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Atuação Integrada de Segurança Pública Introdução à Doutrina Nacional

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Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 1 • Módulo 2
SENASP
ATUAÇÃO INTEGRADA DE SEGURANÇA PÚBLICA:
INTRODUÇÃO À DOUTRINA NACIONAL
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 2 • Módulo 2
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Secretaria Nacional de Segurança Pública
Diretoria de Ensino e Pesquisa
Coordenação Geral de Ensino
Núcleo Pedagógico
Coordenação de Ensino a Distância
Reformulador
Mainar Feitosa da Silva Rocha
Revisão de Conteúdo
Felipe Oppenheimer Torres
Gustavo Henrique Lins Barreto
Revisão Pedagógica
Ardmon dos Santos Barbosa
Márcio Raphael Nascimento Maia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
labSEAD
Comitê Gestor
Eleonora Milano Falcão Vieira
Luciano Patrício Souza de Castro
Financeiro
Fernando Machado Wolf
Consultoria Técnica EaD
Giovana Schuelter
Coordenação de Produção
Francielli Schuelter
Coordenação de AVEA
Andreia Mara Fiala
Design Instrucional
Carine Biscaro
Danrley Maurício Vieira
Marielly Agatha Machado
Design Gráfico
Aline Lima Ramalho
Sonia Trois
Taylizy Kamila Martim
Victor Liborio Barbosa
Linguagem e Memória
Cleusa Iracema Pereira Raimundo
Victor Rocha Freire Silva
Programação
Jonas Batista
Salésio Eduardo Assi
Thiago Assi
Audiovisual
Luiz Felipe Moreira Silva Oliveira
Rafael Poletto Dutra
Rodrigo Humaita Witte
Todo o conteúdo do Curso Atuação Integrada de Segurança 
Pública: Introdução à Doutrina Nacional, da Secretaria Nacional 
de Segurança Pública (SENASP), Ministério da Justiça e 
Segurança Pública do Governo Federal - 2020, está licenciado sob 
a Licença Pública Creative Commons Atribuição-Não Comercial-
Sem Derivações 4.0 Internacional.
Para visualizar uma cópia desta licença, acesse:
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR
BY NC ND
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR
Sumário
APRESENTAÇÃO DO CURSO ..............................................................................5
MÓDULO 1 – FUNDAMENTOS DA ATUAÇÃO INTEGRADA .................................6
Apresentação ................................................................................................................7
Objetivos do módulo ............................................................................................................................. 7
Estrutura do módulo ............................................................................................................................. 7
Aula 1 – Premissas, Princípios e Diretrizes ..............................................................8
Contextualizando... .............................................................................................................................. 8
Premissas .............................................................................................................................................. 8
Atividade de inteligência de segurança pública ............................................................................... 14
Aula 2 – O Processo de Atuação Integrada ...........................................................17
Contextualizando... ............................................................................................................................ 17
Modelo de liderança .......................................................................................................................... 17
Os status operacionais ...................................................................................................................... 21
Fluxos de informação e comunicação ............................................................................................. 23
Áreas de interesse operacional (AIOS) e áreas impactadas (AIS) ................................................. 26
Referências ..................................................................................................................27
MÓDULO 2 – SISTEMA INTEGRADO DE COORDENAÇÃO, COMUNICAÇÃO, 
COMANDO E CONTROLE – SIC4 ...................................................................... 28
Apresentação ..............................................................................................................29
Objetivos do módulo ........................................................................................................................... 29
Estrutura do módulo ........................................................................................................................... 29
Aula 1 – Origem, Conceito, Definições e Objetivos do SIC4 .................................30
Contextualizando... ............................................................................................................................. 30
Origem: transição do Sistema Integrado de Comando e Controle (SICC) de grandes eventos para 
o SIC4 na segurança pública .............................................................................................................. 30
Conceitos, definições e objetivos ...................................................................................................... 32
Principais objetivos do SIC4 ............................................................................................................... 34
Aula 2 – Níveis de Responsabilidade, Estrutura e Composição do SIC4 .............37
Contextualizando... ............................................................................................................................. 37
Níveis de responsabilidade do SIC4 .................................................................................................. 37
Estrutura e composição do SIC4 ....................................................................................................... 39
Estrutura e composição do SIC4 nacional ........................................................................................ 39
Composição do SIC4 em nível estadual/distrital ............................................................................. 41
Composição do SIC4 em nível municipal .......................................................................................... 42
Aula 3 – Governança e Gestão do SIC4 e Etapas para Implantação da Atuação 
Integrada .....................................................................................................................44
Contextualizando... ............................................................................................................................. 44
Governança e gestão do SIC4 ............................................................................................................ 44
Referências ..................................................................................................................48
MÓDULO 3 – PROCESSO DE ATUAÇÃO INTEGRADA – PAI ............................ 49
Apresentação ..............................................................................................................50
Objetivos do módulo ........................................................................................................................... 50
Estrutura do módulo ........................................................................................................................... 50
Aula 1 – Ciclos do Processo de Atuação Integrada .............................................51
Contextualizando... ............................................................................................................................. 51
Definição .............................................................................................................................................. 51
Ciclo 1: ciclo de planejamento ........................................................................................................... 52
Ciclo 2: ciclo de execução ..................................................................................................................60
Ciclo 3: ciclo de avaliação .................................................................................................................. 62
Ciclo 4: ciclo de consolidação............................................................................................................ 63
Referências ..................................................................................................................65
MÓDULO 4 – CENTROS INTEGRADOS DE COMANDO E CONTROLE .............. 66
Apresentação ..............................................................................................................67
Objetivos do módulo ........................................................................................................................... 67
Estrutura do módulo ........................................................................................................................... 67
Aula 1 – Estrutura e Requisitos dos Centros Integrados de Comando e 
Controle e do Procedimento Administrativo Padrão (PAP) ................................68
Contextualizando... ............................................................................................................................. 68
Centro integrado de comando e controle nacional (CICCN) ............................................................ 68
Centro Integrado de Comando e Controle Estadual ou Distrital (CICCE e CICCD) ......................... 71
Centro Integrado de Comando e Controle Municipal (CICCM) ........................................................ 73
Exigência para criação de um centro integrado e o procedimento administrativo padrão (PAP) .... 75
Requisitos dos Centros Integrados.................................................................................................... 76
Procedimento Administrativo Padrão (PAP) ..................................................................................... 78
Referências ..................................................................................................................79
5 • Apresentação
Apresentação do Curso
Bem-vindo ao curso Atuação Integrada de Segurança Pública: 
Introdução à Doutrina Nacional.
Este curso tem como finalidade promover uma compreensão 
teórica da Doutrina Nacional de Segurança Pública (DNAISP) 
aos profissionais que integram o Sistema Único de Segurança 
Pública. A DNAISP foi elaborada com objetivo de promover uma 
gestão do processo de atuação integrada com os órgãos de 
segurança pública, através de uma proposta de padronização 
e orientação dos ciclos de planejamento, execução, 
monitoramento, avaliação e consolidação de cada ação e 
operação integrada de segurança e defesa social no Brasil.
A estrutura do curso foi pensada de forma a apresentar os 
conteúdos pertinentes e necessários para a capacitação 
dos profissionais do Sistema Único de Segurança Pública 
(SUSP). Assim, contará com quatro módulos que abordam as 
premissas e as diretrizes que orientam os ciclos do Processo 
de Atuação Integrada (PAI), assim como importância do 
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando 
e Controle (SIC4) e as funções operacionais desempenhadas 
pelos Centros Integrados de Comando e Controle (CICC) 
no âmbito nacional, estadual, distrital e municipal, 
através do estudo teórico e reflexões sobre as estruturas, 
responsabilidades e as competências de cada órgão nos 
diferentes níveis de Governo.
Ressaltamos que a proposta metodológica do curso foi 
desenvolvida para ser totalmente autoinstrucional, ou seja, 
oferecer-lhe maior autonomia no seu processo de aprendizagem. 
Desejamos-lhe um excelente estudo!
Fundamentos da Atuação Integrada6 • Módulo 1
FUNDAMENTOS
DA ATUAÇÃO
INTEGRADA
MÓDULO 1
Fundamentos da Atuação Integrada7 • Módulo 1
Apresentação
Neste módulo, você conhecerá os fundamentos básicos 
do documento Doutrina Nacional de Atuação Integrada de 
Segurança Pública (DNAISP), que tem por objetivo orientar 
órgãos de segurança pública na criação do Processo de 
Atuação Integrada (PAI). Assim, este módulo foi dividido em 
duas aulas que tratam sobre os detalhes desses aspectos.
Por meio de uma gestão efetiva, o documento DNAISP 
apresenta uma proposta de padronização e orientação para 
o desenvolvimento dos ciclos de planejamento, execução, 
monitoramento, avaliação, assim como para consolidação das 
ações e para operações integradas de segurança pública e 
defesa social no Brasil.
OBJETIVOS DO MÓDULO
Os principais objetivos deste módulo são: capacitar os 
profissionais que integram o Sistema Único de Segurança 
Pública para a compreensão teórica e prática da Doutrina 
Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública 
(DNAISP), apresentando os aspectos fundamentais de atuação 
integrada; conhecer o Sistema Integrado de Coordenação, 
Comunicação, Comando e Controle (SIC4), o Processo de 
Atuação Integrada (PAI) e entender o funcionamento das 
atividades operacionais desempenhadas pelos Centros 
Integrados de Comando e Controle (CICC) no âmbito nacional, 
estadual, distrital e municipal.
ESTRUTURA DO MÓDULO
• Aula 1 – Premissas, Princípios e Diretrizes
• Aula 2 – O Processo de Atuação Integrada
Fundamentos da Atuação Integrada8 • Módulo 1
CONTEXTUALIZANDO... 
Nesta primeira aula, você conhecerá alguns dos aspectos 
fundamentais para a compreensão da base doutrinária do 
Processo de Atuação Integrada (PAI) na realização de ações e 
operações de segurança pública e defesa social. Por exemplo: 
as premissas (argumentos) nas quais a criação do processo 
integrado está baseada; os princípios da atuação integrada; 
as diretrizes que norteiam o trabalho integrado dos agentes 
envolvidos; as atividades de Inteligência de Segurança Pública, 
responsável pela produção e proteção dos conhecimentos 
necessários para subsidiar a tomada de decisão durante a 
ação integrada entre órgãos de segurança pública; e a atuação 
integrada aplicada nas atividades investigativas.
Assim, vamos entender o que cada um desses itens aborda, 
começando pelas premissas (ou argumentos) que servem 
de base para a criação do processo de atuação integrada em 
segurança pública e defesa social no Brasil.
PREMISSAS
As premissas de atuação integrada estão alinhadas às 
competências e atribuições da Secretaria de Operações 
Integradas (SEOPI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública 
(MJSP), conforme os objetivos e estratégias apontados pela 
Política Nacional de Segurança Pública e observadas nas ações 
e operações integradas de segurança pública e defesa social, 
levando em consideração as seguintes prioridades:
• Respeito à autonomia dos entes federativos e atribuições 
legais dos órgãos de segurança pública e defesa social
• Respeito à cultura organizacional de cada agência ou 
instituição, otimizando a habilidade e conhecimento técnico.
Aula 1 – Premissas, Princípios e 
Diretrizes
Fundamentos da Atuação Integrada9 • Módulo 1
• Integração dos órgãos de segurança pública e 
interoperabilidade dos sistemas.
• Utilização de, preferencialmente, um ambiente comum para 
gestão e monitoramento das ações e operações integradas.
• Avaliação sistemática das ações integradas de segurança 
pública e defesa social.
São considerados 
ambientes comuns 
os Centros 
Integrados de 
Comando e 
Controle (CICCs) 
ou estruturas 
similares utilizadas 
pelos estados, 
municípios ou 
Distrito Federal que 
tenham condições 
de acomodar e 
realizar a gestão e 
o monitoramento 
das operações 
e atividades 
integradas.
Além disso, é importante destacar que a atuação integrada 
pressupõe a utilização de um ambiente comum para gestão 
e monitoramento das ações e operações integradas. Esses 
ambientes devem concentrar todas as tecnologias utilizadas 
nas operações, possibilitando aos participantes envolvidos nas 
ações estarem em um mesmo ambiente para as tomadas de 
decisões que se fizerem necessárias, evitando sobreposição 
de recursos e economizando os meios disponíveis. Veja na 
figura a seguir o exemplo de um Centro Integradode Comando e 
Controle (CICC).
Como vimos na imagem anterior, você pode observar que 
esses centros integrados permitem a acomodação e a 
realização da gestão das atividades integradas em segurança 
pública e defesa social, como também o monitoramento das 
operações e das atividades envolvidas nessas ações.
Figura 1: Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Fonte: SEOPI (2019).
Fundamentos da Atuação Integrada10 • Módulo 1
Agora que entendemos as premissas que norteiam operações 
envolvendo diversos órgãos de segurança pública e defesa 
social, vamos conhecer também os princípios basilares da 
atuação integrada.
 
