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NULIDADES NO PROCESSO PENAL

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NULIDADES 
 
 
I. TIPICIDADE PROCESSUAL 
 
• Os atos processuais, no processo penal, deverão ser praticados em conformidade com a Constituição 
da República e com as leis processuais penais. 
• A observância, pelas partes e pelo juiz, dos tipos (modelos) previstos na lei processual penal assegura 
à coletividade um processo penal justo, que respeita os direitos fundamentais do acusado, 
especialmente da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, LV, CF). 
• A tipicidade dos atos processuais assegura ao Estado o seu interesse na condução de um processo 
justo, sem vícios, que preserva os direitos fundamentais do acusado. 
• O exercício do poder punitivo do Estado somente será legítimo se observar as normas processuais 
penais vigentes. 
• Há necessidade de um instrumento de coerção que objetive o cumprimento do modelo típico para a 
prática dos atos processuais, sob pena de as normas processuais penais passem a funcionar como 
mera recomendação. 
• Portanto, caso sejam descumpridas as normas processuais penais (tipos processuais), os atos 
processuais (atípicos) poderão ser declarados nulos (defeituosos), gerando uma sanção processual 
denominada nulidade, não produzindo efeitos e devendo ser refeitos. 
• As regras de nulidade buscam observar o princípio do devido processo legal (art. 5º, inciso LIV, CF). 
 
II. ESPÉCIES DE ATOS PROCESSUAIS: 
 
• (1) Atos perfeitos; 
• (2) Atos meramente irregulares; 
• (3) Atos nulos; 
• (4) Atos inexistentes. 
 
1. ATOS PERFEITOS 
 
• Atos perfeitos são aqueles praticados de acordo com o modelo (tipo) previsto em lei. 
• São existentes, válidos e eficazes. 
 
2. ATOS MERAMENTE IRREGULARES 
 
• Atos meramente irregulares são aqueles dotados de irregularidades sem consequências ou com 
consequências meramente extraprocessuais. 
Ex.: Utilização de abreviatura (art. 272, §3º, CPC) ou mera menção do tipo penal imputado na citação por edital 
(Súmula 366, STJ). 
• São existentes, válidos e eficazes. 
 
3. ATOS NULOS 
 
• Nos atos nulos, a falta de adequação ao modelo típico pode acarretar a invalidação do ato processual 
(sanção processual de nulidade). 
• O ato é existente, porém inválido. 
• Todavia, o ato nulo produz efeitos até a declaração de sua nulidade. 
• A partir da declaração judicial de sua invalidade, a cessação de seus efeitos retroage ao momento da 
prática do ato. 
 
Ex.: Sentença sem fundamentação (violação ao artigo 93, inciso IX, da C.F.). Se ela determinar a prisão preventiva 
do acusado, ele será preso (o ato produzirá efeitos, com o cumprimento do mandado de prisão), até o Tribunal 
declarar sua nulidade absoluta, por falta de fundamentação, de modo que os efeitos da invalidação retroagirão ao 
momento da prolação. 
 
 
 
 
 
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4. ATOS INEXISTENTES 
 
• No ato inexistente, o vício é de tal gravidade que sequer pode ser considerado ato processual (é um 
não-ato). 
Ex.: Sentença sem dispositivo (sem conclusão) ou prolatada às 0h01 do dia da publicação da aposentadoria do juiz. 
• O ato inexistente não produz efeitos, independemente de declaração. 
• O vício que gera a inexistência do ato não se convalida nem mesmo após o trânsito em julgado. 
 
III. ESPÉCIES DE IRREGULARIDADES: 
• (1) Irregularidade sem consequências; 
• (2) Irregularidades que produzem sanções extraprocessuais; 
• (3) Irregularidades que podem acarretar a invalidação do ato processual (nulidade); 
• (4) Irregularidades que acarretam a inexistência do ato processual. 
 
1. IRREGULARIDADE SEM CONSEQUÊNCIAS 
 
• O ato processual foi praticado com violação à norma processual, mas não há nenhuma consequência 
jurídica. 
Ex.: Vedação de utilizar abreviaturas nos atos processuais. 
 
