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2ª semana de desenvolvimento

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Pedro Filipe Silva - XXXV 
2ª Semana de desenvolvimento
❖ O que vai acontecer 
➢ Formação do disco embrionário bilaminar – Epiblasto e Hipoblasto 
➢ Cavidade blastocística – Continua se desenvolvendo e passa a se 
chamar cavidade exocelômica 
➢ Estruturas que se formam na 2ª Semana de gestação 
▪ Cavidade amniótica 
▪ Saco vitelino (Vesícula umbilical) 
▪ Pedículo do embrião 
▪ Saco coriônico 
❖ Término da implantação do blastocisto – 6 a 10 dias pós-fecundação 
➢ Sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endometrial enquanto o 
blastocisto vai se incorporando ao endométrio 
▪ Células endometriais são deslocadas pelo Sinciciotrofoblasto e 
sofrem apoptose → facilita a invasão do endométrio 
▪ Sinciciotrofoblasto produz enzimas proteolíticas → facilita invasão 
➢ Células do tecido conjuntivo ao redor do local da implantação 
acumulam glicogênio e lipídios e assumem um aspecto poliédrico 
▪ Células deciduais – São algumas das células do estroma (T. Conj.) 
• Se degeneram nas proximidades do Sinciciotrofoblasto invasor 
• Sinciciotrofoblasto engloba elas pois servem como nutrição 
➢ Sinciciotrofoblasto produz hCG – Gonadotrofina coriônica humana 
▪ Função – Manter atividade endócrina do corpo durante a gravidez 
• Corpo lúteo → Progesterona + Estrógeno → Mantém gestação 
▪ Esse hormônio entra no sangue materno através das lacunas 
(cavidades ocas do sinciciotrofoblasto) – [IMG 9 dias] 
▪ Dosagem de hCG – Persiste titulável até 15 dias após morte 
intrauterina, ou depois de um parto pois possui baixo metabolismo 
• Final da 2ª semana – Sinciciotrofoblasto produz uma quantidade 
de hCG suficiente para ser detectado no teste de gravidez 
• 4ª Semana – 1000 mUI/ml 
• 5ª Semana – 3000 mUI/ml 
• 6ª Semana – 6000 mUI/ml 
• 7ª Semana – 20000 mUI/ml 
❖ Formação da cavidade amniótica – [9 dias] 
➢ Amnioblastos – (ou células amniogênicas); Formam a bolsa amniótica 
▪ Células da cavidade amniótica se separam do epiblasto e formam 
uma membrana delgada, que envolve a cavidade amniótica – o Âmnio 
❖ Disco embrionário bilaminar – Mudanças morfológicas no embrioblasto 
➢ Epiblasto – Células colunares (Camada mais espessa) 
▪ Voltada para a cavidade amniótica 
▪ Forma o assoalho da cavidade amniótica 
➢ Hipoblasto – Células cuboides 
▪ Forma o teto da cavidade exocelômica 
❖ Formação do saco vitelino primitivo 
➢ Membrana e cavidade exocelômica modificam-se → Saco vitelino 
primitivo (vesícula umbilical primitiva) 
➢ Disco embrionário fica entre a cavidade amniótica e o saco vitelino 
❖ Formação do mesoderma extraembrionário – Camada de T. Conj. Formada 
por células do saco vitelino 
➢ Mesoderma extraembrionário circunda o âmnio e o saco vitelino 
❖ Lacunas – Surgem assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e o 
saco vitelino primitivo 
➢ São preenchidas por embriotrofo, uma mistura nutritiva composta por 
▪ Sangue materno (proveniente dos capilares endometriais rompidos) 
▪ Restos celulares (das glândulas uterinas erodidas) 
➢ Embriotrofo passa por difusão ao disco embrionário e nutre o embrião 
➢ Lacunas vão se fundir formando as redes lacunares [12 dias] – Redes 
lacunares são o primórdio dos espaços intervilosos da placenta 
 
❖ Circulação uteroplacentária 
➢ Circulação uteroplacentária primitiva – Comunicação dos capilares 
endometriais rompidos com as lacunas 
▪ Aa. endometriais – O2 e nutrientes ficam disponíveis para o embrião 
▪ Veias endometriais – Sangue pobre em O2 é removido 
❖ Embrião totalmente implantado no endométrio – [10 dias] 
➢ Falha epitelial é preenchida por coágulo sanguíneo fibrinoso (tampão) 
▪ Epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão – [12 dias] 
• Isso resulta parcialmente na sinalização de AMPc e Progesterona 
❖ Reação decidual – Transformações das células do T. Conj. Endometrial 
➢ Ocorre assim que o concepto (embrião + membranas) se implanta 
➢ Células deciduais incham (de novo) – Acúmulo de glicogênio e lipídios 
➢ Células deciduais se aderem fortemente umas às outras – A ideia é criar 
um ambiente imunologicamente privilegiado para o embrião 
▪ Hipóteses para justificar a não rejeição do feto pela mãe 
• Feto – Sendo imunologicamente neutro 
 Sinciciotrofoblasto possui antígenos em sua superfície que 
se ligam aos anticorpos maternos para camuflar o feto 
• Útero – Como local imunologicamente privilegiado 
• Placenta – Como barreira neutra que separa o fetinho da mãe 
• Estado de imunossupressão fisiológica da gestante 
❖ Pedículo do embrião – Formará o cordão umbilical 
➢ Estrutura derivada da mesoderme extraembrionária 
 