Princípios
Os princípios são os fundamentos do Sistema Integrado de 
Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (SIC4) 
a serem observados durante os ciclos de planejamento, 
execução, monitoramento, avaliação e consolidação das ações 
de operações integradas. A seguir vamos entender cada um 
desses princípios, confira!
Coordenação, Comunicação, Comando e 
Controle
Continuidade
Significa que a atuação integrada deve ser 
vista sob a ótica da liderança situacional, 
observando-se as atribuições constitucionais, 
a partir de um ambiente comum com o uso de 
sistemas de monitoramento compartilhados e 
o fluxo de comunicação estabelecido.
Este princípio significa que a atuação 
integrada deve operar de modo ininterrupto 
no planejamento, coordenação e execução de 
operações integradas ou, ainda, em operações 
específicas, observando os ciclos previstos, 
suas peculiaridades e status de mobilização. 
O planejamento deverá contemplar a 
utilização de redundância de meios, a 
fim de se mitigar problemas que possam 
comprometer esse princípio.
Fundamentos da Atuação Integrada11 • Módulo 1
Consenso
Eficiência
Flexibilidade
Integração
Significa que a atuação integrada deve 
dar prioridade a eleições de preferências 
coletivas, baseada no tipo de atividade 
integrada realizada para definição de 
objetivos, metodologias e tomadas de 
decisões durante a atuação, no qual as 
agências devem se comprometer com as 
decisões tomadas pelo colegiado.
O princípio da eficiência diz respeito à 
otimização dos recursos disponíveis para a 
realização das operações integradas.
Quer dizer que a atuação integrada deve ter a 
capacidade de adaptação ao planejamento, 
estruturas, organização e funcionalidades, 
de modo a acompanhar a evolução nos 
processos das operações integradas.
Refere-se à perspectiva de atuação integrada 
no formato multiagência, no que diz respeito 
às atribuições legais dos órgãos e instituições 
envolvidas numa atividade, mediante 
coordenação e fluxo de comunicação integrada 
dos ciclos de planejamento, execução, 
monitoramento, avaliação e consolidação.
Multiagências são 
vários órgãos ou 
instituições que 
atuam em conjunto 
na segurança 
pública, por 
exemplo: Polícia 
Federal, Ministério 
Público, Polícia Civil, 
Polícia Militar e 
Corpo de Bombeiros, 
cada qual com suas 
responsabilidades 
para resolver um 
determinado caso 
conjuntamente.
Interoperabilidade
Refere-se à capacidade de promover 
a comunicação entre os sistemas 
(informatizados ou não), compartilhando 
dados e informações entre os órgãos 
envolvidos para gerar conhecimento e 
assessorar a gestão e a tomada de decisão.
Fundamentos da Atuação Integrada12 • Módulo 1
Liderança Situacional
Oportunidade
Objetividade
Priorização
Este princípio de atuação integrada se refere 
à atribuição de competência dada a um líder 
decorrente do caráter específico de uma 
atividade, visando a coordenação integrada 
das ações, respeitadas as atribuições dos 
órgãos e instituições envolvidos.
Significa atuar de maneira eficaz e pontual 
com informações preventivas, possibilitando 
o melhor emprego das forças.
Este princípio de atuação integrada se refere 
à atuação e o emprego dos recursos das 
agências com foco no propósito da operação, 
que deve possuir objetivos claramente 
definidos e mensuráveis.
Refere-se à definição clara das atividades a 
serem desenvolvidas e alinhadas para atingir 
os objetivos, em virtude das limitações de 
recursos para atender a todas as demandas.
Segurança
Este princípio de atuação integrada se refere 
à capacidade de estabelecer medidas de 
proteção para garantir as diferentes medidas 
de segurança: orgânica, cibernética, lógica e 
segurança da informação e da comunicação.
Dentro do princípio da segurança, temos quatro níveis de atuação 
com diferentes objetivos, complementares e concomitantes, 
para garantir a segurança do Sistema Integrado de Coordenação, 
Comunicação, Comando e Controle (SIC4). Confira!
Fundamentos da Atuação Integrada13 • Módulo 1
As medidas de segurança se desenvolvem através da 
contrainteligência, que é o ramo da atividade de ISP que se 
destina a proteger a atividade de inteligência e a instituição 
a que pertence, mediante a produção de conhecimento e 
implementação de ações voltadas a salvaguarda de dados e 
conhecimentos sigilosos, além da identificação e neutralização 
das ações adversas de qualquer natureza.
Agora que você conheceu um dos princípios que norteiam a 
atuação integrada, seguimos para compreender as suas diretrizes.
SEGURANÇA 
 NA ATUAÇÃO 
 INTEGRADA
Apontamento da inteligência:
Capacidade de estabelecer medidas protetivas para garantir 
a segurança dos operadores, a orgânica, a cibernética, a 
lógica, da tecnologia da informação e das comunicações dos 
ambientes de atuação integrada.
Segurança cibernética:
É destinada a garantir medidas nos meios virtuais, garantindo 
seus ativos de informação e suas infraestruturas críticas.
Segurança lógica: 
É o conjunto de métodos e procedimentos automatizados, 
destinados a proteger os recursos computacionais contra sua 
utilização indevida ou não autorizada.
Segurança da informação e das comunicações:
São ações que buscam viabilizar e assegurar a 
disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a 
autenticidade de dados e informações.Figura 2: Medidas 
de segurança na 
atuação integrada. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
Diretrizes
A atuação integrada multiagências, baseada na metodologia 
do PAI, deverá observar os ciclos de planejamento, execução, 
monitoramento, avaliação e consolidação das ações e 
operações de segurança pública e defesa social, levando em 
consideração as seguintes diretrizes:
Fundamentos da Atuação Integrada14 • Módulo 1
Essa integração acontece a partir do planejamento e da 
execução, que geralmente são realizados pelas Secretarias de 
Segurança Pública ou órgãos similares de cada estado brasileiro 
que lideram o processo de solicitação dos demais órgãos para 
essas atividades, seguindo o que está estabelecido no PAI.
Após compreendermos as diretrizes, partimos agora para 
um outro item importante para a atuação integrada, que é 
a atividade de inteligência em segurança pública, que você 
conhecerá melhor a seguir.
A atividade de inteligência de segurança pública tem 
como principal resultado a produção e a preservação de 
conhecimento para subsidiar a tomada de decisão. Por esse 
espectro, seu produto é de suma importância para o êxito das 
operações integradas a cargo das multiagências, as quais são 
encarregadas da prevenção e repressão delitiva. 
ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA DE 
SEGURANÇA PÚBLICA 
• Articulação política: Fazer a articulação política para fortalecer 
a doutrina de atuação integrada, visando a implantação e 
operacionalização do SIC4.
• Integração: Fomentar (incentivar, conscientizar) a integração 
dos órgãos de segurança pública para a utilização da 
metodologia do Processo de Atuação Integrada de segurança 
pública e defesa social. Vale ressaltar que o órgão responsável 
por essa conscientização é a SEOPI.
• Elaboração de projetos: Fomentar a elaboração de projetos 
de inovação tecnológica para modernização e expansão das 
estruturas de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle.
• Desenvolvimento de competências: Promover o nivelamento, 
capacitação e treinamento técnico para o desenvolvimento 
de competênciase consolidação da doutrina de atuação 
integrada do SIC4.
Prevenção delitiva 
é o conjunto de 
ações que visam 
evitar a ocorrência 
do delito, e, por 
repressão delitiva, 
entende-se como o 
conjunto de ações 
que visam impedir 
a continuidade de 
um determinado 
comportamento 
delituoso.
O planejamento e a execução das operações integradas em 
muito dependem de uma atividade de inteligência destinada a 
Fundamentos da Atuação Integrada15 • Módulo 1
Atuação Integrada nas Atividades Investigativas
Você deve ter observado que o resultado de uma atividade 
de inteligência eficiente é de suma importância para o 
êxito das operações integradas. Seguindo este raciocínio 
e dependendo do escopo da operação, o mesmo podemos 
dizer da cooperação técnica entre as polícias judiciárias, 
que, por meio de suas forças-tarefas, são constituídas em 
verdadeiras atuações integradas na atividade investigativa, em 
consonância com o conceito desenvolvido no DNAISP.
Nesse sentido, nos últimos anos, o Ministério da Justiça 
e Segurança Pública (MJSP) tem integrado as forças-
tarefas essencialmente por meio de seus órgãos federais 
(Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento 
Penitenciário), visando o desenvolvimento de atividades 
investigativas e operacionais de combate a crimes graves 
Para que você entenda melhor, um exemplo de força-tarefa 
pode ser a integração de dois ou mais órgãos com objetivo 
comum de investigar algum tipo de delito ou grupo criminoso, 
como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal na 
investigação de casos de corrupção.