2. IRREGULARIDADES QUE PRODUZEM SANÇÕES EXTRAPROCESSUAIS 
 
• O ato processual foi praticado com violação à norma processual, mas a irregularidade não acarretará 
nulidade: apenas sanções extraprocessuais. 
Ex.: Multa aplicada ao perito que não entrega o laudo no prazo (art. 277, parágrafo único, “c”, CPP). 
 
3. IRREGULARIDADE QUE PODE ACARRETAR A INVALIDAÇÃO DO ATO PROCESSUAL (NULIDADE) 
 
• A irregularidade atenta contra o interesse público ou contra o interesse das partes, tornando o ato 
processual nulo (inválido). 
Ex.1: Sentença sem motivação (artigo 93, inciso IX, da C.F.). 
Ex.2: Oitiva de testemunha sem observar o “Exame Direto e Cruzado” (art. 212, CPP) 
 
4. IRREGULARIDADE QUE ACARRETA A INEXISTÊNCIA DO ATO PROCESSUAL 
 
• Aqui, a irregularidade é tão grave que o ato processual se torna inexistente (é um não-ato). 
Ex.1: Sentença sem dispositivo. 
Ex.2: Sentença prolatada por não-juiz (depois de promovido ou removido). 
 
IV. ACEPÇÕES DA EXPRESSÃO “NULIDADE” (POLISSEMIA) 
 
• A expressão “nulidade” compreende tanto o defeito do ato processual praticado com inobservância 
quanto a sanção processual aplicada contra o ato praticado em contrariedade às normas processuais 
penais. 
 
 
 
 
 
 
 
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1. DEFEITO DO ATO PROCESSUAL 
 
• Sob este prisma, a nulidade é a característica de ato processual defeituoso, por não ter sido praticado 
em conformidade com as normais processuais penais. 
Ex.: A decisão que decreta prisão preventiva sem fundamentação será nula (defeituosa). 
 
2. SANÇÃO PROCESSUAL 
 
• Sob esta ótica, a nulidade é a sanção processual aplicada ao ato processual defeituoso (que foi 
praticado com o descumprimento das normais processuais penais), retirando sua eficácia. 
Ex.: O juiz declarará a nulidade (sanção processual) da citação, se o oficial de justiça não ler o mandado ao 
acusado. 
 
V. ESPÉCIES DE NULIDADE 
 
1. NULIDADE ABSOLUTA 
 
1.1. CARACTERÍSTICAS 
 
• A nulidade absoluta é aquela em que há, como regra, violação a uma norma constitucional ou a uma 
norma de ordem pública. 
• Na nulidade absoluta, o prejuízo é presumido (não há necessidade de demonstrar a ocorrência do 
prejuízo). 
• A nulidade absoluta pode ser arguida a qualquer momento, inclusive após o trânsito em julgado em 
benefício do réu (via revisão criminal ou HC). 
• A nulidade absoluta não pode ser convalidada. 
• A acusação não pode arguir a nulidade absoluta após trânsito em julgado (proibição da revisão criminal 
“pro societate”). 
 
1.2. ALEGAÇÃO DA NULIDADE ABSOLUTA APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO 
 
 
 
1.3. ALEGAÇÃO DA NULIDADE ABSOLUTA NOS TRIBUNAIS SUPERIORES 
 
• Somente será possível a alegação da nulidade absoluta perante os Tribunais Superiores, em sede de 
recurso especial ou recurso extraordinário, se houver prequestionamento da matéria nos órgãos 
jurisdicionais inferiores. 
“O fato de o direito penal lidar com ‘o direito humano e fundamental à liberdade do indivíduo’ não mitiga a 
observância ao ordenamento jurídico, motivo pelo qual mesmo as matérias supostamente de ordem pública 
ou as alegadas nulidades absolutas não prescindem do devido prequestionamento e da correta observância 
ao regramento legal para serem conhecidas” (STJ. AgRg na PET no REsp 1678519/SP, Rel. Ministro REYNALDO 
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 20/02/2020). 
 
• Mesmo assim, havendo risco à liberdade de locomoção, é possível que os Tribunais Superiores não 
conheçam o recurso especial ou recurso extraordinário, mas concedam, de ofício, a ordem de habeas 
corpus. 
Art. 654, §2º, CPP: Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, 
quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal. 
 
