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O Planejamento Econômico no Brasil: Considerações críticas

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Resenha: Artigo 1 - O Planejamento Econômico no Brasil: Considerações críticas 
O artigo lido refere-se a uma análise de toda a trajetória do Brasil, sobretudo planos de governo entre os anos 30 até 70, em período pós-guerras, com objetivo principalmente de desenvolvimento do país, porém, conforme dito no artigo, maioria dos planos propostos pelo governo obtiveram o sucesso esperado, com a única exceção do plano de metas, demonstrando tantas falhas da administração pública no decorrer das décadas. 
O autor do artigo, cita então, o ciclo repetitivo de diversos erros dos planos de governo no decorrer das décadas, e divididos em erros de formulação e execução. Entre eles estão erros como a ausência de harmonia entre orçamento anual e plurianual, a fata de precisão dos recursos necessários ao financiamento do plano, ausência de qualquer sistema de controle financeiro e físico de execução que torne possível a confrontação dos objetivos com os resultados, a tempo de propor soluções alternativas ou complementares, entre outras falhas citadas.
Vale também lembrar que o governo utilizou-se como base nos planos Globais, Regionais, setoriais e autônomo a derem executados pelo setor público e privado, sendo desenvolvido no decorrer da história econômica do Brasil pelos governos cinco planos:
- O Plano de Obra e Equipamentos
- O Plano Salte
- O Plano de Metas
- O Plano Trienal de Desenvolvimento
- O Programa de Ação Econômica 
	O primeiro plano formulado e gerenciado pelo governo brasileiro foi o Plano de Obras e Equipamentos, que, embora tenha atingido uma alta taxa de realização e de equilíbrio orçamentário, não gerou efeito sobre o processo econômico produtivo; restringiu-se apenas à órbita governamental.
O Plano de Obras e Equipamentos, em 1943, baseou-se no Plano Especial, seguindo a mesma trilha e obtendo os mesmos resultados, ou seja, conseguiu uma formulação organizacional do governo.
O Plano de obras foi abandonado com a chegada da constituição de 1946. Além de uma lição histórica denominada como “dura” também foi notado que em contrapartida de muitas constituições modernas, a brasileira de 1946 não dedica uma só palavra ao planejamento como forma de administrar e, devido ao papel decisivo que confere ao Poder Legislativo, retirou do Executivo a antiga liberdade de atuar em busca das fórmulas mais rápidas e adequadas para o exercício da administração pública.
Com a chegada do Plano Salte, em 1950, qual refere-se à saúde, alimentação, transporte e energia, inseriu a formulação indicativa para o setor privado e o consentimento de linhas especiais de crédito, criando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, atual Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, como normatizador e regulador desse processo. Posterior ao Plano de Obras, o Plano Salte terminou após o governo Vargas, onde não form concluídas nenhum de seus objetivos.
	Pós o Plano Salte, instaura-se o Programa de Metas, criada pelo governo Juscelino Kubitchek qual como disse inicialmente, foi o único “plano” que se obteve sucesso, qual estabeleceu objetivos globais e setoriais no intuito de romper os segmentos estrangulados, através de uma ação conjunta com o setor privado, e também o Estado passa a interferir de maneira mais direta na economia onde se possui um certo controle sob as decisões privadas.
	Vale também ressaltar que o Programa de Metas se preocupou em minimizar o poder, mantendo uma devida harmonia nos processos de decisões econômicas, sendo considerado um fenômeno’ o policentrismo decisório instaurado, porque foi o primeiro a conseguir unir todos os poderes, obtendo-se um contexto de polarização extrema.
	Também, dito isso, quase toda a programação do setor industrial e de obras de infraestrutura trouxe uma devida regularização do trabalho de grupos formados por uma chamada “Comissão Mista Brasil-Estados Unidos e o grupo Misto Cepal-BNDE”, que resumidamente, foram acordos firmados para estudar os chamados “estrangulamentos” da nossa economia, e o CEPAL-BNDE (órgão de planejamento) com objetivos avançar as principais áreas para desenvolvimento, como: Energia, Indústria de base, ferrovias, portos e agropecuária.
	Foi com todos estes pontos que chegou a ser possível ser marcado como os “50 anos em 5”, tendo o seu auge de desenvolvimento, todavia, segundo o artigo no Plano de Metas torna-se possível perceber a ausência de projetos específicos, sendo salvo apenas a área de energia e obras viárias, que atuasse como o objetivo final e “quantificado” de metas. Segundo o artigo:  “Sem projetos não é possível falar-se em Plano; sem coerência no uso do instrumental de política econômica não é possível falar-se em planejamento”.
	Entre o Plano trienal e O Programa de Metas, entra o governo Jânio Quadros, em um cenário econômico em que a inflação estava acelerada, déficits na balança piorando, e gastos do governo cada vez maior, preocupação com a elevadas contas externas e dificuldades para se exportar, trazendo novas ideias do Plano Trienal de Desenvolvimento.
	O Plano Trienal buscou visar a manutenção de uma taxa elevada de crescimento de seu produto nacional, queria também tentar elevar a inflação, e reduzir as desigualdades regionais e de vida. Porém como diz o artigo, foram inúmeras tentativas frustrantes que não saíram do papel, resultados por um governo fraco trazendo a renúncia de Jânio Quadros.
	Com a entrada do João Goulart, em busca de criar um novo modelo de governo administrativo, e continuou com a ideia principal de governar “de cima para baixo”, em relação a ideias e necessidades, mas com o fracasso do Plano Trienal, resultou-se em inflação ainda mais acelerada, com um desenvolvimento econômico voltando a “falecer”, fazendo com que o governo caísse.
	Diante de todo este contexto histórico, chegamos no cenário de 1964, que diante desta crise político-social, fora consolidado um Estado forte, em que uma de suas ações foi implementar novos órgãos, com ideias de desenvolvimento com curto a médio prazo, como citado como exemplo no artigo, o EPEA, que possuiu como sua principal tarefa na época, que foi formular o PAEG (Programa de ação econômica do Governo). Também como todos os governos anteriores, a intenção era controlar a inflação e o endividamento público.
	Com este programa houveram muitos avanços, tanto que foi conhecido como um período de “Milagre Econômico”, porém, como todos os planos, no governo de Castelo Branco, houveram alguns obstáculos inesperados, tal como uma nova reforma administrativa que não obtivera êxito algum. Porém vale ressaltar que os Ministérios, como o da Fazenda e Ministério do Planejamento retornaram-se.
	Por fim, o autor do artigo conclui que perante toda esta análise histórica de planejamentos, que durante todos estes anos os economistas e governos seguiram tendências, trazendo gestões duvidosas, na qual, segundo o autor, os que deram certo, se referiu mais a uma “elevação a tendência técnica-profissional” e não algo levado como uma reflexão e aprendizagem dos planejamentos anteriores, impossibilitando a continuidade administrativa, trazendo em cada um deles, diferentes órgãos responsáveis em diferentes contextos, trazendo governos confusos, fazendo com que seja necessário melhores e adequados estudos de diagnóstico por um grupo de gestão estável e técnico, coerência e harmonia no manejo instrumental de acordo com suas metas pretendidas e uma devida adequação da máquina administrativa.

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