Na Prática
identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais e potenciais na 
esfera de segurança pública.
A Inteligência de Segurança Pública possui sistema (SISP - 
Subsistema de Inteligência de Segurança Pública) e doutrina 
própria (DNISP – Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança 
Pública), que balizam o desenvolvimento da atividade.
Agora que você conheceu a atividade de inteligência 
em segurança pública, vamos seguir para mais um dos 
itens indispensáveis, a atuação integrada nas atividades 
investigativas em segurança pública.
Fundamentos da Atuação Integrada16 • Módulo 1
praticados pelo crime organizado e suas subespécies, como 
organizações ou associações criminosas. 
Resultados positivos advindos dessa união de esforços já 
começam a ser colhidos em várias unidades federativas, 
como, por exemplo, a força-tarefa instituída para o projeto “Em 
Frente Brasil”, em agosto de 2019, nos municípios de Cariacica 
(ES), Paulista (PE), São José dos Pinhais (PR), Goiânia (GO) e 
Ananindeua (PA), com redução significativa de homicídios e roubo. 
Têm-se juntado também aos órgãos federais, os órgãos 
de segurança e do sistema prisional dos estados, que, por 
meio de Acordo de Cooperação Técnica, pactuam enfrentar 
conjuntamente a mesma atividade criminosa. 
Você pode perceber que a atuação integrada, no âmbito das 
atividades investigativas, sob responsabilidade das polícias 
judiciárias, inclusive a militar, depende das rotinas de efetiva 
atuação conjunta, direcionadas e baseadas em critérios de 
colaboração e complementaridade necessárias à apuração 
de infrações penais; ou, melhor dizendo, que os órgãos 
devem trabalhar de maneira conjunta, mesmo que seja em 
atividades investigativas.
Os Acordos de Cooperação Técnica são acordos 
firmados entre órgãos ou instituições de 
segurança pública para a criação de forças-tarefas 
formadas especificamente para a investigação de 
determinados crimes ocorridos. 
As polícias 
judiciárias no 
Brasil são de 
competência da 
Policia Civil nos 26 
estados brasileiros 
e no Distrito 
Federal, enquanto 
no âmbito federal 
compete à Polícia 
Federal. É uma 
polícia repressiva, 
que atua com base 
no inquérito policial, 
após a ocorrência 
de um delito. 
Fundamentos da Atuação Integrada17 • Módulo 1
CONTEXTUALIZANDO... 
Esta segunda aula apresentará o restante dos aspectos 
fundamentais para você compreender a base doutrinária do 
Processo de Atuação Integrada (PAI) na realização de ações e 
operações de segurança pública e defesa social. Assim, nesta 
aula veremos: modelo de liderança para atuação integrada; 
processo decisório; status operacionais; fluxo de informação e 
comunicação; e áreas de interesse operacional e impactadas.
Acompanhe a seguir o que compõe cada um desses aspectos, 
os quais dão sustentação à doutrina do Processo de Atuação 
Integrada (PAI) para a realização de ações e operações de 
segurança pública e defesa social, a começar pelo modelo de 
liderança adotado nas ações integradas.
MODELO DE LIDERANÇA 
O modelo de coordenação adotado na SIC4 é o da liderança 
situacional, observando-se as especificidades da missão que 
será desempenhada. 
Aula 2 – O Processo de Atuação 
Integrada
O líder situacional do ciclo de planejamento é o 
responsável pela gestão, coordenação da elaboração 
de planos e documentos integrados necessários para 
o cumprimento da missão, e também pela gestão 
e coordenação das ações durante as operações e 
atividades integradas.
Nesse modelo, as atribuições legais dos órgãos são 
respeitadas, sendo o órgão que está na liderança situacional 
apoiado pelos demais órgãos para o cumprimento dos 
objetivos comuns de uma operação ou atividade integrada.
Fundamentos da Atuação Integrada18 • Módulo 1
Em um incêndio, por exemplo, a liderança situacional é do 
Corpo de Bombeiros, mas este é apoiado pela Polícia Militar 
(para o controle do perímetro), pelos órgãos de trânsito (para 
o desvio e controle de trânsito), pelo SAMU (para a prestação 
de socorro às vítimas), pela Defesa Civil (para suporte à 
família das vítimas) etc.

Na Prática
É fundamental que a instituição que estiver atuando na 
liderança situacional escolha um coordenador com perfil 
articulador, agregador, conciliador, respeitador, motivador, com 
poder de decisão dentro da sua instituição e que tenha pleno 
domínio e conhecimento das atividades que serão realizadas, 
devendo delegar ações para a inclusão e participação efetiva 
de cada instituição na atividade integrada. 
Esse perfil de liderança facilitará o processo de integração e 
impulsionará as ações e participações das instituições com o 
comprometimento dos demais representantes institucionais 
no processo.
Figura 3: Perfil 
articulador 
na liderança 
situacional. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
Fundamentos da Atuação Integrada19 • Módulo 1
Agora que você possui uma compreensão do modelo de 
liderança adotado em uma atuação integrada, vamos passar a 
entender o segundo item indispensável à doutrinária do Processo 
de Atuação Integrada (PAI) na realização de ações e operações 
de segurança pública e defesa social, que é o processo de 
tomada de decisão a ser observado pelo líder situacional.
O processo decisório deve avaliar as alternativas existentes 
para escolher a melhor solução dos problemas, de modo a 
minimizar as improvisações, e definir linhas de ação que dão 
maior segurança sobre o resultado que deve ser alcançado.
O processo de tomada de decisão no SIC4, que é feito pelo 
líder situacional, observará o contexto da situação a ser 
decidida e a sua repercussão nos níveis estratégico, tático 
e operacional, considerando o âmbito nacional e regional, e 
levando em consideração se é uma situação de normalidade 
ou uma situação de crise.
Processo Decisório
Fundamentos da Atuação Integrada20 • Módulo 1
Situação de normalidade
Sempre que houver o envolvimento de duas ou mais 
instituições, a decisão deverá ocorrer de forma consensual 
pelos seus representantes nos CICCs, observando-se os 
objetivos, diretrizes, atribuições e responsabilidades 
previstas nos planos, protocolos e demais 
documentos integrados.
Situação de crise 
Não havendo consenso ou sendo extrapolada a competência 
dos representantes dos órgãos nos CICCs no processo de 
tomada de decisão, o fato será levado, via coordenador do 
CICC, ao escalão superior, conforme escalonamento da 
situação/crise e protocolos de acionamentodos dirigentes 
institucionais e autoridades políticas.
1
2
SITUAÇÕES DO PROCESSO DE DECISÃO 
DAS AÇÕES INTEGRADAS
Figura 4: Situação a 
ser observada pelo 
líder situacional 
em um processo 
decisório. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
O processo de tomada de decisão em uma atuação integrada 
observará o contexto da situação a ser decidida e sua 
repercussão nos níveis estratégico, tático e operacional, 
considerando a esfera nacional e regional.
Agora, abordaremos outro item importante para a doutrina do 
Processo de Atuação Integrada (PAI) na realização de ações 
e operações de segurança pública e defesa social: os status 
operacionais, considerados pelos Centros Integrados de 
Comando e Controle (CICCs) na realização de suas ações.
Fundamentos da Atuação Integrada21 • Módulo 1
OS STATUS OPERACIONAIS 
Os Centros Integrados de Comando e Controle (CICCs) levam em 
consideração três condições operacionais nas ações e operações 
de segurança pública e defesa social. O primeiro é o status 
operacional ordinário (SOO), ou seja, a condição de operação 
diária dos Centros Integrados, o segundo é o status operacional 
mínimo (SOM), que corresponde à condição de atuação dos 
órgãos iniciada com a ativação do ciclo operacional, em lapso 
temporal a ser definido, que antecede o dia do início da operação. 
O terceiro é o status operacional pleno (SOP), que corresponde à 
condição de atuação dos órgãos nos CICCs, que vem logo após 
o SOM e é ativado no dia do início da operação, podendo ser 
antecipado em função de análise procedida durante o SOM.
Status Operacional Ordinário – SOO
Status Operacional Mínimo – SOM
Esta é a condição de atuação dos órgãos integrantes dos 
CICCs/similares no dia a dia, por meio da produção de 
conhecimento e monitoramento das ações das agências 
de segurança pública e de defesa social nas três esferas. 
De acordo com a análise e evolução dos cenários 
críticos, este status poderá ser modificado, passando 
diretamente para o SOP.
Esta é a condição de atuação dos órgãos nos CICCs/
similares, iniciada com a ativação do ciclo operacional de 
uma operação específica, em lapso temporal a ser definido 
que precede o SOP. 
 
