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diferenciação sexual - fisiologia

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Diferenciação sexual – fisiologia M3 – 05/05/2017 
o INTRODUÇÃO 
“É o padrão de desenvolvimento das gônadas, dos dutos genitais e da genitália externa. ” 
A característica masculina e feminina finais dos indivíduos depende da determinação do sexo genético, do sexo gonadal e do sexo 
fenotípico/genital. Isso é importante porque os processos que levam à diferenciação sexual acontecem de maneira cronológica e esse 
desenvolvimento sexual normal é longo e sujeito a vários erros/disfunções, fazendo com que em algumas ocasiões ocorra uma 
incompatibilidade. 
✓ Estímulos são necessários e ocorrem em determinadas estruturas embriológicas 
✓ Cronologia é absolutamente fundamental para que o processo se realize a contento. 
A diferenciação ocorre em dois momentos distintos, que são cruciais: 
✓ Determinação gonadal: sexo genético determinado, transformação da gônada ambígua em testículo ou ovário 
✓ Determinação sexual: quando há uma gônada diferenciada e as outras estruturas se modificam para gerar um genótipo, seja 
a genitália interna ou externa 
→ Sexo genético: 46 XX, XY 
→ Sexo gonadal: testículos ou ovários 
→ Sexo fenotípico: genitália interna e externa, mas principalmente a externa 
o SEXO GENÉTICO 
É determinado no processo de fertilização 
✓ 46, XX: ambos os X ativos nas células germinativas, indispensáveis para a integridade ovariana. 
✓ 46, XY: é um fator determinante e o mais importante para o sexo gonadal masculino, sendo o gene mais importante o SRY. 
o CROMOSSOMO Y 
Região no braço curto: região A1 – contém sequência sinalizadora para o desenvolvimento da gônada diferenciada em testículo e essa 
região é chamada de SRY, apresentando um gene que codificada uma proteína essencial para esse processo, fundamental para o 
desenvolvimento da região medular da gônada bipotencial. 
o SEXO GONADAL 
As gônadas são indistinguíveis até a quinta semana, chamado de estágio ambissexual. 
XY: em torno da 7 semana de vida intrauterina, a presença do SRY e outro genes determinam o desenvolvimento da região medular 
para a formação dos testículos: diferencia células de Sertoli, túbulos seminíferos e células de Leydig. Para a formação de um feto do 
sexo masculino são necessários inúmeros fatores. Senão houver SRY no braço curto de Y, na nona semana há a diferenciação da 
estrutura bipotencial em ovário. O desenvolvimento do ovário é pela ausência de Y – mas para o desenvolvimento feminino pleno, são 
necessários 2 X (para nascer um feto feminino, não são necessários estímulos mas sempre lembrando que a presença dos 2 X são 
muito importantes). Existe uma pré determinação para que o feto nasça feminino, já para o desenvolvimento de um feto masculino é 
necessária a repressão de algumas estruturas e estímulos de outras. O DAX1 reprime a região medular para ajudar no processo de 
diferenciação da região cortical, formando um feto do sexo feminino. Se os ductos de Muller não forem reprimidos, espontaneamente 
o feto nascerá feminino. 
o GENES ENVOLVIDOS NOS PROCESSOS DE DIFERENCIAÇÃO 
Para que ocorra a diferenciação, é necessária a presença inicial de alguns genes que vão atuar na gônada bipotencial. Porém, não só 
são eles, existem outros que influenciam o surgimento da gônada bipotencial do mesoderma – o fato de ser o sexo genético XY faz 
com que haja um determinante testicular, o SRY, que agregado ao SOX9 e DMRT 1 e 2 estimula o desenvolvimento da região medular. 
Na ausência do Y e na presença do DAX1, há repressão da porção medular e permite que a porção cortical se desenvolvam ovários. 
Sexuais: 
➢ SRY: o Y é diferencial para o sexo masculino 
➢ DAX-1: diferenciação das gônadas e das suprarrenais – processo concomitante. Apresenta o gene do receptor de androgênio, 
importante para o processo de diferenciação sexual – se ocorrem alterações nesses receptores, os processos de 
diferenciação serão influenciados. 
➢ Autossômicos: 
• Cromossomo 9: DMRT 1, 2 
Diferenciação sexual – fisiologia M3 – 05/05/2017 
• Cromossoma 10: deleção leva a reversão sexual masculina 
