Resumo - Direito Civil - Aulas 25 a 27 - Direito das Coisa I - Posse - Prof Andre Barros

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo OAB| Disciplina: Direito Civil 
Aula: 25, 26 e 27 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
EMENTA DA AULA 
1. Direito das coisas I: Posse. 
 
Direito das Coisas 
Conceito: são os direitos que incidem direta ou indiretamente sobre as coisas (todos os bens que possuem 
conteúdo econômico e que pode ser objeto de negocio jurídico – Ex. compra e venda, doação); 
1º Desses direitos: A Posse; 
2º Os Direitos Reais: Eles são uma subcategoria de direito das coisas; 
1.196 e ss e 1.225 e ss do CC; 
Divisão: Estudo da Posse e Estudo dos Direitos Reais: 
 Posse: Não foi considerada como um direito Real (CC/02); 
 Posse não se leva a registro (não tem ingresso no registro 
imobiliário). 
 Dir. Reais: são os direitos assim considerados por lei (art. 1.225/CC – rol); 
 Dir. Reais que incidem sobre imóveis, são passiveis de registro 
imobiliário (Cartório de Registro de imóveis). Ex. propriedade, 
superfície, servidão, usufruto, hipoteca, anticrese, direito de laje e 
etc. 
 
Posse 
É o exercício aparente de um/alguns dos atributos da propriedade; 
 
 
 
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 Posse Propriedade 
Exercício aparente de qualquer dos atributos do 
GRUD (gozar, reaver, usar e dispor); 
- Existe no mundo da aparência; 
Obs. o fato de observer, fruir a coisa, permite 
afirmar que se trata de uma situação de Posse, 
tem a posse, mas não sabemos se tem a 
propriedade, pode ser ou não dele. 
A soma de poderes/atributos que uma pessoa 
tem GRUD: 
 - Gozar/Fruir; 
 - Reaver/Buscar; 
 - Usar/Utilizar; 
 - Dispor/Alienar; 
Existe no mundo da realidade. 
 
1. Teorias explicativas da Posse 
1.1 Teoria subjetiva da Posse: Posse é a soma de corpus + animus domini: 
Teoria adotada por - Dica: S de subjetiva + S de Savigny; 
 Corpus: é a exteriorização/visibilidade/exercício 
aparente de um dos atributos da propriedade; 
 Animus domini: animo/vontade/intenção de ser 
dono. 
Exemplo: Usucapião -> só pode pleitear a usucapião quem tem a chamada posse “ad usucapionem”, é a 
posse exercida com a intenção de ser dono. 
 
1.2 Teoria objetiva (CE/16 + CC/02): Posse é corpus (um ou alguns atributos da propriedade – 
GRUD); 
Teria adotado por: Ihering. 
 
 
2. Cisão da Posse 
Cisão: divisão. 
 
 
 
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2.1 Posse direta/Imediata: é aquela exercida por quem está utilizando a coisa; 
 Exemplo: posse exercida pelo locatário, comodatário (empréstimo de bens não fungíveis - 
automóvel, celular, caneta); 
Devedor fiduciante (devedor). Sua característica essencial é o fato de o devedor 
fiduciante (indivíduo que recorre a essa modalidade de financiamento para obter o bem desejado) 
transferir ao credor fiduciário (pessoa ou instituição financeira que concede o financiamento) a 
propriedade do bem que pretende adquirir, até que haja o pagamento completo da dívida. 
 
2.2 Posse Indireta/Mediata: é aquela exercida a distância por quem cedeu a posse do bem a 
outrem a titulo de direito obrigacional (contrato) ou real (propriedade fiduciária); 
Exemplo: locador, comodante (usufrui recendo o aluguel); 
Credor fiduciário (pertencente). 
 
3. Detenção 
É um instituto residual da posse. É aquilo que não é posse. Parece, mas não é posse (mero detentor 
– dica: detenção -> cumprindo ordens); 
Formas em que a detenção pode se apresentar: 
 Fâmulo da posse - art. 1198, CC: é a pessoa que exerce a posse de outrem em cumprimento 
de ordens/instruções (Ex. caseiro, motorista particular); 
 Mera Tolerância: (Ex. um vizinho que pesca na fazendo do outro); 
 Violência ou clandestinidade da posse – art. 1.208, CC: não cessadas (ex. invade + violência 
e invade e se esconde). Obs. enquanto durar a violência/agressão/briga ou a 
clandestinidade/escondido ele não é possuidor da coisa, e sim esse invasor será um mero 
detentor (pode durar horas, dias, semanas, meses); 
 Invasor de imóvel público: mero detentor. O órgão público pode utilizar a força para retirar 
esse invasor. 
 
 
 
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4. Posse Justa e Injusta 
4.1 Posse Justa: é aquela que não é injusta (conceito por exclusão – aquilo que não se encaixa); 
4.2 Posse Injusta: é aquela adquirida mediante uma situação: 
 Violenta: situação aparente (acampa em frente ao local, movimentação no local); 
 Clandestina: situação oculta (na calada da noite ingressa); obs. pode começar 
clandestina e no dia seguinte violenta; 
 Precária: e aquela adquirida mediante abuso de confiança (em algum momento essa 
pessoa teria que sair ou devolver o bem, mas não o fez); antes da ação preciso notifica-
lo para desocupar o imóvel (obs. contrato comodato pode ser verbal), não sai no prazo, 
a posse justa passa a ser injusta na modalidade precária: 
 Prazo indeterminado: “mora ex persona” – a notificação 
precisa ser feita quando o contrato é por prazo 
indeterminado; 
 Prazo determinado: “mora ex re” – deu o prazo já pode 
entrar com a ação de integração de posse. 
Obs. apenas as posses adquiridas mediante Violência ou Clandestinidade podem ser convalidadas, 
permitem usucapião. A posse Precária não convalida, não permite usucapião. 
Exceção: “intervesio possessionis” -> é a possibilidade de mudar a natureza da posse injusta precária, para 
permitir a usucapião. Acontece quando esse possuir injusto de forma precária deixa claro/inequívoca a 
sua oposição a posse do titular da coisa (Ex. Notifiquei o possuidor injusto, mas ele não devolve/sai da 
coisa e não é aberta uma ação, vai ser contado o prazo da usucapião).