 
 
 
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“1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados 
não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. (...) 6. Ordem de habeas 
corpus concedida de ofício para declarar extinta a punibilidade do recorrente, em razão da consumação da 
prescrição da pretensão punitiva estatal” (STF. 1ª Turma. Recurso Extraordinário 751.394/MG. Relator MIN. DIAS 
TOFFOLI, julgadoem 28/05/2013). 
 
1.4. HIPÓTESES DE NULIDADE ABSOLUTA 
 
(1) NULIDADES DO ART. 564 DO CPP INCONVALIDÁVEIS 
Art. 564, incisos I, II e III, alíneas “a”, “b”, “c”, “f”, “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “n”, “o”, “p”. 
Obs.: O rol de nulidades do artigo 564 do CPP é meramente exemplificativo. 
 
(2) VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
• A violação às normas constitucionais, ainda que não estejam previstas no artigo 564 do CPP 
(exemplificativo), importarão a nulidade absoluta do ato processual. 
(3) VIOLAÇÃO DE FORMA PRESCRITA EM LEI DE ORDEM PÚBLICA 
A violação a normas de ordem pública, ainda que não estejam previstas no artigo 564 do CPP (exemplificativo), 
importarão a nulidade absoluta do ato processual. 
 
2. NULIDADE RELATIVA 
 
2.1. CARACTERÍSTICAS 
 
• A nulidade relativa é aquela em que há, como regra, violação a uma norma infraconstitucional ou a 
uma norma de interesse preponderante das partes. 
• Na nulidade relativa, o prejuízo suportado pela parte deve ser comprovado. 
• As nulidades relativas só podem ser arguidas oportunamente (nos prazos do artigo 571, do CPP), sob 
pena de preclusão e consequente convalidação da nulidade. 
Ex.: A incompetência territorial (competência relativa) deverá ser alegada pela Defesa na resposta à acusação 
(art. 396-A, CPP), sob pena de preclusão. Assim, caso não alegada nesta peça, haverá a prorrogação da 
competência, com a convalidação de uma nulidade relativa. 
 
2.2. HIPÓTESES 
 
• (1) NULIDADES DO ART. 564 DO CPP CONVALIDÁVEIS 
Artigo 564, III, “d”, “e”, segunda parte, ”g” e ”h”, e IV. 
* Art. 572, CPP: As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas 
(se podem ser sanadas, são, logicamente, relativas). 
 
• (2) VIOLAÇÃO DE FORMA PRESCRITA EM LEI CUJO INTERESSE SEJA DA PARTE 
A violação a normas cujo interesse seja preponderantemente das partes, ainda que não estejam previstas no 
artigo 564 do CPP (exemplificativo), importarão a nulidade relativa do ato processual. 
Ex.: Súmula 155, STF: “É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de 
precatória para inquirição de testemunha”. 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 523, STF – “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só 
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”. 
 
 
 
2.3. MOMENTO PARA ALEGAÇÃO 
 
• A nulidade relativa deverá ser alegada no momento oportuno, previsto no artigo 571, do CPP, sob pena 
de convalidação. 
Art. 572, inciso I, CPP: As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV (relativas), 
considerar-se-ão sanadas: se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo 
anterior (art. 571, CPP); 
• A redação do artigo 571, do CPP, é original de 1.941, portanto, há alguns dispositivos legais ali 
mencionados (v.g. artigo 500, do CPP, que previa as alegações finais no antigo procedimento 
ordinário) que foram alterados na Reforma Processual Penal de 2008 (Leis 11.689/08 e 11.719/08) e, 
hoje, não encontram mais correspondência legal. 
• Por isso, há necessidade de se realizar uma interpretação em cotejo com as leis posteriores que 
alteraram os procedimentos. 
 
Art. 571, CPP: As nulidades (relativas) deverão ser argüidas: 
I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art. 406 
(alegações finais do júri – hoje, art. 411, §4º, CPP); 
Ex.: Juiz não intimou a Defesa da expedição de carta precatória para ouvir testemunha em outra comarca 
(Súmula 155, STF e Súmula 273, STJ). 
 
