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Diferenciação sexual - Sistema endócrino

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FISIOLOGIA SISTEMA ENDÓCRINO
AULA 3 – DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
Na mitologia grega era dito que Hermaphroditus foi o suposto filho de Hermes e Aphrotide, que aos 15 anos rejeita o amor da Ninfa Salmacis, que pede aos Deuses para nunca mais separar-se dele, que uniu os dois corpos. Daí o termo “hermafrodita” que conhecemos hoje. Na medicina grega, Aristóteles já dizia que havia fatores determinantes na diferenciação sexual, aonde surgiram teorias incabíveis mas no final Wolff & Müller (Sec XIX) estudaram embriologia moderna que conhecemos.
Coincidindo ou não em ambos os casos, o sexo pode ser definido por:
1. Genético
5. Hipotalâmico
4. Genital externo
3. Genital interno
2. Gonadal
6. Psicológico
7. Legal
Sexo genético
Aquele definido no momento da fecundação, pelo espermatozoide, ou seja XX ou XY.
Para descobrirmos podemos:
· Identificar o corpúsculo de Barr nas células (neutrófilos e células epiteliais bucais), que ocorre apenas em células com mais de um x, sendo os restantes condensados formando o corpúsculo de cromatina. Desse modo encontramos em mulheres XX, homens XXY, ausentes em mulheres com Turner XO. O número de cromatinas (Nc) é dado por: Nc = N° de X – 1
· Identificamos também pela visualização do cariótipo (metáfase)
XX mulher XY homem
Sexo gonadal
· Definido da 5-8ª semana de gestação
· Na 5ª semana uma crista genital indiferenciada é formada, entre a 5-8ª semana ela é quem irá evoluir em gônada masculina ou feminina. Essa evolução se da pela formação dos cordões medulares (gônada masculina - testículo) ou dos cordões corticais (gônada feminina- ovário)
· Então, podemos dizer que ocorre a Lei do Y: o gene SRY (sex related y) codifica um hormônio hidrossolúvel, secretado pelas células por ação parácrina inibindo o desenvolvimento dos cordões corticais e estimulando os cordões medulares, desenvolvimento os testículos. E para ser mulher basta ter ausência de SRY, então os cordões corticais se desenvolverão.
· Células germinativas primordiais (indiferenciadas) migram para a crista genital indiferenciada, entram em atividade endócrina produzindo hormônios testiculares (na presença do desenvolvimento da gônada masculina pelo SRY), ou hormônios ovarianos (na ausência de SRY)
· Células germinativas femininas chegam na crista genital primitiva e se transformam em oogônias por mitose na 6° Semana. Através da estimulação pelo tecido mesonéfrico que libera um fator indutor da meiose (11° Semana), as oogônias sofrem meiose e passam a ser oócito primário em prófase e assim permanecerão até que ocorra a primeira menstruação.
Sexo genital interno
· Definido entre a 7-12ª pelos ductos mesonéfrico (Wolf – genital masculina) e ducto paramesonéfrico (Müller – genital feminina)
· Essa diferenciação dos ductos se da pela presença dos hormônios antimullerianos que inibem os ductos paramesonéfricos. E os hormônios testosterona estimulam o desenvolvimento dos ductos mesonéfricos, e então ocorre a formação dos testículos.
· Lei dos testículos: para ser mulher basta ter ausência de hormônio antimulleriano e testosterona (produzida pelo testículo)
Sexo genital externo
· Começa a se diferenciar a partir da 8ª semana até a 14ª
· Lei da testosterona: determinado pela presença de hormônio testosterona (di-hidrotestosterona) produzida nos testículos, masculinizando a genitália externa
· Tomar andrógenos durante a gestação de uma bebê sexo genético XX, pode levar a masculinização de sua genitália, pois mesmo sem um testículo, hormônios sintéticos também interferem da mesma forma
· Migração testicular: 15-28ª ocorre a migração dos testículos até ser depositado no saco escrotal
· O gubernáculo sofre estímulo hormonal da testosterona e hormônio gonadotrofina corioônica humana HCG (placenta)
· O HCG consegue terações de FSH (cadeia alfa e beta 1) e LH (cadeia alfa e beta 2) devido sua cadeia alfa e beta 3
· O forame ingnol se fecha ainda na vida embrionária e é por onde o gubernáculo passa e puxa o saco escrotal – testículos. O HCG estimula o fechamento desse forame.
Sexo hipotalâmico
· Não se sabe direto qual semana
· A produção de GnRH por neurônios nos homens é contínua/tônica ao longo dos dias e nas mulheres é cíclica/ picos de secreção no intervalo médio de 28 dias
· A exposição a altas concentrações de andrógenos prejudica a vida embrionária
· Hormonios maternos (HCG) não existem fora da gestação
· Embora os homens e as mulheres possuam andrógenos e estrógenos, os primeiros são prevalentes nos homens e nas mulheres os estrógenos
· Testosterona – Estradiol – Dihidrotestosterona
· Estradiol é um estrógeno, se da pela ação da aromatase (anel aromático) sobre a testosterona
· A di-hidrotestosterona é obtida pela ação da 5alfa reductase sobre a testosterona, formando esse potente andrógeno, mais que a própria testosterona e está envolvida na diferenciação da genitália masculina externa
· Mutações na 5alfa reductase ocorre a não diferenciação na genitália externa masculina
Anomalias da diferenciação sexual
A) Distúrbios da diferenciação gonadal
1. Disgenesia de Túbulo seminífero (Klinefelter, XXY)
2. Disgenesia ovariana (Turner, XO)
3. Hermafroditismo verdadeiro (mosaicos XY/XO, XY/XX) ovário c/ folículos e tecido testicular
B) Pseudohermafroditismo Feminino (XX) ou Masculino (XY): não há caráter genético múltiplo, apenas se da pela diferença na genitália externa podendo ser um defeito no receptor de andrógeno que prejudica a diferenciação na genitália interna e externa

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