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Uninassau-Processo Penal 3

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PROCESSO PENAL III
EMENTA
I – NULIDADES
II – RECURSOS CRIMINAIS
III – AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
LIVROS
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. 
ALENCAR, Rosmar Rodrigues; Curso de Direito Processual Penal. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 
LIMA, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal comentado. 
SITES JURÍDICOS
www.dizerodireito.com 
www.stf.jus.br
www.stj.jus.br 
www.conjur.com.br 
www.planalto.gov.br 
www.lexml.gov.br 
I. NULIDADES
Conceito
“Nulidades são vícios que contaminam determinados atos processuais, praticados sem observância da forma prevista em lei, podendo levar à sua inutilidade e consequente renovação”. (NUCCI)
Eventuais vícios existentes no inquérito policial, não contaminam a futura ação penal  justamente pelo fato de que nulidade só incide em ato praticado durante o processo. Aquela “prova” deve apenas ser considerada sem efeito. 
O reconhecimento da nulidade de qualquer ato processual depende sempre de um provimento judicial, não decorrendo automaticamente da lei. (DPE-RO/2013)
A) Inexistência (ato inexistente)
o ato não existe, não podendo ser válido e eficaz. 
é o maior e mais grave de todos os vícios, sendo desnecessário o pronunciamento judicial para ser declarado. 
Ex: Denúncia subscrita por estagiário do MP; Sentença proferida por juiz impedido; Habeas corpus apócrifo (sem assinatura) 
B) Nulidade absoluta (Ato absolutamente nulo) 
o ato existe, mas não é válido e não é eficaz. Em tese, não seria passível de saneamento ou convalidação. 
atinge normas de ordem pública, ou seja, aquelas que são tratadas diretamente ou indiretamente pela Constituição, possuindo mácula insanável. 
 exige pronunciamento judicial. Não há preclusão, não podendo ser a mácula convalidada
poderá ser reconhecida de ofício pelo juiz.
Ex: Interrogatório judicial do réu sem a presença do advogado; Sentença proferida por juiz suspeito; Incompetência do juízo em razão da matéria ou em razão da pessoa 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS VÍCIOS QUE PODEM ATINGIR O ATO JURÍDICO 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS VÍCIOS QUE PODEM ATINGIR O ATO JURÍDICO 
C) Nulidade relativa (Ato relativamente nulo) 
atinge norma que não tutela interesse público, mas sim o interesse particular da parte. 
exige pronunciamento judicial que decrete a nulidade (e não declare), exigindo esta decretação a comprovação de prejuízo. 
deverá ser arguida tempestivamente, pois, caso não haja esta arguição, haverá preclusão e convalidação da mácula. 
não pode ser conhecida de ofício pelo juiz 
Ex: Incompetência do juízo em razão do lugar (incompetência territorial); Ausência de intimação do réu para audiência de oitiva de testemunhas, quando presente o seu advogado constituído, mas o réu não foi notificado 
D) Irregularidades (Ato meramente irregular) 
o ato existe, é válido e é eficaz. 
Irregularidade é o menor dos vícios. A lei não comina qualquer sanção para o ato irregular.
Ex: MP oferece denúncia sem o rol de testemunhas; Inobservância das formalidades quanto ao reconhecimento de pessoas; Falta de pedido de citação ou de condenação na denúncia 
	NULIDADES ABSOLUTAS	NULIDADES RELATIVAS
	Violam normas constitucionais (atipicidade constitucional)	Violam normas procedimentais
	Podem ser decretadas de ofício pelo juiz ou a requerimento das partes	Não podem ser decretadas de ofício pelo juiz, só a requerimento das partes
	Podem ser reconhecidas a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição	Devem ser arguidas pelas partes no momento oportuno
	Não precluem nem convalidam	Precluem e convalidam se não forem arguidas no momento oportuno
	Independem da demonstração de prejuízo (Cuidado: o STF exige- INFO 747)	Dependem da demonstração de prejuízo
4. PRINCÍPIOS QUE INFORMAM AS NULIDADES
Princípio do prejuízo (Art. 563, CPP)  “nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar PREJUÍZO para a acusação ou defesa”. Decorrência da aplicação do princípio da instrumentalidade (pas de nullité sans grief), que reza que a forma do ato não é um fim em si mesmo. (DPC-SP/2014)
Princípio da causalidade (Art. 573, §1º, CPP)  a nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência. 
