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Profa.: Denise Fonseca Côrtes, PhD - Graduação: Farmácia – Habilitação Indústria (UFOP). - Aperfeiçoamento em Biologia do Trypanosoma cruzi (UFOP). - Mestre em Protozoologia – Ênfase Imunoparasitologia (UFOP). - Doutora em Ciências da Saúde – Ênfase Imunologia de Leishmaniose (UFMG). - Gestão em Pesquisa Clínica – Santa Casa de Belo Horizonte. - Pós-doutorado em Diagnóstico de doença de Chagas (Fiocruz/Minas). - Docente desde 2005. Disciplina: Parasitologia Médica Parasitologia : relação parasito-hospedeiro. Helmintos: ciclo biológico, patogenia, transmissão, diagnóstico clínico e epidemiológico, profilaxia e tratamento. Protozoários: ciclo biológico, patogenia, transmissão, diagnóstico clínico e epidemiológico, profilaxia e tratamento. Artrópodes de interesse médico. EMENTA FERREIRA, M. U. Parasitologia contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NEVES, D. P. Parasitologia humana. 13ª ed.; São Paulo: Atheneu, 2016. REY, L. Bases da parasitologia médica. 3ª ed.; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. BIBLIOGRAFIA BÁSICA CARLI, G. A. Atlas de diagnóstico em parasitologia humana. Rio de Janeiro: Ateneu, 2014. (3 ex). CIMERMAN, B & CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. São Paulo: Atheneu, 2010. (11 ex). FERREIRA, A. W. Diagnóstico laboratorial e avaliação de métodos de diagnósticos das principais doenças infecciosas e parasitárias e auto-imunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2001. (3 ex). REY, L. Parasitologia: parasitas e doenças parasitárias do homem na América e na África. 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2018. (2 ex). MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância em Saúde. 2016. http://www.cdc.gov http:// www.who.org (Organização Mundial de Saúde). http:// www.opas.org.br (Organização Pan-Americana de Saúde/OPAS). BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR INTRODUÇÃO PARASITOLOGIA Ciência que estuda os organismos (parasitos) que vivem no interior ou exterior de outro hospedeiro, extraindo deste seu alimento e abrigo, sendo que esta associação nem sempre é nociva ao hospedeiro. Importância médica e veterinária: PROTOZOÁRIOS HELMINTOS ARTRÓPODES INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA PARASITOLOGIA Doenças parasitárias são frequentes na população mundial. Segundo OMS: ▪ Cerca de 980 milhões de pessoas estão parasitadas por Ascaris lumbricoides, 200 milhões pelo Schistosoma mansoni e 16 milhões pelo Trypanosoma cruzi (1990). INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA PARASITOLOGIA No Brasil: último levantamento multicêntrico das parasitoses intestinais ➔ 55,3% de crianças parasitadas, sendo 51% poliparasitadas (1988). INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA PARASITOLOGIA Doença parasitária pode levar o indivíduo à morte súbita: doença de Chagas; Alguns parasitos representam grave problema de saúde pública. Ao lado da má nutrição são responsáveis por deficiências no aprendizado e desenvolvimento físico das crianças. Pode causar incapacidade funcional: Leishmaniose, doença de Chagas. INTRODUÇÃO DOENÇA PARASITÁRIA FORÇAS DO HOSPEDEIRO FORÇAS DO AGRESSOR Mecanismos de defesa do hospedeiro Mecanismos de ação do parasito REFLEXO DA LUTA HOSPEDEIRO-PARASITO Maioria das vezes acontece um equilíbrio de forças entre hospedeiro e parasito = sobrevivência ambos INTRODUÇÃO DOENÇA PARASITÁRIA FORÇAS DO HOSPEDEIRO FORÇAS DO AGRESSOR Patologias e Sintomas INTRODUÇÃO EM RESUMO Fp > Fh = doente parasitário Fp < Fh = morte do agressor Fp = Fh = portador são Fp – força do parasito Fh – força do hospedeiro PORTADOR SÃO: hospedeiro é suporte para o parasito e não apresenta sintomas, mas continua disseminando. INTRODUÇÃO Fatores inerentes ao parasito para o desenvolvimento da doença: • Ex.: Giardia lamblia: nº = assintomática; nº = deficiência vitaminas lipossolúveis, ác. graxos, vitamina B12 e ác. fólico. Número