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Toxoplasmose

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Julia Silva
DOENÇAS PARASITARIAS
Toxoplasmose
A toxoplasmose, popularmente conhecida como “Doença do Gato”, é uma antropozoonose causada pelo Toxoplasma gondii - Parasita intracelular obrigatório.
Taxonomia
· Reino: Protista
· Sub-reino: Protozoa
· Filo: Apicomplexa
· Classe: Conoidasida
· Subclasse: Coccidiasina
· Ordem: Eucoccidiida
· Família: Sarcocystidae
· Gênero: Toxoplasma
A família Sarcocystidae tem como característica possuir o estágio assexuado no hospedeiro intermediário e estágio sexuado no hospedeiro definitivo. A fase tissular dos parasitas geralmente ocorre no hospedeiro intermediário.
Epidemiologia 
Os felídeos são o ponto-chave da epidemiologia da toxoplasmose, sendo os únicos hospedeiros onde ocorre a reprodução sexuada do parasito, culminando com a formação de oocistos que são eliminados para o meio ambiente com suas fezes (GARCIA et al.; 1999). 
Ciclo evolutivo 
Na toxoplasmose, basicamente existem três formas evolutivas: 
· Oocistos: nas fezes de hospedeiros definitivos, liberados em determinados períodos;
· Taquizoítos: presentes nos fluidos orgânicos durante a fase aguda da doença.
· Bradizoítos: contidos no interior dos cistos, no sistema nervoso e nos músculos na fase crônica da enfermidade.
OBS: Oocistos podem sobreviver durante meses no ambiente e são resistentes a desinfetantes, congelamento e processo de secagem, mas destruídos pelo aquecimento a 70ºC por 10 minutos. 
Transmissão
A transmissão da doença pode ocorrer de três formas, primeiro pela ingestão de tecidos de animais infectados, contendo cistos de Toxoplasma, através de carne crua ou mal cozida, fonte de infecção comum para hospedeiros definitivos e intermediários, ou presas caçadas, fonte de infecção primária nos gatos; segundo pela ingestão de oocistos eliminados nas fezes de gatos, fonte de infecção comum para hospedeiros intermediários, os oocistos podem ser transportados por baratas, moscas e minhocas e; terceiro a infecção congênita, transplacentária, esta fonte de infecção é incomum nos cães e gatos, mas pode ser causa de aborto, natimortos ou mortalidade neonatal (BIRCHARD & SHERDING, 2003).
Os hospedeiros definitivos ingerem tecidos de animais infectados, usualmente roedores, cujos tecidos contém taquizoítos ou bradizoítos. Após a infecção, a parede do cisto é digerida no estômago do gato, e no epitélio intestinal os bradizoítos liberados iniciam um ciclo de esquizogonia culminando na produção de oocistos em três a dez dias onde serão eliminados nas fezes.
OBS: esquizogonia: o núcleo do parasita se divide várias vezes formando o esquizonte. Cada núcleo adquire citoplasma, formando os merozoítos que estão dentro do esquizonte. 
Oocisto não esporulado
No hospedeiro intermediário o parasita invade o epitélio intestinal e vários tipos celulares, particularmente células mononucleares. Ocorre a multiplicação por reprodução assexuada, formação de taquizoítos, em seguida há a disseminação por via sanguínea ou linfática, onde os taquizoítas invadem as tecido muscular, nervoso (cérebro) e vísceras causando a fase aguda da doença. 
Aspectos Clínicos e Patogênicos
As manifestações clínicas da toxoplasmose são muito variadas e comuns a diversas enfermidades, com envolvimento de vários órgãos e sistemas.
O tipo e magnitude da sintomatologia clínica dependem da localização e grau de lesão tecidual, que se deve à ocorrência de necrose determinada pelo caráter intracelular do parasito. O sistema nervoso, pulmões, fígado, tecido muscular esquelético e os olhos são sítios de replicação do protozoário durante a infecção.
OBS: Embora uma grande quantidade dos animais de companhia sejam sorologicamente positivos para toxoplasmose, poucos animais desenvolvem sinais clínicos da doença.