Princípio do interesse (Art. 565, CPP)  “nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse”. Protege-se a ética na produção da prova, afastando-se a má-fé (ninguém pode se beneficiar da própria torpeza). Tu quoque no processo penal (“até tu, Brutus, meu filho?” Júlio Cesar “tu quoque, Brute, fili mi?”). Segundo o STJ (HC, 129204) é a venire contra factum proprium no processo penal. 
Princípio da convalidação - As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior; II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
5. NULIDADES EM ESPÉCIE, SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DO CPP 
Nulidade por incompetência do juiz (564, I):
A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios (567, 1ª parte). Apesar da disposição legal, em se tratando de incompetência absoluta (ratione materiae e ratione personae), a nulidade pode ser alegada a qualquer momento e anula o processo desde o início. 
Já a incompetência, sendo relativa (em razão do local), não tendo havido a sua arguição por meio de exceção no prazo da defesa prévia, ocorre a preclusão da matéria(art. 108 do CPP).
.”
Nulidade por suspeição do juiz (564, I):
A suspeição do juiz torna absolutamente nulos os atos por ele praticados, não incidindo os arts. 566 e 567. As causas de suspeição estão contidas no art. 254 do CPP.
Nulidade por suborno do juiz (564, I): O suborno diz respeito à infidelidade do juiz no processo.
Ilegitimidade de parte (564, II):
É absoluta quando se trata de ilegitimidade ad causam.
Sendo ad processum, a ilegitimidade pode ser sanada por ratificação (art. 568). Logo, é relativa.
Nulidade por falta de fórmulas ou termos do processo (564, III): A palavra fórmula está empregada como regra e a termo, como ato.
a) Ausência de denúncia, de queixa ou de representação.
A ausência da portaria ou do auto de prisão em flagrante, a que se refere a alínea “a” do inciso III, não mais acarreta a nulidade, pois, com a Constituição de 1988, todo e qualquer processo só pode ter início com a provocação por meio de denúncia ou queixa.
b) Ausência do exame de corpo de delito: Nos crimes que deixam vestígios (delicta factis permanentis), ressalvada a hipótese de prova indireta (art. 167 do CPP), mediante prova testemunhal. Relativa a nulidade no caso de não obedecer o procedimento adequado do exame.
OBS: perito não oficial – sumula 361 STF
c) Ausência de nomeação de defensor
Ausência de nomeação de defensor ao réu (art. 261 CPP) presente e de curador ao menor de 21 anos. Quanto à ausência de nomeação de curador ao menor de idade, o enunciado da súmula 352 do STF esvaziou esse comando normativo. Merece registro, aqui, a Súmula 523 do STF: “No Processo Penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”.
d) Intervenção do Ministério Público: Ausência de intervenção do Ministério Público em todos os atos. No processo penal, diferentemente do processo civil, na audiência devem estar presentes, sempre, o representante do Ministério Público e o advogado, o defensor dativo ou ad hoc do acusado. Nulidade depende da ação penal. Se for pública incondicionada será absoluta.
e) Ausência de Citação, interrogatório e de concessão de prazos.
Ausência de citação do réu para ver-se processar, do seu interrogatório, quando possível realizá-lo, e dos prazos para o autor e o réu. Sanciona-se, aqui, a quebra dos princípios da ampla defesa e do contraditório.Obs: artigo 570 cpp.
Obs2: STJ 6° TURMA, HC 82661 – NOVA DESIGNAÇÃO DO INTERROGATÓRIO
f) Decisão de pronúncia
A ausência da decisão de pronúncia, do libelo (não existe lei 11689/08) e a entrega de sua cópia ao acusado. Caso a pronúncia não tipifique a conduta do acusado, também se entende que há nulidade, o mesmo ocorrendo quando ela ingressa no mérito.
g) intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo tribunal do júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia.