de exemplares • Ex.: Tenia: absorvem seu alimento através de sua cutícula ➔ quanto maior seu tamanho mais acentuados serão os sintomas da parasitose. Tamanho • Ex.: Ascaris lumbricoides: pâncreas (pacreatite aguda), massa de vermes na luz intestinal (obstrução do trânsito do bolo fecal = morte por necrose da alça intestinal). Localização • É a severidade e rapidez com que o agente etiológico age sobre o hospedeiro. Ex.: Tripanosoma cruzi: cepas com diferentes virulências. Virulência INTRODUÇÃO Fatores inerentes ao hospedeiro para o desenvolvimento da doença: • Crianças mais suscetíveis que os adultos (imunidade). Idade • Resposta imunitária depende da posição do parasito no hospedeiro (teciduais e sanguíneos desenvolvem resposta imunitária melhor que os intestinais). Imunidade • Bom estado nutritivo = ação do parasito bloqueada; debilidade nutricional = doença parasitária. Ex.: Ancilostomíase: assintomáticos X anemias. Nutrição • Uso de calçados, ingestão de carne crua ou mal passada. Hábitos e costumes • Uso inadequado de drogas antiparasitárias; uso de medicamentos imunossupressores.Medicamentos INTRODUÇÃO Mecanismo de ação do parasito (único ou múltiplo) sobre o hospedeiro: • Parasito obstrui ductos glandulares, órgãos, etc. Ex.: Ascaridíase: obstrução intestinal. Ação obstrutiva: • Crescimento e desenvolvimento do parasito leva a compressão de órgãos próximos provocando modificações estruturais nos tecidos gerando graves perturbações em suas funções e acarretando lesões importantes. Ex.: Echinococcus granulosus: cisto hidático (chega ao tamanho de uma laranja) → pulmões, fígado, cérebro. Ação compressiva: • Ação no nível de células ou tecidos. Ex.: Ancilostomíase, leishmaniose cutâneo-mucosa. Ação destrutiva: Baço INTRODUÇÃO Mecanismo de ação do parasito sobre o hospedeiro: • Parasitos com propriedade de sensibilizar o hospedeiro - fenômenos alérgicos localizados ou gerais. Ex.: picada de ectoparasitas (edema ou prurido). Ação alergizante: • Resultante da introdução ou inoculação de secreções do parasito. Ex.: Entamoeba histolytica. Ação tóxica: • Mais ligada ao parasitismo: Parasitos que vivem no tubo digestivo e que se alimentam do material ingerido pelo hospedeiro. Ex.: Ancilostomíase → anemia. Ação espoliadora: ulcerações INTRODUÇÃO Mecanismo de defesa do hospedeiro: Primeira barreira à instalação e desenvolvimento do parasito no hospedeiro: resistência natural (ex.: impossibilidade de certos parasitos conseguirem colonizar-se no homem.): ▪ Pele: bloqueia a invasão parasitária. Ex.: Trypanosoma cruzi. ▪ Sucos digestivos: Ex.: suco gástrico pode destruir o parasito ou dificultar a liberação de formas infectantes ingeridas pelo hospedeiro. ▪ Alimentação: parasito só sobrevive em hospedeiros que possam fornecer-lhe a dieta obrigatória (monofagia) Após penetração no tecido hospedeiro: fagocitose e produção de anticorpos. INTRODUÇÃO NOMENCLATURA ZOOLÓGICA TAXONOMIA: é a teoria e a prática da descrição e identificação dos seres, ou seja, reconhece, classifica e identifica os seres vivos ou extintos. Hierarquia taxonômica em zoologia: ▪ sete categorias 1 Reino: Animal 2 Filo: Apicomplexa 3 Classe: Sporozoa 4 Ordem: Eucoccidia 5 Família: Plasmodidae 6 Gênero: Plasmodium 7 Espécie: falciparum INTRODUÇÃO NOMENCLATURA ZOOLÓGICA Inicialmente os nomes aos organismos eram dados por sistemas de classificação populares (problemas: variavam muito em diferentes países ou mesmo em locais diversos de um mesmo país, nomes eram longos ou pouco uniformes). Sistema binominal, por Carolus Linnaues (1707-1778): ▪ Nomes genéricos e específicos em latim. ▪ Possibilitou integração de avanços em anatomia comparada, fisiologia e outros campos da biologia. SISTEMA BINOMINAL INTRODUÇÃO NOMENCLATURA ZOOLÓGICA Regras organizadas no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, 1985. Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica: esclarecimentos de dúvidas. Suas decisões são publicadas em periódicos especializados, como o “Bulletin of Zoological Nomenclature”, denomina-se opinions.NOMECLATURA INTRODUÇÃO NOMENCLATURA DE PARASITOS Como se escreve o nome científico: ▪ Itálico. ▪ Possuem dois componentes: gênero (inicia por letra maiúscula) e espécie (inicia por letra minúscula). ▪ Quando o nome aparece pela primeira vez no texto deve ser TODO escrito por extenso. Referências subsequentes pode-se abreviar o gênero. ▪ Ex.: Giardia intestinalis X G. intestinalis. INTRODUÇÃO Variação dos nomes científicos dos gêneros são utilizados para identificar doenças e patologias associadas a sua presença. Frequentemente usa-se o sufixo –íase: ▪ giardíase. ▪ ascaridíase. ▪ Exceções: leihsmaníase/ infecções leishmanióticas; tripanosomíase/ infecções tripanossômicas. NOMENCLATURA DAS DOENÇAS E PATOLOGIAS INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA Ciência que estuda a distribuição de doenças (enfermidades), assim como a de seus determinantes (fatores de risco), na população humana. Objetivo principal: promoção da saúde, através da prevenção de doenças, em diferentes grupos populacionais. Ex.: habitantes de uma área geográfica conhecida, pessoas em determinada faixa etária, atividade ocupacional, etc. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA Maioria das infecções parasitárias é encontrada em países tropicais e subtropicais subdesenvolvidos. Fatores que favoráveis a prevalência de parasitos: densidade populacional elevada, saneamento pobre, fontes de água limitadas, práticas deficientes de saúde pública e mudanças ambientais que afetem a reprodução de vetores, hábitos e costumes das pessoas. Disseminação dos parasitos: VIAGENS GLOBAIS (refugiados, imigrantes, visitantes estrangeiros). INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA Princípio fundamental: AS DOENÇAS NÃO SE DISTRIBUEM AO ACASO OU DE FORMA ALEATÓRIA NA POPULAÇÃO. SÃO OS FATORES DE RISCO QUE DETERMINAM ESTA DISTRUIBÇÃO. Por que determinada enfermidade varia com o tempo? INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA Para entender e explicar as diferenças observadas no aparecimento e manutenção de uma enfermidade na população humana, uma investigação se direciona a descrever a distribuição das doenças em relação à: ▪ PESSOA: quem adoece, razões pela qual adoece (Ex.: idade, pressão sanguínea, tipos de anticorpos, escolaridade, ocupação, uso de álcool.). ▪ LUGAR: características estudadas fatores climáticos, geológicos, hidrográficos, entre outros. ▪ TEMPO: identificar se ocorrem mudanças na frequência ao longo do tempo e os mecanismos dessas variações (ex.: determinadas estações do ano). INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA PESSOA: principalmente garimpeiros, operários empregados na construção de estradas, migrantes e pessoas que ocasionalmente vão pescar ou caçar. LUGAR: muito mais frequentemente na região norte. TEMPO: ano todo por causa das condições favoráveis. MAPA TRANSMISSÃO MALÁRIA NO BRASIL, 2004 Populações sob risco de contrair parasitos - Indivíduos de regiões e países subdesenvolvidos - Refugiados - Imigrantes - Visitantes de países estrangeiros - Indivíduos imunocomprometidos - Indivíduos vivendo em ambientes fechados (ex.: presídios) - Crianças que frequentam creches Modos de Transmissão de Parasitos - Ingestão de alimentos ou água contaminada (principalmente água) - Transferência mão-boca - Picadas de inseto - Entrada através de penetração cutânea (penetração ativa cutânea) - Relações sexuais desprotegidas - Contato boca-boca Saneamento básico INTRODUÇÃO CICLOS BIOLÓGICOS DOS PARASITOS Uma que envolve a rota que o parasito segue dentro ou sobre o corpo humano ➔ entendimento sobre sintomatologia e patologia, melhores métodos de diagnóstico e seleção de tratamento adequado. Outra etapa é a rota que o parasito segue independente do corpo humano ➔ entendimento da epidemiologia, prevenção e controle. DUAS ETAPAS Parasitos: ▪ Monoxênico ➔ Um hospedeiro definitivo (onde ocorre a fase adulta ou