• Cromossoma 11: WT1 (gônadas e rins) 
• Cromossoma 17: SOX-9 
SF1: fator esteroidiano (interação WT1/SF1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No sexo masculino, há desenvolvimento dos testículos com células de Leydig, que produzem testosterona, células de Sertoli que 
produzem o hormônio AMH: responsável pela involução dos ductos de Muller que produzem a genitália interna feminina. A 
testosterona é responsável pela evolução do ducto de Wolff, para gerar a genitália interna masculina. Ela vai até a região da crista 
urogenital, dentro delas há uma enzima chamada de 5 alfa redutase que converte testosterona em DTH que diferencia essa região em 
genitália externa masculina – forma o sexo fenotípico. O DHT (seu precursor é a testosterona) é importante para a virilização da crista 
urogenital e da genitália externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o GENITÁLIA INTERNA MASCULINA 
Durante o desenvolvimento da genitália interna também ocorre uma bipotencialidade, os ductos de Wolff e Muller coexistem 
bilateralmente de forma indiferenciada. 
Mesoderma 
WT-1 
LIM-1 
SF1 
Emx2 
Gônada bipotencial 
Testículo 
Células de Sertoli 
Células de Leydig 
AMH 
Testosterona 
Ovário 
Estrogenos 
Progestágenos 
DAX-1 
Wnt-4 
DMRT 1 E 2 
SOX9 
SRY 
Testículo 
Células de Leydig 
Testosterona 
DTH 
Virilização da 
gônada 
Células de Sertoli 
AMH 
Regressão dos 
ductos de 
Muller 
5 afa redutase II 
Receptor 
Androgênico 
Diferenciação sexual – fisiologia M3 – 05/05/2017 
Desenvolvimento dos ductos de Wolff darão origem a: 
✓ Ductos deferentes 
✓ Epidídimo 
✓ Vesículas seminais 
✓ Ductos ejaculatórios 
Ocorre uma ação parácrina da testosterona. 
o HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO (AMH) 
Sua ação é promover entre 8 e 12 semanas de vida intrauterina a apoptose das células do ducto de Muller, evitando o desenvolvimento 
da genitália interna feminina. 
o GENITÁLIA EXTERNA 
A testosterona produzida nos testículos cai na corrente sanguínea, nos tecidos alvo por uma ação endócrina e é convertido em DHT 
que é responsável pelo desenvolvimento da crista urogenital que dá origem à genitália externa. 
✓ Escroto 
✓ Pênis 
✓ Próstata 
Androgênio: qualquer hormônio que promove uma virilização, são responsáveis pelos caracteres sexuais primários. 
✓ Testosterona: maior produção é testicular 
✓ DHT: maior produção é nas células alvo (folículos pilosos, genitália externa, cordas vocais...) 
Determinação sexual secundária: acontece na puberdade (eventos). É o desenvolvimento da genitália que já está formada, 
individualização da glade, escurecimento e enrugamento do escroto, aumento da próstata, entre outros. 
✓ DHEA 
✓ Androsterediona 
✓ Androstenediona 
✓ Androstenediol 
São androgênios fracos (baixa afinidade pelo receptor) produzidos pelas suprarrenais e são responsáveis pela adrenarca – aos 8 anos 
de idade há um estímulo sobre a suprarrenal que causa um aumento a produção de DHEA sendo responsáveis pelo crescimento de 
pelos pubianos e axilares, tanto em meninos como em meninas – lembrando que nos meninos o estímulo é muito maior. O que esses 
hormônios têm em comum são os seus receptores, porém as afinidades se diferem. 
Enzima 5 alfa redutase tipo 2: converte testosterona → DHT (defeito: não há genitália masculina, já que DHT é muito importante na 
virilização da crista urogenital e da genitália externa – mas na puberdade o indivíduo é XY, apresenta testículo e testosterona. Então, 
na puberdadea testosterona vai virilizar essa genitália feminina e assim haverá efeitos masculinizantes pela presença desse hormônio), 
atua na determinação sexual primária na vida intrauterina. 
Enzima 5 alfa redutase tipo 1: atuação na puberdade 
✓ Pênis 
✓ Escroto 
✓ Próstata 
Ao longo do processo de gestação há a descida dos testículos e o crescimento da genitália externa. 
XY → DIFERENCIAÇÃO DAS GÔNADAS = TESTÍCULOS (7ª SEMANA) 
TESTÍCULOS → CÉLULAS DE SERTOLI FETAIS → AMH → INVOLUÇÃO DOS DUCTOS DE MULLER 
TESTÍCULOS → CÉLULAS DE LEYDIG FETAIS → TESTOSTERONA 
TESTOSTERONA → EVOLUÇÃO DO DUCTO DE WOLFF: ÓRGÃOS SEXUAIS INTERNOS 
TESTOSTERONA → DTH → VIRILIZAÇÃO DA CRISTA UROGENITAL E DA GENITÁLIA EXTERNA 
 