Nulidade Relativa.
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei.
Nulidade relativa.
i) quorum mínimo dos jurados. 
Têm de comparecer, no entanto, no mínimo, dos vinte e cinco jurados, quinze, sob pena de adiamento da audiência. Se, ainda assim, o julgamento for realizado, ocorre a nulidade absoluta. (Recusas motivadas e imotivadas) 
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade. O número legal do conselho de sentença é de sete pessoas. Não pode ser mais, nem menos. 
Obs: sumula 206 do stf – jurado participando de dois julgamentos.
k) Quesitos e as respostas. Os quesitos devem constar do processo, formulados em proposições simples, a fim de que os jurados compreendam o conteúdo (súmula 156 do STF). As respostas também devem constar do processo, para se saber, realmente, o que decidiu o conselho de sentença. Art. 483 CPP. A inversão da ordem também provoca nulidade absoluta. (súmula 162 do STF).
l) Falta da acusação e a defesa, na sessão do julgamento.
Observe-se que o dispositivo se refere à sessão do julgamento, tratando, portanto, especificamente do Tribunal do Júri. Em se tratando da acusação, o que não se admite é a ausência física do representante do Ministério Público. De outro lado, quanto à defesa, o preceito torna cogente não só a presença física do advogado, como também que ele seja, em essência, defendido. (Sumula 523 do STF) (art. 497, V). 
M) ausência da sentença. Tourinho Filho diz que a lei se refere, nesse caso, à inexistência jurídica, o que equivale à própria inexistência material.
Relatório? – jec artigo 38, lei 9.099
Fundamentação?
Dispositivo.
n) recurso de ofício. Não ocorre nulidade para o processo a sua ausência, pois a única consequência e impedir a constituição da coisa julgada.
O) intimação das sentenças e despachos dos quais caiba recurso. (Fere contraditório e ampla defesa. Art. 370,§1° e Sumula 155 STF.
p) ausência de quorum legal dos tribunais. Aberta qualquer sessão de julgamento, a primeira verificação a ser feita, pelo presidente, é quanto à existência do mínimo legal dos membros. 
AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO.
As ações autônomas de impugnação são medidas cabíveis contra decisões criminais condenatórias já com transito em julgado (diferente dos recursos, que só pode ser interpostos se a decisão ainda não transitou em julgado), ou contra as decisões que tenham previsão de recurso. São três as espécies de ações autônomas de impugnação: revisão criminal, habeas corpus e mandado de segurança em matéria criminal.
HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS.
Conceito: Trata-se de uma ação autônoma de impugnação, prevista na CF, que objetiva preservar ou restabelecer a liberdade de locomoção ilegalmente violada ou ameaçada.
Art. 5º, LXVIII, CF: conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder
Art. 647 CPP: Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
HABEAS CORPUS
PRINCÍPIOS.
CELERIDADE – NÃO PRECISA DE ADVOGADO
GRATUIDADE – O IMPETRANTE NÃO PRECISA RECOLHER CUSTAS
INFORMALIDADE – NÃO EXISTE UMA FORMA ESPECÍFICA PREVISTA EM LEI
Art. 648 CPP: A coação considerar-se-á ilegal: 
I - quando não houver justa causa; 
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
HABEAS CORPUS
SÓ CABE HABEAS CORPOS QUANDO A PENA FOR PRIVATIVA DE LIBERDADE.
SUMULA 693 STF. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 
HABEAS CORPUS
Legitimidade:
Art. 654 CPP: O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
Paciente: quem sofreu ou esta ameaçado de sofrer constrangimento a sua liberdade de locomoção.
Obs: pessoa jurídica não pode ser paciente. HC é para proteção da liberdade física individual, mesmo no caso de crime ambiental
Impetrante: é aquele que exerce o direito de ação. Provoca o juiz. 
Não precisa ser advogado. Pode ser qualquer pessoa, inclusive menor de idade, ainda que não assistido, em favor próprio ou de terceiro.
COMPETÊNCIA.
 - O poder judiciário é competente para analisar apreciação do Habeas Corpos.