Durante o SOM, os órgãos envolvidos na operação integrada 
atuam com recursos humanos, logísticos e tecnológicos 
minimizados, garantindo o seu funcionamento através 
da coordenação, comunicação, comando e controle 
operacional, monitorando as atividades planejadas e 
realizando, se necessário, a antecipação do SOP.
Fundamentos da Atuação Integrada22 • Módulo 1
É importante observar que, em todos os processos operacionais, 
os órgãos realizam o monitoramento das atividades planejadas, 
fazendo os ajustes necessários, cadastrando informações dos 
recursos empregados, das ocorrências, das produções, entre 
outros, a fim de subsidiar a elaboração dos relatórios previstos 
para o ciclo de execução e monitoramento.
Figura 5: 
Monitoramento das 
atividades. 
Fonte: SEOPI (2019).
Após compreendermos as condições de operações de 
atuação integrada, vamos conhecer como acontece o fluxo de 
informação e comunicação na atuação integrada de segurança 
pública e defesa social.
Status Operacional Pleno – SOP
Por fim, esta é a condição de atuação plena dos órgãos nos 
CICCs/similares, podendo ser antecipado em função de 
análise procedida durante o SOM e/ou durante o SOO. 
 
Durante o SOP, os órgãos envolvidos na operação integrada 
atuam com recursos humanos, logísticos e tecnológicos, 
conforme planos operacionais integrados, implementando a 
plenitude de funcionamento da coordenação, comunicação, 
comando e controle operacional.
Fundamentos da Atuação Integrada23 • Módulo 1
FLUXOS DE INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO 
O fluxo de informação em uma atuação integrada de segurança 
é o volume de informações que trafega em uma estrutura de 
coordenação, comunicação, comando e controle, por meio de 
um canal específico, como, por exemplo, em uma telefonia 
fixa e móvel, um correio eletrônico, uma videoconferência, 
uma radiocomunicação e sistemas de monitoramento e 
gerenciamento. Essas informações serão operacionalizadas 
pelo fluxo estabelecido dentro do plano de comunicação para 
facilitar a veiculação da informação interna e externa dos 
CICCs. Dessa forma, o fluxo de informação pode ser dividido em 
horizontal ou vertical.
O fluxo de informação vertical acontece pela transmissão 
de informações entre os níveis hierárquicos superiores 
e subordinados. Assim, as informações recebidas e 
encaminhadas aos níveis hierárquicos superiores devem 
observar o escopo estratégico e gerencial de forma direta 
e curta. Já as informações recebidas e encaminhadas aos 
níveis hierárquicos subordinados, ou seja, aos níveis táticos e 
operacionais, devem conter todo o detalhamento para auxiliar 
na resolução do fato. Um exemplo do fluxo de informação 
vertical seria no caso de uma informação dada ao presidente 
da república: como parte do nível gerencial, ele receberá 
informações diretas e curtas, já as informações encaminhadas 
para patrulhas das polícias militares devem conter todo o 
detalhamento para auxiliar na resolução do fato.
Já o fluxo de informação horizontal, por sua vez, é realizado 
pelo nivelamento das informações recebidas/encaminhadas do 
fluxo vertical para manter a consciência situacional dos órgãos 
que atuam nos CICCs.
Agora vamos falar do fluxo de comunicação, que será definido 
pelo Plano de Comunicação (PLACOM), que tem a finalidade 
de estabelecer uma rotina de operação, as ferramentas 
necessárias e os sistemas e meios de comunicação entre 
Fundamentos da Atuação Integrada24 • Módulo 1
os órgãos envolvidos nas operações e atividades integradas. 
As ferramentas e os meios comuns de comunicação mais 
utilizados nos Centros Integrados de Comando e Controle, e os 
órgãos envolvidos nas operações integradas são:
• Telefonia fixa e móvel.
• Correio eletrônico.
• Videoconferência.
• Radiocomunicação.
• Sistemas monitoramento e gerenciamento. 
• Outros dispositivos conforme a disponibilidade.
Esse fluxo de comunicação envolve dois processos: a 
comunicação social e a padronização de linguagem, terminologias 
e símbolos. Vamos entender melhor cada um deles?
A comunicação social se refere aos pontos comuns de 
comunicação entre as pessoas que devem ser definidos 
e desenvolvidos antes do início das atividades integradas, 
devendo ser incluída pelo planejamento a identificação dos 
pontos de contato e dos porta-vozes autorizados de cada 
instituição para repassar informações da sua instituição na 
atividade, de forma adequada e coordenada, visando suprir a 
demanda de notícias por parte dos meios de comunicação. 
Sempre que possível devem ser definidas regras claras e 
simples de declarações e entrevistas realizadas de forma 
integrada, através de coletiva de imprensa ou mesmo fazendo 
uso de release ou de notas conjuntas à imprensa.
O outro processo do fluxo de comunicação é a padronização 
de linguagem, terminologias e símbolos que devem ser 
levados em consideração em uma ação articulada pelos 
órgãos ou instituições que integram o Sistema de Segurança 
Pública.
Apesar de se tratar de uma ação articulada entre instituições 
que integram o Sistema de Segurança Pública, cada órgão 
Fundamentos da Atuação Integrada25 • Módulo 1
ou instituição possui suas peculiaridades, conceitos e cultura 
organizacional. Essa padronização de uma linguagem, 
terminologias e símbolos comuns entre os profissionais e 
entidades dessa atividade interinstitucional é necessária para 
que aconteça uma harmonia nas comunicações essenciais 
durante a ação integrada, sem distorções ou incompreensões.
Levando em consideração que a DNAISP poderá vir a 
aplicar a comunicação em uma atuação interinstitucional, é 
fundamental que se faça presente o desenvolvimento comum 
de protocolos de atuação integrada para a comunicação que 
priorize a padronização de linguagem, de terminologias e de 
símbolos no campo do planejamento, das operações, dos 
materiais, e no campo técnicoe administrativo, conforme 
a atividade a ser desenvolvida. Por isso, sempre devem ser 
preservados e empregados em operações integradas os 
conceitos, definições, siglas e demais orientações já existentes 
na própria DNAISP, pois já estabelecem padrões mínimos para 
a realização do Processo de Atuação Integrada. 
Partiremos para o último aspecto importante a ser levado em 
consideração em uma atuação integrada de segurança pública 
e defesa social: as áreas de interesses, as quais podem ser 
divididas em áreas de interesse operacional (AIOs) e 
áreas impactadas (AIs).
Figura 6: Diferentes 
órgãos trabalhando 
em uma ação de 
segurança.
 Fonte: SEOPI (2019).
Fundamentos da Atuação Integrada26 • Módulo 1
Neste módulo, você pôde aprofundar cada um dos aspectos 
fundamentais que compõem a atuação integrada e perceber 
que são muitos os aspectos, porém todos convergem para 
um mesmo fim, que é a padronização e orientação para o 
desenvolvimento dos ciclos de planejamento, execução, 
monitoramento, avaliação e consolidação das ações, bem 
como para operações integradas de segurança pública e 
defesa social no Brasil. Esperamos que este módulo sirva 
de base para a compreensão teórica da Doutrina Nacional 
de Atuação Integrada de Segurança Pública (DNAISP) e que 
você prossiga nos demais módulos deste curso aplicando 
esses conceitos e possa agregar mais conhecimento em sua 
profissão e no desempenho de suas atividades diárias. 
Figura 7: Área de 
interesse. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
Áreas de
interesse
Áreas de interesse operacional (AIOs) 
se referem aos espaços geográficos que 
possuem relação direta com o ambiente 
onde serão desenvolvidas as ações ou 
operações de segurança pública e defesa 
social. Essas áreas podem ser escolhidas 
em virtude da realização de eventos 
de grande porte ou de acordo com a 
problemática a ser combatida.
Áreas impactadas (AIs) referem 
aos espaços geográficos que não 
possuem relação direta com os 
ambientes onde são desenvolvidas 
as ações ou operações integradas 
de segurança pública e defesa 
social, mas que podem ser 
impactadas, e, por isso, merecem 
atenção especial.
ÁREAS DE INTERESSE OPERACIONAL 
(AIOS) E ÁREAS IMPACTADAS (AIS) 
As áreas de interesse operacional (AIOs) e áreas impactadas 
(AIs) dizem respeito aos espaços geográficos que possuem ou 
não relação direta com o ambiente onde serão desenvolvidas 
as ações ou operações de segurança pública e defesa social.
Fundamentos da Atuação Integrada27 • Módulo 1
BRASIL. Ministério da Defesa. Doutrina para o Sistema Militar 
de Comando e Controle – MD31-M-03. 3. ed., Brasília, DF: 
Ministério da Defesa, 2015.
BRASIL. Ministério da Defesa. Operações Interagências – 
MD33-M-12. 2. ed., Brasília, DF: Ministério da Defesa, 2017.
BRASIL. Ministério da Segurança Pública. Secretaria Nacional 
de Segurança Pública. Doutrina Nacional de Atuação 
Integrada de Segurança Pública – DNAISP. Brasília: Ministério 
Segurança Pública, 2018. 
SECRETARIA DE OPERAÇÕES INTEGRADAS (SEOPI). [Centro 
Integrado de Comando e Controle 1]. Fotografia color. Brasília, 
DF: SEOPI, 2019.
 