 
 
 
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II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais, salvo os 
dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500 (alegações orais [art. 403, 
“caput”, CPP]ou memoriais escritos [art. 403, §3º, CPP]); 
Ex.: O juiz não oportuniza a defesa preliminar (art. 514, CPP), em procedimento de crime funcionais, quando 
o processo foi instruído com inquérito policial (Súmula 330, STJ). 
 
V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes 
(art. 447); 
Ex.: Juiz não intimou testemunha arrolada, em caráter de imprescindibilidade, pela Defesa, na fase do art. 422, 
do CPP. 
 
VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de 
Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500 (alegações finais); 
 
VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de anunciado 
o julgamento do recurso e apregoadas as partes; 
Ex.: Intimação da sentença do réu preso por edital (artigo 392, inciso I, do CPP). 
 
VIII - as do julgamento em plenário (júri), em audiência (audiência de instrução) ou em sessão do tribunal 
(v.g. TJSP), logo depois de ocorrerem. 
Ex.1: Falar do uso de algemas como de argumento de autoridade para prejudicar o réu (mandar constar em 
ata). 
Ex.2: Juiz perguntou diretamente à testemunha (desrespeitando o artigo 212, CPP – exame direto e cruzado). 
 
2.4. CONVALIDAÇÃO DAS NULIDADES RELATIVAS 
 
Art. 572, CPP: As nulidades previstas no art. 564, III, d e e, segunda parte, g e h, e IV (relativas), considerar-se-
ão sanadas: 
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior (v.g., a defesa não 
alega oportunamente a incompetência em razão da prevenção – [Súmula 706, STF: “É relativa a nulidade 
decorrente da inobservância da competência penal por prevenção”]); 
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim (v.g., o juiz começa perguntando às 
testemunhas, violando o sistema do exame direto e cruzado – art. 212, CPP); 
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos (v.g., acusado não destitui defensor, que é 
seu amigo pessoal, apesar da atuação deficiente [Súmula 523, STF – “No processo penal, a falta da defesa 
constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”]). 
 
VI. RECONHECIMENTO DAS NULIDADES 
 
1. PRIMEIRA INSTÂNCIA 
 
1.1. O JUIZ PODE RECONHECER NULIDADES ABSOLUTAS E RELATIVAS DE OFÍCIO 
 
• Em primeira instância, as nulidades absolutas e relativas podem ser reconhecidas pelo juiz de ofício 
ou após provocação. 
Art. 251, CPP: Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos 
atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública. 
Art. 423, inciso I, CPP: (...) o juiz presidente: ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade 
(...). 
 
1.2. O JUIZ PODE RECONHECER INCOMPETÊNCIA RELATIVA DE OFÍCIO? 
 
1ª Corrente: NÃO 
• Súmula 33, STJ: “A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício”. 
É assente neste Sodalício Superior o entendimento de que "a competência territorial é matéria que gera 
nulidade relativa, não devendo ser reconhecida de ofício, mas arguida em momento oportuno, por meio de 
exceção de incompetência do Juízo, ou seja, no prazo de defesa", sendo que "tratando-se de incompetência 
 
 
 
 
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relativa, não tendo a defesa oposto a devida exceção, no prazo legal, resta operada a preclusão, prorrogando-
se a competência firmada". (STJ. HC 51.101/GO, Rel. Min. GILSON DIPP). 
 
2ª Corrente: SIM 
• A incompetência relativa sempre pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. 
Art. 109, CPP: Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne incompetente, declará-lo-
á nos autos, haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na forma do artigo anterior. 
• O artigo 109, CPP não distingue se a incompetência é absoluta ou relativa. 
• A Súmula 33, STJ, refere-se à competência relativa apenas no processo civil. 
 
2. SEGUNDA INSTÂNCIA 
 
• É possível o reconhecimento de nulidades, observados os princípios da non reformatio in pejus indireta 
e da reformatio in mellius. 
Súmula 160, STF: É nula a decisão do tribunalque acolhe, contra o réu, nulidade não argüida no recurso da 
acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício. 
 
