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fichamento de FILOSOFIA E ÉTICA

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FACULDADES INTEGRADAS AGES
Campus de JACOBINA
 
 
 
 
 
THICIANE SANTANA SANTOS
 
 
ÉTICA A NICÔMACO
Fichamento apresentado no curso de Bacharelado em Enfermagem, da Faculdade AGES de Jacobina, como um dos pré-requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina Filosofia e Ética Profissional. 
Professora: Ana Lúcia dos Santos e Santos
 
 
 
 
 
 
Jacobina
2020
REFERÊNCIA DA OBRA:
ARISTÓTELES; Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo, Nova cultura, 1991.
1. CITAÇÕES DIRETAS REPRESENTATIVAS
“Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra”. (p. 4)
“Cônscios da sua própria ignorância, não obstante, admiram aqueles que proclamam algum grande ideal inacessível à sua compreensão”. (p. 6)
“Quanto à vida consagrada ao ganho, é uma vida forçada, e a riqueza não é evidentemente o bem que procuramos”. (p. 8)
“Na medicina é a saúde, na estratégia a vitória, na arquitetura uma casa, em qualquer outra esfera uma coisa diferente, e em todas as ações e propósitos é ele a finalidade; pois é tendo-o em vista que os homens realizam o resto”. (p. 11)
“(...) as diferenças de caráter nascem de atividades semelhantes”. (p. 28)
Tanto a deficiência como o excesso de exercício destroem a força; e, da mesma forma, o alimento ou a bebida que ultrapassem determinados limites, tanto para mais como para menos, destroem a saúde ao passo que, sendo tomados nas devidas proporções, a produzem, aumentam e preservam. (p. 29)
“Por outro lado, se as virtudes dizem respeito a ações e paixões, e cada ação e cada paixão é acompanhada de prazer ou de dor, também por este motivo a virtude se relacionará com prazeres e dores”. (p. 30)
“(...) com respeito às paixões se diz que somos movidos, mas com respeito às virtudes e aos vícios não se diz que somos movidos, e sim que temos tal ou tal disposição”. (p. 34)
“(...) a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa.” (p. 126)
“Nem lavrador, nem mesmo cavador fizeram os deuses este homem, Nem sábio em outra coisa qualquer”. (p. 128)
“Às vezes se diz que o homem dotado de sabedoria prática não pode ser incontinente e, outras vezes, que alguns homens desse tipo, e hábeis ademais, são incontinentes”. (p. 141)
Há um silogismo do qual se conclui que a loucura conjugada com a incontinência é virtude, pois um homem faz o contrário do que julga devido à incontinência, mas por outro lado, o que é bom lhe parece mal e algo a ser evitado; e, por conseguinte, fará o bem e não o mal. (p. 143)
2. TEXTO CRÍTICO 
A discussão que o autor elenca no livro “Ética a Nicômaco” sintetiza sobre a sistematização da ética no ocidente, onde os pensadores antes de Aristóteles não tinham sistematizado um pensamento a respeito da moral, que foi o que ele fez, trouxe a ética à tona, e um dos temas centrais para o livro, é a felicidade, pois ele cita no livro, que é buscando a felicidade que vai se justificar a boa ação humana.
Aristóteles tinha Platão como seu professor e, queria que seus pensamentos dessem continuidade, com isso passou a ensinar o seu filho, Nicômaco, e é a partir das anotações de Nicômaco que ele levantou e discutiu as ideias centrais para a filosofia ocidental. A diferença entre Aristóteles e Platão que é abordado no livro é justamente esta flexibilidade de procedimentos teóricos, que busca dar conta da diversidade do pensamento e da ação, e Aristóteles sempre teve como meta a união entre saber e felicidade.
É exposto que Aristóteles investiga o tipo de saber que se pode obter acerca da conduta, levando em conta a situação concreta do Homem, mas que não pode ser definido apenas pela pura razão, a crítica da separação platônica entre mundo sensível e mundo das ideias abre para Aristóteles o tratamento das atividades humanas cada uma em sua especificidade. 
No livro, Aristóteles defende que a felicidade é o maior bem desejado pelos homens e o fim das ações humanas. Segundo Aristóteles (1991), ninguém escolheria viver sem amigo, ainda que tivessem todos os outros bens, pois quanto à vida é consagrada ao ganho vai ser uma vida forçada, e a riqueza não é evidentemente o bem que procuramos. De acordo esses ensinamentos, a ética não é um conceito abstrato e distante, mas é percebido como algo prático e palpável, um exercício que permite o florescer da felicidade humana, pois o bem soberano é a felicidade, para onde todas as coisas tendem. 
O filosofo questiona o que é o bem pois todas as ações e escolhas tendem a um bem, com isso ele entendeu que para tudo que é feito existe um bem, o objetivo das ações vem pela felicidade, porém ele explica que a felicidade para o homem comum é distinta para o homem sábio, mas a felicidade sempre será a melhor coisa que existe. O livro também aborda sobre as as virtudes morais, a primeira que ele apresenta é a liberalidade, que é adquirir e distribuir as suas riquezas materiais, a virtude da magnificência se vincula com a riqueza, e por último a calma, pois para ele o homem calmo é aquele que apenas se enfurece por motivos justos, e os que não se perturbam por nada são os tolos.
Também é exposto sobre a justiça que é a virtude mais perfeita e está nas outras virtudes, pois está na distribuição igualitária de acordo com a desigualdade, e também fala sobre a injustiça. Aborda também sobre as virtudes da alma, que é dividida em científica e a calculativa, afirmando que os estados que a alma expõe vem sobre a arte, conhecimento científico, sabedoria prática, sabedoria filosófica, razão intuitiva, e o filosofo mostra que tento esses estados como base o homem irá alcançar os fins de suas ações.
Aristóteles apresenta também sobre os vícios e outras práticas que os homens virtuosos não praticam, o primeiro dele é a brutalidade e a incontinência, contudo são necessários para o homem e muita das vezes não são prejudiciais, mas quando são prejudiciais se tornam ruins, por isso é importante que o homem seja forte e saiba ser temperante e não se deixe levar. Aristóteles aborda também sobre a amizade, que é uma virtude nobre e necessária ao homem, pois a amizade traz apoio e segurança, entretanto a amizade também tem aqueles que buscam por prazer ou paixão, e também tem aqueles que possuem afeição e amor reciproco, contudo, diante do que Aristóteles expos, não se pode confundir amizade como benevolência, mesmo que seja reciproco, pois desejar o bem a uma pessoa não é o mesmo que amizade.
A disciplina de Filosofia e Ética profissional se faz presente no contexto pois mostra que as ações devem ser virtuosas, justas e temperantes, o meio termo é sempre mais justo que um dos extremos. Como futura profissional, é importante entender e saber utilizar a filosofia e a ética no dia a dia, pois é importante estudar as diferentes ações dos homens, estudar a ciência do comportamento e usar o conhecimento para contribuir para a sociedade, com isso, assegura que essas escolhas sejam verdadeiramente livres e que assim continuem enquanto durar a humanidade.

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