SECRETARIA DE OPERAÇÕES INTEGRADAS (SEOPI). 
[Monitoramento das atividades]. 1. Fotografia color. Brasília, 
DF: SEOPI, 2019. 
SHUTTERSTOCK. [S.l.], 2019. Disponível em: https://www.
shutterstock.com/pt/. Acesso em: 22 jan. 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Laboratório 
da Secretaria de Educação a Distância (labSEAD-UFSC). 
Florianópolis, 2019. Disponível em: http://lab.sead.ufsc.br/. 
Acesso em: 22 jan. 2020.
Referências
https://www.shutterstock.com/pt/
https://www.shutterstock.com/pt/
http://lab.sead.ufsc.br/
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 28 • Módulo 2
SISTEMA INTEGRADO 
DE COORDENAÇÃO, 
COMUNICAÇÃO, 
COMANDO E 
CONTROLE – SIC4
MÓDULO 2
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 29 • Módulo 2
Apresentação
Nesse módulo você irá conhecer o Sistema Integrado de 
Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (SIC4). 
O SIC4 é uma ampliação do Sistema Integrado de Comando 
e Controle (SICC), que agregou mais dois Cs: um de 
coordenação e outro de comunicação, além dos dois Cs já 
existentes (comando e controle). 
É importante que você saiba que a mudança na sigla teve dois 
principais motivos: o primeiro foi destacar que a comunicação 
e a coordenação entre as instituições são tão ou mais 
importantes que o comando e o controle. O segundo foi a 
redução da forte tendência que as instituições de segurança 
pública têm em utilizar termos militares, que direcionam 
a posições hierárquicas, para referências que remetam à 
ideia de todos se verem igualmente como colaboradores, 
sem prevalência entre instituições, tampouco entre os entes 
federativos (União, estados e municípios)
OBJETIVOS DO MÓDULO
Este módulo tem como principal objetivo que você conheça 
a origem, os conceitos, as definições e os níveis de 
responsabilidades do SIC4; compreenda os seus objetivos, a 
sua estrutura e a sua composição em nível nacional, estadual, 
distrital e municipal e entenda as etapas para implantação da 
atuação integrada na segurança pública e defesa social.
ESTRUTURA DO MÓDULO
• Aula 1 – Origem, Conceito, Definições e Objetivos do SIC4.
• Aula 2 – Níveis de Responsabilidade, Estruturação e 
Composição do SIC4.
• Aula 3 – Governança, Gestão e Etapas para Implantação da 
Atuação Integrada.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 30 • Módulo 2
Aula 1 – Origem, Conceito, Definições e 
Objetivos do SIC4 
CONTEXTUALIZANDO...
Nesta aula, você estudará como se deu a evolução do Sistema 
Integrado de Comando e Controle (SICC) – um sistema criado 
para atuar de forma integrada em eventos esportivos e que 
teve como origem o planejamento de grandes eventos no 
Brasil, como a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos 
de 2016, no Rio de Janeiro – para o SIC4, um sistema com 
operações integradas multiagências, que veio com o objetivo 
de fortalecer as políticas e estratégias de segurança pública 
e da defesa social. Por fim, também conhecerá as definições, 
os conceitos e os objetivos desse sistema integrado de 
segurança pública. Uma boa aula para você!
ORIGEM: TRANSIÇÃO DO SISTEMA 
INTEGRADO DE COMANDO E CONTROLE 
(SICC) DE GRANDES EVENTOS PARA O 
SIC4 NA SEGURANÇA PÚBLICA
A doutrina de atuação integrada teve como protagonista inicial 
a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (SESGE), cuja 
missão foi coordenar atividades integradas de segurança das 
autoridades, atletas, turistas e residentes nas chamadas áreas 
de interesse operacional e áreas impactadas dos grandes 
eventos, como exemplo a Copa do Mundo FIFA 2014 e os 
Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Com o término das atividades da SESGE em 31 de julho de 2017, 
conforme o artigo 2º do Decreto n.º 7.682, de 28 de fevereiro 
de 2012, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) 
assumiu oficialmente as competências que eram atribuídas ao 
SESGE, conforme art. 10, do Decreto n.º 9.150, de 4 de setembro 
de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2011-2014/2012/decreto/D7682.htm
Áreas de interesse 
operacional são, por 
exemplo: regiões 
olímpicas, estádios, 
aeroportos, centros 
de treinamento, 
hotéis e Fun Fest. 
Já as áreas 
impactadas são, por 
exemplo: pontos 
turísticos, estações 
de transporte, locais 
de aglomeração 
de pessoas.

Saiba mais
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/D7682.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/D7682.htm
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 31 • Módulo 2
Por sua vez, a Lei n.º 13.675/18 do Sistema Único de 
Segurança Pública (SUSP), estabeleceu, entre as suas 
diretrizes estratégicas, que é de responsabilidade da União 
promover e coordenar a atuação integrada nas três esferas de 
governo, definindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública 
(MJSP) como o órgão centraldesse sistema (SUSP).
Já o Decreto n.º 9.662, de 1º de janeiro de 2019, criou a 
Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), que passou 
a promover a integração operacional entre os órgãos de 
segurança pública federais, estaduais e distrital, coordenando 
o planejamento e a execução das operações integradas de 
segurança pública.
Nessa transição, o escopo do SICC, antes delimitado para 
atuação integrada em áreas esportivas, foi ampliado para 
o escopo do SIC4, para atuação em operações integradas 
multiagências, que visam fortalecer as políticas e estratégias 
de segurança pública e defesa social. 
SICC
Atuação integrada limitada a 
grandes eventos esportivos. 
Ex: Copa FIFA e Olimpíadas.
SIC4
Atuação integrada à diversas 
operações (não apenas 
esportivas) por meio de 
multiagências. 
Ex: Polícia Federal em 
conjunto com o Ministério 
Público Federal.
Figura 1: Transição do escopo SICC para o SIC4. 
Fonte: labSEAD-UFSC (2020).
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 32 • Módulo 2
Segundo Vasconcelos (2018), o SIC4 foi uma ampliação 
do Sistema Integrado de Comando e Controle (SICC), que 
agregou mais dois Cs, um de coordenação e o outro de 
comunicação, além dos já existentes: comando e controle. 
A mudança na sigla teve dois motivos maiores: ressaltar que 
a comunicação e a coordenação entre as instituições são tão 
ou mais importantes que o comando e o controle e reduzir 
a forte tendência que as instituições de segurança pública 
têm em utilizar termos militares, que direcionam a posições 
hierárquicas, para referências que remetam a ideia de todos 
se verem igualmente como colaboradores, sem prevalência 
entre instituições, tampouco entre os entes federativos (União, 
estados e municípios).
Para tanto, os processos de comando e controle do SICC 
dos grandes eventos foram revisados, atualizados e 
complementados com os processos de coordenação e 
comunicação no SIC4, passando a se chamar Sistema 
Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle 
(SIC4) da segurança pública e defesa social. 
E foi assim que se deu a origem do SIC4, que está em 
operação atualmente. Passaremos a estudar na sequência o 
conceito, as definições e os objetivos do SIC4.
CONCEITOS, DEFINIÇÕES E OBJETIVOS
Você saberia dizer o que significa o SIC4 além de sua 
nomenclatura? O SIC4 são os processos e as rotinas de um 
centro integrado ou similar que são sistematizados por meio 
de uma metodologia do processo de atuação integrada que 
facilite a coordenação, comunicação, comando e controle das 
atividades e operações integradas de segurança pública e 
defesa social. 
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 33 • Módulo 2
COORDENAÇÃO 
 
