pedagogo evidenciavam-se nos seguintes aspectos: a dualidade estrutural da escola, a fragmentação curricular, as estratégias taylorizadas de formação dos professores, plano de cargos e salários, a fragmentação do trabalho do pedagogo, a hierarquização das funções, pautadas cada vez mais na eficiência e no caráter tecnológico do trabalho, a separação entre concepção/planejamento e execução. Partindo desses pressupostos, a função da direção, por exemplo, fundamenta-se no uso exagerado de autoritarismo advindo da sua função que ocupa na estrutura organizacional escolar e na sua preocupação com os aspectos burocráticos em detrimento dos aspectos pedagógicos. Assim, o diretor torna-se um administrador de papéis e lhe escapa o conhecimento da natureza da instituição que administra: a escolar. A administração científica teorizada por Taylor preocupava-se com o controle e a racionalização do trabalho, em outras palavras, a ênfase era na organização dos processos de trabalho e no controle das decisões tomadas no decorrer deste. Este teórico desenvolveu o conceito de gerência científica, a qual defendia a necessidade de um trabalhador responsável pelo planejamento e controle das atividades, pois afirmava ser humanamente impossível estar no “chão” da fábrica e ao mesmo tempo planejar suas ações. A administração científica embasou-se em alguns princípios básicos: expropriação do conhecimento dos trabalhadores, a utilização do conhecimento para controlar cada fase do processo de trabalho, a dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores, a separação de concepção e execução, já citada, (comumente chamada de a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual ou mental). QUESTÃO 02: Acácia Kuenzer no seu texto Educação e trabalho no Brasil: o estado da questão diz que: (...) a escola brasileira, antes de resolver a dicotomia educação/trabalho no seu interior, referenda, através do seu caráter seletivo e excludente, esta separação, que é uma das condições de sobrevivência das sociedades capitalistas, uma vez que determinada pela contradição fundamental entre capital e trabalho. Ou, como diz Marx (sic) não é por coincidência que a classe que detém o poder material em uma dada sociedade é a que tem a posse dos meios de produção intelectual (KUENZER, 1991, p.14). Considerando estas ideias, desenvolva um texto com no mínimo 10 linhas (cada item) respondendo ao que se pede: a) Desde longo tempo se investiga a relação entre educação e trabalho, um tema recorrente nos estudos sobre as escolas técnicas e profissionalizantes no Brasil como um ensino destinado aos pobres. Descreva esse caminhar histórico, utilizando os textos indicados. (2,5 pontos) b) Na AP1, Questão 05, foi solicitado para que desenvolvessem o tema do modelo de escola “para” a classe trabalhadora que surgiu no contexto das Revoluções Burguesas (Revolução Industrial e Revolução Francesa). Pois bem, agora pedimos para que você explique como isto se traduziu no Brasil no período da nossa “revolução industrial”, a partir das décadas de 1930/1940. Considere em sua resposta os fundamentos do modelo de escola para a classse trabalhadora no capitalismo desde a Revolução Industrial e responda: Como se aplica ao caso brasileiro o princípio de “uma formação pensada ‘PARA’ os trabalhadores, por quem não é trabalhador, mas dele precisa”? (2.5 pontos) GABARITO: a) Segundo Hélica Gomes no texto 10, o descaso com o ensino profissional no Brasil é fruto de inúmeras propostas e reformas mal-sucedidas provenientes de disputas entre classes que sempre existiram no País. Desde o período colonial, passando pelo Império, observa-se um ensino destinado aos filhos dos colonos e um ensino de outro tipo destinado aos indíos, escravos e aos brancos, mas pobres. No Texto 08 do Prof. Dalton Alves mostra-se que a indústria antes de 1900 era incipiente, o comércio e a manufatura rudimentares. A mão de obra em larga escala era concentrada no campo. Com o advento da industrialização a partir de 1930, a formação profissional foi marcada historicamente pelo desprezo às profissões técnicas e pelos trabalhos físicos demonstrado pelas iniciativas do Governo e dos empresários pelo projeto nacional de formação para a classe trabalhadora que eles propuseram a partir de 1930/1940. Na Reforma de Francisco Campos, o ensino profissional não dava conta de dar acesso aos estudantes ao ensino superior, onde a mesma também não possibilitava uma formação condizente com a indústria nascente. Alguns empresários se uniram e criaram cursos profissionalizantes por conta própria. Acácia Kuenzer relata que a partir de 1942, com as Leis Orgânicas da referida Reforma, todas as escolas criadas em 1909 passaram a oferecer também cursos técnicos, além dos cursos industriais básicos e dos cursos de aprendizagem. Porém, persiste o problema da inflexibilidade dos cursos por não oferecer o acesso ao ensino superior, formando-os apenas para atender às necessidades das indústrias. A criação do Sitema “S” (SENAI, SESC e SENAC) a partir de 1942 continuou nesta mesma perspectiva de uma formação pensada, proposta e gerida por empresários, sem a participação dos trabalhadores. b) Espera-se que os(as) alunos(as) respondam que historicamente os trabalhadores não são ouvidos nem participam do desenvolvimento das propostas de educação no Pais, por isso a formação é pensada “para” e não “com” os os trabalhadores. Como no caso da criação do Sistema “S” onde o governo firmou convênio com a C.N.I. (Confedração Nacional da Industria) e com a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que desconsiderou e excluiu a participação dos trabalhadores neste processo, em nenhum momento convocados para serem ouvidos sobre a educação profissional que melhor atenderia às suas necessidaes. As iniciativas dos trabalhadores neste sentido, realizadas por seus representantes, sejam os sindicatos e/ou os intelectuais comprometidos com a situação da classe trabalhadora daquele momento, foram completamente ignoradas. Tais reformas, portanto, acabaram geridas apenas por empresários da iniciativa privada com recursos públicos e pelos governos federal e estadual do período, sendo os seus cursos muito procurados, até porque não existia nenhum outro. Esta é uma realidade que, de certo modo, persiste ainda nos dias atuais, vez que os cursos oferecidos pelo Sistema “S” contam como sendo a maior oferta de cursos profissionalizantes do país. O/a estudante pode ainda concluir com a ideia de que: “(...) apesar de se observar um aumento considerável do acesso à escola seja de tipo acadêmica ou profissional e mesmo ao ensino superior, não se pode confundir o acesso à escola ou à matrícula num curso superior com o acesso ao saber elaborado. A democratização do acesso ao saber ainda é algo a ser conquistado efetivamente pela classe trabalhadora no Brasil”.(ALVES, Texto 08, p.15):
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