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Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Resistência dos materiais I – SLIDES 02 Capítulo 2 Tração, compressão e cisalhamento SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.1 Cargas resultantes internas 2 Corpo mantido em equilíbrio mediante 4 forças externas A distribuição de forças internas representa o efeito da parte superior Figuras 1.2 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.1 Cargas resultantes internas 3 Figuras 1.2 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 4 Viu-se anteriormente que a força e o momento que agem em um ponto específico da área seccionada de um corpo representam os efeitos resultantes da distribuição de forças que agem sobre a área seccionada. Em REMA, busca-se obter essa resultante de distribuição de carga interna e, por isso, deve-se estabelecer o conceito de tensão. Considerando que o material é contínuo, isto é, possui continuidade ou distribuição uniforme de matéria e sem vazios. O material deve ser coeso, isto é, todas as porções estão interligadas e sem separações. SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 5 Figura 1.10 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 6 Uma força ΔF atuando em uma área ΔA pode ser decomposta em suas três componentes ΔFx, ΔFy e ΔFz, tangentes e normais à área, respectivamente. Quando ΔA tende a zero, ΔF também tende, mas o quociente entre força e área tende a um limite que é denominado tensão. SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 7 Tensão Normal A força por unidade de área que age perpendicularmente à área ΔA, é definida como tensão normal σ (sigma). Como ΔFz é perpendicular à área: A Fz A z 0 lim SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 8 Tensão Normal As tensões normais podem ser de tração ou de compressão: F F F F Tração (+) Compressão (-) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 9 Tensão de Cisalhamento A força por unidade de área que age tangencialmente à área ΔA, é definida como tensão de cisalhamento τ (tau). Componentes: A Fx A zx 0 lim A Fy A zy 0 lim SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 10 Estado geral de tensões Seccionando o corpo em planos paralelos ao plano x-z e ao plano y-z, pode-se obter um elemento de volume cúbico (Figuras 1.10 b e c) que representa o estado de tensões no ponto (Figura 1.12), tendo como referência os eixos x, y e z. SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 11 Figuras 1.10 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 12 Figura 1.12 Estado geral de tensões A representação matricial do estado de tensões no ponto se dá por meio do tensor de tensões: zzyzx yzyyx xzxyx SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 13 Unidades do SI para tensões: 2 1Pa1 m N 2 310kPa1 m N 2 610MPa1 m N 2 910GPa1 m N 2 1MPa1 mm N SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 14 Tensão normal média Considerando que uma barra esteja submetida a uma deformação uniforme e constante, ter-se-á a σ constante. A soma de cada ΔF aplicados nos respectivos ΔA (Figuras 1.13) resultará na carga P. SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 15 Figuras 1.13 (a) (b) (c) Tensão normal média SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 16 Figura 1.13d Tensão normal média SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 17 Tensão normal média Fazendo ΔA → dA e ΔF → dF e observando que σ é constante, tem-se: APdAdF A A P σ = tensão normal média P = força normal interna resultante A = área da seção transversal SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões Exemplo 1.6 (1) A barra na figura abaixo tem largura constante de 35 mm e espessura de 10 mm. Determine a tensão normal média quando ela é submetida à carga mostrada. 18 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 19 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões Exemplo 1.9 (2) O elemento “AC” mostrado na figura a seguir está submetido a uma força vertical de 3 kN. Determine a posição “x” dessa força de modo que a tensão de compressão média no apoio liso “C” seja igual à tensão de tração média na barra “AB”. A área da seção transversal da barra é 400 mm² e a área em “C” é 650 mm². 20 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 21 Exemplo 1.9 (2) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 22 Exemplo 1.9 (2) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Tensões cisalhantes - revisão 23 Figuras 1.10 Componente da tensão que age no plano de cisalhamento SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Tensão cisalhante média 24 Ao se aplicar uma força F (grande) a uma barra sobre apoios rígidos, ocorrerá a ruptura do material ao longo dos planos AB e CD. Figuras 1.20 O DCL da porção central indica as forças de cisalhamento necessárias para o equilíbrio. V = F/2 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Tensão cisalhante média 25 A V med Figuras 1.20 τmed = tensão de cisalhamento média na seção, considerando que todos os pontos nesta seção têm este mesmo valor τmed V = força de cisalhamento interna resultante na seção determinada pelas equações de equilíbrio A = área da seção transversal SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Cisalhamento Direto 26 Esse exemplo representa um caso de cisalhamento direto, pois o cisalhamento é causado pela ação direta da carga aplicada F. Exemplo → acoplamentos simples que utilizam parafusos, pinos, material de solda etc. Cuidado → a aplicação da equação é apenas uma aproximação. A V med SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Cisalhamento Simples ou Direto 27 Acoplamentos de cisalhamento simples, também denominado de juntas sobrepostas Figuras 1.21 Considera-se que os elementos são finos e que a porca não está muito apertada Permite desprezar o momento devido à força F e o atrito entre os elementos Os DCL mostram que a força no parafuso e na junção é apenas F SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Cisalhamento Duplo 28 Duas superfícies de cisalhamento devem ser consideradas, também denominado de juntasde dupla superposição Figuras 1.22 Considera-se que os elemento são finos e que a porca não está muito apertada Permite desprezar o momento devido à força F e o atrito entre os elementos V = F/2 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões Exemplo 1.10 (3) Determinar a σmed e a τmed nas seções a-a e b-b. Considerar seção quadrada de 40mm x 40mm. 29 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões Exemplo 1.11 (4) 30 SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 31 2.2 Tensões Exemplo 1.11 (4) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 32 2.2 Tensões Exemplo 1.11 (4) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 33 2.2 Tensões Exemplo 1.11 (4) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 34 50 mm 75 mm 25 mm 40 mm 3000 N Exemplo 1.12 (5) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 35 Tensão Admissível O projeto de um elemento estrutural deve restringir a tensão atuante a um limite seguro. É preciso escolher uma tensão admissível que restrinja a carga aplicada a um valor menor do que a carga que o elemento pode suportar totalmente. Isso deve ser feito devido às incertezas do carregamento, do atendimento às dimensões e às propriedades de resistência do material seja durante a execução ou ao longo da vida útil. SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 36 Tensão Admissível Assim, a análise estrutural deve considerar a carga admissível (Fadm) tendo como referência um Fator de Segurança (FS) para uma carga de ruptura (Frup): atuante rup adm rup F F F F FS OU atuante rup adm rup FS O valor de FS depende dos materiais empregados e do tipo de estrutura considerada, principalmente. SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2.2 Tensões 37 Projeto de acoplamentos simples O objetivo é determinar as dimensões da seção transversal de tal modo que: FS rup admatuante SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 38 Exemplo 1.17 (6) SLIDES 02 – Capítulo 2 / Tração, compressão e cisalhamento REMA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 39 Exemplo 1.17 (6)
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