 COM
UNICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 C
ON
TR
OL
E
SIC4
Figura 2: Sistema 
Integrado de 
Coordenação, 
Comunicação, 
Comando e Controle 
(SIC4). 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
O princípio básico do SIC4 é o monitoramento e a execução 
das atividades integradas sob a ótica da liderança situacional, 
ou seja, de uma liderança estabelecida conforme uma 
operação a ser feita ou, ainda, uma liderança a ser definida de 
acordo com uma determinada situação, como já estudamos 
em detalhes no módulo anterior.
Para que o monitoramento e a execução das atividades 
aconteçam sob a condição de uma liderança situacional, é 
necessário observar as atribuições constitucionais, a partir de 
ambiente comum, mesmo que existam instalações específicas 
de algumas agências funcionando paralelamente.
Desse modo, é possível haver a interoperabilidade entre as 
agências e as instalações em funcionamento com o uso de 
sistemas de monitoramento compartilhados e o fluxo de 
comunicação estabelecido.
É importante salientar a você que o SIC4 produz informações 
relevantes para o desenvolvimento e operacionalização 
das atividades integradas e que essas informações devem 
COMANDO
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 34 • Módulo 2
permanecer para consultas posteriores e também para análise, 
fomento e ampliação da integração entre as agências de 
segurança pública.
Compreendido o que é o SIC4 e como ele opera, passaremos a 
estudar os objetivos deste sistema integrado.
PRINCIPAIS OBJETIVOS DO SIC4
Você saberia dizer quais são os principais objetivos do SIC4? 
O SIC4 possui como principal objetivo promover e coordenar 
a integração dos órgãos de segurança pública, nas três 
esferas de governo (federal, estadual, distrital e municipal), 
para a implementação de políticas e realização de operações 
integradas de segurança pública, utilizando a DNAISP como 
guia dessas ações. Além do principal objetivo apontado 
acima, o SIC4 também visa:
• Difusão da doutrina (DNAISP) de atuação integrada do SIC4 
nas instituições de segurança pública e defesa social das 
três esferas de governo.
• Promoção da integração dos órgãos de segurança pública e 
a interoperabilidade dos sistemas de comunicação 
e informação.
• Regulamentação da operacionalização do SIC4.
• Indicação de padronização das estruturas físicas para a 
expansão dos CICCs.
• Difusão da doutrina (DNAISP) nos cursos de capacitação 
específica aos órgãos de segurança pública, promovidos 
pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e/ou pelos 
próprios órgãos estaduais.
• Promoção da modernização, informatização, coleta e 
integração de bancos de dados relacionados à operação.
Compreendido os conceitos, as definições e os principais 
objetivos do SIC4, vamos entender o que cada um dos seus 
quatro Cs significa. Acompanhe!
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 35 • Módulo 2
Coordenação
Comunicação
A coordenação é a forma de se conduzir a gestão das 
atividades multiagências de uma operação integrada de 
segurança pública e defesa social, observando o princípio 
da liderança situacional e as atribuições legais dos órgãos 
envolvidos. 
 
Ela é obtida por meio da conjugação harmônica de esforços 
de elementos distintos, visando alcançar um mesmo fim e 
evitando a duplicidade de ações, a dispersão de recursos e a 
divergência de soluções.
Já a comunicação é o meio pelo qual se estabelecem as 
ferramentas e o fluxo de comunicação para operacionalizar 
o recebimento e envio de informações internas e externas 
das operações integradas multiagências, no âmbito dos 
CICCs ou similares 
 
No seu aspecto mais amplo, não se restringe tão somente 
a meios e/ou equipamentos por onde transitam as 
informações, mas também ao processo de aproximação, 
reciprocidade, estabelecimento de confiança, sinergia e de 
efetiva interação entre as agências, respeitando os níveis 
de acesso ao conhecimento, fluxos e a segurança orgânica, 
a qual é composta pelos meios que garantam a integridade 
dos CICCs, a segurança do espaço físico.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 36 • Módulo 2
Compreendido o conceito, a definição, os principais objetivos 
e o significado de cada uma de suas siglas, passaremos 
a estudar os níveis de responsabilidade, a estrutura e a 
composição do SIC4.
Comando e Controle
No escopo de atuação do SIC4, o Comando e o Controle 
devem ser aplicados a todas as agências que estejam 
participando da atividade integrada, podendo ser 
governamental ou não, militar ou civil, nacional ou 
internacional, respeitando a autonomia de cada órgão e 
sua respectiva estrutura organizacional. 
 
No SIC4, o Comando significa o poder de decisão 
que cada representante do colegiado possui em 
sua instituição, ou seja, deve ser individualizado 
e independente, seguindo sua própria cultura 
organizacional com relação à hierarquia e estrutura 
de poder, de modo que não haja interferência de outra 
agência na sua autoridade. 
 