HABEAS CORPUS
HC
repressivo ou liberatório (art. 660 CPP - prazo 24h)
HC preventivo (art. 660, §4º,CPP)
REVISÃO CRIMINAL
Conceito: É a modalidade de ação impugnativa que tem por objetivo a desconstituição da decisão judicial de caráter condenatória, após o seu trânsito em julgado, conforme expressa previsão do artigo 621, e seguintes, do Código de Processo Penal.
PRESSUPOSTOS.
Existência de sentença condenatória ou absolutória imprópria.
Trânsito em Julgado – artigo 625, paragrafo 1° do cpp.
Demonstração de erro do judiciário.
PEDIDOS – artigo 626, caput.
Absolvição
Alteração da classificação do delito.
Modificação da pena.
Anulação do processo.
Indenização? Artigo 630, cpp - EXPRESSA
Legitimidade Art. 623 CPP
RÉU
PROCURADOR
CCADI
HIPÓTESES DE CABIMENTO (rol taxativo)
Art. 621: A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5º, LXIX, CF: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
MANDADO DE SEGURANÇA
CONSIDERAÇÕES GERAIS: embora seja uma ação constitucional de natureza civil, pode ser utilizado, em determinadas hipóteses, contra ato jurisdicional penal.
Está disciplinado pela lei 12.016/09 e pelo artigo 5º, LXIX da C.F.
Na área criminal é utilizado para impugnar atos jurisdicionais (Despacho, Decisões, Sentenças, Acórdãos)
É uma Garantia contra as arbitrariedades do Estado.
Segue alguns exemplos de cabimento de Mandado de Segurança em matéria criminal:
1) para garantir o direito vista dos autos fora do cartório;
2) para garantir o direito de o advogado conversar com seu cliente preso
3) para o advogado ser admitido como assistente de acusação;
 4) contra apreensão de objetos para instruir a ação penal;
5) para obter efeito suspensivo ao recurso de agravo em execução, ao recurso em sentido estrito, bem como todo recurso que não possui efeito suspensivo;
 6) para se obter a restituição de coisas apreendidas;
7) contra a decisão que denegou a produção antecipada de prova material considerada urgente, na forma do art. 366 do Código de Processo Penal;
- LEGITIMIDADE: 
- Ativa – o titular do direito líquido e certo violado ou ameaçado, havendo necessidadede o impetrante fazer representar-se por advogado habilitado; o promotor de justiça é parte legítima para impetrá-lo contra ato jurisdicional, inclusive perante os tribunais.
	
Passiva – autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
		Logo, sempre será, indiretamente, o Estado.
		Se o M.P. entrar com o M.S. é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo. 
CABIMENTO: Quando Direito incontestável é ameaçado ou violado por Autoridade.
 	Direito incontestável é aquele isento de dúvidas, seja pelas provas trazidas na petição ou pela desnecessidade das provas.
	As provas devem ser apresentadas na Petição Inicial.
REQUISITOS: Para se valer do M.S. é preciso:
1. Ato Manifestamente ilegal ou Mediante abuso de poder;
2. Direito líquido e certo não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data;
	Cabimento residual.
3. Impossibilidade de reparação do dano por meio de recurso ordinário.
 OBS : Súmula 267 do STF - Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição
Quando não cabe Mandado de Segurança Criminal?
Art. 5º da Lei 12016/09
- Ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo.
- Decisão Judicial que caiba recurso com efeito suspensivo.
- Decisão judicial transitada em julgado.
COMPETÊNCIA: é definida de acordo com a categoria da autoridade coatora, bem assim em razão de sua sede funcional; no caso do MS voltar-se contra decisão judicial, competente será o tribunal incumbido de julgar os recursos relativos à causa; a competência para julgar os MS contra ato jurisdicional do Juizado Especial Criminal é do tribunal de 2ª instância e não da turma recursal.
PRAZO PARA IMPETRAÇÃO: 120 dias (Art. 23 da lei 12016/09), a contar da cientificação acerca do teor do ato impugnado (exclui o dia inicial); ele é decadencial, insusceptível de interrupção ou suspenção.

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