Conclusões: 
▪ (1) Acusação recorre arguindo nulidade contra o réu: O Tribunal pode reconhecer nulidade contra o 
réu. 
▪ (2) Acusação recorre apenas do mérito: O Tribunal não pode reconhecer nulidade contra o réu. 
▪ (3) Recurso exclusivo da defesa: O Tribunal pode reconhecer nulidade em favor do réu, ainda que 
não haja alegação (princípio da reformatio in mellius). 
▪ (4) Recurso de ofício: O Tribunal pode reconhecer qualquer nulidade, inclusive contra o acusado. 
 
VII. PRINCÍPIOS 
 
1. PRINCÍPIO DA TIPICIDADE DAS FORMAS 
 
• O ato processual tem sua forma prevista em lei, cuja inobservância pode acarretar a nulidade. 
• Todavia, o Princípio da Tipicidade das Formas tem sido mitigado pelo Princípio da Instrumentalidade 
das Formas. 
 
2. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS 
 
• A existência do modelo típico não é um fim em si mesmo. 
• Se o ato processual, apesar de viciado, atinge sua finalidade, a nulidade não deve ser reconhecida. 
Ex.: Falta ou nulidade de citação se o acusado comparecer (a finalidade de dar ciência da ação penal e chamar 
ao processo para se defender foi atingida). 
Art. 570, CPP: A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o 
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argüi-la. O juiz 
ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar 
direito da parte. 
 
3. PRINCÍPIO DO PREJUÍZO 
 
• Não há nulidade sem prejuízo (pas de nullité sans grief) 
• Somente a atipicidade processual relevante, capaz de produzir prejuízo às partes, pode invalidar o 
ato. 
• O princípio se aplica tanto às nulidades relativas, quanto às nulidades absolutas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 563, CPP: Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para 
a defesa. 
 
Art. 566, CPP: Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa. 
Ex.: Inversão da ordem de oitiva das testemunhas de acusação e de defesa. 
 
4. PRINCÍPIO DA EFICÁCIA DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
• O ato judicial nulo permanece produzindo efeitos enquanto não for declarada judicialmente a sua 
nulidade. 
Ex.: Se um acusado for condenado sem defesa técnica, enquanto o Tribunal não declarar a nulidade absoluta 
do processo, ele estará sujeito aos efeitos da condenação, como o recolhimento à prisão. 
 
5. PRINCÍPIO DA RESTRIÇÃO PROCESSUAL À DECRETAÇÃO DA INEFICÁCIA 
 
• A invalidação do ato processual só pode ser decretada se houver instrumento processual adequado e 
se o momento ainda for oportuno. 
• Como a nulidade dos atos processuais não é automática (princípio da eficácia dos atos processuais), 
ainda que o ato tenha sido praticado em desconformidade com o modelo típico, esse vício somente 
poderá ser reconhecido se houver instrumento processual idôneo, a ser manejado em momento 
oportuno, para o seu reconhecimento judicial. 
Ex.1: Em caso de condenação por juízo absolutamente incompetente que transite em julgado: 
▪ Havendo risco à liberdade de locomoção (v.g. pena privativa de liberdade), o acusado poderá alegar 
a nulidade absoluta do feito em habeas corpus; 
▪ Não havendo risco à liberdade ambulatória (v.g. pena pecuniária), o acusado poderá alegar a nulidade 
absoluta do feito em revisão criminal; 
Ex.2: A nulidade absoluta não poderá ser alegada após o trânsito em julgado, quando prejudicar a acusação 
(vedação da revisão criminal “pro societate”). 
 
6. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE (PRINCÍPIO DA CONSEQUENCIALIDADE) 
 
• Uma vez declarada a nulidade de um ato processual, os atos que dele dependam (ou dele sejam 
consequência) também devem ser anulados. 
Art. 573, §1º, CPP: A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente 
dependam ou sejam consequência. 
Art. 573, §2º, CPP: O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. 
Ex.: Reconhecida a nulidade da citação na sentença, toda a instrução processual deverá ser declarada nula, 
como consequência lógica da invalidação do ato processual antecedente. 
 
7. PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
• O ato processual que não depende do ato anterior declarado nulo, conserva-se válido. 
Art. 281, CPC: Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, 
a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. 
Ex.: A declaração de nulidade da tomada de depoimento das testemunhas diretamente pelo juiz (violação ao 
artigo 212, do CPP) não anula as declarações do ofendido, tomadas anteriormente pelo magistrado. 
 
8. PRINCÍPIO DO INTERESSE 
 
• Ninguém pode arguir nulidade referente a formalidade que só interesse à parte contrária. 
Art. 565, CPP: Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, 
ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. 
Ex.: O advogado não pode ver reconhecida a nulidade em razão da ausência do promotor à audiência de instrução. 
• Todavia, esse princípio não se aplica à nulidade absoluta (qualquer parte pode alegar ou o juiz, 
reconjecer de ofício). 
 
 
 
 
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• Igualmente, o princípio não se aplica ao Ministério Público, que pode alegar nulidade relativa em favor 
do acusado, porquanto não lhe interessa a condenação de inocente (função constitucional de defesa 
da ordem jurídica – art. 127, “caput”, da C.F.). 
• Portanto, o princípio do interesse apenas se aplica à impossibilidade de a defesa alegar nulidades 
relativas que interessem tão somente à acusação. 
 
9. PRINCÍPIO DA LEALDADE 
 
• Ninguém pode arguir nulidade a que tenha dado causa. 
• A parte não poderá dar causa à prática de atos processuais defeituosos para, em caso de decisão que 
lhe seja desfavorável, alegar, posteriormente, que a sua falta deve invalidar o processo. 
Ex.: Promotor não pode ver reconhecida nulidade em razão de sua própria ausência à audiência de instrução. 
Art. 565, CPP: Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha 
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. 
 
VIII. ROL DAS NULIDADES – ARTIGO 564, CPP 
 
Art. 564, CPP: A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
 I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz (absoluta); 
▪ Incompetência: 
 
Art. 567, CPP: A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for 
declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. 
• Incompetência absoluta: nulidade absoluta; 
• Incompetência relativa: nulidade relativa. 
▪ Suspeição: nulidade absoluta. 
• Impedimento: inexistência. 
 
Art. 252, CPP: O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que (...). 
▪ Suborno (corrupção passiva, concussão ou prevaricação): nulidade absoluta. 
 
Art. 564, CPP: A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
 II - por ilegitimidade de parte (absoluta); 
• Ação penal pública: Ministério Público; 
• Ação penal privada: querelante. 
 
 III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de 
prisão em flagrante (absoluta); 
• Falta de denúncia ou de queixa: nulidade absoluta; 
• Falta de representação, na ação penal pública condicionada: nulidade absoluta; 
• Falta de portaria ou de auto de prisão em flagrante, nas contravenções penais? 
Art. 26, CPP: A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio 
de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. 
Procedimento judicialiforme: não foi recepcionado pela Constituição Federal (art. 129, I) 
 
b) o examedo corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167 (absoluta); 
• Nos crimes não transeuntes, a falta de exame de corpo de delito acarreta a nulidade absoluta do 
processo, exceto se houver prova testemunhal que supra a sua ausência. 
Art. 158, CPP: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Art. 167, CPP: Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a 
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
 
 
 
 
 
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c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos 
(absoluta); 
• Falta de nomeação de defensor ao acusado: nulidade absoluta. 
Art. 261, CPP: Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. 
Súmula 523, STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta (...) 
• Falta de nomeação de curador ao menor de 21 anos: derrogação pelo CC/2002. 
Art. 5º, “caput”, CC: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática 
de todos os atos da vida civil. 
 
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada (ação penal pública) e 
nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública (ação penal privada subsidiária 
da pública) – (relativa); 
• Falta de intervenção do MP na ação penal pública: nulidade absoluta (doutrina); 
• Falta de intervenção do MP na ação penal privada subsidiária da pública: nulidade relativa; 
 
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente (absoluta), e os prazos 
concedidos à acusação e à defesa (relativa); 
• Falta de citação: nulidade absoluta; 
• Falta de interrogatório, quando presente: nulidade absoluta; 
• Falta de interrogatório, quando revel: ato válido. 
• Não concessão de prazos à acusação e à defesa (ou reduzi-los): nulidade relativa. 
 