Já o Controle diz respeito aos mecanismos de domínio 
e poder de fiscalização e administração dos recursos 
empregados pelas agências numa atuação integrada 
e das atividades que estão sendo desenvolvidas num 
ambientecomum. 
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 37 • Módulo 2
Aula 2 – Níveis de Responsabilidade, 
Estrutura e Composição do SIC4
CONTEXTUALIZANDO...
Nesta aula você estudará os quatro níveis de responsabilidade 
do SIC4 e o que é realizado em cada um deles. Também 
entenderá toda a estrutura e a composição de funcionamento 
do SIC4 em nível nacional, estadual, distrital e municipal, 
com todos os órgãos que os integram, como, por exemplo, 
os órgãos centrais e os órgãos que operam as atividades 
integradas na área de segurança pública. Saberá, ainda, como 
são definidas suas rotinas de funcionamento, seus acordos de 
cooperação e/ou convênios.
NÍVEIS DE RESPONSABILIDADE DO SIC4
A operacionalização do SIC4 favorece a gestão integrada, a 
consciência situacional e a tomada de decisão compartilhada, 
mantendo o poder de decisão e as atribuições dos órgãos. 
Para tanto, é necessário contemplar os quatro níveis de 
responsabilidade: o político, o estratégico, o tático e o 
operacional, considerando a dimensão da operação a ser 
realizada, a fim de não restringir a atuação integrada nos 
diversos níveis.
Figura 3: SIC4 e 
seus níveis de 
responsabilidade. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020). NÍVEL OPERACIONAL
NÍVEL TÁTICO
NÍVEL ESTRATÉGICO
NÍVEL 
POLÍTICO
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 38 • Módulo 2
Com relação ao nível político, segundo a Doutrina da Atuação 
Integrada (DNAISP), é importante você saber que cabe aos 
representantes deste nível o estabelecimento dos objetivos 
políticos da operação, a celebração de acordos de cooperação 
entre as instituições/agências, bem como a formulação de 
diretrizes para a execução das ações estratégicas. 
Já no nível estratégico, cabe aos seus representantes, nos 
órgãos de segurança pública, transformar os princípios 
e diretrizes políticas em ações estratégicas a serem 
desenvolvidas pelos órgãos para o cumprimento da missão. 
É neste nível que ocorre a elaboração do plano estratégico de 
atuação integrada das operações, observando-se os objetivos, 
missão geral, diagnóstico dos fatores de riscos, matriz de 
responsabilidades institucionais dos órgãos e metas. 
No nível tático, é importante que você saiba que é nele que 
acontece a convocação e a coordenação das reuniões integradas 
para elaboração do plano operacional integrado, levando em 
consideração a missão dos órgãos, o período da operação, os 
protocolos de atuação integrada, a matriz de atividades e os 
sistemas de monitoramento e fluxos de comunicação. 
Por fim, no nível operacional, é importante você saber que 
é nele que é feita a elaboração dos planos de execução 
(ordens de serviço, de missão, de execução ou documentos 
similares adotados pelos respectivos órgãos) com base nas 
diretrizes, objetivos, missões e atribuições estabelecidas 
no plano estratégico de atuação integrada e no plano 
operacional integrado. 
Agora que você conheceu os quatro níveis de 
operacionalização do SIC4 e o que ocorre em cada um 
deles, passaremos a estudar a estrutura e composição 
desse sistema de integração na União, nos estados/Distrito 
Federal e nos municípios.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 39 • Módulo 2
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO SIC4
A proposta de estruturação do SIC4 se deu a partir da 
modernização e expansão dos Centros Integrados de Comando 
e Controle (CICC) e similares, conforme você já estudou 
anteriormente neste módulo. Passaremos agora a conhecer 
como o SIC4 está estruturado tanto no nível federal, quanto no 
estadual/distrital e também no nível municipal. Vamos lá!
O SIC4, de um modo geral, está estruturado da seguinte maneira: 
• Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN). 
• Centros Integrados de Comando e Controle Estaduais 
(CICCE)/distrital (CICCD) ou similares. 
• Centros Integrados de Comando e Controle Municipais (CICCM). 
• Centros Integrados de Operações de Fronteira (CIOF).
• Outros centros das agências participantes.
A estrutura da rede de Centros Integrados de Inteligência de 
Segurança Pública (CIISP), quando empregada no âmbito 
das Operações Integradas, será coordenada pela Diretoria de 
Inteligência da SEOPI.
Com essa ideia geral até aqui sobre o SIC4, começaremos a 
falar agora da sua estrutura e composição em âmbito nacional, 
ou seja, na esfera da União.
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO SIC4 
NACIONAL
Você tem ideia de como está estruturado o SIC4 em nível 
nacional? Pois bem, o órgão central do SIC4 em nível nacional 
é a Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), por meio da 
Diretoria de Operações (DIOP), utilizando o ambiente do CICCN, 
e sua rotina de funcionamento é definida em regimento interno.
A composição do SIC4 pelos órgãos que farão parte das 
atividades integradas será definida conforme o escopo de cada 
operação ou de forma permanente, mediante adesão por meio 
de ajustes específicos, acordos de cooperação e/ou convênios.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 40 • Módulo 2
Seguindo as diretrizes de atuação integrada, unida com a Lei 
do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), a constituição 
do SIC4 em nível nacional será composta por:
SSP
Secretarias 
Estaduais de 
Segurança 
Pública.
Convidados
SEOPI
Secretaria de 
Operações 
Integradas. 
SENASP
Secretaria 
Nacional de 
Segurança 
Pública. 
PF
Po
líc
ia 
Fe
de
ral
.
PRF
Políci
a 
Rodov
iária 
Feder
al.
DEPENDepartamento Penitenciário Nacional.
SIC4 
NACIONAL
Figura 4: 
Composição do 
SIC4 em nível 
nacional. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
Os convidados são aqueles que estão além dos órgãos 
de natureza substancial vinculada à segurança pública, a 
depender do escopo da operação, poderão compor o SIC4 
órgãos convidados que farão parte dos respectivos comitês e 
CICCs/similares.
Compreendida a estrutura e a composição do SIC4 em nível 
nacional, vamos passar para a sua composição em nível 
estadual/distrital.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 41 • Módulo 2
COMPOSIÇÃO DO SIC4 EM NÍVEL 
ESTADUAL/DISTRITAL
O órgão central do SIC4 em nível estadual/distrital será 
definido pela unidade federativa (estado), conforme a estrutura 
organizacional local, utilizando a estrutura de um dos Centro 
Integrado de Comando e Controle Estadual/Distrital (CICCE/D) 
ou similar e será coordenado pela Secretaria de Segurança 
Pública ou órgão similar definido pelo estado.
A composição do SIC4 pelos órgãos que farão parte das 
atividades integradas em nível estadual será definida conforme 
o escopo de cada operação ou de forma permanente, 
mediante adesão por meio de ajustes específicos, acordos de 
cooperação e/ou convênios.
Sua estrutura organizacional e composição serão definidas em 
legislação específica do governo estadual/distrital. A rotina de 
funcionamento será definida em regimento interno. Seguindo 
as diretrizes de atuação, a composição do SIC4 estadual 
poderá ter a seguinte estruturação:
Órgão Central 
(a ser definido 
pelo Estado)
SSP
Secretaria 
Estadual de 
Segurança 
Pública/ 
similar
PMPolícia Militar
PC
Polícia Civil
CBM
Corpo de 
Bombeiros 
Militar
PF
Polícia Federal
PRF
Polícia 
Rodoviária 
Federal
Convidados
Órgãos de 
Trânsito
Perícia Pro
teç
ão 
e 
Def
esa
 Civ
il
Órgãos dos 
Sistema 
Penitenciário
SIC4 
ESTADUAL/DISTRITAL
Figura 5: 
Composição do SIC4 
em nível estadual/
distrital. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 42 • Módulo 2
Após compreender a estrutura e composição do SIC4 em nível 
estadual/distrital, vamos conhecer melhor a sua composição 
em nível municipal.
COMPOSIÇÃO DO SIC4 EM NÍVEL 
MUNICIPAL
Em nível municipal, o SIC4 será operacionalizado pelo Centro 
Integrado de Comando e Controle Municipal (CICCM), sendo sua 
estrutura, composição e rotina definidas em norma específica.
O órgão central do SIC4 em nível municipal será definido 
peloprefeito municipal, conforme a estrutura organizacional 
local, utilizando a estrutura de um CICCM ou similar e será 
coordenado pela prefeitura municipal. 
A composição do SIC4 pelos órgãos que farão parte das 
atividades integradas a nível municipal será definida conforme 
o escopo de cada operação ou de forma permanente, 
mediante adesão por meio de ajustes específicos, acordos de 
cooperação e/ou convênios. 
Sua estrutura organizacional e composição serão definidas em 
legislação específica do município. A rotina de funcionamento 
será definida em regimento interno. Seguindo as diretrizes de 
atuação integrada, a composição do SIC4 municipal poderá 
adotar a seguinte estruturação:
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 43 • Módulo 2
SMSP
Secretaria 
Municipal de 
Segurança 
Pública
Órgão 
Municipal de 
Trânsito
Órgão 
Estadual de 
Trânsito
PF
Polícia 
Federal 
PRF
Polícia 
Rodoviária 
Federal
GM
Guarda 
Municipal
SISPEN
Órgãos do 
Sistema 
Penitenciário
SAMU
Serviço de 
Atendimento 
Médico de 
Urgência
PM
Polícia 
Militar
PC
Polícia 
Civil 
CBM
Corpo de 
Bombeiros
CONVIDADOS
Órgãos 
Municipal e 
Estadual de 
Meio Ambiente 
e Vigilância 
Sanitária
Defesa Civil
SIC4 
MUNICIPAL
Órgão Central 
(definido pelo 
Prefeito Municipal)
Figura 6: Composição do SIC4 em nível municipal. 
Fonte: labSEAD-UFSC (2020).
Essas são todas as estruturas possíveis do SIC4 nas esferas 
federal, estadual/distrital e municipal. Agora que você pôde 
entender melhor toda a estrutura e composição do SIC4, 
partiremos para uma maior compreensão da governança e 
gestão do SIC4 e também para as etapas de implantação da 
atuação integrada.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 44 • Módulo 2
Aula 3 – Governança e Gestão do SIC4 
e Etapas para Implantação da Atuação 
Integrada 
CONTEXTUALIZANDO...
Nesta aula você compreenderá como será a governança e 
a gestão do SIC4, que poderá ser estruturada por meio de 
comitês integrados ou de gabinetes estratégicos locais de 
segurança pública, de acordo com a decisão dos estados e 
municípios, respeitando as suas particularidades locais.
GOVERNANÇA E GESTÃO DO SIC4
Os estados e os municípios devem ser responsáveis por analisar 
e decidir sobre a necessidade da criação de comitês integrados 
de governança do SIC4 ou a utilização desses comitês e de 
gabinetes estratégicos locais de segurança pública já existentes 
para promover a governança e gestão do sistema. 
O comitê integrado deverá ser criado e regulamentado 
por norma específica, nas respectivas esferas de governo, 
observando-se as particularidades locais.
A definição do modelo de gestão dos comitês integrados 
precisa ser orientada pelas seguintes atribuições:
• Definir o direcionamento estratégico. 
• Definir objetivos e metas.
• Estabelecer indicadores e sistemas de monitoramento. 
• Promover a atuação integrada.
• Gerenciar conflitos.
• Avaliar a doutrina do sistema. 
Sabendo da estrutura de governança e gestão do SIC4, bem 
como as atribuições dos comitês integrados, vamos estudar 
as etapas para a instituição da atuação integrada do SIC4.
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 45 • Módulo 2
Etapas para Implantação da Atuação Integrada
Você saberia dizer quantas são as etapas de implantação do 
SIC4, quais são elas e se essas etapas têm uma sequência?
A doutrina de atuação integrada do SIC4 será feita em diversas 
etapas, que vão desde a sensibilização até o monitoramento e 
avaliação de sua implantação nos órgãos de segurança pública.
Sensibilização
Elaboração da 
doutrina
Modernização 
e expansão de 
CICCs
Monitoramento 
e avaliação
Acordos de 
cooperação
Nivelamento 
capacitação e 
treinamento
Figura 7: Etapas 
para implantação 
do SIC4. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
É importante que você conheça o que acontece em cada umas 
das etapas representadas na figura acima, por isso vamos a elas:
Sensibilização política e institucional: é a etapa de 
sensibilização que será realizada pela articulação política 
e institucional dos governantes e dirigentes dos órgãos 
de segurança pública, observando as agendas com os 
governantes: governadores, secretários estaduais de 
segurança pública, prefeitos e também as agendas com os 
conselhos representativos dos órgãos de segurança pública. 
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 46 • Módulo 2
Elaboração da Doutrina Nacional de Atuação Integrada 
de Segurança Pública (DNAISP): esta etapa estabelece a 
base doutrinária de operacionalização do SIC4, definindo 
os fundamentos da atuação integrada, os conceitos, 
objetivos, governança, estruturação e composição do SIC4 
e a metodologia do processo de atuação integrada para 
padronizar e orientar a realização das operações integradas 
de segurança pública no Brasil. 
Acordos de cooperação para implantação do SIC4: esses 
acordos tratam de complementação da etapa de sensibilização 
política e institucional que será realizada pela revisão e 
adequação dos atuais acordos de cooperação entre o governo 
federal e os governos estaduais/distrital e municipais para 
contemplar objetivos, metas, direitos, deveres, contrapartidas e 
indicadores necessários à implantação do SIC4.
 