São comuns sinais inespecíficos de anorexia, depressão, febre intermitente, outros sinais são denominados pelo local da lesão a partir da disseminação extra-intestinal, sendo que os órgãos mais afetados são os pulmões, os olhos, o cérebro, o fígado e a musculatura esquelética (BIRCHARD & SHERDING, 2003).
OBS: Gatos com a infecção pré-existente de FIV manifestam a toxoplasmose de forma mais grave, quando infectados, apresentando supressão de linfócitos CD4+ e CD8+, bem como redução da expressão de interleucinas (IL-2, IL-6, FNT-γ), quando comparados com gatos que possuem apenas toxoplasmose. 
Nos cães o aparecimento da doença é marcado por febre, com lassidão, anorexia, diarréia, pneumonia e manifestações neurológicas, podem ocorrer infecção junto com cinomose ou vacinação contra cinomose.
Sinais clinicos
· Abortos – ovinos, caprinos, suínos. 
· Cão, gato – pneumonia, hepatite e encefalite. 
· Cães – associação com o vírus da cinomose.
Diagnóstico
Achados no perfil hematológico e bioquímico sérico. Na toxoplasmose aguda, em cães e gatos pode ser evidenciada anemia não regenerativa no perfil eritrocitário, no perfil leucocitário, a leucocitose com neutrofilia leucopenia ou linfocitose pode estar presentes, bem como monocitose e eosinofilia são achados comuns. 
O diagnóstico sorológico é o principal meio de diagnóstico da infecção recente ou ativa. O ELISA é amplamente utilizado.
Achados na Citologia - A forma ativa do T. gondii, os taquizoítos durante o desenvolvimento da enfermidade, podem ser detectados pela citologia de amostras de tecidos e fluidos corporais, como: no sangue, no líquido cefalorraquidiano, no peritônio, e de amostras de lavados broncoalevolar.
Coproparasitológico - O diagnóstico pode ser realizado pela presença de oocistos nas fezes do hospedeiro definitivo, no exame parasitológico. Entretanto a prevalência de oocistos nas fezes é baixa, pois os oocistos são liberados no período de umas duas semanas durante a evolução clínica da enfermidade, com a ocorrência de diarreia.
Tratamento 
Nos casos de toxoplasmose em animais de companhia, o cloridrato de Clindamicina administrado via oral ou por via parenteral, é eficaz para o tratamento da doença polissistêmica e pode encurtar o período de eliminação dos oocistos no caso dos gatos. 
A combinação sulfadiazinatrimetoprima e a combinação de sulfametaxol-trimetoprima são eficazes no tratamento e no controle da toxoplasmose em pequenos animais.
OBS: Em altas doses em gatos o cloridrato de clindamicina pode provocar irritação local no sistema digestório, ocorrendo efeitos colaterais como anorexia, vômitos e diarreia.
Profilaxia 
Deve-se realizar limpeza diária em gatis e a remoção adequada das fezes, pois os oocistos necessitam de pelo menos 24 horas para esporular e se tornarem infectantes. 
Recomenda-se evitar o hábito de coprofagia observado em alguns animais, bem como o controle de insetos e roedores no ambiente. 
 Não consumir e não fornecer aos animais a carne crua ou leite cru de cabra, sendo indicado o uso de produtos ou alimentos comerciais disponíveis. 
Condutas de higiene pessoal devem ser rigorosamente seguidas, não devendo ser consumida e nem fornecida aos animais à água de lagos, poços e rios que não passem por um tratamento prévio.
Referencias 
BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G.; Manual Saunder: Clínica de Pequenos Animais. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2003.
GARCIA, J. L.; NAVARRO, I. T.; OGAWA, L.; OLIVEIRA, R. C. Soroprevalência do Toxoplasma gondii, em suínos, bovinos, ovinos e eqüinos, e sua correlação com humanos, felinos e caninos, oriundos de propriedades rurais do norte do Paraná-Brasil. Ciência Rural, Santa Maria, v. 29, n. 1, p. 91-97, 1999. Disponível em < www.scielo.br/pdf/cr/v29n1/a17v29n1.pdf> . Acesso em: 18 Mar 2008.

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