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos 
perante o Tribunal do Júri; (absoluta); 
• Falta de decisão interlocutória mista não terminativa de pronúncia: nulidade absoluta; 
• Libelo: peça processual privativa do MP que continha a acusação que seria apresentada em 
plenário, abolida com a Lei 11.689/08. 
 
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o 
julgamento à revelia (relativa); 
• O acusado preso sempre deverá ser intimado pessoalmente; 
• O acusado solto, se intimado e não comparecer, poderá ser julgado à revelia. 
Art. 457, “caput”, CPP: O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, (...) que tiver 
sido regularmente intimado. 
Art. 420, p. ú., CPP: Será intimado (da pronúncia) por edital o acusado solto que não for encontrado. 
 
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei 
(relativa); 
• Com a extinção do libelo (2008), as testemunhas das partes são arroladas na fase do art. 422, CPP. 
 
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri (absoluta); 
• A falta de 15 jurados (estouro de urna) implica o desmembramento do processo para que cada 
acusado seja julgado separadamente em nova data (art. 464. CPP). 
 
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade (absoluta); 
• Falta de sorteio dos jurados no número legal (7): nulidade absoluta; 
• Falta de incomunicabilidade dos jurados (conversarem sobre o fato): nulidade absoluta. 
 
k) os quesitos e as respectivas respostas (absoluta); 
• Falta de um dos quesitos obrigatórios: nulidade absoluta; 
• Falta de votação de qualquer dos quesitos: nulidade absoluta; 
 
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento (absoluta); 
• Falta de Ministério Público e de defesa técnica no plenário do júri: nulidade absoluta. 
 
 
 
 
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m) a sentença (absoluta); 
• Falta de sentença: nulidade absoluta; 
• Falta de relatório: nulidade relativa, exceto no JECRIM (o relatório é dispensado). 
• Falta de fundamentação: nulidade absoluta (violação ao art. 93, IX, CF); 
• Falta de dispositivo: ato inexistente; 
 
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido (absoluta); 
 
Súmula 423, STF: Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso "ex-oficio", que se considera 
interposto "ex-lege". 
▪ HIPÓTESES DE REEXAME NECESSÁRIO: 
• (1) Sentença que concede habeas corpus 
• (2) Decisão que concede reabilitação 
• (3) Absolvição em Crime contra a Economia Popular ou Crime contra a Saúde Pública 
• (4) Arquivamento do Inquérito em Crime contra a Economia Popular ou Crime contra a Saúde Pública 
• (5) Sentença que concede o Mandado de Segurança 
 
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso 
(absoluta); 
• Réu preso: a intimação da sentença será pessoal; 
• Réu solto em lugar certo com defensor dativo : a intimação da sentença será pessoal; 
• Réu solto em lugar certo com defensor constituído: a intimação da sentença será pessoal ou na pessoa 
do defensor constituído; 
• Réu solto em lugar incerto com defensor dativo: intimação por edital. 
• Réu solto e defensor constituído (ambos) em lugar incerto: intimação por edital. 
 
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento (absoluta); 
• O julgamento de tribunal com falta de quórum importa nulidade absoluta. 
 
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato (relativa); 
• Se a formalidade omitida viola interesse público: nulidade absoluta; 
Ex.: Sentença sem fundamentação (violação à Constituição – art. 93, inciso IX) 
• Se a formalidade omitida viola interesse da parte: nulidade relativa; 
Ex.: Falta de intimação das partes da expedição da carta precatória para ouvir testemunha; 
Súmula 155, STF: É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória 
para inquirição de testemunha. 
• Se a formalidade omitida é tão grave que acarreta a inexistência do ato: ato inexistente. 
Ex.: Sentença sem assinatura. 
Art. 381, inciso VI, CPP: A sentença conterá: a data e a assinatura do juiz. 
 
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação (Lei 13.964/19) – absoluta. 
• A decisão judicial sem fundamentação estará maculada de nulidade absoluta. 
 
 
 
 
 
 
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