9 dias 
10 dias 
12 dias 
8 dias 
13 dias 
14 dias 
Pedro Filipe Silva - XXXV 
❖ Saco vitelino secundário – [13 dias] 
➢ Saco vitelino primitivo diminui de tamanho e se forma o saco vitelino 
secundário 
➢ Durante a formação do secundário, grande parte do primário se destaca 
▪ Ajuda no transporte seletivo de nutrientes para o disco, mas não 
contém vitelo 
 
❖ Celoma extraembrionário 
➢ Mesoderma extraembrionário cresce e surgem espaços celômicos 
extraembrionários, os quais se fundem e formam uma grande cavidade 
isolada → Celoma extraembrionário 
➢ Divide mesoderma extraembrionário em 2: 
▪ Mesoderma somático extraembrionário 
▪ Mesoderma esplâncnico extraembrionário 
 
❖ Desenvolvimento do saco coriônico – Inicia-se no final da 2ª semana 
➢ Celoma extraembrionário passa a se chamar cavidade coriônica 
➢ Células citotrofoblásticas se proliferam e produzem extensões 
celulares, que crescem para dentro do sinciciotrofoblasto 
▪ Essas projeções formam vilosidades coriônicas primárias – Primeiro 
estágio de desenvolvimento da placenta 
 
❖ Placa pré-cordal – Indica o futuro local da boca 
➢ No 14º dia o embrião ainda tem forma de disco embrionário e suas 
células dão origem a placa-pré-cordal 
 
❖ Destino das estruturas formadas 
➢ Sinciciotrofoblasto → origina a Placenta 
➢ Saco vitelino secundário → Intestinos 
➢ Células do Citotrofoblasto, sinciciotrofoblasto e do mesoderma 
extraembrionário → Córion (saco gestacional) 
➢ Pedúnculo de ligação → Cordão umbilical 
 
❖ Implantação extrauterina – Gravidez ectópica (95 a 97% dessas é na tuba) 
 
➢ Sintomas 
▪ Ausência de menstruação 
▪ Dor abdominal 
▪ Sangramento anormal 
▪ β-hCG mais baixo que o normal 
➢ Complicações 
▪ Inflamação local 
▪ Aborto espontâneo 
▪ Ruptura tubária 
▪ Hemorragia 
➢ Causas 
▪ Ovulares 
• Genéticas 
• Oócitos anômalos 
• Fertilização in vitro 
• Deficiência da fase lútea 
▪ Extra ovulares 
• Salpingite – Inflamação das trompas 
• Divertículos 
• Hipoplasia – endométrio não cresce ou cresce muito pouco 
• Endometriose 
• Cílios tubários imóveis 
• DIU 
➢ Fatores de risco 
▪ Gravidez ectópica prévia (10x) 
▪ Dano tubário (infecção pélvica 6x) 
▪ Laqueadura 
▪ Mulheres negras 
▪ Reprodução assistida 
▪ Tabagismo 
➢ Tratamento 
▪ Antes da 8ª Semana 
• Metotrexato – Medicamento abortivo (inibe metabolismo do 
ácido fólico) 
▪ Após 8ª Semana 
• Se a trompa não se rompeu – Laparoscopia – Retirar embrião 
• Se a trompa estiver rompida – Cirurgia abdominal para retirar a 
trompa acometida 
➢ Prognóstico 
▪ Materno – 0,8% a 5% morrem (hemorragias e infecção) 
▪ Fetal – Raros fetos vivos 
• Após 20ª semana – 25% são viáveis 
• Perda fetal de 60-95% por baixo suprimento sanguíneo 
• Mal-formações – 37-75% 
• Mortalidade pós-natal elevada 
• Córion – Formado por mesoderma somático 
extraembrionário e as duas camadas do 
trofoblasto. 
 Formará o saco coriônico e, mais 
tarde, a placenta 
 
• Mesoderema somático extraembrionário 
 Reveste trofoblasto e cobre âmnio 
 
• Mesoderma esplâncnico extraembrionário 
 Envolve o saco vitelino 
13 dias 
Detalhe da placa pré-cordal 
destacada em [14 DIAS] 
14 dias

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