Diferenciação sexual – fisiologia M3 – 05/05/2017 
 
o GENITÁLIA FEMININA 
Sexo genético feminino → sexo gonadal feminino → Wolff é regredido pela ausência de testosterona → o seio urogenital vai gerar 
clitóris, grandes e pequenos lábios e os 2/3 inferiores. Sem hormônio AMH há a evolução do ducto de Muller, gerando trompas, útero 
e 1/3 superior da vagina. 
o GENITÁLIA EXTERNA FEMININA 
Ausência de testosterona e DHT: 
✓ 2/3 inferiores da vagina 
✓ Clitóris 
✓ Grandes lábios 
✓ Pequenos lábios 
 
o ERROS NA DIFERENCIAÇÃO 
1. Hermafroditismo verdadeiro 
São situações em que o indivíduo é XX/XY. 
Ovário + testículo 
Ovário + ovotestis (metade testículo e metade ovário na mesma estrutura, pode até produzir testosterona, mas ao longo do tempo 
vai se degenerando. Está ligada à disgenesia gonadal) 
Testículo + ovotestis 
Ovotestis bilateral 
Não apresenta caracteres sexuais formados; apresenta genitália ambígua. Pode apresentar ginecomastia, entre outras diversas 
alterações. 
2. Pseudo-hermafroditismo 
Há uma gônada definida e uma genitália ambígua: pode ser masculino ou feminino. 
Nos homens, o indivíduo apresenta sexo genético masculino (46 XY), sexo gonadal masculino (testículos), porém a genitália ambígua 
ou incompatível com os outros dois sexos. 
A. Deficiência de AHM: há um resquício de genitália interna feminina, fica acumulada no canal inguinal, porém o homem é 
normal com trompa e útero no canal inguinal 
B. Insensibilidade androgênica total ou parcial: ausência de testosterona, de 5 alfa redutase (metabolização de DHT é 
prejuidicada), do receptor androgênico 
− Defeito de síntese: insuficiência adrenal e desenvolvimento genital feminino 
− Defeito no receptor: fenótipo feminino, genitália interna ausente (não há estímulo dos ductos de Wolff e não há 
desenvolvimento de Muller porque apresenta células de Sertoli que produzem AMH), testículos normais e 
inguinais, desenvolvimento mamário (na puberdade desse indivíduo a testosterona acaba sendo metabolizada pela 
via que a transforma em estrogênio, que se liga ao receptor e promove o crescimento mamário), pouco pelo e 
amenorreia (ausência de genitália interna) – vagina curta com fundo cego. 
− Deficiência de 5 alfa redutase tipo 2: ductos internos masculinos, genitália externa feminizada e virilização na 
puberdade – estímulo dessa genitália externa feminina, assim como das outras estruturas. Problema na crista 
urogenital. 
− Anomalia genética: disgenesias gonadais → síndrome de Klinefelter (a genitália externa é masculina e infantil, 
atrofiada). 
• Hábito eunucóide (desproporção corporal): indivíduo castrado. Membros longos, frutos de falta de 
androgênios para fechamento das cartilagens epifisárias. 
• Podem ocorrer alterações no gene SRY – não gerando estímulos, nos hormônios AMH, defeito na síntese 
de androgênios. Geralmente a genitália é ambígua – pseudo-hermafroditismo masculino. Geralmente 
quando acomete não só os testículos, mas também a suprarrenal, também há deficiência de cortisol e 
aldosterona, ou deficiência de 5 alfa. Há também resistência à androgênios, defeitos no receptor e 
mutação inativadora do receptor. 
Diferenciação sexual – fisiologia M3 – 05/05/2017 
• Hipogonadismo 
 
o PSEUDOHERMAFRODITISMO FEMININO 
São mulheres 46 XX, com ovários, genitália ambígua. Na puberdade, com estradiol presente, há desenvolvimento de caracteres sexuais 
secundários femininos. O padrão estrogênio faz com que haja acúmulo de gordura infraumbilical, quadril, raiz da coxa e região glútea 
– reserva de gordura para gestação e lactação; desenvolvimento das mamas, da genitália externa. No caso mostrado, a moça não 
apresenta pelos e os testículos foram retirados – devem ser retirados até os 21 anos, pois vai degenerar e poderá causar um câncer 
maligno. Apresenta amenorreia primária, é infértil, vaginal curta em fundo cego – durante o ato sexual pode causar dor. Nesses casos 
não há como o indivíduo ser revertido para o sexo masculino, mesmo com estímulo de altas quantidades de androgênios. 
1. Hiperplasia adrenal congênita: 90% por deficiência de 21 alfa hidroxilase – não há formação de cortisol que não fará o 
feedback e diminuindo o feedback negativo, o CRH aumenta, ACTH aumento e há estímulo de toda a córtex adrenal havendo 
uma hipertrofia dessa região e uma consequente produção em grande escala de androgênios que levam à virilização (esse 
defeito pode se expressar desde a vida uterina até a vida adulta, 11 beta hidroxilase. Há produção excessiva de androgênio 
adrenal, intra-uterina ou pós-natal. O fenótipo depende do momento e da quantidade de androgênio produzida. 
17 hidroxiprogesterona: se estiver alta, mostra que a mulher teve irregularidade menstrual porque começou a expressar defeito na 
vida pós-puberal. Se for na vida intrauterina, há graus variáveis de virilização. 
2. Ingestão de drogas ou doença materna: virilização não progressiva; correção cirúrgica das anomalias 
3. Deficiência de aromatase placentária: aumento dos andrógenos fetais, virilização materna e fetal, diminuição de estrógenos 
4. Anomalia genética: disgenesias gonadais → síndrome de Turner (ovários em fita – streak). Há um infantilismo gonadal, 
ausência de desenvolvimento sexual secundário, amenorreia, baixa estatura. 
70% dos casos de ambiguidade acontece por defeito na enzima 21 alfa hidroxilase, desviando para a via de síntese do DHEA. Na vida 
intrauterina acontecem diferentes graus de virilização e na puberdade pode acometer a menstruação.

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