sexuada do parasito). Ex.: Àscaris lumbricoides. ▪ Heteroxênico ➔ Um hospedeiro definitivo e um ou mais intermediários (onde ocorre a fase larvária ou assexuada do parasito). Ex. Esquitossoma mansoni. INTRODUÇÃO CICLOS BIOLÓGICOS DOS PARASITOS INTRODUÇÃO PROCESSOS PATOLÓGICOS E SINAIS CLÍNICOS Assintomáticos Sintomáticos (sintomas severos que podem ocasionar morte) INTRODUÇÃO PROCESSOS PATOLÓGICOS E SINAIS CLÍNICOS ÁREAS MAIS AFETADAS Doença pode afetar todo o corpo ou qualquer umas das partes dele. Trato gastrointestinal e urogenital Sangue e tecidos Fígado, pulmão e outros órgãos principais Outras localizações: LCR, olho, pele e extremidades Bicho Geográfico INTRODUÇÃO PROCESSOS PATOLÓGICOS E SINAIS CLÍNICOS Loa loa: ▪ verme que vive nas florestas e nos pântanos da parte oeste da África. ▪ infecta humanos através de vetores (pequenos mosquitos e moscas → picam e deixam os vermes). ▪ Vermes: vivem sob a pele do seu hospedeiro, se alimentando de fluidos do corpo, quando ainda é dia (e a pessoa tem mais chances de ser mordida por um novo inseto que irá transmitir o parasita para outra vítima). De noite, ela vai para os pulmões do hospedeiro e, eventualmente, vão morar nos olhos da pessoa. Sinais clínicos associados a processos patológicos parasitários - Diarreia - Febre - Calafrios - Dor abdominal - Cólica abdominal - Aumento de áreas como seios, pernas e escroto (elefantíase) - Anemia - Deficiência de vitamina - Obstrução intestinal - Edema - Aumento dos principais órgãos - Lesões de pele - Cegueira Mais comuns INTRODUÇÃO SELEÇÃO E PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS Seleção e processamento adequados de amostras = diagnóstico correto. Variedade de amostras: ▪ Fezes. ▪ Sangue. ▪ Biópsias teciduais. ▪ LCR. ▪ Escarro. ▪ Urina e material genital. Processamento adequado INTRODUÇÃO PARASITOLOGIA Área da medicina clínica laboratorial: Exame parasitológico de amostras clínicas informam acerca do diagnóstico e tratamento da doença Informações: Monitoramento epidemiológico dos organismos, estabelecimento de mecanismos de prevenção INTRODUÇÃO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Técnicas de Diagnóstico Parasitológica PCRImunológica Busca do parasito Reação Ag-Ac Síntese RNA/ DNA CUIDADO!: ARTEFATOS INTRODUÇÃO TRATAMENTO Opções de tratamento para infecções parasitárias - Medicações antiparasitárias - Mudança na dieta - Suplemento vitamínico - Reposição de fluidos - Transfusão de sangue - Repouso INTRODUÇÃO Estratégias de prevenção e controle - Desenvolvimento e implementação de programas educacionais de conscientização sobre parasitos - Uso de inseticidas e outros produtos químicos - Uso de roupas de proteção - Uso de telas de proteção - Tratamento adequado da água - Boa higiene pessoal - Boas práticas sanitárias - Adequado manuseio, cocção e proteção de alimentos - Evitar relações sexuais sem proteção Falta de recursos financeiros para realizar as medidas necessárias em muitas regiões endêmicas. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA DINÂMICA DAS TRANSMISSÕES DE DOENÇAS Aparecimento e manutenção de uma doença: resultantes do processo de interação da tríade CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DO AGENTE CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CLASSICAÇÕES DAS DOENÇAS INFECCIOSAS Helmintos Protozoários Bactérias Vírus Forma de disseminação Ciclo dos agentes infecciosos Período de incubação Manifestações clínicas Endemia, epidemia e pandemia Imunidade de grupo INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS • Agente etiológico transmitido por uma única fonte de transmissão. Infecção pode ser resultante de exposição simples, múltiplas ou contínuas por determinado período de tempo. Ex.: água (cólera), alimentos (infecções alimentares), ar. Veículo comum: • Agente é disseminado através do contato entre indivíduos infectados e suscetíveis. Ex.: via respiratória (sarampo), oral-anal (helmintíases intestinais), genital (sífilis), vetores (leishmanioses). Propagação de pessoa para pessoa: • Agentes podem infectar o hospedeiroatravés do trato respiratório (tuberculose), gastrintestinal (cólera), geniturinário (AIDS) ou cutâneo (doença de Chagas). Porta de entrada: • Quando o homem é único reservatório (antroponose); quando o homem e outros vertebrados agem como reservatório (zoonose). Reservatórios dos agentes: FORMA DE DISSEMINAÇÃO EM POPULAÇÕES HUMANAS INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS CICLO DE AGENTES INFECCIOSOS NA NATUREZA COMPLEXIDADE DO CICLO CLASSIFICANDO AS DOENÇAS: - CICLOS SIMPLES: ▪ Homem ➔ Homem (Ex.:sarampo) - CICLOS COMPLEXOS: ▪ Homem ➔ Hospedeiro intermediário ➔ Homem (Ex.: malária) ▪ Homem ➔ Hospedeiro intermediário ➔ Homem, incluindo formas de vida livre (Ex.: esquistossomose). INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS PERÍODO DE INCUBAÇÃO DEFINIÇÃO: intervalo entre a exposição ao agente e o aparecimento da enfermidade. - As doenças infecciosas apresentam períodos específicos dependentes: ▪ Ritmo de desenvolvimento do agente. ▪ Dose do agente infeccioso. ▪ Porta de entrada. ▪ Grau de resposta imune. - Ex.: Plasmodium falciparum 12 dias, amebíase 2 a 4 semanas INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: DOENÇA CLÍNICA E SUBCLÍNICA DOENÇA CLÍNICA: Indivíduos infectados com sinais ou sintomas. DOENÇA SUBCLÍNICA: Indivíduos infectados sem sinais ou sintomas. Podem representar fase de alta transmissibilidade (Conceito da ponta do iceberg). INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA RELAÇÃO ENTRE ONÚMERO DE INDIVÍDUOS INFECTADOS E INDIVÍDUOS INFECTADOS COM E SEM SINTOMAS CLÍNICOS INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: DOENÇA CLÍNICA E SUBCLÍNICA DOENÇA SUBCLÍNICA (ou inaparente): ▪ Doença pré-clínica: não detectável inicialmente, mas que progride para forma clínica. ▪ Doença subclínica propriamente dita: permanece sem apresentar sinais e sintomas, sendo detectada somente através de exames complementares de laboratório. ▪ Doença latente: infecções nas quais o agente não se multiplica. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS ENDEMIA, EPIDEMIA E PANDEMIA ENDEMIA: presença constante de uma doença em uma população definida, em uma determinada área geográfica. As doenças parasitárias, em sua grande maioria no Brasil, se manifestam como endemias. EPIDEMIA: ocorrência de uma doença em uma população, que se caracteriza por uma elevação progressiva, inesperada e descontrolada, ultrapassando os valores endêmicos. Algumas endemias podem se manifestar em surtos epidêmicos. PANDEMIA: epidemias que ocorrem ao mesmo tempo em vários países. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS ENDEMIA, EPIDEMIA E PANDEMIA ENDEMIA X EPIDEMIA: N º d e ca so s d e d o en ça Tempo Epidemia= nº casos observados excede nº casos esperados. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS IMUNIDADE DE REBANHO (OU DE GRUPO) IMUNIDADE INDIVIDUAL: reduz probabilidade de o indivíduo desenvolver uma doença particular, quando exposto a um agente infeccioso. IMUNIDADE DE REBANHO: indica a proporção de indivíduos imunes, em uma comunidade ou grupo populacional, que diminui a probabilidade de contato entre os infectados e os suscetíveis. ▪ Age como uma barreira, dificultando a introdução e a manutenção de um agente infeccioso, embora ainda existe indivíduos suscetíveis. ▪ Aspecto importante: não é necessário imunizar 100% da população. ▪ Doença específica. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA IMUNIDADE DE REBANHO (OU DE GRUPO) INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA PREVENÇÃO DE DOENÇAS História natural de uma doença Sequência de eventos que acontecem no desenvolvimento de uma enfermidade Saúde ou suscetibilidade Fase Subclínica Fase Clínica Recuperação Incapacidade Morte APLICÃÇÕES PRÁTICAS: escolha da terapêutica e definição de medidas de prevenção e controle.
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