Nivelamento, capacitação e treinamento técnico: nesta etapa 
é importante que sejam promovidos seminários e encontros 
técnicos para difusão e nivelamento da DNAISP com os 
representantes dos setores de planejamento dos órgãos de 
segurança pública. 
Modernização e expansão de CICCs: esta etapa poderá 
ocorrer de forma paralela às etapas anteriores e destina-se a 
promover a modernização tecnológica dos CICCs já existentes 
e apresentação de projetos de expansão para os estados que 
não possuem essa estrutura. 
Monitoramento e avaliação: Nesta etapa, a doutrina de 
atuação integrada do SIC4 deve ser metódica e ao mesmo 
tempo dinâmica e flexível, de modo que possa se adaptar a 
possíveis mudanças ocorridas para responder adequadamente 
às demandas planejadas ou não planejadas. Para tanto, o 
sistema deverá ser submetido à avaliação periódica com 
a participação dos atores e gestores que utilizam essa 
metodologia de atuação integrada. 
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 47 • Módulo 2
Compete a esses atores e gestores, que utilizam o sistema, 
realizar as devidas críticas e sugestões sobre a metodologia 
de atuação integrada, a fim de consolidar as melhores práticas 
e ajustar os pontos de desconformidade das premissas, 
princípios, diretrizes e objetivos do sistema. 
Por fim, cabe ainda a esses atores e gestores analisarem os 
resultados e as estatísticas que irão subsidiar a elaboração 
de indicadores com aplicabilidade em políticas, programas, 
projetos e ações de segurança pública. 
Você deve ter observado que as etapas de 
implantação do SIC4, em regra, ocorrem de forma 
sequencial e na ordem, porém existe uma das etapas 
que poderá ocorrer paralelamente às outras, que é a 
etapa de modernização e expansão de CICCs.
Chegamos ao fim deste módulo. Com base neste estudo, 
você pôde entender que o SIC4 teve origem nos grandes 
eventos, conheceu suas definições, conceitos, objetivos, 
seus níveis de responsabilidade e toda a sua estrutura 
e composição de funcionamento. Desejamos uma boa 
continuidade nos seus estudos. 
Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle – SIC4 48 • Módulo 2
Referências
BRASIL. Lei n. 13.675, de 11 de junho de 2018. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2018. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13675.htm. 
Acesso em: 20 jan. 2010.
BRASIL. Decreto n.º 9.662, de 1º de janeiro de 2019. Brasília, 
DF: Presidência da República, 2019. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/
D9662.htm. Acesso em: 20 jan. 2010.
BRASIL. Ministério da Segurança Pública. Secretaria Nacional 
de Segurança Pública.Doutrina Nacional de Atuação Integrada 
de Segurança Pública – DNAISP. Brasília: Ministério da 
Segurança Pública, 2018. 
SECRETARIA DE OPERAÇÕES INTEGRADAS (SEOPI). Centro 
Integrado de Comando e Controle. 1 Fotografia color. Brasília, 
DF: SEOPI, 2019. 
 
SHUTTERSTOCK. [S.l.], 2020. Disponível em: 
https://www.shutterstock.com/pt/. Acesso em: 24 jan. 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Laboratório 
da Secretaria de Educação a Distância (labSEAD-UFSC). 
Florianópolis, 2020. Disponível em: http://lab.sead.ufsc.br/. 
Acesso em: 24 jan. 2020.
VASCONCELOS, A. C. D. de A. O legado dos grandes eventos 
para a segurança pública no Brasil. 2018. Dissertação 
(Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento) – 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, 2018. 
Disponível em: http://www.mestradoprofissional.gov.br/sites/
images/mestrado/turma2/adriana_vasconcelos.pdf. 
Acesso em: 24 jan. 2020.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13675.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13675.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9662.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9662.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9662.htm
https://www.shutterstock.com/pt/
http://lab.sead.ufsc.br/
http://www.mestradoprofissional.gov.br/sites/images/mestrado/turma2/adriana_vasconcelos.pdf
http://www.mestradoprofissional.gov.br/sites/images/mestrado/turma2/adriana_vasconcelos.pdf
Processo de Atuação Integrada – PAI49 • Módulo 3
PROCESSO 
DE ATUAÇÃO 
INTEGRADA – PAI 
MÓDULO 3
Processo de Atuação Integrada – PAI50 • Módulo 3
Apresentação
Neste módulo, apresentaremos os ciclos que envolvem o 
Processo de Atuação Integrada, expondo a definição e as 
atividades realizadas em cada etapa. São quatro ciclos no 
total, que estão assim separados: ciclo de planejamento, ciclo 
de execução, ciclo de avaliação e o ciclo de consolidação.
Esses ciclos são indispensáveis para o bom funcionamento da 
atuação entre os órgãos envolvidos, considerando a quantidade 
de pessoas e estruturas que compõem as ações e os diferentes 
níveis organizacionais (federal, estadual/distrital e municipal).
OBJETIVOS DO MÓDULO
Este módulo tem como objetivo capacitar os profissionais 
que integram o Sistema Único de Segurança Pública para 
a compreensão teórica da composição e estruturação 
do Processo de Atuação Integrada (PAI), proporcionar 
o entendimento da finalidade e dos princípios que 
fundamentam a sua realização, bem como compartilhar o 
conhecimento de cada atividade realizada nas etapas que 
constituem os quatro ciclos do PAI.
ESTRUTURA DO MÓDULO
• Aula 1 – Ciclos do Processo de Atuação Integrada.
Processo de Atuação Integrada – PAI51 • Módulo 3
Aula 1 – Ciclos do Processo de Atuação 
Integrada
CONTEXTUALIZANDO...
Nesta aula você vai entender que o Processo de Atuação 
Integrada (PAI) compreende toda ação e operação realizada 
com a participação de órgão ou instituição envolvidos 
no mesmo ciclo de gestão, em razão da convergência de 
interesse, preservando a integralidade das competências de 
cada órgão e respeito à autonomia das funções e atribuições. 
Nesta aula iremos aprofundar os estudos de cada ciclo 
envolvido no PAI, começando por sua definição.
DEFINIÇÃO
O Processo de Atuação Integrada (PAI) é a metodologia de 
gestão aplicada aos serviços de segurança pública e defesa 
social, que promove uma ação integrada por causas comuns e 
dos esforços das multiagências, através da interoperabilidade 
de sistemas, tendo como objetivo alcançar propósitos comuns 
na realização de ações e operações integradas.
Nesse contexto, você verá que a coordenação e a atuação 
integrada favorecem a tomada de decisão dos órgãos que 
participam da gestão nos ambientes do SIC4 em operações 
planejadas dos órgãos de segurança pública e defesa social.
Os ciclos do PAI possuem uma sequência de etapas, que estão 
representadas na figura a seguir. Confira!
 
Processo de Atuação Integrada – PAI52 • Módulo 3
Execução
Consolidação
Planejamento
Avaliação
MONITORAMENTO
Figura 1: Ciclos 
do Processo de 
Atuação Integrada. 
Fonte: SEOPI 
(2019), adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020). 
Perceba que, dentro do processo metodológico do PAI, o 
monitoramento se aplica a todos os ciclos do processo e 
por isso ele está localizado no centro dos outros processos 
existentes. Acompanhe a seguir os detalhes sobre o 
funcionamento de cada um dos ciclos do PAI.
CICLO 1: CICLO DE PLANEJAMENTO
No ciclo de planejamento integrado, você observará que 
ele possui as seguintes etapas: ações preliminares e 
preparatórias; levantamento preliminar de risco; elaboração 
dos planos e documentos integrados; organização da 
operação e nível de criticidade. Observe que cada etapa que 
apresentaremos a seguir terá um objetivo específico dentro do 
processo de ação integrada. Vamos à primeira.
Etapa 1: Ações Preliminares e Preparatórias
Nesta etapa, os representantes das agências participativas 
devem se reunir para discutir, em linhas gerais, qual é o 
problema a ser enfrentado, quais são os objetivos a serem 
sugeridos, quais serão as referências comuns estabelecidas 
e quais serão as linhas de ação e as opções firmadas, com 
base na capacidade de resposta e competência de cada 
agência. Também serão discutidos os casos de sucesso e 
as experiências, bem como outros parâmetros gerais que 
Processo de Atuação Integrada – PAI53 • Módulo 3
irão servir como base ao planejamento, propriamente dito, da 
atividade a ser desenvolvida. 
Saiba que, depois de apontadas essas ações preliminares, a 
equipe de planejamento da atividade integrada deverá realizar 
as atividades preparatórias que antecedem a elaboração do 
planejamento, tais como:
Figura 2: Atividades 
preparatórias 
para o ciclo de 
planejamento. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
Receber a 
demanda.
Definir o escopo 
do planejamento. 
Criar a estrutura 
analítica do 
planejamento.
Fazer reunião 
interna de 
alinhamento e 
validação do 
escopo.
Solicitar 
diagnóstico 
complementar 
de inteligência e 
estatística criminal 
para subsidiar o 
processo decisório 
do tipo de atividade 
a ser realizada, 
quando aplicável.
  
ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Figura 3: Atividades preparatórias do ciclo de planejamento.
Fonte: labSEAD-UFSC (2020).
Processo de Atuação Integrada – PAI54 • Módulo 3
Criar o formulário de identificação dos riscos. 
Realizar reunião interna de alinhamento e validação 
do formulário.
Preparar um banco de dados de e-mails.
Encaminhar os e-mails ao público-alvo.
Acompanhar as respostas com o público-alvo e com 
o setor de inteligência.
Receber, tabular e consolidar os dados.
Analisar e elaborar a matriz de riscos.
Fazer reunião interna de alinhamento e validação 
da matriz dos fatores de riscos.
Tenha em mente que os diagnósticos complementares 
levantados pela inteligência e a produção de conhecimento 
devem direcionar o escopo da operação e devem permanecer 
sob monitoramento, podendo subsidiar o andamento da 
operação e das futuras decisões.
Etapa 2: Levantamento Preliminar dos Riscos
Nesta etapa é feito o levantamento do cenário de atuação para 
identificar as variáveis que representam riscos à realização 
da operação. Os responsáveis pelo levantamento preliminar 
devem contemplar as seguintes atividades: 
Figura 4: Processo 
de levantamento 
preliminar dos 
riscos. 
Fonte: labSEAD-
UFSC (2020).
1
2
3
4
5
6
7
8
Processo de Atuação Integrada – PAI55 • Módulo 3
Perceba que o levantamento preliminar dos riscos apresentará 
subsídio necessário para a elaboração dos planos e 
documentos integrados, sendo essa a próxima etapa dentro do 
ciclo de planejamento. Veja na sequência!
Etapa 3: Elaboração dos Planos e Documentos 
Integrados
É nesta etapa que o órgão, instituição ou setor responsável 
pelo planejamento irá elaborar planos estratégicos que 
serão apresentados aos órgãos envolvidos nas reuniões de 
planejamento,

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