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Aula 2 – Manual: Cirurgias seguras salvam vidas “Cirurgias seguram salvam vidas” é uma iniciativa multifacetada, participativa, para reduzir os danos ao paciente por meio da assistência cirúrgica mais segura Todos os Estados Membros, todo hospital ou clínica no mundo e cada equipe cirúrgica são convidados a empreender o desafio que inclui 10 objetivos essenciais para a cirurgia segura, 5 dados estatístico cirúrgicos para medir o progresso e lista de verificação de segurança cirúrgica para cada procedimento cirúrgico Cinco dados sobre segurança cirúrgica Complicações pós-operatórios em pacientes internados ocorrem em até 25% dos pacientes A taxa de mortalidade relatada após cirurgia mais extensa é de 0,5-5% Em países desenvolvidos cerda de metade de todos os eventos adversos em pacientes hospitalizados estão relacionados a assistência cirúrgica Nos casos onde o processo cirúrgico levou a prejuízos, ao menos metade deles era evitável Princípios conhecidos de segurança cirúrgica são aplicados de maneira inconsistente mesmo nos cenários mais sofisticados Segurança da assistência cirúrgica Melhorar a segurança da assistência cirúrgica no mundo por meio da definição de um conjunto central de padrões de segurança que possam ser aplicados em todos os Estados-Membros da OMS 4 áreas prevenção de infecção do sítio cirúrgico, anestesiologia segura, equipes cirúrgicas eficientes e mensuração da assistência cirúrgica Dez objetivos essenciais para cirurgia segura 1) A equipe operará o paciente certo e o local certo 2) A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, enquanto protege o paciente da dor 3) A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a vida 4) A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas 5) A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente 6) A equipe usará de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção no sítio cirúrgico 7) A equipe impedirá a retenção inadvertida de instrumentais ou compressas nas feridas cirúrgicas 8) A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos 9) A equipe se comunicará efetivamente e trocará informações críticas para a condução segura da operação 10) Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos Lista de verificação para segurança cirúrgica da OMS Guiado por 3 princípios simplicidade, ampla aplicabilidade e possibilidade de mensuração Divide a cirurgia em 3 fases (entrada, pausa cirúrgica e saíde) e cada uma corresponde a um momento específico no fluxo normal de um procedimento Uma única pessoas deve ser responsável por verificar os quadros da lista e frequentemente esse coordenador da lista de verificação será um profissional de enfermagem, mas pode ser qualquer médico ou profissional da saúde que esteja participando da cirurgia coordenador da lista de verificação Em casa fase, deve ser permitido que o coordenado da lista de verificação confirme se a equipe completou suas tarefas antes que prossigam adiante Observação: com o tempo, quando as equipes cirúrgicas forem se familiarizando com as etapas da lista de verificação, podem integrar as verificações aos seus padrões de trabalho familiares e verbalizar a finalização de cada etapa sem a intervenção explícita do coordenador Cirurgia extensa incluem qualquer procedimento conduzido na sala de operações que envolva incisão, excisão, manipulação ou suturas de tecidos e que geralmente requeira anestesia regional ou geral ou sedação profunda para controle da dor Cada equipe deve procurar incorporar o uso da lista de verificação a seus trabalhos com máxima eficácia e mínima interrupção enquanto objetiva efetuar as etapas de maneira efetiva Praticamente todas as etapas serão checadas verbalmente com as pessoas adequadas para assegurar que as ações-chave foram realizadas Entrada – período anterior a indução anestésica Revisará verbalmente com o paciente (quando possível) que sua identificação tenha sido confirmada, que o procedimento e local da operação estejam corretos e que o consentimento para cirurgia tenha sido dado Confirmará visualmente que o sítio cirúrgico tenha sido demarcado (se adequado) e que um oxímetro de pulso esteja no paciente e funcionando Revisará verbalmente com o anestesiologista o risco de perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas, reação alérgica e se uma verificação completa de segurança anestésica foi concluída Observação: o ideal é que o cirurgião esteja presente para a “entrada”, porque ele pode ter uma ideia mais clara da perda sanguínea prevista, alergias ou outros fatores complicadores do paciente, mas, a presença do cirurgião não é essencial para completar essa parte da lista de verificação Pausa cirúrgica – período após a indução e antes da incisão cirúrgica Cada membro da equipe se apresentará pelo nome e função Observação: se já passaram metade do dia de cirurgias juntos, a equipe pode simplesmente confirmar se todos que estão na sala se conhecem A equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão cirúrgica para confirmar em voz alta que estão realizando a cirurgia certa no paciente certo, no sítio cirúrgico certo e então, verbalmente, revisará uns aos outros, os elementos críticos de seus planejamentos para a cirurgia, usando as questões da lista de verificação como guia Também confirmarão que os antimicrobianos profiláticos foram administrados nos últimos 60 minutos e que as imagens essenciais estão a mostra Saída – período durante ou imediatamente após o fechamento da ferida, mas anterior a remoção do paciente da sala de operação A equipe revisará em conjunto a cirurgia realizada, a conclusão da contagem de compressas, instrumentais e a identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida Revisará também qualquer mau funcionamento de equipamentos ou questões que necessitem ser resolvidas Por fim, revisará planos-chave e preocupações a respeito da abordagem pós-operatória e da recuperação antes de retirar o paciente da sala de operação Indicadores cirúrgicos
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